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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

LUTO: Alan Rickman (1946 – 2016)



A morte anda excêntrica nesse início de ano. Nem faz uma semana que partiu David Bowie do nosso mundo e eis que nessa manhã foi anunciado á morte de Alan Rickman vitima também de câncer. De origem Britânica, Rickman colecionou ao longo da carreira grande papeis, prêmios e reconhecimento do publico de todas as idades, já que ele participou de uma das maiorias franquias do cinema recente que foi Harry Potter. Rickman pode ter partido, mas os fãs dele, principalmente da cine série do jovem bruxo, irão erguer as varinhas para iluminar a trilha que ele agora irá percorrer para dar de encontro com os deuses do cinema.
Abaixo, solto o meu top 5 dos meus filmes preferidos estrelados por ele:  

 

Duro de Matar (1988)

 

Final dos anos 80 e o público já estava dando sinais que não estavam mais engolindo a formula de  “exercito de um homem só” nos filmes de ação. Coube ao cineasta John McTiernan (O Predador) renovar o gênero e colocar um protagonista que sangra, sofre, mas no final salva o dia. O filme consagrou Bruce Willis nas telonas e se tornando o novo queridinho dos amantes dos filmes de ação.
Porém, o público lembra com muito carinho de Alan Rickman nesse filme, interpretando o vilão excêntrico, mas refinado e que o projetou no cinema americano. No filme Rickman lidera um grupo que, se dizem terrorista, mas na verdade não passava de um puro golpe para roubar uma alta quantia de dinheiro dentro do prédio onde se passa a trama. Uma piada e crítica ao gênero e talvez até mesmo a frente do seu tempo.  
        

 

Cine-Série Harry Potter (2001-2010)

 

 “Ambigüidade” é a palavra que melhor define ao personagem mais popular da carreira de Alan Rickman. Desde o primeiro filme de Harry Potter, o seu Severo Snape tinha aquele jeito sombrio, severo, misterioso e que dava todas as dicas para não confiar nele. Porém, na reta final, descobrimos que Snape era muito mais do que a gente poderia imaginar e se tornando peça fundamental para o sucesso dos heróis contra o grande vilão da trama.   



Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões (1991)


Ta certo que a maioria das pessoas se lembra dessa versão do personagem para o cinema mais devido a musica cantada pelo cantor canadense Bryan Adams. Porém, o filme estrelado por Kevin Costner é uma aventura de capa e espada bem caprichada e que empolga do início ao filme. Aqui, Alan Rickman interpreta o xerife de Nottingham de uma forma ameaçadora e enlouquecida. A cena que ele tenta se casar com Maid Marian (Mary Elizabeth Mastrantonio) e consumá-la logo em seguida é disparada um dos melhores e mais loucos momentos do filme.

 

Heróis Fora de Órbita (1999)



Esse pequeno filme de ficção é mais do que uma sátira, como também uma bela homenagem a franquia Star Trek. Aqui, Rickman interpreta Alexander Dane, um ator versátil, mas que se viu preso ao personagem alienígena da serie que ele atuou antigamente. Uma referencia mais do que explicita quando leonard nimoy queria desvencilhar da sua imagem como Spock.

Dogma (1999)
 

Antes de deixar de fazer boas produções, Kevin Smith (O Balconista) criou esse filme para tocar em diversos assuntos com relação à igreja católica. Claro que não faltaram polêmicas e o filme quase foi proibido de ser exibido. Na trama, Alan Rickman interpreta Metatron, mais precisamente a voz de Deus, sendo que esse último era interpretado por ninguém menos que Alanis Morissette. Podemos perceber que a todo o momento Rickman está mais se divertindo na atuação, mas é um desempenho para ser muito bem lembrado. 
 
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Cine Dicas: Estreias do final de semana (14/01/16)


A Grande Aposta

 

Sinopse: Em 2008, os Estados Unidos sofreram uma crise financeira que se espalhou para o mundo. A bolha imobiliária causou a recessão por causa das hipotecas subprime (empréstimos concedidos a pessoas que não tinham condições de pagarem as prestações da casa própria). E é no meio dessa catástrofe financeira que surgem investidores de Wall Street envolvidos com esse tipo de hipoteca, como Ben Hockett (Brad Pitt), Michael Burry (Christian Bale), Greg Lippmann (Ryan Gosling) e Steve Eisman (Steve Carell).


 

Boi Neon

 

Sinopse: Iremar (Juliano Cazarré) e um grupo de trabalhadores viajam pelo nordeste do Brasil trabalhando em vaquejadas, preparando os animais para apresentações em arenas. Nas horas vagas, Iremar costura várias peças de roupa e sonha em um dia trabalhar no polo de confecção do estado.



Creed - Nascido para Lutar

 

Sinopse: O veterano Rocky Balboa (Sylvester Stallone) pode não estar mais nos ringues em disputas de boxe, mas continua com o vigor de sempre, agora como treinador. Sob sua batuta está o jovem Adonis Creed (Michael B. Jordan), neto do lutador Apollo Creed, que enfrentou Balboa várias vezes no ringue. 


Carol

 

Sinopse: Nos anos 1950, Carol (Cate Blanchett) é casada com Harge Aird (Kyle Chandler), mas o relacionamento é de aparências, pois ela não o ama, mas fica presa nesse casamento por causa da boa condição financeira do marido. Ela busca a felicidade nos braços de outras mulheres e quando Harge descobre, ameaça a se divorciar e tirar a guarda da filha do casal. Mas para Carol é inevitável censurar seu amor pelas mulheres, especialmente quando conhece a vendedora Therese Belivet (Rooney Mara), com quem vive um intenso romance.




Steve Jobs

 

Sinopse: Cinebiografia conta a história do empresário Steve Jobs (Michael Fassbender), gênio da informática que fabricou os primeiros computadores pessoais na garagem de sua casa e que mais tarde fundou a Apple com seu amigo Steve Wozniak (Seth Rogen), em 1976.


 

Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme

 

Sinopse: Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Linus e todo resto da turma do beagle mais amado do mundo está de volta! A aventura começa quando Snoopy embarca numa missão, ao partir em busca de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, enquanto seu melhor amigo, Charlie Brown, dá início a sua própria missão.

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O BOM DINOSSAURO



Sinopse: Na fase pré-histórica um asteróide não caiu na Terra e os dinossauros não foram extintos. Dessa forma, os animais vivem de forma pacífica com os humanos e uma dessas relações é do apatossauro Arlo com seu melhor amigo, um menino.


Se os estúdios Pixar possuem um grande defeito é justamente pelo fato de nos deixar mal acostumados ao nos brindar sempre com um ótimo filme. Claro que eles tiveram alguns escorregões no passado recente, como Carros 2 e Universidade de Monstros, e quando nos deparamos com eles, percebemos que nada na vida é infalível. Portanto, se por um lado ficamos maravilhados com a obra prima Divertidamente que eles lançaram neste ano, por outro nos sentimos confusos quando estúdio nos presenteia com O Bom Dinossauro, cuja trama soa como algo que já vimos antes, mas não significa de todo ruim.
Para começar, o filme já começa de uma forma curiosa, nos mostrando uma realidade alternativa em que os dinossauros não foram extintos, mas sim evoluíram com o passar do tempo. É nessa realidade que conhecemos Arlo, um apatossauro pertencente a uma família de dinossauros fazendeiros, mas que possui certa dificuldade para enfrentar os seus medos. Além de uma tragédia em que fez ainda piorar os seus temores, Arlo acaba se perdendo e não conseguindo voltar para casa, mas acaba tendo a companhia de um menino selvagem chamado Spot e ambos se juntam para uma cruzada de descobrimentos até o caminho para casa.
Quem vê o filme rapidamente sente que a trama não soa nenhum pouco original, já que as situações que os personagens passam já foram vistas em outros filmes, desde Rei Leão, Era do Gelo Irmão Urso e por assim vai. É aquela velha trama sobre a superação, superar um trauma do passado e buscar assim a sua redenção. Se essas fórmulas de sucesso já se encontram meio que desgastadas de tanto usadas em animações, pelo menos os estúdios Pixar usam isso para nos fazer ficar emocionados em determinadas cenas chaves.
Cenas, aliás, que prova que não é preciso dialogo para que elas se tornem emocionantes, pois bastam os gestos, os olhares e as ações dos personagens para compreendermos o que a cena quer nos passar. Bom exemplo disso é quando Arlo e Spot descobrem que ambos têm algo em comum, através de círculos na terra, galhos e puramente os olhares de cada um deles. Uma cena simples, mas poderosa, que fará o mais duro coração amolecer ao assisti-la.
Em termos técnicos, Pixar nos surpreende com a reconstituição do que poderia ser a terra a milhões de anos. Por um momento animação computadorizada nos confunde com tamanho realismo das cenas, como se elas realmente fossem reais ao ponto de a gente desejar tocar. As cenas são tão impressionantes que nos faz até mesmo esquecer um pouco do lado previsível da trama que se segue.
Outro problema que merece ser apontado em O Bom Dinossauro é no pouco tempo de participação de bons personagens coadjuvantes ou na falta deles. Pegamos por exemplo a aparição surreal de um Triceratops e seus animais que o cobrem o corpo, ou da família de T Rex, que são donos de uma manada de búfalos. São personagens carismáticos e que rapidamente nos conquista, mas que infelizmente eles não ficam muito tempo em cena.
Desafios surgem para os personagens enfrentarem, assim como vilões traiçoeiros e perigosos. Neste percurso, o laço de amor e amizade entre Arlo e Spot aumenta ainda mais, mas uma difícil lição eles terão que travar o que fará com que ambos sofram, mas ao mesmo tempo é algo que faz parte do aprendizado de cada um. São momentos como esses dos quais as pessoas de todas as idades irão se identificar e nisso os criadores da Pixar capricharam como sempre.
Embora não chega ao nível de qualidade Pixar do qual o estúdio nos fez a gente se acostumar, O Bom Dinossauro é um filme gostoso para ser assistido com os pequenos, mas que até mesmo o adulto irá se identificar com a descompromissada história de amor e amizade.    




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Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos

4º) Cabra Marcado para Morrer (1984)

Sinopse: Filme semi-documental da vida de João Pedro Teixeira, líder camponês paraibano assassinado em 1962, foi interrompido em 1964 e retomado 17 anos depois com novos depoimentos de camponeses que trabalharam na primeira filmagem e de outros personagens importantes para a história. 
Filme corajoso, já que foi lançado em 1985, num tempo que os males da ditadura ainda se sentiam. O filme se divide em saber quem era João Pedro Teixeira e saber até em que parte foi rodado o filme que retratava á sua vida, pois a produção havia sido interrompida a mando do governo. Da metade para o final, Coutinho entrevista a esposa de Teixeira e desvenda a sua vida sofrida, cheias de lutas e na busca pela maioria de seus filhos que se se perderam ao longo dos anos.
        5º) Terra em Transe (1967)

Sinopse: O senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém existem diversos homens que querem este poder, que resolvem enfrentá-lo.

Tido para alguns, como a obra prima de Glauber, o filme pode ter envelhecido para outros, mas não há como negar sua coragem histórica, pois o filme foi lançado em pleno período da ditadura e a trama nada mais era que uma critica disfarçada daquele tempo. Considerado clássico do Cinema Novo e vencedor do prêmio da critica em Cannes, é de difícil entendimento para quem não esteja habituado com a integridade linguagem do diretor. 


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