Sinopse: A intimidade de
Getúlio Vargas (Tony Ramos), então presidente do Brasil, em seus 19 últimos
dias de vida. Pressionado por uma crise política sem precedentes, em
decorrência das acusações de que teria ordenado o atentado contra o jornalista
Carlos Lacerda (Alexandre Borges), ele avalia os riscos existentes até tomar a
decisão de se suicidar.
Quando eu assisti Lincoln,
ultima grande superprodução dirigida por Steven Spielberg, apontei que a maior
falha do filme era na verdade o próprio protagonista interpretado por Daniel
Day Lewis. Não que ele não estivesse bem no papel, já que estamos falando de um
dos maiores interpretes que surgiu no cinema nesses últimos vinte anos, mas que
ao interpretar um personagem histórico de tamanha importância, Lewis ficou
limitado e sem ao menos poder acrescentar algo á mais no seu desempenho. Essa
falta de liberdade poética e artística na construção de um personagem é muito
bem sentida também em Getúlio, onde vemos Tony Ramos quase idêntico visualmente
com relação ao falecido Presidente, mas por melhor que esteja em cena, sua
atuação fica por demais limitada perante tamanha importância histórica.
Dirigido por João Jardim (Amor?) acompanhamos os últimos dias do Presidente Getúlio Vargas no poder, em meio a duras acusações que ele sofreu, ao ser apontado como principal culpado com relação ao atentado que jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges) sofreu. O grande ponto a favor da produção é que ela não perde tempo com relação às origens do protagonista, mas sim já avança aos dias de via cruz dele, para então descascar dentro do possível, os elementos que levaram aquele fatídico dia de 24 de agosto de 1954. Num momento em que o cinema brasileiro vive numa fase de lançar filmes que retrata os anos de ditadura do Brasil, nunca é demais lembrar que o temível golpe poderia ter acontecido bem antes, mas que somente foi evitado graças ao sacrifício de Vargas.
Mas assim como está escrito nos livros de historia, o filme segue fielmente o que está escrito e sendo vendido nas livrarias desde então. Com isso, o filme não ascende nenhuma nova luz sobre a verdadeira origem dos fatos que desencadeou aqueles derradeiros dias. Portanto temos aqui somente um filme, cujo seus realizadores se empenharam em nos apresentar uma produção plasticamente elegante, onde a fotografia de tons pastel remete um período de nossa historia, em que transita de uma fase dourada, para tempos um tanto que mais sombrios e indefinidos que viriam a seguir.
Em contra partida, o elenco, mesmo se apresentando visualmente idênticos aos seus respectivos personagens históricos, se veem um tanto que travados em cena e pouco tem o direito de acrescentar alguma coisa. Voltando ao que eu disse no inicio do texto, Tony Ramos por mais que cumpra o seu dever de casa, ao nos apresentar novamente um ótimo desempenho, lhe falta mais liberdade artística em sua atuação. Felizmente o ator global foi feliz ao contracenar com atriz Drica Moraes, que interpreta a filha do Presidente, cujas cenas de ambos juntos demonstram uma total sintonia.
Embora com as suas limitações lá e aqui, Getúlio pelo menos servirá como uma produção para ser bem vista aos olhos dessa nova geração, que desconhece momentos importantes da nossa historia e que pouco se empenham em frequentar a biblioteca da escola.
Dirigido por João Jardim (Amor?) acompanhamos os últimos dias do Presidente Getúlio Vargas no poder, em meio a duras acusações que ele sofreu, ao ser apontado como principal culpado com relação ao atentado que jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges) sofreu. O grande ponto a favor da produção é que ela não perde tempo com relação às origens do protagonista, mas sim já avança aos dias de via cruz dele, para então descascar dentro do possível, os elementos que levaram aquele fatídico dia de 24 de agosto de 1954. Num momento em que o cinema brasileiro vive numa fase de lançar filmes que retrata os anos de ditadura do Brasil, nunca é demais lembrar que o temível golpe poderia ter acontecido bem antes, mas que somente foi evitado graças ao sacrifício de Vargas.
Mas assim como está escrito nos livros de historia, o filme segue fielmente o que está escrito e sendo vendido nas livrarias desde então. Com isso, o filme não ascende nenhuma nova luz sobre a verdadeira origem dos fatos que desencadeou aqueles derradeiros dias. Portanto temos aqui somente um filme, cujo seus realizadores se empenharam em nos apresentar uma produção plasticamente elegante, onde a fotografia de tons pastel remete um período de nossa historia, em que transita de uma fase dourada, para tempos um tanto que mais sombrios e indefinidos que viriam a seguir.
Em contra partida, o elenco, mesmo se apresentando visualmente idênticos aos seus respectivos personagens históricos, se veem um tanto que travados em cena e pouco tem o direito de acrescentar alguma coisa. Voltando ao que eu disse no inicio do texto, Tony Ramos por mais que cumpra o seu dever de casa, ao nos apresentar novamente um ótimo desempenho, lhe falta mais liberdade artística em sua atuação. Felizmente o ator global foi feliz ao contracenar com atriz Drica Moraes, que interpreta a filha do Presidente, cujas cenas de ambos juntos demonstram uma total sintonia.
Embora com as suas limitações lá e aqui, Getúlio pelo menos servirá como uma produção para ser bem vista aos olhos dessa nova geração, que desconhece momentos importantes da nossa historia e que pouco se empenham em frequentar a biblioteca da escola.
2 comentários:
Apesar de saber que o filme não é grande coisa, tenho interesse em assistir. Parece, ao menos, um thriller interessante.
Assista Celo mas não espere nada memorável.
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