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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Cine Dica: Streaming: 'The Handmaid´stale' - 4ª Temporada'

Sinopse: Após conseguir retirar o máximo de crianças da República de Gilead, June se vonta para novamente escapar da opressão e conseguir uma forma de alcançar o solo canadense.  


A primeira temporada de "The Handmaid´stale" (2017) foi extremamente fiel ao clássico literário da Margaret Atwood. Já a segunda e a terceira temporada, ao meu ver, buscaram se inspirar nas poucas páginas do epilogo daquele livro e correndo o sério risco de fazer com que a série sempre voltasse ao mesmo ponto onde havia começado. Porém, a quarta temporada provoca reviravoltas inéditas e fazendo com que tenhamos um certo vislumbre do final da saga da aia.

A temporada começa com June (Elizabeth Moss) se recuperando de ferimentos graves após conseguir enviar inúmeras crianças ao governo do Canada. Ao lado de suas companheiras aias, ela tenta de alguma forma sair desse governo opressor, mas ao mesmo tempo sabota-lo. Porém, novos desafios surgem no caminho e fazendo com que o seu destino se torne cada vez mais incerto.

Diferente das temporadas anteriores, o quarto ano começa intenso, principalmente com a entrada de novas pedras do tabuleiro desse jogo de matar ou morrer, como no caso da atriz  McKenna Grace, de apenas 14 anos, que interpreta a esposa de um dos comandantes que está ajudando a refugiar as aias. Atuação da jovem é estupenda e roubando a cena nos primeiros capítulos e fazendo com que a gente queira revê-la posteriormente. Até lá, desdobramentos acontecem a todo momento e testando a força e o modo de pensar de June.

Elizabeth Moss novamente nos brinda com uma de suas melhores atuações de sua carreira. Graças a personagem June ela consegue nos brindar com expressões que nos dizem mais do que meras palavras e fazendo com que até tenhamos pena com relação ao futuro de seus opressores que tanto a perseguiam nos episódios anteriores. Atenção para alguns episódios, pois além de atuar Elizabeth também dirige alguns capítulos e provando o seu grande potencial tanto a frente como atrás das câmeras.

Embora seja uma série baseada em uma ficção dos anos oitenta, tanto o programa como a obra literária continuam mais atuais do que nunca, principalmente em tempos em que a extrema direita pelo mundo cada vez mais se sente seduzida em oprimir os seus povos. Não deixa de ser curioso, por exemplo, ao vermos seguidores de Serena Joy (Yvonne Strahovski) e Fred Waterford (Joseph Fiennes), principais autoridades da República de Gilead sendo idolatrados como mitos, mesmo quando já foram divulgadas pela mídia as atrocidades que eles haviam provocado contra June e inúmeras aias. A realidade influencia a ficção e que se torna uma representação perfeita desses tempos em que são idolatrados falsos líderes no que se dizem a serviço de Deus.

Ao menos, a reta final nos diz que a hora do opressor está chegando ao seu final, mesmo quando corremos sério risco de nos tornarmos animais animalescos quando colocarmos para fora toda a nossa dor e raiva acumulada ao longo do tempo. June tem total consciência disso, mas não lhe tira o prazer em seu rosto com a possibilidade de, enfim, eliminar aqueles que um dia transformaram a sua vida em um inferno. Torcemos para que ela se vingue, mas tememos que ela perca suas reais virtudes.

"The Handmaid´stale - 4ª Temporada" supera as nossas expectativas, fazendo com que a gente torça pela protagonista, mesmo quando ela corra o sério risco de se perder em meio a sua dor e ódio acumulados ao longo da história.   

Onde Assistir: Paramount+

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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Cine Dica: Streaming: ‘Interrompemos a Programação’

Sinopse: Na véspera de ano novo da virada do milênio, rapaz armado chamado Sebastian invade um estúdio de televisão durante uma transmissão ao vivo, fazendo dois reféns. 

Jodie Foster me surpreendeu como atriz, mas não como diretora, sendo que o seu filme "Jogo do Dinheiro" (2016) se tornou uma mera promessa para um bom filme. A obra tinha a faca e o queijo na mão, já que a sua proposta traz uma crítica ácida ao sistema televisivo, mas que acabou não sendo bem feito. O que faltou naquele filme se encontra "Interrompemos a Programação" (2021), que nos prende na cadeira graças a tensão que cria em nós ao longo da projeção.

Dirigido por Jakub Piatek,  a trama se passa na Polônia, onde está ocorrendo a virada do milênio. Uma apresentadora de tv está apresentando o seu programa, quando de repente surge do nada um rapaz com uma arma e faz dela além de um segurança como reféns. Ele quer que o estúdio o exiba ao vivo, para que então ele possa declarar alguma coisa que está escrita em suas folhas de papel.

O grande atrativo desse filme é conseguir nos prender a cada minuto, pois ficamos apreensivos com as atitudes do rapaz e que pode desencadear um grande desastre. Além disso, o ritmo do longa nos cria uma sensação claustrofóbica, já que toda a trama gira em torno do palco do programa e se concentrando nos três personagens que se encontram ali com os nervos à flor da pele. Além disso, atuação do jovem ator Bartosz Bielenia é digna de nota, pois o seu personagem vai se revelando aos poucos e fazendo a gente até mesmo torcer por ele em diversos momentos.

Embora curto, o filme explora de forma engenhosa o sistema cheio de regras do universo televisivo e como ele, na maioria das vezes, é manipulador, seja ele nos bastidores ou ao vivo. Ao mesmo tempo o filme explora o conflito de classe social, além de percebermos que alguns personagens ali são solitários em suas vidas, independentemente de ser ou não afortunado, pois no final das contas todos estão no mesmo buraco. Quando o filme chega em sua reta final, logo percebemos o quanto é difícil lutar contra um sistema e cuja as nossas ideias acabam sendo facilmente levadas para a fogueira.

"Interrompemos a Programação" é pura tensão, reflexivo e criativo em sua curta duração. 

Onde Assistir: Netflix. 

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Cine Dica: Próximo Cine Debate: 'Eu Me Importo'

Sobre o filme: 

Rosamund Pike se encaminha para ser uma espécie de representação da mulher que não leva desaforo para casa, nem que para isso vá até as últimas consequências. Talvez ela não venha ser isso na vida real, mas os seus personagens sintetizam esse meu pensamento e fazendo a gente amar e odiar as suas atuações ao mesmo tempo. Em "Garota Exemplar" (2014), por exemplo, ela interpretou uma personagem que não mediu esforços para fazer o seu marido comer na sua mão, pois ela não estava disposta a receber um não.
É claro que há aqueles que irão acusá-la de fazer o mesmo tipo de personagem, mas não há como negar que há uma aura de sedução em saber até onde as suas personagens chegam para obter certo lucro. Neste último caso, as suas personagens se tornam uma representação de tempos em que o mais forte sobrevive perante uma época em que quase todos são devorados pelo sistema capitalista e que para sobreviver é preciso dançar conforme a música. Neste caso, "Eu Me Importo" (2020) oscila entre o entretenimento e reflexão sobre tempos em que não se pode perder tempo em ser cordeiro, mas sim esperto como uma raposa e faminto como um lobo.
Dirigido por  J Blakeson, até então conhecido pelo fracasso "A 5ª Onda" (2016), o filme conta a história de Marla Grayson (Rosamund Pike) é uma renomada guardiã legal que gosta de ficar com pessoas idosas e ricas. Às custas da última, ela leva uma confortável vida de luxo. Quando ela pensa ter encontrado uma nova vítima perfeita, descobre que a mesma guarda segredos perigosos. Com base nisso, Marla vai ter que usar toda sua astúcia se quiser continuar viva.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Cine Especial: 'O Esquadrão Suicida - Do Desastre ao Triunfo'

Sinopse: O governo envia os supervilões mais perigosos do mundo para a remota ilha de Corto Maltese, repleta de inimigos. Armados com armas de alta tecnologia, eles viajam pela selva perigosa em uma missão de busca e destruição com o Coronel Rick Flag.  

No clássico "Os Doze Condenados" (1967) a trama se passa durante a 2ª Guerra Mundial. Reisman (Lee Marvin), um major americano, tem a missão de treinar 12 soldados, que estão sentenciados à morte ou com sentenças de no mínimo 20 anos. O objetivo do treinamento é uma missão quase suicida atrás das linhas inimigas, para destruir um QG nazista e provocar a maior destruição possível às vésperas do Dia D. Os sobreviventes serão perdoados e reintegrados.

A premissa serviu de base para inúmeros filmes de ação que viriam posteriormente ao longo das décadas, mas serviu também de base para a criação das HQ de "O Esquadrão Suicida". Ganhando popularidade nos anos oitenta a partir da saga "Lendas" (1987), a trama reunia um grupo formado por super vilões em missões suicidas e sendo liderados pela mão de ferro da personagem Amanda Waller. Com o sucesso das adaptações de HQ para o cinema o material renderia uma boa adaptação, porém, não foi isso que aconteceu em um primeiro momento.

Lançado em 2016, "Esquadrão Suicida" foi vítima dos produtores da Warner/DC, pois quando viram que o teor sombrio e violento de "Batman vs Superman" (2016) não agradou a todos eles decidiram mexer no que já havia sido filmado. O resultado é uma edição confusa, história desconecta e que não soube aproveitar o potencial máximo dos personagens. Quem acabou saindo mais prejudicado disso tudo foi Jared Leto e que viu sua participação no projeto como Coringa sendo reduzida em cena e sendo duramente criticada pelos fãs.

Após reconhecer que fizeram uma bagunça sem tamanha, os realizadores da Warner decidiram voltar atrás e não mexer em seus projetos seguintes e dando mais liberdade para os seus realizadores. O resultado é o lançamento da edição especial de "Liga da Justiça" de Zack Snyder, da qual temos total plenitude da visão autoral que o diretor fez para a produção de 2016. Por conta disso, muitos achavam que haveria um tratamento similar com o filme do esquadrão de 2016, mas ao invés disso os produtores chamam ninguém menos que James Gunn, realizador autoral dos filmes "Os Guardiões da Galáxia" para criar algo do zero e gerando assim um dos filmes mais malucos e imprevisíveis do ano.

A premissa é a mesma: Liderados por Sanguinário (Idris Elba), Pacificador (John Cena), Coronel Rick Flag (Joel Kinnaman), e pela psicopata favorita de todos, Arlequina (Margot Robbie), o Esquadrão Suicida está disposto a fazer qualquer coisa para escapar da prisão. Armados até os dentes e rastreados pela equipe de Amanda Waller (Viola Davis), eles são jogados (literalmente) na remota ilha Corto Maltese, repleta de militantes adversários e forças de guerrilha. O grupo de super-vilões busca destruição, mas basta um movimento errado para que acabem mortos.

O grande acerto do filme é dele levar o título realmente a sério, já que ali não há nenhum personagem com garantia de chegar vivo até o final da trama. O prólogo, por exemplo, simboliza muito bem isso, já que o primeiro personagem que surge em cena é muito bem apresentado, ao ponto de achamos que ele será o protagonista da trama, mas para logo em seguida ter a sua cabeça explodida. O filme acerta por essa imprevisibilidade, acerta por não se levar a sério em nenhum momento e com isso nós saímos ganhando.

Sendo inadequado para menores de 18 anos, James Gunn aproveitou ao máximo tudo o que ele não havia feito no estúdio Marvel e, portanto, pode se preparar de tudo um pouco, desde a um humor ácido, como também muita violência, mortes explicitas e tudo moldado de uma forma muito cartunesca. A edição, alinhada com uma fotografia vibrante, faz com que o filme ganhe ares de uma HQ em movimento e sendo algo que estava sendo um pouco esquecido nas últimas produções do gênero. É neste ponto, aliás, que vemos a real visão de Arlequina no momento de pura ação e tendo uma dimensão do universo em que ela enxerga em sua volta.

Curiosamente, a premissa não é muito diferente de tantos filmes de ação dos anos oitenta que víamos naquela época, sendo que é uma verdadeira piada eles invadirem um país latino dominado pelo poder autoritário. Mas a intenção é exatamente essa, sendo que essa grande piada sobra até mesmo para o governo dos EUA e do qual é o verdadeiro responsável pelo grande conflito em cena. Atenção para o surgimento de um grande vilão clássico de uma época mais inocente das HQ, mas caindo como uma luva pelo olhar sarcástico de James Gunn.

Do elenco, nem preciso dizer que Margot Robbie rouba novamente as nossas atenções, já que atriz nasceu para ser Arlequina. Porém, a relação quase paternal entre Sanguinário (Idris Elba) e Caça-ratos 2 (Daniela Melchior) se torna o coração do filme, sendo que essa última possui uma origem absurda, mas nos convence graças a boa atuação da interprete. E se Tubarão Rei (voz de Silvester Stallone) se tornou apenas uma piada fofa ambulante em cena, Bolinhas (David Dastmalchiam) é uma piada pronta, trágica e absurdamente genial.

Dito isso, o filme tem começo, meio e fim bem definidos, cumprindo com louvor para o que veio e nos criando um largo sorriso. Porém, logicamente, estamos falando de um filme que pode gerar uma nova franquia lucrativa e, portanto, não saia da sessão até o final dos créditos, pois é revelado algumas surpresas. Resta saber se a Warner/DC realmente aprendeu com os seus erros e deixe os realizadores terem mais liberdade para nos brindar com pérolas como essa.

Com participação especial da nossa Alice Braga, "O Esquadrão Suicida" é um filme que faz jus ao seu nome e nos rendendo duas horas de pura diversão, humor ácido, violência extrema e pura criatividade na medida certa. 


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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (19/08/21)

Free Guy - Assumindo o Controle

Sinopse: Em Free Guy - Assumindo o Controle, um caixa de banco preso a uma entediante rotina tem sua vida virada de cabeça para baixo quando ele descobre que é personagem em um brutalmente realista vídeo game de mundo aberto. Agora ele precisa aceitar sua realidade e lidar com o fato de que é o único que pode salvar o mundo.


Nunca Mais Nevará

Sinopse: Um imigrante ucraniano que trabalha como massagista na Polônia se torna uma figura semelhante a um guru, em um condomínio fechado onde seus clientes moram. Tristes, os moradores encontram no massagista a cura para a dor em suas almas.


Caminhos da Memória

Sinopse: Em um futuro distópico no qual Miami sofreu severas consequências com o aquecimento global e tornou-se praticamente submersa, um investigador particular de Miami é uma das maiores referências quando se trata de recapturar memórias perdidas ou distantes e devolvê-las a seus contratantes. Mas quando ele percebe um conflito pessoal com uma de suas clientes, a situação torna-se complicada.


Eternos Companheiros

Sinopse: Em Eternos Companheiros, o amável labrador Little Q está treinando para se tornar um cão-guia para cegos. Quando termina seu treinamento, ele é enviado para auxliar um renomado chef recentemente cego, Lee Bo Ting. Amargurado, Bo Ting se recusa a confiar no cão e tenta afastá-lo várias vezes. Mas, por meio de sua lealdade e proteção, Little Q finalmente ensina Bo Ting a confiar novamente e o abre para uma nova vida de incríveis possibilidades.


Valentina

Sinopse: Valentina, uma menina trans de 17 anos, muda-se para uma pequena cidade mineira com sua mãe Márcia. Com receio de ser intimidada na nova escola, a garota busca mais privacidade e tenta se matricular com seu nome social. No entanto, a família começa a enfrentar problemas quando a diretoria da escola, despreparada, começa a exigir a assinatura do pai ausente para realizar a matrícula. Com o apoio de sua mãe e a ajuda de dois amigos inseparáveis, Valentina precisa enfrentar os haters de plantão e superar o maior desafio de sua vida.


Knives and Skin

Sinopse: Na área rural de Illinois, o desaparecimento da jovem Carolyn traumatiza os moradores de uma pequena cidade. Os segredos começam a ser revelados, algumas relações são destruídas e outras se fortalecem. Três meninas, Charlotte, Laurel e Joanna, criam fortes laços após a tragédia.


Limiar 

Sinopse: "Limiar” é um documentário autobiográfico realizado por uma mãe que acompanha a transição de gênero de seu filho adolescente: entre 2016 e 2019 ela o entrevista abordando os conflitos, certezas e incertezas que o perpassam numa busca profunda por sua identidade. Ao mesmo tempo a mãe, revelada por meio de uma narração em primeira pessoa e por sua voz que conversa com o filho por detrás da câmera, passa ela também por um processo de transformação que a obriga a romper velhos paradigmas, enfrentar medos e desmantelar preconceitos.



Três Realizadoras Portuguesas

Sinopse: Três histórias portuguesas (Dia de festa, Ruby e Cães que ladram aos pássaros) realizadas por jovens cineastas portuguesas e premiadas em festivais europeus, que se agregam em um único longa-metragem.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 19 A 25 DE AGOSTO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

DOUTOR GAMA 


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h30 – DOUTOR GAMA *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 90min). Direção de Jeferson De, com César Mello, Angelo Fernandes e Pedro Guilherme. Elo Company, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Filho de um português com uma escrava, Luiz Gama (1830-1882) nasceu de ventre livre – mas foi vendido como escravo pelo pai para pagar dívidas de jogo. Mesmo assim, aprendeu a ler e a escrever e seu enorme interesse pelo Direito fez com que ele se tornasse um advogado autodidata e também jornalista. Segundo documentos históricos, Luiz Gama foi responsável pela libertação de cerca de 500 escravos, sempre com base na lei, e se transformou em um dos principais nomes do movimento abolicionista no Brasil do século XIX. O cineasta Jeferson De é autor do manifesto Dogma Feijoada, lançado ainda no início dos anos 2000, em que defende uma escola de cinema negro brasileiro e se dedica a produção de filmes centrados na temática racial.


17h30 – SLALOM: ATÉ O LIMITE Assista o trailer aqui.

(Slalom – França, 2020, 95min). Direção de Charlène Favier, com Noée Abita e Jérémie Renier. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O debate sobre a pressão psicológica e os abusos físicos no mundo do esporte conduzem este drama, que foi selecionado para o Festival de Cannes do ano passado. A história gira em torno de Lyz, de 15 anos, que ingressa em uma consagrada equipe de esqui. Ela não é uma das melhores atletas, mas o treinador Fred decide apostar na novata. Entusiasmada com o reconhecimento, Lyz se entrega de corpo e alma ao seu objetivo – o sucesso vem, junto com o domínio de Fred sobre ela. O filme integrou o Festival Varilux de Cinema Francês 2020.

* Na terça, dia 24, às 17h30min, exibição do filme “Senhorita Julia” (1951), de Alf Sjoberg, dentro do ciclo “Clássicos na Cinemateca – 35 anos”. Assista o trailer aqui.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h30 – PIEDADE Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 90min). Direção de Claudio Assis, com Fernanda Montenegro, Irandhir Santos, Matheus Nachtergaele, Cauã Reymond. ArtHouse Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: O bar Paraíso do Mar, na Praia da Saudade, carrega a identidade da família Bezerra, que administra o lugar há 30 anos. A viúva dona Dona Carminha e seu filho mais velho, Omar, também representam um foco de resistência contra o avanço predatório da corporação petroleira Petrogreen. Quando o executivo paulista Aurélio chega, representando os interesses da empresa, o cotidiano da família é abalado, trazendo à tona segredos do passado e uma inusitada conexão com Sandro, dono de um cinema pornô do outro lado da cidade.


16h30 – O EMPREGADO E O PATRÃO Assista o trailer aqui.

(El Empleado Y El Patron – Uruguai-Argentina-Brasil-França, 2021, 105min). Direção de Manuel Nieto, com Cristian Borges, Nahuel Perez Biscayart, Jean Pierre Noher. Vitrine Filmes, 14 anos.

Sinopse: Rodrigo é o jovem herdeiro de uma estância na fronteira do Brasil com o Uruguai e divide seu tempo entre os negócios, que vão bem, e o hospital, onde seu bebê está internado. Carlos, que começa a trabalhar na fazenda, também tem seus problemas e uma família para cuidar – mas precisa urgentemente deste novo emprego. Os dois homens são bem-intencionados e têm uma boa relação, mas um acidente trágico de trabalho vai colocar em xeque esta convivência pacífica. O filme foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.


18h30 – IRMÃOS À ITALIANA Assista o trailer aqui.

(Padrenostro – Itália, 2020, 120min). Direção de Claudio Noce, com Pierfrancesco Favino, Mattia Garacci, Francesco Gheghi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Inspirado em um trauma pessoal da infância do próprio diretor, o filme acompanha o amadurecimento de Valerio, de apenas 10 anos. Na capital da Itália, em 1976, ele presencia um atentado contra o pai, motivado por questões políticas. Em meio à insegurança e à tristeza do ambiente familiar, Valerio conhece Christian, um garoto mais velho e com espírito rebelde, que vai se tornar um outro referencial de masculinidade para o pequeno. O filme integrou o 15º Festival de Cinema Italiano, realizado on-line no final do ano passado.


* Na quarta, dia 25, às 18h30mim, sessão do ciclo “O Que é o Cinema Gaúcho?”, com exibição e debate sobre o documentário “Todos os Paulos do Mundo”, dos diretores Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira. Assista o trailer aqui.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Cine Dica: Streaming: 'L.O.C.A. -Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor'

Sinopse: Em uma das reuniões da L.O.C.A., a Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor, Manoela, Elena e Rebeca acabam se conhecendo melhor quase por acidente e percebem que possuem mais em comum do que esperavam: as três sofreram grandes decepções amorosas e resolvem se juntar para uma grande vingança. 

Com o encerramento da retomada do cinema brasileiro a partir do filme "Cidade de Deus" (2002) houve uma enxurrada de comédias despretensiosas e com único intuito de entreter as plateias. Porém, na minha visão particular, muitas dessas comédias não sobreviveram ao teste do tempo, pois não basta somente fazer a gente rir, como também nos dizer para que foi lançada a piada da vez. "L.O.C.A. -Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor" (2021) ao menos usa o humor pastelão para fazer uma crítica acida sobre a guerra dos sexos e que hoje se encontra bem diferente se formos comparar em outros tempos.

Dirigido por Cláudia Jouvin, o filme conta a história de três mulheres, que enquanto participam de uma das reuniões da L.O.C.A, a Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor, Manoela (Mariana Ximenes), Elena (Debora Lamm) e Rebeca (Roberta Rodrigues) acabam se conhecendo melhor e percebem que possuem mais em comum do que esperavam.

É engraçado que comédias brasileiras como essa parece pertencerem a uma outra realidade, como se estivessem dentro de uma bolha e não estando presente na realidade dos últimos vinte anos do país. Tudo é muito colorido, cuja a fotografia de cores quentes sintetizam uma realidade em que tudo pode ser resolvido, mesmo em situações que beiram ao surrealismo. Curiosamente, os personagens surpreendem em quase nunca calarem a boca e sempre lançando diversas frases de efeito que até nos fazem rir e molduradas por uma edição frenética que torna tudo mais ágil e quase nunca cansativo.

O que colabora e conquista a nossa atenção, talvez, nem seja a trama, já que ela é uma versão até mesmo melhorada da última novela que eu vi na vida que foi "Quatro por Quatro" (1993). O que salva mesmo é o seu elenco feminino, principalmente o trio principal que conquista a nossa simpatia mesmo quando algumas delas quase dão o braço a torcer para homem que não vale a pena. Manoela (Mariana Ximenes) transita entre o bom senso para o senso do ridículo ao sofrer por macho, mas que dá volta por cima ao enxergar que o mundo não gira somente em sua volta e prestando mais atenção em outras situações semelhantes através de suas amigas. Débora Lamm, por exemplo, surpreende com a sua personagem Elena, cuja a sua personalidade enigmática lhe torna alguém até mesmo engraçada, mas não menos assustadora.

Tirando alguns personagens caricatos aqui e ali, o filme acaba nos divertindo e passando uma pequena lição de moral para mulheres que ainda hoje fazem de tudo para manter o macho em casa, mesmo sabendo que ele não passa de um canalha. Se algumas não gostam de tratar sobre esse assunto com seriedade, ao menos tentem com humor pastelão e do qual o mesmo lhe convida a curtir uma historinha boba, mas não menos reflexiva. Em tempos que a realidade está cada vez mais complexa, "L.O.C.A. -Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor" vem unicamente para nos desencalhar um pouco de toda essa lambança brasileira.

Onde Assistir:  Telecine Premium

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