Sobre o filme:
Rosamund Pike se encaminha para ser uma espécie de representação da mulher que não leva desaforo para casa, nem que para isso vá até as últimas consequências. Talvez ela não venha ser isso na vida real, mas os seus personagens sintetizam esse meu pensamento e fazendo a gente amar e odiar as suas atuações ao mesmo tempo. Em "Garota Exemplar" (2014), por exemplo, ela interpretou uma personagem que não mediu esforços para fazer o seu marido comer na sua mão, pois ela não estava disposta a receber um não.
É claro que há aqueles que irão acusá-la de fazer o mesmo tipo de personagem, mas não há como negar que há uma aura de sedução em saber até onde as suas personagens chegam para obter certo lucro. Neste último caso, as suas personagens se tornam uma representação de tempos em que o mais forte sobrevive perante uma época em que quase todos são devorados pelo sistema capitalista e que para sobreviver é preciso dançar conforme a música. Neste caso, "Eu Me Importo" (2020) oscila entre o entretenimento e reflexão sobre tempos em que não se pode perder tempo em ser cordeiro, mas sim esperto como uma raposa e faminto como um lobo.
Dirigido por J Blakeson, até então conhecido pelo fracasso "A 5ª Onda" (2016), o filme conta a história de Marla Grayson (Rosamund Pike) é uma renomada guardiã legal que gosta de ficar com pessoas idosas e ricas. Às custas da última, ela leva uma confortável vida de luxo. Quando ela pensa ter encontrado uma nova vítima perfeita, descobre que a mesma guarda segredos perigosos. Com base nisso, Marla vai ter que usar toda sua astúcia se quiser continuar viva.
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