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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 22 de maio de 2012

COMO SE VER UM FILME 2 - OS GÊNEROS: Parte 1


Nos dias 26 e 27 de Maio, participarei do curso Como Se Ver Um Filme 2 – Gêneros, criado pelo CENA UM  e ministrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui falarei sobre qual é o melhor (em minha opinião) filme de cada gênero.  

      MELHOR DRAMA:
          UMA RUA CHAMADA PECADO (1951)
  
Sinopse: Blanche DuBois, uma mulher frágil e neurótica (Vivien Leigh), vai visitar sua irmã grávida (Kim Hunter), em Nova Orleans, em busca de um lugar que possa chamar de seu, já que, após seduzir um jovem de 17 anos, ela foi expulsa da sua cidade natal no Mississipi. Sua chegada afetará fortemente a vida da sua irmã, do seu cunhado e a sua própria vida.


Vivien Leigh ficou até certo tempo da vida sendo lembrada como a protagonista de O Vento Levou, mas foi em 1951 que ela provou que não deixaria a historia do cinema sendo lembrada com apenas um filme. Uma Rua Chamada Pecado foi rodado em 1951 pelo diretor Elia Kazan. Curiosamente, ele havia dirigido a mesma historia, varias vezes no teatro, e é por isso que existe a sensação de se estar assistindo uma peça  filmada.
Na época de seu lançamento, o filme (apesar do grande sucesso), foi criticado, por mostrar a degradação da família norte americana, ou seja, foi o primeiro filme a tirar do armário a realidade que estava acontecendo naquele tempo. O personagem Stanley Kowaiski, interpretado magistralmente por Marlon Brando, é um homem rude, insensível, que não exista em esmagar a moral da pessoa e viciado em noitadas e jogos com os amigos. Enquanto isso tem uma esposa frágil que passa boa parte do casamento sendo dominada.
Esse foi o primeiro grande sucesso da carreira de Marlon Brando, que a partir daí, se tornaria símbolo de personagem desajustado. Kim Hunter interpreta com competência a “esposa vitima” do marido, que curiosamente, essa atriz acabou sendo mais lembrada depois pela sua personagem Zira em O Planeta dos Macacos, mas por mais marcante que foi aquele filme de ficção, eu prefiro pensar que o papel da sua vida foi mesmo neste filme, principalmente pelos momentos finais da película onde ela, cansada de tudo aquilo, resolve virar a mesa, sendo uma das primeiras mulheres do cinema a declarar independência às mulheres, mesmo que não sendo dito, mas sim sugestivamente.
Mas a grande alma do filme é realmente Vivien Leigh. Sua personagem quando se apresenta em cena, já demonstra ser uma pessoa que enfrenta seus demônios interiores, querendo segurar das maneiras mais possíveis os desejos que sente principalmente a certa atração sugestiva que tem com o cunhado, mas essa atração irá lhe custar caro, em um dos grandes clímax da película, onde ficamos nos perguntado o que realmente aconteceu.
Curiosamente, quando foi lançado na época, o filme teve três minutos de cenas cortadas devido a censura na época. Com o DVD nacional, foi mostrado mais cenas sugestivas, sendo que ai  esta a graça do filme. Ele é forte, mas tudo o que acontece na trama é tudo sugestivo o que torna ainda mais precioso.
Uma Rua Chamada Pecado sempre figura entre os melhores filmes de todos os tempos, por sempre ser atual e nunca envelhecer. Filme indispensável para os amantes de cinema.

Premiações:
Ganhou 4 Oscars: Melhor Atriz (Vivien Leigh), Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Hunter), Melhor Ator Coadjuvante (Karl Malden) e Melhor Direção de Arte. Recebeu ainda outras 8 indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Marlon Brando), Melhor Fotografia em Preto e Branco, Melhor Figurino em Preto e Branco, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som e Melhor Roteiro
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Hunter).
Ganhou o Prêmio do Júri e o prêmio de Melhor Atriz (Vivien Leigh), no Festival de Veneza.

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2 comentários:

Gilberto Carlos disse...

Uma rua chamada pecado é maravilhoso, mas eu prefiro o título Uma rua chamada pecado.

Marcelo Castro Moraes disse...

Gilberto, vc não quis dizer Um Bonde Chamado Desejo?