Sinopse: Adaptado do livro
American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Militar
History, o filme conta a história real de Chris Kyle (Bradley Cooper), atirador
de elite das forças especiais da marinha americana. Durante cerca de dez anos
ele matou mais de 150 pessoas, tendo recebido diversas condecorações por sua
atuação.
Clint Eastwood é direitista
assumido e seus personagens mais famosos do cinema (como o estranho sem nome da
trilogia dos Dólares) nada mais são do que uma representação do que ele tem por
dentro. Mas vivemos em outros tempos, em que o politicamente correto corre solto,
para o bem ou para o mal e aquela imagem de heróis americanos patrióticos se tornaram
uma imagem pálida perante o fato que, se deve sim, respeitar todas as nações,
mesmo quando elas guardam pessoas violentas e que agem sem pensar nas consequências.
No seu mais novo filme como diretor, Sniper Americano nasceu para ser odiado ou
defendido, em que dá valor em temas defendido por direitistas americanos, mas
que ao mesmo tempo não esconde as consequências por defender tais valores para
alguns ultrapassados.
Chris Kyle (Bradley Cooper) é um texano, criado por um pai severo, mas que o ensinava a defender o mais fraco, não importando as consequências. Tinha o desejo no principio de ser um peão de rodeios, mas ao mesmo tempo cresceu em volta de armas dentro de casa e se tornando então um atirador de elite das forças especiais americanas. Após o 11 de Setembro, Chris decide então com unhas e dentes defender no que ele acredita: acabar com os selvagens que ousaram em tentar destruir o seu país que ama.
Chris Kyle (Bradley Cooper) é um texano, criado por um pai severo, mas que o ensinava a defender o mais fraco, não importando as consequências. Tinha o desejo no principio de ser um peão de rodeios, mas ao mesmo tempo cresceu em volta de armas dentro de casa e se tornando então um atirador de elite das forças especiais americanas. Após o 11 de Setembro, Chris decide então com unhas e dentes defender no que ele acredita: acabar com os selvagens que ousaram em tentar destruir o seu país que ama.
O termo “selvagem”,
inclusive, é dito algumas vezes pelo próprio protagonista quando esta em
missão, como se fosse um caubói do cinema de antigamente que ia matar os índios,
antes os grandes vilões dos primeiros anos do cinema. Porém, Eastwood sabe no
vespeiro que esta se metendo que, ao mesmo tempo em que coloca na tela um personagem
que defende certos valores duvidosos, por outro, coloca ele em dilemas, que o
fazem sua saúde mental ficar na corda bamba. A cena em que ele se vê obrigado a
matar uma mãe e menino que, revezam segurando uma bomba, é desde já chocante e
que abre o filme, mas ao mesmo tempo
ocorre um flashback, mostrando os caminhos que o levaram até ele chegar naquele
ponto.
O único caminho para
a sua redenção pessoal é buscar uma paz ao lado de seus filhos e da sua esposa
(Sienna Miller), mas uma vez que fica em casa, acaba sempre encarando as
notícias da guerra na televisão, o que faz então sempre retornar para o outro
lado do mundo. Ao longo da projeção, se percebe que a guerra abre caminho para
o horror, se tornando uma droga e tudo que resta para o protagonista é seguir
exatamente o que o seu pai lhe ensinou, de defender o próximo. O percurso é árduo,
violento e fazendo Chris se tornar o mais letal atirador da historia americana
(160 mortos no total) e se tornando para os seus colegas uma lenda.
Clint Eastwood não
poupa esforços para fazer o melhor filme de guerra para ele, fazendo das
imagens da câmera se tornarem tremulas, como se outro soldado estivesse
carregando ela e indo atrás dos seus colegas. Com uma montagem elegante, o
filme possui agilidade surpreendente, fazendo com que a gente não sinta as mais
de duas horas de projeção. Não faltam momentos de pura tensão e adrenalina: a sequência
que ocorre um grande tiroteio em meio a uma tempestade no deserto é desde já fantástica.
Mas
se num primeiro momento dá a sensação de dever comprido, o filme não esconde
suas sequelas, que vai desde soldados com pernas ou braços amputados, há um
estado de mente perturbada devido aos horrores que presenciaram. Chris Kyle acaba se tornando
uma pessoa não muito diferente de outros veteranos que vieram de outras guerras
(como o do Vietnam), embora não admita em nenhum momento que a culpa é do
governo que ele protege. Querendo ou não, Chris Kyle é uma vitima de um país
que enriquece com a guerra que, por vezes não pertence a ela, de uma cultura
fortalecida pelo medo e que faz com que inúmeras famílias convivam com armas
dentro de casa.
É claro que diferente
de outros filmes como o documentário Tiros de Columbine, o filme não diz de
forma explicita de como é errado esse universo contemporâneo das armas daquele
país, mas sim de uma forma bem subliminar: a cena em que o protagonista não
esconder um olhar pouco lúcido e brincando com a sua esposa com uma arma carregada,
sintetiza como ainda estão despreparados aquelas pessoas que nasceram e
cresceram numa sociedade em que se ensinou que, o mais forte sempre é aquele
com a arma na mão.
Com a melhor
interpretação de Bradley Cooper na
carreira, Sniper Americano é um filme que irá dividir a opinião de tudo e a
todos, mas que ao mesmo tempo irá gera
os melhores debates e nascendo então uma boa dose de reflexão.
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