Sinopse: Duas indicações ao
oscar:Melhor fotografia e Melhor mixagem de sombrOscar Isaac interpreta um
músico em ascensão na trama baseada levemente na vida do nova-iorquino Dave van
Ronk (1936 - 2002) rebatizado Llewyn Davis que foi parte fundamental da cena
Folk de Greenwich Village nos anos 60.
Vencedor do Grande
Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2013 e indicado a dois Oscar técnicos –
fotografia e mixagem de som - Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum ao
mesmo tempo que possui a visão dos irmãos Ethan e Joel Coen, seus roteiristas e
diretores carrega um certo travamento com relação aos sonhos não realizados do protagonista.
A historia é sobre a jornada de altos e baixos de um cantor de música folk, de enorme talento
mas com falta de sorte, Llewyn Davis (Oscar Isaac), os diretores autorais
parecem querer trilhar o mesmo lugar já percorrido em seus filmes anteriores,
mas sem tirar uma pipita de ouro. Contudo, assim como a maioria dos seus filmes
é uma produção que vale a pena ser vista.
Ambientado no começo
dos anos 1960, com ótimas interpretações de rostos já conhecidos do universo dos Coen, como John Goodman numa interpretação
espetacular e completado por caras novas como de Carey Mulligan (Drive),
Garrett Hedlund (Na Estrada) e F. Murray Abraham (Sem Perdão). O cenário
musical folk no Greenwich Village nova-iorquino antes do surgimento de Bob
Dylan, que é representado rapidamente de um modo engraçado , uma visão da
família norte-americana (será que não é de toda família, que só muda de
endereço?), um olhar cínico sobre os relacionamentos amorosos embalam o
contexto.
Tudo isso torna mais
saboroso acompanhar as desventuras de Llewyn, lutando por um lugar ao sol
depois do suicídio de um parceiro, mas não conseguindo encontrar um modo de ser
realmente vencedor, essa obsessão da América. Um verdadeiro gato vira-lata na
vida, um símbolo que aliás se torna literal, com a participação de dois
bichanos no caminho atravancado do protagonista, que pode ser encarado como
alguém imbuído de uma dignidade peculiar demais para seu próprio bem – o que dá
à sua história um toque melancólico.
A melhor notícia do filme é como o
guatemalteco criado em Miami Oscar Isaac atua bem quando tem chance num filme
bom – já tinha dado para notar com seu pequeno papel em Drive, ao lado de Ryan
Gosling. Aqui, ele se apropria de um personagem que facilmente cairia na
caricatura, não fossem os Coen e ele mesmo os profissionais sutis que são. De
quebra, ainda mostra seus dotes como cantor.
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