De 1967 a 1980,
o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde era apresentado para
o publico, historias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA
passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com
uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos,
algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda”
(Nouvelle Vague).
A partir de hoje, apresentarei a cada dia deste mês, os principais filmes que nasceram desse importante período.
BONNIE CLYDE: UMA RAJADA
DE BALAS
Sinopse: Durante a
Grande Depressão, Bonnie Parker (Faye Dunaway) conhece Clyde Barrow (Warren
Beatty), um ex-presidiário que foi solto por bom comportamento, quando este
tenta roubar o carro de sua mãe. Atraída pelo rapaz, ela o acompanha. Ambos
iniciam uma carreira de crimes, assaltando bancos e roubando automóveis.
Conhecem o mecânico C.W. Moss (Michael J. Pollard), que passa a ser o novo
companheiro da dupla, mas durante um assalto matam uma pessoa e são caçados daí
em diante como assassinos. Ao grupo une-se Buck (Gene Hackman), o irmão de Clyde
recém-saído da cadeia, e Blanche (Estelle Parsons), sua mulher. Sucedem-se os
assaltos e logo o quinteto ganha fama em todo o sul do país. Uma noite, são
cercados por vários policiais e, obrigados a matar para fugir, são perseguidos
em vários estados.
Filme clássico que resgata os dias de crime e de aventura desse famoso casal. Um violento e fiel conto, baseado em fatos verídicos, que deu origem a vários filmes sobre gangues da época, sendo uma analise de costumes e tudo apresentado de uma maneira altamente profissional. Fazendo um retrato crítico, de um dos piores períodos dos EUA, onde em meio a uma crise sem precedentes, surgia criminosos, com um único intuito em sobreviver num país arruinado, mas que precisava enfrentar uma policia tão traiçoeira quanto eles.
O filme também se tornaria o primeiro sucesso da carreira de Gene Hackman, que no filme interpretaria o irmão de Clayde, e seu desempenho foi tão convincente, que o futuro astro ganharia já inicio de carreira, sua primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante. A produção também é muito bem lembrada, pela Trilha sonora eficiente e fotografia requintada. Além de Hachman, ocorreu a estréia do cinema (em seqüência muito engraçada), de Gene Wilder. O filme levaria os Oscar de atriz coadjuvante (Estelle Parsons) e fotografia, mas é muito pouco para um clássico como esse, que inauguraria o período conhecido como “a nova Hollywood,” e por possuir um dos finais mais corajosos e impactantes da historia do cinema.
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