Sinopse: Tentanto
proteger o planeta de ameaças como as vistas no primeiro Os Vingadores, Tony
Stark busca construir um sistema de inteligência artifical que cuidaria da paz
mundial. O projeto acaba dando errado e gera o nascimento do Ultron (voz de
James Spader). Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey
Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett
Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) terão que se unir para mais uma
vez salvar o dia.
Nada melhor do que
rever velhos conhecidos e descobrir que eles ainda têm muito a nos oferecer e
nos surpreender. O grande charme dos filmes da Marvel está justamente ao fato
que eles possuem inúmeros heróis poderosos, porém humanos, e como todo ser
humano que se preze, possuem suas falhas, mas delas vem os seus aprendizados e
amadurecimentos perante aos obstáculos. Vingadores: A Era de Ultron eleva o grupo
de heróis ao um novo patamar, aonde os lados mais humanos e frágeis dos
personagens conquistam o cinéfilo rapidamente.
Mas
estamos falando de um dos filmes de aventura mais esperados da temporada, sendo
que o público alvo espera no mínimo incríveis cenas de ação e é exatamente isso
que acontece. Nem o filme começa e já vemos a equipe unida contra a Hidra, após
descobrirem que eles possuem o cetro do Loki. A sequência de ação é
ininterrupta, sendo que mal podemos piscar os olhos que algo importante já
acontece. O diretor Joss Whedon meio que
se arriscou em dar uma de Michael Bay (da franquia Transformers) nesse momento,
mas felizmente isso não acontece, ou quase.
Após recuperarem o
cetro, Tony (Robert Downey Jr) sofre de uma rápida ilusão criada pela
Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), aonde ele tem uma terrível visão de que
seus esforços em proteger a terra terem sido em vão. Devido a isso, ele une a
gema encontrada no cetro, mais a tecnologia alienígena e cria então uma
inteligência artificial, capaz de proteger a humanidade. Claro que tudo dá
errado e a inteligência cria vida, gerando o megalomaníaco vilão Ultron (James
Spader).
Percebe-se que nesse
primeiro ato há certa pressa em apresentar os principais elementos que irão formar a trama, mas que felizmente isso não é prejudicial, mesmo com inúmeros
personagens presentes (com participação rápida de Falcão e Maquina de Combate).
Os Vingadores então encaram um novo desafio, devido aos erros cometidos por um
dos seus integrantes, mas dos erros vem os acertos e o grupo precisa ignorar as
diferenças e partir para a luta. No primeiro confronto, infelizmente todos os
heróis encaram os seus maiores temores durante o combate contra Ultron, gerando
então momentos angustiantes, onde cada um enfrentará os seus demônios
interiores.
É nesse momento em
que o filme entra num território bem mais sombrio, onde até mesmo temos um
rápido vislumbre do passado ainda meio que nebuloso de Natacha (Scarlett
Johansson). Banner (Mark Ruffalo) se descontrola novamente e libera um Hulk
fora de si. Para a felicidade dos nerds de carteirinha, finalmente isso
gera o confronto entre o gigante esmeralda e o Homem de Ferro que, usa finalmente
uma super armadura, sendo que foi unicamente criada se caso Banner perdesse o controle do Hulk.
Após uma derrota
vergonhosa, o grupo se acolhe num refugio, onde é revelado um lado até então
desconhecido do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Alias, é preciso dar os
parabéns para os roteiristas terem dado mais espaço ao personagem, já que o Arqueiro é o mais próximo de nós que assiste. Sem poderes, apenas com artes marciais e
arcos e flechas, o personagem é o que mais se sente perdido em meio a seres que
quase são Deuses, mas acaba sendo justamente ele que dá uma melhorada no ego de
cada um dos seus colegas, principalmente na Feiticeira Escarlate que, percebe
os erros que cometeu, mas nunca é tarde em buscar uma redenção.
Falando da
Feiticeira, tanto ela como o seu irmão Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) são bem
introduzidos na trama. Porém, esse último não foi bem desenvolvido e compará-lo
com a sua versão vista em X-Mem: Dias de Futuro Esquecido somente piora a sua
situação. Felizmente Elizabeth Olsen contorna essa situação, nos brindando com
uma boa interpretação e fazendo a gente desejar saber qual será a próxima
evolução de sua personagem.
Mas dos heróis novos
introduzidos, ninguém imaginava que um personagem que apareceria somente no início
do ato final da trama fosse roubar a cena. Da união da tecnologia alienígena com a inteligência artificial Jarvis
(voz de Paul Bettany) surge finalmente o Visão: herói clássico das HQ, que aqui,
visualmente é bastante fiel a sua fonte original e o ator Bettany consegue de
uma forma fantástica passar tanto a lógica que o personagem preza, como também
a sua doçura quase humana que ele transmite, tanto vinda dos seus olhos expressivos como
também na sua fala mansa.
Com tantos atrativos
no longa (como a relação amorosa e dramática entre Natasha e Banner como
exemplo), por pouco Ultron não acaba sendo um vilão meramente secundário,
mas isso somente não acontece graças a interpretação convincente de James
Spader. Embora em meio a efeitos visuais que encobrem sua face, Spader constrói
um Ultron digno de nota, sendo que suas ações contra a humanidade, não só são
convincentes, como também são carregadas de um humor negro certeiro. Atenção
para a piada em que ele solta com relação a Noé, sendo que não tem como não
rir.
Voltando ao ato
final, adianto que ele nos guarda inúmeras emoções, despedidas, perdas e
verdadeiras lições de moral. Curiosamente é bom ver como o cineasta Joss Whedon
e os roteiristas sempre se preocuparam em mostrar na tela qual é a verdadeira
missão de todo herói que se preze que, não é somente derrotar o vilão, mas
também salvar vidas. A todo o momento, não importa o quanto a ação é
vertiginosa, sempre vemos Capitão América, Homem de Ferro, Thor e companhia salvando
inúmeras vidas em meio ao caos, sendo que é algo precioso de se ver, mas que infelizmente
algumas adaptações de HQ de super heróis se esquecem de mostrarem isso hoje em dia.
Com um final redondinho, mas que deixa
inúmeras pontas soltas, para elas serem finalizadas nas próximas aventuras
cinematográficas, Vingadores: Era de Ultron é um filme para toda a família, com
inúmeras boas cenas de ação, mas nunca se esquecendo do lado humano dos
personagens, pois sem isso não teria como nós meros mortais nos identificarmos
com Deuses vindos do céu e da terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário