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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 24 de julho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Oppenheimer'

Sinopse: O físico J. Robert Oppenheimer trabalha com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento da bomba atômica. 

Christopher Nolan se tornou o tema do meu primeiro curso que eu ministrei pelo Cine Um não somente pela sua curiosa filmografia, como também pela sua obsessão pela verossimilhança. Pelo fato de elaborar tramas que podem muito bem acontecer no mundo real isso faz com que cada ação testemunhada na tela tenha as suas consequências e por vezes irreversíveis. "Oppenheimer" (2023) é sobre atos e consequências orquestradas por um homem, que tinha a intenção de evitar uma guerra, mas deu início ao que pode provocar a extinção humana.

Baseado no livro biográfico vencedor do Prêmio Pulitzer, Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer, a trama é ambientada na Segunda Guerra Mundial, onde acompanhamos a vida de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), físico teórico da Universidade da Califórnia e diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan - que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

A destruição de Hiroshima e Nagasaki é com certeza um dos maiores crimes contra a humanidade e dos quais os EUA quase nunca quiseram debater, seja por medo ou até mesmo vergonha. Portanto, sempre quando um filme é lançado sobre esse assunto rende diversos debates, principalmente quando o próprio cinema norte americano levanta a questão e fazendo a gente questionar se irão ou não fazer uma autocrítica. Christopher Nolan, por sua vez, compreende a magnitude sobre o tema e procura adentrar na alma humana do criador da bomba e para isso filma como ninguém.

Defensor ferrenho do IMAX, Nolan filma com esse recurso não somente para sentirmos maiores detalhes do cenário dos eventos da trama, como também cada expressão e olhar que a gente testemunha em seus respectivos personagens principais, principalmente com relação Robert Oppenheimer. Se no passado Sergio Leone, mesmo com poucos recursos, adentrava ao máximo na mente dos seus protagonistas através de um zoom até então inédito, aqui Nolan usa a tecnologia de ponta ao seu favor para tentarmos compreender sobre o que está pensando o homem realizador da bomba do fim do mundo. Cillian Murphy entrega uma atuação poderosa, ao construir um personagem complexo, que deseja ir além de suas capacidades, mas tendo consciência do erro que estaria cometendo e sobre aqueles que se aproveitariam disso.

Com três horas de duração ao seu favor, Christopher Nolan cria um verdadeiro filme de ação, mas não com explosões ou perseguição, mas sim com diversos diálogos afiados e onde cada passagem nos explica as engrenagens sobre a criação da bomba que mudaria os rumos do mundo. Com uma edição poderosa, o filme ainda obtém maior ritmo graças a sua trilha sonora composta pelo compositor sueco Ludwig Göransson, cuja suas notas disparam em momentos em que o cineasta pede para prestarmos atenção sobre o que está acontecendo enquanto a trilha sonora vai nos acompanhando. Algo similar ao que foi visto em "A Rede Social" (2010), onde aparentemente nada acontece, mas cuja trilha aumenta a carga dramática em sua total magnitude.

Além disso, é surpreendente quando a fotografia transita entre as cores tradicionais para momentos em preto e branco, sendo que neste último caso ela sintetiza o lado frio e calculista de homens poderosos e sem nenhum escrúpulo com relação aos seus atos. É um filme político, mas ao mesmo tempo transitando entre o subgênero tribunal e destacando o momento em que os EUA estava fazendo o seu Caça às Bruxas contra o comunismo e jugando até mesmo aqueles que um dia haviam ajudado o país no passado.

Neste cenário se encontra o homem do gabinete do Presidente, Lewis Strauss, interpretado por Robert Downey Jr e cuja suas intenções transitam entre o bom senso e ambição que o alimenta. Strauss vê no protagonista alguém para ser usado a todo custo, mas uma vez sendo inútil decide destruí-lo através de investigações e julgamento. Downey está ótimo em seu personagem, ao destacar uma pessoa complexa, que sabe jogar no universo político, mas conhecendo os seus limites de perto e se dando conta que não é exatamente intocável.

Emily Blunt, por sua vez, nos brinda com uma atuação poderosa, cuja sua personagem gerará polêmicas, mas cuja sua expressão final perante a hipocrisia da política norte-americana nos faz esquecer de qualquer passo em falso vindo dela. Já Jean Tatlock, interpretada por Florence Pugh, não só representa a ala comunista perseguida dentro da trama, como também o outro lado do protagonista que o próprio não sabe controlar e se sentindo nu em determinado ponto da história. Curiosamente, Nolan faz deste momento uma forma de se desprender de qualquer regra narrativa e fazendo criar dentro de nós uma sensação desconfortante, mas que é preciso ser sentida.

Desconforto é palavra-chave para o filme como um todo, já que estamos diante de uma obra que fala passo a passo da construção da bomba da morte. Por conta disso não há glamour no momento em que ela explode, pois ela é silenciosa para desfrutarmos da beleza de algo até então inédito, para logo depois sentirmos o barulho da explosão e nos darmos conta do horror que estará por vir. Após   Hiroshima e Nagasaki, o protagonista se encontra diante de uma sociedade norte americana radiante, mas tentando conter dentro de si o peso de tal gravidade.

O filme, portanto, nos mostra que estamos impotentes perante a força de poderes que podem nos destruir a qualquer momento e cujo cientistas que ajudaram na realização de certos inventos se tornarem apenas peças que são controladas por homens poderosos. Ao fim, ao vermos a cena final do protagonista ao lado de Albert Einstein testemunhamos as suas expressões de horror por terem total juízo de que o homem se extinguira devido as suas ambições e que não haverá nenhum poder para conter infelizmente. A bomba foi disparada no final da Segunda Guerra, mas ela ainda se alastra.

"Oppenheimer" não é somente sobre a origem da bomba atômica como também o ponto inicial da extinção da raça humana. 

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Cine Dica: Ciclo sobre vanguardas no cinema estreia na Sala Redenção

De 25 de julho a 12 de setembro, a Sala Redenção apresenta uma programação de obras cinematográficas que representam diferentes vanguardas artísticas. O ciclo “A Vanguarda no Cinema” apresenta oito sessões comentadas, realizadas às terças-feiras, às 19h, com entrada franca e aberta à comunidade em geral.

Em diálogo com as ideias de vanguarda da historiadora francesa Nicole Brenez e do belga Thierry de Duve, a programação se dedica àquelas obras que se expõem ao risco de não serem percebidas como arte, e que rompem com os limites do previsível. São filmes que trazem inovações na linguagem e no formato cinematográficos.

“A Vanguarda no Cinema” reúne representantes do movimento surrealista (“A Concha e o Clérigo”), do expressionismo (“M, O vampiro de Düsseldorf” e “Paula Modersohn-Becker – Retrato”) e da montagem russa (“Um homem com uma câmera” e “Outubro”). Além disso, a programação apresenta obras de dois diretores que inovaram na produção de documentários: o alemão Harun Farocki (“Videogramas de uma revolução” e “Imagens do mundo e inscrições da guerra”) e o francês Chris Marker (“Sem Sol”).

O ciclo está vinculado à disciplina “Seminários de Tópicos Especiais: Cinema de Vanguarda e Vanguardas Artísticas”, do bacharelado em Artes Visuais da UFRGS, ministrada pelo professor Luís Edegar de Oliveira Costa. Os alunos da disciplina, juntamente com Luís Edegar, são os responsáveis pela curadoria do ciclo e participam dos debates após cada sessão. Algumas exibições contam ainda com a correalização do Instituto Goethe Porto Alegre e da Aliança Francesa Porto Alegre.

O cinema da UFRGS está localizado no campus central da universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333. Confira a programação completa no site oficial clicando aqui. 

domingo, 23 de julho de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Radioactive'

Sobre o Filme: Vários pioneiros de diversas invenções viram as suas obras serem mastigadas de forma errônea pela humanidade ao longo da história. Pegamos, por exemplo, o nosso Santos Dumont, que criou o avião a motor e que viu o seu maior feito sendo usados para um cenário que ele jamais queria que fosse inserido. Em 1932, ocorreu a revolução constitucionalista, em que o estado de São Paulo se levantou contra o governo revolucionário de Getúlio Vargas. Mas o conflito aconteceu e aviões atacaram o Campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente, sobrevoaram o Guarujá, e a visão de aviões em combate pode ter causado uma angústia profunda em Santos Dumont que, nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, suicidou-se, aos 59 anos de idade.  

Grandes feitos acabam sendo usados pela ambição do homem e do qual não consegue desvencilhar desse grande defeito ao longo da história. "Radiocative" (2021) fala sobre uma mulher à frente do seu tempo, mas que viu o seu grande feito sendo dividido entre a salvação e a destruição. Dirigido por  Marjane Satrapi, do filme "Persepolis" (2008), o filme conta sobre a cientista Marie (Rosamund Pike), que sempre enfrentou dificuldades em conseguir apoio para suas experiências devido ao fato de ser uma mulher. Ao conhecer Pierre Curie (Sam Riley), ela logo se surpreende pelo fato dele conhecer seu trabalho, o que a deixa lisonjeada. Logo os dois estão trabalhando juntos e, posteriormente, iniciam um relacionamento que resultou em duas filhas. Juntos, Marie e Pierre descobrem dois novos elementos químicos, rádio e polônio, que dão início ao uso da radioatividade. 

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui e participe da próxima live do Cine Debate.

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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Cine Especial: Revisitando 'Coração Satânico'

Sinopse: Em 1955, em Nova York, o detetive particular Harry Angel é contratado para encontrar um cantor desaparecido no final da Segunda Guerra Mundial. Sua investigação o leva a Nova Orleans, onde feitiçaria e assassinato seguem seus passos.  

Certa vez o escritor inglês Alan Moore estava passeando pelas ruas de Londres quando de repente ele cruzou com uma misteriosa figura que lhe piscou o olho e seguiu o seu rumo. Essa figura usava um casaco surrado, estava fumando e tinha a cara do cantor e compositor Sting. O escritor ficou tão fascinado por aquela pessoa que a mesma o acabou servindo de inspiração para a criação de Constantine, personagem ocultista, que enfrenta diversos demônios, que surgiu pela primeira vez nas HQ do "Monstro do Pântano" que o escritor estava no comando na época dos anos oitenta e que posteriormente acabou ganhando suas próprias histórias.

Quando eu penso nesta lenda urbana logo me vem à mente um outro personagem cuja sua trama é parecida, sobre um detetive dos anos cinquenta que é contratado por um homem misterioso para encontrar o paradeiro de um cantor que se encontra sumido desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O detetive, por sua vez, possui um visual semelhante ao Constantine e o homem misterioso que o contrata não é ninguém menos que o próprio Diabo. A história foi lida pela primeira vez em um livro lançado em 1978, intitulado "Coração Satânico" e escrito por William Hjortsberg.

Sendo assim, talvez a figura de Constantine não seja tão original como eu imaginava, pois a fonte de inspiração para a sua criação talvez já estivesse neste livro e a adaptação para o cinema de 1987 comandada por Alan Parker fortalece ainda mais esse meu pensamento. O filme foi lançado em um momento interessante do cinema norte americano, pois se de um lado havia filmes  esperançosos que e que compartilhavam a ideia da Utopia norte americana, do outro, havia produções que ainda exploravam o lado realista e obscuro da realidade do dia a dia. Embora seja um filme de terror "Coração Satânico" foge facilmente dos clichês do gênero e nos brindando com um belo filme investigativo.

Na realidade o filme é bem próximo do subgênero "Noir" do qual fazia muito sucesso nos anos quarenta e cinquenta e do qual foi revisitado ao longo das décadas. Tudo está lá, desde uma fotografia quase em preto e branco, como também cenários que são moldados por muita chuva, mulheres misteriosas, detetives durões e uma trama que explora o lado obscuro da alma humana. Não é à toa, portanto, que o filme o segue uma linha cujo elementos já haviam sido revistados em "Chinatown" (1974) e posteriormente em "Blade Runner" (1982).

Não é sempre, porém, que um filme consegue obter uma fidelidade perfeita quando nós comparamos a sua fonte de origem. Porém, Alana Parker surpreende ao filmar como ninguém, pois determinadas cenas remetem a forma como as obras literárias contam as suas histórias, principalmente quando pequenos detalhes acabam por cobrir meia página para termos uma exatidão sobre um personagem ou situação. Na cena, por exemplo, em que somos apresentados pela primeira vez o misterioso personagem de Robert De Niro logo observamos os detalhes de suas unhas, do seu modo de vestir a sua misteriosa bengala em sua mão direita.

Tudo realizado de uma forma perfeccionista, como se cada detalhe se tornasse crucial e que serviria para montarmos um quebra cabeça e para ficar finalizado ao final da trama. Além disso, a mente do personagem de Mickey Rourke é fragmentada, sendo que as suas lembranças vêm e voltam durante a trama e fazendo com que as mesmas se tornem peças principais da narrativa. O que era para ser a busca sobre um simples desaparecimento de um cantor esquecido acaba se tornando uma cruzada que leva o protagonista a um beco sem saída.

Mickey Rourke estava vindo de um enorme sucesso que foi "9 1/2 Semanas de Amor" (1986) e desde "O Selvagem da Motocicleta" (1983) estava sendo apontado como o mais novo Marlon Brando. Infelizmente os rumos não foram como a gente esperava e o ator acabou enfrentando uma extrema decadência o que é uma grande pena, já que neste filme ele obtém uma de suas melhores atuações, pois tanto o seu personagem como a sua pessoa do mundo real se cruza na construção de seu desempenho e fazendo do seu personagem alguém ainda mais complexo do que nós imaginamos. Embora com poucas cenas Robert De Niro novamente dá um show de atuação e cujo seu misterioso personagem já nos dá uma ideia do que ele é no primeiro ato da trama, mas fazendo com que a revelação se torne ainda mais assustadora.

O final, a meu ver, está entre os mais corajosos da história do cinema, pois ele é bem anti-hollywoodiano e fugindo de qualquer clichê previsível. Curiosamente, "Coração Satânico" foi destaque da primeira edição da saudosa revista Set de cinema e se tornando um verdadeiro item de colecionador para aqueles que buscam informações sobre críticas e análises quando a obra havia sido lançada. O filme por si só envelheceu muito bem e podendo até mesmo entrar facilmente na lista dos melhores filmes da década de oitenta.

"Coração Satânico" é um grande clássico ao saber cruzar o gênero de horror com o subgênero Noir e fazendo da obra se tornar venerada e até mesmo copiada ao longo das décadas.  

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/07/2023)

 BARBIE

Sinopse: No fabuloso live-action da boneca mais famosa do mundo, acompanhamos o dia a dia em Barbieland - o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas. 


OPPENHEIMER

Sinopse: Oppenheimer é um filme histórico de drama dirigido por Christopher Nolan e baseado no livro biográfico vencedor do Prêmio Pulitzer, Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin.


LOUCAS EM APUROS

Sinopse: Na comédia Loucas em Apuros, as amigas Audrey (Ashley Park), Lolo (Sherry Cola), Kat (Stephanie Hsu) e Deadeye (Sabrina Wu) se unem após uma viagem a negócios mal-sucedida.


MÁQUINA DO DESEJO

Sinopse: Máquina do Desejo narra a história dos 60 anos do Teatro Oficina, retratando a trajetória de Zé Celso, que revolucionou a linguagem teatral no Brasil e juntamente com seu grupo de atores, construiu uma forma de resistência política durante tempos conservadores e de ataques à expressões culturais.


TINTORETTO – UM REBELDE EM VENEZA

Com narração de Helena Bonham Carter e a participação especial de Peter Greenaway, esta nova produção de cinema celebra o 500o aniversário do nascimento do último grande artista do Renascimento italiano.


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 20 A 26 DE JULHO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

O CRIME É MEU

A cinesemana de 20 a 26 de julho marca a estreia do documentário brasileiro MÁQUINA DO DESEJO – OS 60 ANOS DO TEATRO OFICINA, que celebra a trajetória do diretor e dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, que morreu recentemente. Também recebemos na nossa programação o longa francês O CRIME É MEU, refilmagem de François Ozon para uma peça da década de 1930 e já vista em filmes anteriores de Hollywood.

Sucessos de público, seguem em cartaz os dramas A NOITE DO DIA 12 e HERÓI DE SANGUE, além de A SINDICALISTA e O ÚLTIMO ÔNIBUS.Também temos algumas exibições especiais nesta semana, incluindo a pré-estreia do drama português ALMA VIVA e sessões comentadas dos filmes brasileiros MULHER DO PAI e O MESTRE DA FUMAÇA.


Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h30 – A NOITE DO DIA 12 Assista o trailer aqui.

(La nuit du 12 - Bélgica/França, 2022, 115min). Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama policial.

Sinopse: Foi na noite de 12 de outubro que Clara, uma garota de 21 anos, foi assassinada. Aparentemente, ela não tinha inimigos - apenas se apaixonava facilmente. O detetive Yohan assume o caso e começa a se envolver emocionalmente com a vida da vítima, ampliando os interrogatórios e as suspeitas sobre o crime. Vencedor de quatro prêmios César (incluindo filme e direção), o filme é baseado em um capítulo do livro de Pauline Guéna, que acompanhou durante um ano uma equipe de polícia em Versalhes.


16h45 – HERÓI DE SANGUE Assista o trailer aqui.

(Tirailleurs - Senegal/França, 2022, 100min) Direção de Mathieu Vadepied, com Omar Sy, Alassane Diong, Jonas Bloquet. Synapse Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem senegalês Thierno é um dos muitos jovens recrutados pela França e tirados de suas famílias para lutar contra um inimigo desconhecido. Inconformado, seu pai, o aldeão Bakary, se alista nas tropas na tentativa de proteger o filho. Mais do que um filme de guerra, o diretor Vadepied (que trabalhou com Omar Sy em “Intocáveis”) traz aqui uma história de laços entre pai e filho.


18h45 – MÁQUINA DO DESEJO – OS 60 ANOS DO TEATRO OFICINA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 109min). Documentário de Joaquim Castro e Lucas Weglinski. Descoloniza Filmes, 16 anos.

Sinopse: Em homenagem à trajetória do Zé Celso Martinez Corrêa (1937 – 2023), o documentário mostra a revolução provocada pelo Teatro Oficina na cena cultural do país desde os anos tropicalistas. Os dois diretores mergulharam no precioso acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona para revisitar uma história que envolve personalidades como Caetano Veloso, Glauber Rocha, Lina Bo Bardi, Chico Buarque e Zé do Caixão e mistura arte e vida na busca de uma linguagem verdadeiramente brasileira sob o comando de Zé Celso. O filme foi visto em 10 festivais no Brasil e exterior, com vários destaques – incluindo o prêmio especial do júri no Festival de Cinema da Fronteira em 2021.


SALA EDUARDO HIRTZ


15h – O CRIME É MEU Assista o trailer aqui.

(Mon Crime - França, 2023, 102min). Direção de François Ozon, com Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Fabrice Luchini, Isabelle Huppert. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Madeleine é uma jovem atriz que assume o assassinato de um famoso produtor na tentativa de ficar famosa. Sua melhor amiga, a advogada Pauline, resolve defendê-la nos tribunais com a perspectiva de ganhar algum dinheiro. Elas se saem bem no suposto golpe, mas não demora muito para a verdade vir à tona. A peça que inspirou o filme estreou em 1934 na França e já foi adaptada duas vezes para o cinema: “Confissão de Mulher” (1937) e “A Mentirosa” (1946).  

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA SEXTA, DIA 21)


17h – A SINDICALISTA Assista o trailer aqui.

(La Syndicaliste - França, 2022, 121min). Direção de Jean-Paul Salomé, com Isabelle Huppert, Grégory Gadebois, François-Xavier Demaison. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O filme mostra a trajetória de Maureen Kearney, uma representante sindical francesa que denunciou acordos secretos da França com a China e abalou a potente indústria nuclear em seu país no início dos anos 2000. Maureen viveu tempos difíceis, já que sua denúncia resultou em episódios de intimidação, uma agressão em sua própria casa e até o rótulo de vilã dos fatos.  O filme é baseado em um livro-reportagem escrito pela jornalista francesa Caroline Michel-Aguirre, da revista Le Nouvel Observateur.


 19h15 – O CRIME É MEU

(Mon Crime - França, 2023, 102min). Direção de François Ozon, com Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Fabrice Luchini, Isabelle Huppert. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Madeleine é uma jovem atriz que assume o assassinato de um famoso produtor na tentativa de ficar famosa. Sua melhor amiga, a advogada Pauline, resolve defendê-la nos tribunais com a perspectiva de ganhar algum dinheiro. Elas se saem bem no suposto golpe, mas não demora muito para a verdade vir à tona. A peça que inspirou o filme estreou em 1934 na França e já foi adaptada duas vezes para o cinema: “Confissão de Mulher” (1937) e “A Mentirosa” (1946).  


(NÃO HAVERÁ SESSÃO NO SÁBADO, TERÇA E QUARTA, DIAS 22, 25 E 26) SÁBADO, DIA 22, ÀS 19h15


19h15 – ALMA VIVA – PRÉ-ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Portugal, 2022, 85min). Direção de Cristèle Alves Meira, com Lua Michel, Ana Padrão, Jacqueline Corado. Imovision, 12 anos. Drama.

Sinopse: A cada verão, a pequena Salomé, filha de imigrantes portugueses que vivem na França, vai passar férias em um vilarejo no interior de Portugal. Lá vive sua avó, com quem Salomé tem uma relação muito próxima e que é considerada bruxa pelos outros habitantes da aldeia.


TERÇA, DIA 25, ÀS 19h15


19h15 – O MESTRE DA FUMAÇA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 105min). Direção de André Sigwalt e Augusto Soares, com Daniel Rocha e Tony Lee. Lança Filmes, 16 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Os irmãos Gabriel e Daniel se veem amaldiçoados pela máfia chinesa com a temida Vingança das 3 Gerações, que já ceifou a vida do avô e do pai de ambos. Para sobreviver, um dos irmãos precisa aprender os segredos do Estilo da Fumaça, uma arte marcial cannábica ancestral ensinada por um mestre único.

Seguida de debate com convidados da Lança Filmes.


QUARTA, DIA 26, ÀS 19h15


19h15 – MULHER DO PAI Assista o trailer aqui.

(Brasil, 95min, 2017). Direção de Cristiane Oliveira, com Maria Galant e Marat Descartes. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O primeiro longa da diretora gaúcha foi rodado na fronteira do Brasil com o Uruguai e gira em torno de Nalu, uma adolescente que precisa cuidar de Ruben, seu pai, que ficou cego há alguns anos. Dentro da programação da exposição “Outra maneira de ver: os 20 anos de uma parceria criativa”, apresentada pelo Ieavi-RS. Haverá debate com a artista visual Elaine Tedesco, a produtora Gina O’Donnell e a montadora Tula Anagnostopoulos.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h45 – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


16h30 – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


18h30 – A NOITE DO DIA 12

(La nuit du 12 - Bélgica/França, 2022, 115min). Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama policial.

Sinopse: Foi na noite de 12 de outubro que Clara, uma garota de 21 anos, foi assassinada. Aparentemente, ela não tinha inimigos - apenas se apaixonava facilmente. O detetive Yohan assume o caso e começa a se envolver emocionalmente com a vida da vítima, ampliando os interrogatórios e as suspeitas sobre o crime. Vencedor de quatro prêmios César (incluindo filme e direção), o filme é baseado em um capítulo do livro de Pauline Guéna, que acompanhou durante um ano uma equipe de polícia em Versalhes.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 25)


TERÇA, DIA 25, ÀS 19h


19h – EPIDEMIA DE CORES – ENTRADA FRANCA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2016, 70min). Documentário de Mário Saretta. Lança Filmes, Livre.

Sinopse: O filme retrata o dia a dia dos participantes e coordenadores da Oficina de Criatividade ministrada no Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre, que hoje reúne um acervo de 200 mil peças. Realizado ao longo de dois anos, o documentário propõe uma reflexão sobre arte, loucura e liberdade. Sessão de lançamento do catálogo da exposição “Podium”, seguido de debate com os curadores Barbara Neubarth e Edson Souza.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Beau Tem Medo'

Sinopse: Um homem paranoico embarca em uma odisseia épica para voltar para casa e encontrar sua mãe. 

Ari Aster é um diretor incomodo, do qual incomoda muita gente e cujo seus filmes nos provocam sensações angustiantes e a gente só agradece. Se "Hereditário" (2018) é apontado como um dos melhores filmes de horror dos últimos tempos não duvide, pois a sua qualidade prosseguiu com "Midsommar" (2019) e piorando ainda mais as nossas sensações interiores. Agora, "Beau Tem Medo" (2023) não só incomoda como nos leva para uma odisseia pessoal, talvez não só protagonista em si, como também da situação peculiar que todos nós convivemos em tempos contemporâneos.

Ambientado em nosso presente (?), a trama acompanha Beau Wassermann (Joaquin Phoenix), um homem extremamente tenso e paranoico que tem uma relação turbulenta com a mãe dominadora, Mona (Patti LuPone), e nunca conheceu o pai. Quando Mona morre, Beau precisa ir até sua antiga casa para o funeral, mas a viagem acaba sendo dificultada por uma série de acontecimentos imprevisíveis que parecem tentar desviá-lo de sua jornada a qualquer custo. Agora, ele deve enfrentar seus piores - e mais absurdos - medos se quiser chegar ao seu destino.

Ari Aster procura falar alguma coisa através dos seus filmes, mesmo quando as suas obras anteriores se prendiam ao gênero de horror, mas que se elevavam ao inusitado e nos brindando com uma experiência fora do comum. Aqui não é diferente, principalmente quando assistimos em algumas ocasiões situações que são de acordo com a perspectiva do protagonista, sendo que isso já começa no minuto inicial, ou mais precisamente no momento em que o protagonista nasce em um parto que, aparentemente, gerou complicações. A partir daí pode esperar tudo, menos o lado rotineiro do cinema norte americano.

Beau se apresenta como um personagem paranoico, temendo morrer por qualquer coisa e contendo dentro de si os seus desejos dos quais acredita que podem até matar. A rua em que ele mora, por exemplo, é ambientada por mendigos, viciados, policiais despreocupados e “cidadãos do bem” esperando para que uma pessoa salte de um prédio. Embora possamos acreditar de que se trate da maneira que o protagonista enxergue aquele mundo talvez seja a maneira que o cineasta esteja enxergando os tempos atuais cada vez mais desgovernados e que até mesmo Freud duvidaria que um dia chegaríamos neste ponto.

Falando em Freud, é notório que o protagonista possui uma relação não resolvida com a sua mãe, mas cujo ponto problemático conhecemos somente na superfície e só vamos conhecendo-o aos poucos na medida em que o protagonista tenta ir ao seu funeral. Tenta, já que ao longo do percurso acontece situações que beiram ao surrealismo e fazendo dessa jornada uma autodescoberta para Beau, mas fazendo com que ficamos na dúvida se isso tudo está realmente acontecendo, se são delírios ou se não passa de um grande pesadelo constante. Isso tudo se inicia a partir do ponto em que alguém está se escondendo em seu banheiro, ele correndo nu para a rua, sendo esfaqueado também por um homem nu e atropelado logo em seguida.

Toda essa loucura acontece em poucos minutos, mas sendo jogado para uma linha narrativa ainda bem menos lucida, mas que faz com que conhecemos melhor o seu passado, desde a personalidade complexa de sua mãe, como também de um amor nunca desfrutado. Ao mesmo tempo Ari Aster parece querer cutucar sobre o sonho norte americano, onde nos é apresentado uma família aparentemente perfeita, mas que não esconde as feridas nunca cicatrizadas e orquestradas por uma nação que se diz democrática. Quando esse cenário se descontrola e transborda para fora da borda é então que Ari Aster nos brinda com algo mais surpreendente.

É notório em que nos seus filmes haja uma predileção pelos símbolos significativos vindos da natureza e dos quais não são menos misteriosos do que qualquer conto vindo dos Irmãos Grimm. Aqui isso é acentuado no momento em que o protagonista testemunha uma peça de teatro, mas fazendo com que o mesmo se identifique com ela e fazendo com que a sua história se misture com a mesma e nos levando para uma nova camada de interpretação com relação ao enredo principal. É neste ponto, aliás, que o realizador nos surpreende como uma forma incomum de contar uma história, mas ao mesmo tempo familiar, desde ao usar desenhos tradicionais como também da mesma maneira em que o mágico e cineasta Georges Méliès realizava os seus curtas metragens clássicos como "A Viagem a Lua" (1902).

Até aqui, eu dou a entender que o diretor comanda tudo de forma espetacular, mas tudo fica ainda melhor graças atuação de Joaquin Phoenix. Após ter ganho o Oscar de melhor ator por "Coringa" (2019), Phoenix novamente nos brinda com um personagem problemático, do qual o mesmo não sabe compreender ao certo o que está acontecendo, mas que começa a fazer sentido no momento em que, aos poucos, se abre para revelar os seus segredos. Por vezes de forma abstrata, o filme escancara o fato do ser humano não aceitar os seus próprios erros, acumulando assim diversas dores e o levando para um caminho sem volta, mas que poderia ser evitada.

Tudo alinhado com situações, por vezes, abstratas e das quais nos faz levantar mais perguntas do que respostas. O ato final não é muito diferente com relação a tudo o que vimos ao longo do tempo, mas fazendo com que ficamos com determinadas cenas encravadas em nossas mentes e das quais não poderemos desvencilhar delas tão cedo. "Beau Tem Medo" é uma das experiências sensoriais mais imprevisíveis do ano e que somente Ari Aster poderia obter tamanho feito.     

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