Sinopse: Um padeiro e sua
mulher (James Corden e Emily Blunt) vivem em um vilarejo, onde lidam com vários
personagens famosos dos contos de fadas, como Chapeuzinho Vermelho (Lila
Crawford). Um dia, eles recebem a visita da bruxa (Meryl Streep), que é sua
vizinha. Ela avisa que lançou um feitiço sobre o casal para que não tenha
filhos, como castigo por algo feito pelo pai do padeiro, décadas atrás. Ao
mesmo tempo, a bruxa avisa que o feitiço pode ser desfeito caso eles lhe tragam
quatro objetos: um capuz vermelho como sangue, cabelo amarelo como espiga de
milho, um sapato dourado como ouro e um cavalo branco como o leite. Eles têm
apenas três dias para encontrar tudo, caso contrário o feitiço será eterno.
Decididos a cumprir o objetivo, o padeiro e sua esposa adentram na floresta.
Ao longo das décadas, os
contos de fadas sempre são apresentados de uma forma diferente, para o público
que vem surgindo e mudando conforme o tempo vai passando. Se em determinadas passagens de
contos de fadas antes eram aceitas, hoje em dia, determinadas fórmulas estão devidamente
desgastas e que dificilmente convencem essa geração atual. Caminhos da
Floresta veio para fortalecer essa nova vestimenta dos contos, mesmo com os
seus percalços visivelmente nítidos.
Dirigido por Rob Marshall (Chicago), acompanhamos inúmeras histórias conhecidas: Cinderela, Rapunzel, O
Pé de Feijão, Chapeuzinho Vermelho e dentre outras que, acabam se entrelaçando
e formando uma única história. Isso somente acontece graças ao casal de padeiros
(James Corden e Emily Blunt), que desejam um filho, mas sofrem de uma maldição
imposta por uma velha bruxa (Meryl Streep). Para desfazer da maldição, eles
precisam encontrar quatro objetos que, se encontram em determinados contos de
fadas, mas que por sua vez acontecem dentro de uma mesma floresta.
Embora sejam contos distintos, o
roteiro surpreende ao misturá-los e sem soar forçado. Muito embora, em alguns
momentos, a trama soa fiel demais com relação as suas origens que, originalmente
é baseado numa peça da Broadway e por causa disso, algumas passagens
acabam que não se adequando bem a tela do cinema. Bom exemplo disso é a história
final de Chapeuzinho Vermelho (estrelado brevemente por Johnny Depp como Lobo
mau) que, se por um lado seria verossímil num palco devido aos seus efeitos
teatrais, no filme a situação soa tão forçada que, seria mais prudente se a
solução apresentada naquele momento não tivesse sido vista, mas sim sugerida.
Em contra partida, o filme
ganha o seu público (principalmente o feminino) ao tornar as princesas
apresentadas na trama, numa visão que se casa muito bem com as jovens de hoje:
Cinderela (Anna Kendrick) fica indecisa em se casar ou não com o Príncipe Encantado
(Chris Pine). Já Rapunzel (MacKenzie Mauzy) deseja a todo o custo viver livre e
sem as amarras de sua mãe super protetora, que é a própria bruxa interpretada
por Meryl Streep. São os velhos conhecidos contos, mas atualizados para esse
novo mundo menos colorido.
Diferente do que aconteceu em Chicago,
infelizmente Rob
Marshall não conseguiu aqui construir quase nenhum número musical que desse a
vontade de sair da sala do cinema e começar cantarolar. Embora as cenas sejam muito
bem feitas, faltou àquela paixão para se criar algo que entrasse nos nossos
ouvidos e que se mantivesse soando lá por um bom tempo. Felizmente, Meryl
Streep é a única que se sobressai na voz, em momentos que conhecemos melhor a
origem de sua personagem e despertando em nós certa simpatia por ela.
Com um final em que os destinos
de alguns personagens se tornam curiosamente inusitados, Caminhos da Floresta
veio mais para fortalecer essa nova onda de adaptações dos contos de fadas,
mesmo com todos os seus erros de percursos na sua narrativa.
2 comentários:
Devo dizer que este filme possivelmente o pior que alguma vez vi feito pela Disney, foi uma autêntica desilusão do início ao fim. Achei totalmente desnecessário cortarem dedos dos pés, haver traições...não entendo como isso pode ter contribuído para o desenvolvimento do filme, aliás, não entendi de qualquer forma a imagem que o filme pretendia passar, se tinha a ver com termos cuidado com o que desejamos podiam tê-lo feito de forma mais interessante e menos sombria.
Acho que faltou fazer mais cinema e menos peça de teatro para o filme
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