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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: MAKING A MURDERER



Sinopse: O documentário conta a história de Steven Avery. Após ter passado 18 anos preso por um crime que não cometeu, ele consegue a liberdade devido a um exame de DNA que prova sua inocência. A história vira notícia e, quando está prestes a ganhar uma gigantesca indenização pelo Estado, Avery se torna o principal suspeito do assassinato da fotógrafa e jornalista Teresa Halbach. Em dez episódios, a série acompanha a investigação, o julgamento e todas as contradições que giram em torno do caso


Uma vez política e mídia aliadas, para ambas usufruírem de benefícios uma da outra, acaba gerando monstros que, se alimentam através da audiência, lucros e obter o controle da verdadeira informação. Não importa os verdadeiros fatos, o que importa é quem se beneficiará com a mentira que, por vezes, está mais do que explicita em nossa frente. Na mais nova sensação da Netflix, a série documental  Making a Murderer  desvenda os fatos, mentiras e até que ponto a justiça de um estado  pode controlar e transformar a vida de uma pessoa num inferno.
O americano Steven Avery estava preso há 18 anos por um crime que na realidade não cometeu. Após os exames de DNA que comprovou sua inocência, Steven foi solto e aguardando uma indenização milionária vinda do estado. Mais eis que, em 2005, ele novamente é preso, acusado de ter assassinado, queimado e enterrado os restos de uma repórter no seu quintal.
Sabendo da história, diretoras e roteiristas Moira Demos e Laura Ricciardi decidem acompanhar as investigações e indo mais a fundo no caso. Mal sabiam elas que o caso viraria uma enorme cebola, onde cada descascada revelaria um novo quadro dos fatos que ocorreram na realidade. A cada nova pista investigada pelo estado, se aumentava ainda mais a possibilidade de que o próprio estava armando para que Steven Avery fosse condenado à prisão perpetua.
Ao longo de dez episódios, ficamos conhecendo familiares, namorada, amigos, e advogados de Steven, sendo esses últimos verdadeiros profissionais da área e que tentam de todos os meios inocentá-lo. A situação se complica no momento em que entra em cena o sobrinho de Steven que, também acaba sendo acusado, e suspeito de tê-lo ajudado no crime. Porém, a partir do momento em que o sobrinho é preso, se percebe de que há algo de podre no ar.
Com inúmeras horas fartas de vídeos e depoimentos, as cineastas, por exemplo, encontram um vídeo em que mostram detetives interrogando o sobrinho de Steven. Porém, claramente se percebe que eles não tentam puxar a verdade dele, mas sim induzindo para que ele disse-se que realmente participou do suposto crime. Claramente se nota que o sobrinho tem certo problema de cognitivo (falta de atenção, associação, memória ou raciocínio) e acaba então se tornando uma presa fácil.
Esse é um pequeno exemplo de muitos que são mostrados no decorrer dos episódios em que, não só mostram a manipulação da justiça no caso, como também é mostrado de uma forma explicita os inúmeros furos encontrados na investigação. Porém, com ambição e mídia como aliadas, o estado dá inúmeros dribles no julgamento para que Steven e seu sobrinho sejam condenados pelo crime, cuja sua real natureza se encontra, por vezes, obscura e deixando aqueles que assistem desse lado da tela frustrados pela tamanha possibilidade de manipulação. Quando a série documental estreou na grade da Netflix, ela não havia chamado muita atenção, mas gradativamente ela foi conquistando inúmeros telespectadores e se tornando hoje a série mais assistida do momento. 
Claro que o sucesso rendeu aparição de inimigos já declarados contra a série. O xerife de Manitowoc, por exemplo, se declarou insatisfeito com o documentário, dizendo que ele não cumpre o papel de contar as histórias em ordem cronológica e tira coisas de contexto. Já o promotor do caso, Ken Kratz, declarou que não há duvidas de que a série foi feita para gerar revolta popular a favor de Avery, chamando atenção para o fato de que as acusações de falsificação de evidências são absurdas, ao passo que o documentário deixa de mostrar algumas provas que foram vitais para a conclusão do caso.
Curiosamente, o mesmo promotor Ken Kratz recebeu inúmeras acusações de inúmeras garotas de programa, cujas acusações vão desde espancamento e estupro. O mesmo acabou tendo a vida política quase arruinada e tendo que se tratar do vicio com relação ao sexo. Ou seja, um promotor com status duvidoso, mas que aliado ao estado fez de tudo para condenar Steven Avery e se promover logicamente na política. 
Quem assiste a série documental, e após terminá-la, fica entre a dúvida e a frustração, com a possibilidade de ter um inocente atrás das grades e de nos sentirmos impotentes perante uma justiça corrupta e diante de um circo da mídia que, não liga na possibilidade da inocência ou culpa da pessoa, desde que ela crie um verdadeiro show para audiência. O documentário, portanto, cumpre essa proposta de plantar essa dúvida e cabe cada um de nós em sermos os verdadeiros jurados, de um caso que pode ter sido manipulado desde o princípio. 




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Cine Curiosidade: Indicados ao Oscar 2016: Surpresas, decepções e reconhecimento ao nosso cinema.



Foram anunciados ontem os indicados ao Oscar 2016. Sem muita surpresas, O Regresso levou 12 indicações, incluindo melhor filme, diretor e ator (Leonardo DiCaprio) Se caso venha ganhar os prêmios principais, será um feito raro para Alejandro G. Iñárritu, pois a recém faz um ano que ele ganhou os prêmios de filme e diretor por Birdman. Contudo, pelo seu caminho se encontra o impressionante Mad Max: Estrada da Fúria, filme surpresa do ano passado que, foi elogiado pelo público e a crítica e pode vir a surpreender.
Mas como é de costume aconteceram algumas injustiças, como do fato de novamente Ridley Scott ser esnobado pelos membros da academia e não ser indicado à melhor diretor. Perdido Em Marte concorre em 7 categorias, incluindo melhor filme e melhor ator (Matt Damon), mas é pouco para esse veterano cineasta e pai do grande clássico Blade Runner. Os 8 Odiados também foi um tanto que ignorado, muito embora as indicações de melhor trilha e atriz coadjuvante (Jennifer Jason Leigh) sejam muito bem vindas. O que eu não consigo entender é a indicação de Rachel McAdams por Spotlight: Segredos revelados, sendo ela a mais fraca em cena naquele filme.
E para aqueles que acharam que o Brasil ficaria de fora pela exclusão de “A que Horas ela Volta?” eis que O Menino e o Mundo surpreende ao estar entre os indicados de melhor longa de animação. O filme teve apenas 34 mil espectadores no Brasil, mas fez um grande sucesso em outros países como França e foi colecionando inúmeros prêmios ao longo da carreira. Vale lembrar que Fernando Coimbra foi indicado recentemente pelo Sindicato dos diretores dos EUA na categoria diretor estreante (categoria inédita) pelo seu grande filme O Lobo Atrás da Porta. Não está no Oscar, mas essa indicação é um grande feito e uma prova de uma tendência do que esta acontecendo, de grandes filmes brasileiros que, não faz muito sucesso por aqui, mas é acolhidos e reconhecidos no mundo a fora.


Acorda Brasil, pois o nosso cinema não vive apenas de Globochanchada ou filme/novela. Confiram todos os indicados ao Oscar.     

 

Melhor filme

“A grande aposta”

“Ponte dos Espiões”

“Brooklyn”

“Mad Max: Estrada da Fúria”

“Perdido em Marte”

“O regresso”

“O quarto de Jack”

“Spotlight: Segredos revelados”



Melhor ator

Bryan Cranston (“Trumbo”)

Matt Damon (“Perdido em Marte“)

Leonardo DiCaprio (“O regresso”)

Michael Fassbender (“Steve Jobs”)

Eddie Redmayne (“A garota dinamarquesa”)



Melhor atriz

Cate Blanchett (“Carol“)

Brie Larson (“O quarto de Jack”)

Jennifer Lawrence (“Joy”)

Charlotte Rampling (“45 anos”)

Saoirse Ronan (“Brooklyn”)



Melhor diretor

Alejandro G. Iñárritu (“O regresso”)

Tom McCarthy (“Spotlight: Segredos revelados“)

George Miller (“Mad Max: Estrada da fúria”)

Adam McKay (“A grande aposta”)

Lenny Abrahamson (“O quarto de Jack”)



Melhor animação

“Anomalisa”

“O menino e o mundo”

“Divertida Mente”

“Shaun, o carneiro”

“Quando estou com Marnie”



Melhor filme estrangeiro

“Embrace of the Serpent” (Colômbia)

“Cinco graças” (França)

“O filho de Saul” (Hungria)

“Theeb” (Jordânia)

“A war” (Dinamarca)



Melhor trilha sonora

“Ponte dos Espiões”

“Carol”

“Os 8 odiados”

“Sicario”

“Star Wars: O despertar da força”



Melhor roteiro adaptado

“A grande aposta”

“Brooklyn”

“Carol”

“Perdido em Marte”

“O quarto de Jack”



Melhor roteiro original

“Ponte dos espiões”

“Ex Machina”

“Divertida mente”

“Spotlight: Segredos revelados”

“Straight Outta Compton”



Melhor design de produção

“Ponte dos Espiões”

“A garota dinamarquesa”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“Perdido em Marte”

“O regresso”



Melhor fotografia

“Carol”

“Os oito odiados”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“O regresso”

“Sicario”



Melhor figurino

“Carol”

“Cinderela”

“A garota dinamarquesa”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“O regresso”



Melhores efeitos visuais

“Ex Machina”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“Perdido em Marte”

“O regresso”

“Star Wars: O despertar da força”



Melhor montagem

“A grande aposta”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“O regresso”

“Spotlight: Segredos revelados”

“Star Wars: O despertar da força”



Melhor atriz coadjuvante

Jennifer Jason Leigh (“Os 8 odiados”)

Rooney Mara (“Carol“)

Rachel McAdams (“Spotlight: Segredos revelados“)

Alicia Vikander (“A garota dinamarquesa”)

Kate Winslet (“Steve Jobs”)



Melhor ator coadjuvante

Christian Bale (“A grande aposta”)

Tom Hardy (“O regresso”)

Mark Ruffalo (“Spotlight: Segredos revelados“)

Mark Rylance (“Ponte dos Espiões“)

Sylvester Stallone (“Creed“)



Melhor edição de som

“Mad Max: Estrada da fúria”

“Perdido em Marte”

“O regresso”

“Sicario”

“Star Wars: O despertar da força”



Melhor mixagem de som

“Ponte dos espiões”

“Mad Max: Estrada da fúria”

“Perdido em Marte”

“O regresso”

“Star Wars: O despertar da força”



Melhor curta de animação

“Bear Story”

“Prologue”

“Sanjay’s Super Team”

“We can’t live without Cosmos”

“World of tomorrow”



Melhor curta de live action

“Ave Maria”

“Day one”

“Everything will be okay (Alles Wird Gut)”

“Shok”

“Stutterer”



Melhor cabelo e maquiagem

“Mad Max: Estrada da fúria”

“The 100-year-old man who climbed out the window and disappeared”

“O regresso”



Melhor documentário

“Amy”

“Cartel Land”

“The look of silence”

“What happened, Miss Simone?”

“Winter on fire: Ukraine’s Fight for Freedom”



Melhor documentário de curta-metragem

“Body team 12”

“Chau, beyond the lines”

“Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah”

“A Girl in the River: The Price of forgiveness”

“Last day of freedom”



Melhor canção original

“Earned it”, The Weeknd (“Cinquenta Tons de Cinza“)

“Manta Ray”, J. Ralph & Antony (“Racing extinction”)

“Simple song #3”, Sumi Jo e Viktoria Mullova (“Youth”)

“Writing’s on the wall”, Sam Smith (“007 contra Spectre“)

“Til it happens to you”, Lady Gaga (“The hunting ground”)


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