NOSTALGIA
TRASH
Sinopse: A escritora de sucesso Bruna
Bloch põe em prática um plano inescrupuloso para evitar que tenha uma crise
criativa e saia da lista dos mais vendidos: adquirir um chip indutor de
descargas de dopamina que, quando implantado no cérebro humano, gera surtos de
inspiração. Para isso, ela contrata os serviços do criador desta invenção, Dr.
Bartholomeu Bava, que perdeu sua licença médica após um acidente nas pesquisas
para criação do chip. Mas Bruna não quer implantá-lo em si mesma, e sim em uma
cobaia humana, a simplória garota Cristi.
Filme que foi exibido na abertura do 8º
festival do Fantaspoa na semana passada, com a presença do diretor Paulo
Biscaia Filho (Morte Story) e da atriz e cantora Uyara Torrente. Biscaia Filho, com certeza é fã
dos filmes de terror dos anos 80, já que o filme carrega elementos de outros
filmes daquela época, como no caso de Re-Animator e Scannner: Desafie a sua
Mente. A produção toda em si é tosca, puramente trash, que poderia facilmente
ter sido exibido na saudosa sessão do Cine Trash da Band nos anos 90, e só por
isso, é um filme que merece ser visto.
Embora tenha elementos macabros (com direitos
há aberturas de crânio e retiradas de coração do corpo), o filme vai mais para
o lado do terrir, já que em nenhum momento da para levar a historia a sério,
muito menos para o elenco, que se por um lado são talentosos, no primeiro ato, eles
apenas aparentam estar interpretando, tudo de uma forma proposital, para não
levar nada a sério, onde até mesmo Daniel Colombo, que é um ótimo ator,
consegue passar tamanha ruindade proposital para o seu personagem. Quem se sai
melhor, é a atriz e cantora Uyara Torrente, cujo seu personagem vai se descascando
nos três atos da trama de tal modo, que simplesmente rouba a cena do filme, até
mesmo no inicio, quando a intenção era apenas passar uma interpretação ruim.
Com um final bem previsível,
mas que funciona com a proposta que o filme passa, Nervo Craniano Zero, é uma divertida e redondinha trama de terror que
faz nos relembrar dos tempos de um gênero de terror mais inocente que pipocava
aos montes nos anos 80, e acredito que está mais do que na hora do cinema Brasileiro
investir em outros gêneros como esse, mesmo sendo com orçamentos curtos, mas
com idéias criativas.
Leia mais sobre o 8º
Festival do Fantaspoa clicando aqui.
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