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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 14 de abril de 2015

Cine Especial: Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70: Parte 1



 Nos dias 23 e 24 de abril, estarei participando do mais novo curso do Cine Um, intitulado Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70, que será ministrado pelo escritor e critico de cinema César Almeida que, por sua vez, já ministrou outros cursos como Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema e Sam Peckinpah – Rebelde Implacável. 
Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes desse subgênero que, posteriormente, influenciou futuros cineastas como Spike Lee e Quentin Tarantino.  
 
SHAFT

Sinopse: O detetive John Shaft (Richard Roundtree) investiga uma guerra de gangues no Harlem quando é contatado por Bumpy Jonas (Moses Gunn), o líder da máfia negra. Bumpy quer que o detetive encontre sua filha, que foi sequestrada. Agora aliado do mafioso, Shaft descobre que o rapto foi coisa da máfia italiana, que deseja tomar o território dos negros.
O filme causou sensação  na época de seu lançamento, pois de uma forma até então inédita, o negro não era jogado ao papel bandido em um filme policial. Interpretado por Richard Roundtree, o personagem acabou marcando o por toda a sua vida e tornou-se um dos mais importantes da história do cinema, não somente por sua relevância da cultura pop da época, mas também por saber sintetizar o que acontecia naquele período. Shaft é sempre lembrado como carro chefe da onda Blaxpoitation, o subgênero que surgiu na década de  70, influenciando cineastas futuros (como Tarantino) e destacando a  ascensão social dos negros nos grandes centros urbanos americanos.
Esse público necessitava de filmes que os identificasse com sua realidade em que eles viviam, e assim surgiu Shaft. Grande sucesso bilheterias, ainda assim, recebeu algumas críticas de até mesmo de ativistas negros na época, que acusaram o filme de estereotipar os personagens, e não se aprofundar em questões raciais do período. Na realidade, não havia nenhuma intenção disso. Explicasse: se fosse feito de alguma outra forma, o longa com certeza perderia o seu maior forte que é o roteiro. Foi Shaft que abriu caminho  para sucessos seguintes, como Um tira da pesada, com Eddie Murphy; e Faça a coisa certa, de Spike Lee na década de 80. Shaft marcou tanto a cultura americana, que, em 2000, o filme entrou para o National Film Registry do Congresso Americano, por sua relevância histórica e estética para a nação.
Após o grande sucesso, duas continuações foram produzidas para o cinema nos anos seguintes, Grande Golpe de Shaft (Shaft’s Big Score) e Shaft na África, ambas com Richard Roundtree no papel principal. A primeira ainda rendeu frutos e faturou alto em termos de bilheteria, mas a segunda deu até prejuízo para o estúdio. Após os filmes, foi criada uma série de TV, que também passou longe do sucesso. E, em 2000, o personagem John Shaft voltou às telonas, interpretado por um veterano, Samul L. Jackson. Apesar da força da refilmagem e um bom sucesso de bilheteria, o ator recusou em estrelar uma sequência.

  
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