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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Cine Especial: FRANCIS FORD COPPOLA: O APOCALIPSE DO CHEFÃO: EXTRA



Mais um final de semana de conquista, pois conclui minha participação no curso sobre Francis Ford Coppola criado pelo Cine Um. Durante dois dias, o crítico de cinema Robledo Milani (do site Papo de Cinema) nos abriu uma janela do tempo, onde íamos e voltávamos para o passado e presente e conhecíamos mais a fundo sobre a carreira desse cineasta. Entre altos e baixos, Coppola lutou pela sua liberdade artística em meio aos engravatados do estúdio, para sim ter atualmente o que ele sempre quis fazer, ou seja, criar pequenas produções para sim nos brindar com histórias genuínas.
Mesmo eu sendo crítico de cinema nem todos os filmes eu assisti como esse, por exemplo, que me surpreendeu bastante e decidi assisti-lo antes da atividade.  

Cotton Club (1984)



Sinopse: O Cotton Club é uma famosa casa noturna no Harlem durante os anos 30. Lá, circulam damas e gângsteres, cantoras e músicos. É o universo do jazz e do crime organizado retratado através da história de um homem, sua mulher e um amante.

 
Cotton Club mistura o filme de gângster ao musical ao tratar de um club em Nova York que realmente existiu nos anos 20 e 30 e foi administrado e frequentado por gangsters, onde se tocava jazz e se exibia espetáculos de sapateadores. O Cotton club ainda foi um dos primeiros lugares a aceitar negros como frequentadores em uma época em que a maior parte dos estabelecimentos dividiam-se entre os que aceitam só brancos e os de negros. Por vezes, o protagonista é o próprio Coppola, que pelas contingências e de maneira não inocente, se envolve com um grande mafioso, faz coisas a contragosto, mas sua arte é a reserva de sua dignidade, no fim das contas. Coppola se preocupa muito aqui em fazer as distinções certas entre espetáculo (e suas negociatas) e criação. É essa sua franqueza, seu não-romantismo de resistência e sua consciência de que trabalhar para um mafioso não necessariamente é trabalhar para a máfia. E esse é seu encanto, algo que vem menos de sua alteridade moral e mais por revelar a arte como um ato de resistência no inferno.

Há também alguns filmes do início da carreira do cineasta que eu não vi, mas que não me interessam muito, pois nesse período ele ainda não tinha a sua liberdade artística definida. Porém, destaco Demência 13, uma bela produção barata em preto e branco (cortesia do produtor Roger Corman) que eu também não assisti ainda, mas foi um dos grandes destaques do curso, pois o filme lembra muito as principais obras de Alfred Hitchcock, sendo então uma bela homenagem. Para aqueles que têm interesse de se aprofundarem mais sobre cada filme de Coppola, solto abaixo a sua filmografia completa:


2012     Virgínia            

2009     Tetro   

2007     Velha Juventude          

2000     Supernova       

1997     O Homem Que Fazia Chover    

1996     Jack     Diretor

1992     Drácula de Bram Stoker           

1990     O Poderoso Chefão 3  

1989     Contos de Nova York  

1988     Tucker, Um Homem e Seu Sonho

1987     Jardins de Pedra

1986     Peggy Sue - Seu Passado a Espera    

1984     Cotton Club     

1983     O Selvagem da Motocicleta     

1983     Vidas Sem Rumo

1982     O Fundo do Coração

1979     Apocalypse Now

1974     A Conversação

1974     O Poderoso Chefão 2

1972     O Poderoso Chefão    

1969     Caminhos Mal Traçados

1968     O Caminho do Arco-Íris

1966     Agora Você é Um Homem

1963     Demência 13

1962     The Bellboy and the Playgirls   

1962     Tonight for Sure          


Leia mais sobre o cineasta clicando aqui.

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LUTO: MARILIA PÊRA (1943 – 2015)


Semana passada eu abri a minha crítica sobre o filme Ausência fazendo uma comparação de uma cena daquele filme com o ápice de uma clássica cena do filme Pixote, estrelado pelo jovem Fernando Ramos da Silva (Pixote) com Marília Pêra. A cena em questão é de um impacto tamanho que até hoje, para muitos, é o melhor momento de toda a carreira da atriz.  

Por ironia do destino, venho novamente citar essa grande interprete, mas para lamentar pelo o fato de ela não estar mais com a gente. Marília Pêra é um tipo de atriz cada vez mais rara em nosso cinema que, dava o sangue ao papel, desaparecia a sua pessoa e dando lugar ao personagem e nos brindando com momentos dos quais jamais nos esqueceremos. No tempo que eu ainda prestava em assistir novelas, sempre me lembrei dela com carinho na novela Brega e Chique, do qual contracenava com outra grande interprete que é Glória Menezes (O Pagador de Promessas). 
Enfim, tudo o que nos resta é nos lembrarmos dos seus grandes momentos, tanto da telinha como no cinema. Em particular, destaco essa poderosa cena com ela do filme Pixote clicando aqui.





FILMOGRAFIA:



2015     Tô Ryca 

2014     Introdução à Música do Sangue            -          

2013     Pé na Cova - Temporada 1      

2012     Rio Anos 70  (Narradora)         

2011     Aquele Beijo - Temporada 1     

2011     Consideração do Poema         

2010     A Vida Alheia - Temporada 1    

2009     Dzi Croquettes

2009     Embarque Imediato     

2008     Nossa Vida Não Cabe num Opala        

2007     Duas Caras - Temporada 1      

2007     Jogo de Cena

2007     Polaróides Urbanas     

2006     Cobras e Lagartos - Temporada 1        

2006     JK - Temporada 1        

2006     Pixote in Memoriam

2005     Acredite, um Espírito Baixou em Mim   

2004     Começar de Novo - Temporada 1 )        

2003     Garrincha - Estrela Solitária      

2001     Os Maias - Temporada 1

2001     Vestido de Noiva

1999     Amélia Amélia

1999     O Viajante

1998     Meu Bem Querer - Temporada 1           

1998     Central do Brasil          

1996     Tieta do Agreste          

1994     Incidente em Antares - Temporada 1    

1990     Lua Cheia de Amor - Temporada 1       

1989     Dias Melhores Virão    

1988     O Primo Basílio - Temporada 1

1987     Brega & Chique - Temporada 1            

1987     Anjos da Noite Marta Brum      

1983     Bar Esperança, o Último que Fecha     

1982     Quem Ama Não Mata - Temporada 1

1981     Pixote - A Lei do Mais Fraco     Sueli    

1978     O Grande Desbum       

1975     O Rei da Noite

1974     Supermanoela - Temporada 1                

1972     Uma Rosa com Amor - Temporada 1   

1971     Bandeira 2 - Temporada 1        

1971     O Cafona - Temporada 1         

1968     O Homem Que Comprou o Mundo       

1965     A Moreninha (1965) - Temporada 1

1965     Padre Tião - Temporada 1        

1965     Rosinha do Sobrado - Temporada 1

1965     Um Rosto de Mulher - Temporada 1       


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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Cine Especial: FRANCIS FORD COPPOLA: O APOCALIPSE DO CHEFÃO: FINAL

O curso sobre Francis Ford Coppola começa amanha e portanto encerro com o seu último grande filme que remete os seus melhores momentos de sua filmografia da década de 80      
 
TETRO (2009)



Sinopse: O ingênuo Bennie (Alden Ehreinreich), de 17 anos, chega a Buenos Aires devido a um problema no navio onde trabalha. Ele aproveita o ocorrido para encontrar seu irmão mais velho, Angelo (Vincent Gallo), que resolveu tirar um ano sabático e nunca mais entrou em contato com a família. Bennie consegue encontrá-lo, mas Angelo não é mais a mesma pessoa. Ele abandonou seu nome de batismo e agora atende apenas por Tetro, tendo se tornado uma pessoa de temperamento difícil e que esconde seu passado. Entretanto, o período em que Bennie vive com ele e sua namorada Miranda (Maribel Verdú) faz com que relembre experiências do passado.



Se na trilogia do Poderoso chefão o enredo estava focado na linha da união para a desmoralização de uma família, em Tetro isso acontece exatamente ao contrário, já que em parte, essa família apresentada na história já esta em desarmonia. Francis Ford Coppola já nos pega no início ao nos deixar com inúmeras dúvidas do porque do protagonista Tetro (Vincent Gallo excelente) não querer saber de nenhum contato com a família, muito menos do seu jovem irmão Bennie (Alden Ehreinreich) que, ao chegar na casa do seu irmão mais velho, tenta descobrir aos poucos do porque ele agir assim.
Fazia tempo que não se via um filme tão bom como esse na filmografia Francis Ford Coppola. Aqui ele volta a sua boa forma e muitas de suas características empregadas em seus filmes anteriores estão de volta colocadas neste. Tanto que, em alguns momentos, esse filme dá uma ligeira sensação de que se trata de uma espécie de continuação de outro clássico do diretor, O Selvagem da Motocicleta.
Muito se deve a isso pelo fato do foco de ambas as histórias serem sobre dois irmãos tentando se relacionar e se compreender um com outro. E assim como no clássico dos anos 80, aqui novamente o filme é apresentado em preto e branco, muito belo, aliás, isso graças ao genial trabalho do diretor de fotografia Mihai Malamare Jr. Além da fotografia em preto e branco, ele acabou criando as cenas de flashback em cores, o que acaba criando um verdadeiro contraste ao resto da trama, dando a entender que o passado era mais luminoso, cheio de vida e o presente é triste e obscuro.
Com um ótimo elenco que ainda inclui a excelente atriz Maribel Verdú (O Labirinto do Fauno) como esposa de Tetro e com um final arrebatador, Francis Ford Coppola parece que aos poucos vai voltando aos bons tempos como o bom diretor que era, seja em superproduções ou em produções pequenas como essa, que por sua vez possui grande conteúdo e uma boa aula de que como se faz cinema de verdade.

Leia também: Partes 1,  2 e 3. 
  
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Cine Dica: CINEMA SINERGÉTICO NA CINEMATECA CAPITÓLIO

Nos dias 5 e 6 de dezembro, acontece o espetáculo multimídia Cinema Sinergético na Cinemateca Capitólio, reunindo o duo musical Anvil Fx (Paulo Beto e Bibiana Graeff) e a dupla de VJs Modular Dreams (Priscilla Cesarino e Danilo Barros). Juntos, eles apresentam um espetáculo multimídia que conjuga cinema, música, vídeo e performance. O evento faz parte da programação do Festival de Artes 50 anos do Goethe-Institut Porto Alegre. Entrada franca.

Na sexta-feira, 4 de dezembro, acontecem exibições dos filmes da mostra Divas Francesas.

CINEMA SINERGÉTICO

Cinema Sinergético reúne o duo musical Anvil Fx (Paulo Beto e Bibiana Graeff) e a dupla de VJs Modular Dreams (Priscilla Cesarino e Danilo Barros). Juntos, eles performam um espetáculo multimídia que conjuga cinema, música, vídeo e performance. Trata-se de uma intervenção conjunta sobre a projeção do filme mudo alemão Raskolnikov (1923), de Robert Wiene, inspirado no romance Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski. O contraste entre diferentes linguagens, tradicionais e contemporâneas, e a sinergia entre som, imagem e ação contribuem para oferecer uma nova dinâmica à experiência vivenciada pelo espectador.

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
4 a 6 de dezembro de 2015

4 de dezembro (sexta-feira)

16h – Os Destinos Sentimentais
20h – Copacabana

5 de dezembro (sábado)

20h – Cinema Sinérgetico

6 de dezembro (domingo)

18h – Cinema Sinérgetico