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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



 Isso Não é um filme

 

Sinopse: O documentário Isto Não é Um Filme registra um dia na vida do diretor Panahi em prisão domiciliar, condenado pelo governo iraniano há seis anos de prisão e vinte sem escrever roteiros, dirigir filmes, e conceder entrevistas por "exercer atividades contra a segurança nacional e propaganda contra o regime".

 

Parte da espécie de “cota” que o festival de Cannes reserva aos filmes ligados à atualidade política, Isto não é um filme, do cineasta Jafar Panahi (Balão Branco) conseguiu sair de seu país de maneira clandestina, através de um mero pen drive, e foi acolhido ironicamente com pompa no famoso tapete vermelho francês. O diretor não podia participar à apresentação de seu filme, pois se encontra preso em domicílio no Irã, condenado pela justiça local a uma proibição de 20 anos de filmar e a seis anos de prisão, sendo algo que até o momento ele pôde evitar com a alternativa da prisão domiciliar. 
O diretor de O Espelho, O Círculo e outras obras de cunho social tem se tornado uma espécie de porta-voz de todos os diretores iranianos que se encontram em situação semelhante, sendo que não são poucos. Assim, entre a proibição do governo e a vontade do diretor de expressar suas opiniões, nasceu este “não-filme”, espécie de interpretação corajosa de seu veredito : mesmo se o diretor não pode filmar nem escrever roteiros, nada o impede de ser filmado por um amigo, e de ler o seu próprio roteiro já escrito. Assim, Jafar Panahi torna-se ator, e claramente diretor do projeto, apesar de quase não tocar na câmera.
Isto não é um filme é memorável não apenas por seu engajamento político (o “fazer arte a qualquer preço”), mas acima de tudo pela exposição sem concessões que Panahi faz de sua intimidade, de sua tristeza, de sua vontade frustrada de trabalhar com o que gosta.



Táxi Teerã



Sinopse:O diretor iraniano Jafar Panahi se passa por taxista para andar pelas movimentadas ruas de Teerã, capital do Irã, em busca de boas histórias. Cada um que entra no carro, conversa com o motorista sobre política, costumes locais e a liberdade de expressão na sociedade e no cinema.

Detido inúmeras vezes, com a proibição  de sair do país e do seu próprio lar, Jafar Panahi foi proibido, segundo as leis do Irã, de exercer a profissão por “deturpar a realidade”. Táxi Teerã, além de driblar as proibições, é uma critica corajosa e direta a esse suposto valor moral tão instável, quanto questionável. Panahi usa a palavras inocentes da sobrinha, incumbida da tarefa escolar de produzir um filme comercialmente “exibível”, para expor as ridículas interferências governamentais na liberdade de expressão artística e, conseqüentemente, em todos os aspectos da vida do cidadão iraniano. Com isso, ele fala a todos os povos do mundo que de alguma forma estão oprimidos pelo poder que não compreendem uma agressão tão atroz quanto rasteira, se escondendo na obscuridade do cotidiano e da naturalidade do “assim sempre foi, assim deve ser”.
Atenção aos magníficos diálogos, em destaque para aquele entre Panahi e a “moça das flores”, na verdade, uma colega de ativismo. Uma pequena aula de humanismo. O filme foi o grande vencedor do Urso de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cinema de Berlim de 2015. Claro que o diretor não pôde comparecer para receber o prêmio pessoalmente porque está impedido de sair do país. Nenhum discurso seria mais claro e sua ausência não poderia ter sido mais contributiva.


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Cine Dica: Alfred Hitchcock em Porto Alegre

...Edição PORTO ALEGRE...




APRESENTAÇÃO

ALFRED HITCHCOCK, conhecido mundialmente como o “Mestre do Suspense”, é certamente o mais popular diretor de toda a história do cinema. Seu perfil característico é reconhecido até mesmo por aqueles que jamais viram seus filmes, da mesma maneira que o mais casual dos cinéfilos é capaz de citar alguma cena memorável de um filme de Hitchcock, mesmo que nem o tenha assistido! Este é o poder inigualável da obra do realizador.


O trabalho do realizador inglês é o tema do curso A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK, ministrado pelo jornalista, escritor e crítico de cinema CARLOS PRIMATI, que fará uma revisão de sua carreira e seus filmes, que serão analisadas a partir de seu pleno domínio da técnica cinematográfica e da linguagem narrativa, exemplos máximos do cinema clássico. Durante o curso serão exibidos trechos selecionados dos principais filmes dirigidos por Alfred Hitchcock.


CONTEÚDOS DO CURSO

1 – Resumo da carreira do diretor, seu pioneirismo na Inglaterra e a consagração em Hollywood. A técnica da montagem; noções de suspense, choque e horror. A evolução do conceito de “cinema de autor” e o papel do produtor na independência artística do cineasta. A integridade narrativa como chave interpretativa da obra de Hitchcock.


2 – A influência do teatro e as metáforas de interpretação dentro e fora do filme. A técnica do cineasta na criação da motivação dos personagens, a elaboração meticulosa do filme através de storyboards e croquis. A manipulação de olhares e o cinema como ferramenta voyeur. Medo, neuroses, culpa, pecado e castigo nos filmes do diretor.


3 – A personalidade dividida e a duplicidade de personagens como representações do Bem e do Mal. Fatalidade, humor, ironia e pessimismo como temas recorrentes nos finais de seus filmes. O uso do trem e de cenários turísticos na narrativa. A moda no cinema hitchcockiano e o uso dos figurinos como simbolismo de estados de espírito.


4 – A transferência da culpa e noções gerais do anti-herói hitchcockiano. A mulher nos filmes do cineasta: a loira frígida, a mulher indomável, inatingível; a mulher moderna, sexualmente agressiva e protagonista. Gastronomia como tema hitchcockiano e a degustação do crime. A privação da liberdade e a simbologia das algemas.


5 – A figura da mãe dominadora e opressora nos filmes do cineasta. A desestruturação familiar e a composição incomum de casais e famílias no universo de diretor.


6 – Hitchcock, mestre da autopromoção. O respeito como autor e o êxito comercial se combinam no cineasta absoluto. Estratégias de divulgação e produtos com sua marca.



Ministrante: Carlos Primati

Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial e brasileiro. Publicou artigos em livros sobre a obra do cineasta José Mojica Marins e sobre o Horror no cinema brasileiro. Colaborou no livro "Maldito", de André Barcinski e Ivan Finotti, e coproduziu a Coleção "Zé do Caixão" em DVD, vencedora do 1º Prêmio DVD Brasil como a "Melhor Coleção" do ano.

Publicou textos nas edições especiais "O Livro do Horror" (Herói); "Super Livro dos Filmes de Ficção Científica" (Superinteressante) e "A História do Rock" (Bizz). Criou e editou a revista "Cine Monstro", e trabalha na organização de uma monumental enciclopédia sobre filmes de horror. Editou o livro "Voivode: Estudos Sobre os Vampiros" e escreveu o volume sobre "Séries de TV" da Coleção "100 Respostas" (Mundo Estranho).

Já ministrou para a Cine UM os cursos "História do Cinema de Horror"; "Zé do Caixão: 50 Anos de Terror"; "Expressionismo Alemão: Uma Sinfonia de Luzes e Sombras"; "Ficção Científica dos Anos 50" e "Horror no Cinema Brasileiro.


  
...Edição PORTO ALEGRE...


Curso
A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK
de Carlos Primati


DATAS: 16, 17 e 18 / Maio (segunda, terça e quarta)

HORÁRIO: 19h às 22h

DURAÇÃO: 3 encontros presenciais (9 horas / aula)

LOCAL: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Centro - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO: R$ 90,00
(Valor promocional de R$ 80,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)

FORMAS DE PAGAMENTO: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES: cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714



REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

PATROCÍNIO
Sapere Aude Livros
Editora Aleph
Loja Back in Black
Quentin's
Cine Victória

APOIO CULTURAL
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo

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Cine UM
Produtora Cultural

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: Garota Sombria Caminha pela Noite



Sinopse: Bad City é uma cidade iraniana abandonada e sem leis, onde vivem diversos traficantes e prostitutas. Enquanto Arash (Arash Marandi) luta para sobreviver e para afastar o próprio pai do vício em drogas, a Garota (Sheila Vand) parambula pelas noites, com um segredo: ela é uma vampira, e mata seres solitários para saciar a sede de sangue. Quando os dois se encontram, as suas vidas se transformam.


Vampiros é um elemento comum há décadas, tanto cinema, como também na literatura, HQ e séries de TV. Obras sobre esses seres da noite surgem a todo o instante, de todas as partes do globo. Um exemplo que fortalece isso é Garota Sombria Caminha pela Noite, produção iraniana que mostra uma sanguessuga em um cenário até então inédito.
Com direção e roteiro de Ana Lily Amirpour, o filme num primeiro momento não lembra um gênero de terror, sendo já um ponto positivo, pois explora muitas outras camadas de interpretação, indo mais para o lado dramático. Sheila Vand vive a tal garota que caminha pelas noites atrás de suas vitimas, mas passa bem longe de ser a protagonista ou simplesmente uma vilã típica da história.
O protagonista é Arash (Arash Marandi), um trabalhador que sofre com os problemas de seu pai e pega as oportunidades que a vida lhe dá. É a partir dele que vemos um mundo melancólico, que só tem esperança nas formas mais imprevisíveis e onde o mal não é representado por um sangue suga, mas sim pelo homem do mundo real. 
Garota Sombria Caminha pela Noite é uma obra que foge do lugar, sendo uma ótima oportunidade de se assistir algo fora dos padrões do cinemão americano, mas com grande qualidade de trama e tendo um casamento feliz com uma impecável fotografia em preto e branco.   




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Cine Dica: David Bowie é gigolô no Projeto Raros

ÚLTIMO FIM DE SEMANA DA MOSTRA BOWIE APRESENTA RAROS ESPECIAL
Entre os dias 6 e 8 de maio, acontece o último final de semana da mostra em homenagem ao artista David Bowie na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar).
O destaque é o Projeto Raros, sexta-feira, 6 de maio, às 20h, com a exibição de Apenas um Gigolô, de David Hemmings.

SINOPSE: Numa Berlim decadente, onde o nazismo ensaia seus primeiros passos, um jovem aristocrata tem que sobreviver de alguma maneira. A primeira guerra deixou suas marcas, e tornar-se um gigolô de uma rica baronesa é o primeiro passo de muitas aventuras. Você certamente terá muito prazer em conhecer David Bowie tomando conta de lindas prostitutas, enquanto os nazistas tomam o poder. Deixe este gigolô contar suas histórias. Leve-o para casa. Apenas um Gigolô tem a última participação de Marlene Dietrich no cinema.

PROJETO RAROS
Apenas um Gigolô
(Schöner Gigolo, armer Gigolô)
Alemanha, 1978, 98 minutos
Direção: David Hemmings Elenco: David Bowie, Sidney Rome, Kim Novak, Marlene Dietrich.
Exibição digital com legendas em português. Entrada franca.

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
6 a 8 de maio de 2016

6 de maio
20h – Projeto Raros: Apenas um Gigolô

7 de maio
17h  Um Romance Muito Perigoso
19h  O Homem que Caiu na Terra

8 de maio
17h – Basquiat - Traços de Uma Vida
19h – Furyo, em Nome da Honra
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos


16º Lavoura Arcaica (2001)

Sinopse: André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
Essa ambiciosa adaptação das telas do romance homônimo de Raduan Nassar marca a ousada estréia na direção de longas de Fernando Carvalho, que vindo da TV, assina aqui o roteiro e a montagem. É um exercício formal rigoroso e hermético, sendo uma parábola sobre o filho prodigo que retorna ao lar. Espetáculo para poucos, o filme avança em ritmo lento e contemplativo, com imagens de absurda beleza.
Seltom Mello da um verdadeiro show de interpretação, mas Raul Cortes não fica muito atrás como o patriarca da família. Sem duvida um dos projetos mais autorais desde a retomada do cinema brasileiro. Ganhou o premio de contribuição artística em Montreal em 2001 e premio de publico na 25ª Mostra internacional de São Paulo.

                            17º Jogo de Cena (2007)

Sinopse: Atendendo a um anúncio de jornal, 83 mulheres contaram sua história de vida em um estúdio. 23 delas foram selecionadas, em junho de 2006, e filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano várias atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas por estas mulheres.
Uma analise sobre inúmeros relatos, tanto de mulheres comuns, como também de atrizes conhecidas que contam suas historias fictícias ou realmente reais. O ápice do documentário é ouvirmos determinada historia que começa com uma, mas que continua através de outra pessoa. O interessante, por exemplo, é ouvirmos determinada historia e depois voltarmos a ouvi-la novamente através de outra atriz, mas que transmite uma emoção completamente diferente.
Tudo rodado no Teatro Glauce Rocha, onde mulheres comuns e atrizes se descascam na frente da câmera. Em alguns momentos, as historias relatadas através de certas mulheres, que nunca pensaram na vida em serem atrizes, acabam surpreendentemente sendo as mais convincentes e despertam uma emoção genuína.  



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