Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Neste último final de semana eu
participei do curso sobre o diretor italiano Mario Bava. Ministrado pelo
entendedor do assunto Fernando Brito, o curso foi uma espécie de ponta pé inicial, para cada vez mais as pessoas conhecerem a filmografia desse diretor que,
ao lado de Dario Argento, revitalizou o cinema de horror italiano e que serviu
de inspiração para outros cineastas de dentro e fora do país. Abaixo, segue um vídeo, do qual
Fernando Brito não pode passar durante atividade por falta de tempo, e que
traça algumas das influências dos filmes de Bava em cineastas contemporâneos.
Abaixo alguns momentos da atividade.
Eu chegando
Fernando Brito comandando
Gênio Scorsese falando
Mario Bava se consagrando
Boris Karloff cavalgando
Três Mascaras do Terror uivando
Norma Bengell nos orgulhando
"Psicopata não americano" nos observando
Leia tudo e muito mais sobre Mario Bava clicandoaqui.
John Carpenter é
um diretor norte-americano que, desde os anos 70, vem renovando os
gêneros e, porque não dizer, a própria linguagem cinematográfica.
Verdadeiro artesão dentro de Hollywood, Carpenter construiu uma obra
muito rica na qual pode-se perceber uma unidade temática e estética –
algo que só os grandes autores da sétima arte conseguem. Além disso, seu
modo particular de produção e seu trabalho como compositor da maioria
das trilhas dos seus filmes, contribuem para a afirmação de seu estilo
próprio.
.
Objetivos
O curso JOHN CARPENTER: ELE VIVE, ministrado por Fernando Mantelli, vai analisar a vida e obra do cineasta cult por
excelência, reverenciado por uma legião de admiradores ao redor do
mundo. Ao transitar por diversos gêneros cinematográficos, sempre com
seu toque de estilo pessoal, Carpenter desenvolveu uma filmografia
coerente cujos filmes resistem à prova do tempo e merecem ser vistos,
revistos, avaliados e reavaliados.
Conteúdos
Aula 1 - Anos 70 e 80
- Apresentando John Carpenter – um breve apanhado da vida do cineasta.
- O enclausuramento na aventura espacial Dark Star e no policial Assalto a 13ª DP.
-Halloween: um marco no cinema de terror.
- Alguém me VigiaeElvis: Filmes que não tem nada a ver com a obra de Carpenter?
- A Bruma Assassina: o retorno ao terror em grande estilo.
- Fuga de Nova York: um clássico dos anos 80.
- O Enigma do Outro Mundo: A volta do enclausuramento na obra-prima de Carpenter.
- O terror em uma das melhores adaptações de Steven King em Christine, O Carro Assassino.
- Starman - O Homem das Estrelas: o "ET" de Carpenter.
- Os Aventureiros no Bairro Proibido: antecipando as comédias de aventura.
- A densidade de Príncipe das Sombras e a crítica irônica de Eles Vivem - fechando os anos 80 com chave de ouro.
Aula 2 - Anos 90 até agora
- O retorno com o bizarro Memórias de um Homem Invisível.
- Trilogia do Terror: Carpenter volta correndo ao horror em dois episódios.
- Um mergulho na mente humana com A Beira da Loucura.
- A Cidade dos Amaldiçoados: Mais extraterrestres, mais terror, mais uma obra-prima.
- Fuga de Los Angeles: o retorno de Snake Plisken é uma doideira só.
- Vampiros: Carpenter no auge faz um de seus grandes filmes.
-Fantasmas de Marte: Retomada dos temas.
- Os últimos trabalhos, os episódios em Mestres do Terror e o filmeAterrorizada.
- Discussão sobre a relevância da obra de John Carpenter.
Curso John Carpenter: Ele Vive de Fernando Mantelli
DATAS
Dias 24 e 25 / Outubro (sábado e domingo - 15h às 18h)
Sinopse:A história real do
equilibrista Philippe Petit (Joseph Gordon-Levitt), famoso por atravessar as
Torres Gêmeas usando apenas um cabo. Mesmo sem ter autorização legal para a
arriscada aventura, ele reuniu um grupo de assistentes internacionais e contou
com a ajuda de um mentor para bolar o plano, que sofreu diversos obstáculos
poder ser finalmente executado. A travessia ocorreu na ilegalidade em 7 de
agosto de 1974 e ganhou destaque no mundo inteiro.
No dia 28 de dezembro de
1895, os irmãos Auguste e Louis Jean Lumière exibirão no salão indiano do Grand
Café de Paris os seus primeiros curtas metragens que eles filmaram através da
sua invenção que era o cinematografo. Dentre os curtas, havia uma cena de um
trem parando numa estação. A cena vista hoje é simples, mas na época os
espectadores simplesmente saiam da cadeira e se escondiam, pois acreditavam que
o trem iria atingi-los.
De lá pra cá o cinema
evoluiu muito. De curtas passaram para longas; cores foram surgindo; o som foi
substituindo o lado mímico do cinema mudo; os efeitos visuais vieram para fazer
feitos impossíveis e o 3D surgiu com a possibilidade de entrarmos em um filme.
Esse último recurso na realidade surgiu a partir da década de 50, mas foi
somente a partir de Avatar em 2009 que ele se fortaleceu e agora em A Travessia
ele se encaminhou á um novo patamar em fazer com que o cinéfilo sinta o que o
protagonista sente no ápice do filme.
No mais novo filme de Robert
Zemeckis (De Volta para o Futuro) acompanhamos a trajetória da vida do francês
equilibrista Philippe Petit (Joseph
Gordon-Levitt) que, desde jovem, se equilibra em lugares dos mais inusitados.
Certo dia ele descobre que estão sendo construídas imensas torres gêmeas em
Nova York (o futuro World Trade Center). Isso faz com que se cria uma obsessão
dentro dele de querer se equilibrar em cima de um cabo em meio às enormes
torres.
A trama é narrada pelo
próprio protagonista durante todo o filme (aonde ele se encontra sempre na
estatua da liberdade) e dá a sensação que a história é um verdadeiro conto de
fadas moderno, mesmo a gente já sendo informado no princípio que é baseado num
caso verídico. Os primeiros minutos são uma beleza a parte, aonde nos é
apresentado uma Paris em preto e branco, porém, mais viva do que nunca e o 3D
faz somente que sentimos essa sensação num grau mais elevado. Lembrando que
estamos prestigiando um filme que foi rodado e pensado em ser apresentado em 3D
e não convertido em última hora.
Após apresentação do
protagonista, conhecemos gradualmente suas origens, assim como o seu fascínio pelo
malabarismo, equilibrismo e os significados que o leva a querer se arriscar a
todo o momento. Assim como homens que arriscaram as suas vidas subindo em
montanhas como monte Everest, Philippe Petit sempre explica que ele age assim
não para morrer, mas sim para viver. Assim como inúmeros gênios, pode-se dizer
que Petit foi um de inúmeros incompreendidos e que somente ele sabia com certeza
(ou não) o que lhe passava em sua mente para desafiar os seus próprios limites.
Embora chamariz da trama seja
o fato dele querer atravessar às torres gêmeas a partir de um cabo de aço a
quase meio quilometro de altura, Robert Zemeckis foi inteligente ao retratar a
construção desse tal feito. Para isso, conhecemos então as pessoas que ajudaram
Petit, como o veterano equilibrista Papa Rudy (Ben Kingsley), a namorada e
artista de rua Annie Allix (Charlotte Le Bom), o fotografo Jean-Louis (Clément
Sibony) e dentre outros. Cada um deles terá uma função para ajudar o protagonista,
transformando o filme num verdadeiro roubo de banco, mas na realidade sem
nenhum roubo.
Tudo que antecede o feito do
protagonista nos é apresentado e dando uma sensação que estamos assistindo uma espécie
de continuação de 11 Homens e um segredo, pois eles não somente têm que driblarem
a segurança, como também os trabalhadores que ainda estavam construindo os dois
prédios daquela época. Isso acaba gerando inúmeros momentos conflitantes, como
quando o protagonista e seu parceiro que tem medo de altura (que ironia) se
escondem na beira de um poço de elevador. Passados esses momentos, acabam
gerando outros inusitados, como quando certo personagem surge do nada e gerando
inúmeras interpretações sobre o seu significado em cena.
Após todos esses preparativos,
finalmente chega o momento de tal feito e que realmente aconteceu na manhã do
dia 07 de agosto de 1974. Nesse momento, Zemeckis prepara uma espécie de palco,
aonde as nuvens seriam as cortinas que, quando abertas, nos brindaria com um
grande espetáculo. Não há como negar que o diretor se superou novamente, pois
ele criou cenas realistas em que retrata com exatidão como era o alto das
torres que, aliadas a um 3D caprichado, nos causa uma sensação de vertigem e um
frio na espinha que acontece devido a cada passo que o protagonista dá em cima
do cabo.
Na vida real, o feito de Philippe
Petit durou aproximadamente 45 minutos, mas retratado no filme foi em torno de
15 minutos. Contudo, isso não desmerece o que é visto na tela, já que esses
minutos parecem longos e mesmo quando a gente deseja que não termine, por outro
lado, o nosso subconsciente deseja que logo se encerre mesmo a gente sabendo
que ele sobreviria após o tal feito. Claro que essa sensação de perigo tudo se
dá devido aos pequenos detalhes, desde o cabo ficar balançando quando não deve,
ou quando um visitante de penas pousa acima de Petit quando ele está deitado no
cabo.
Os minutos finais da trama nos
dão o mesmo tipo de sentimento que o protagonista sente de dever cumprido e, ao
mesmo tempo, Robert Zemeckis criou um grande feito, do qual a gente tem a sensação
de que voltamos no tempo e descobríssemos qual era a sensação daquelas pessoas que
estavam assistindo de longe aqueles momentos inusitados de grande proeza e beleza
acima das torres. No final das contas, A Travessia vai ainda mais longe, mais
precisamente nos fazendo ter uma idéia de como as pessoas do final do século 19
se sentiam ao vislumbrarem com as primeiras cenas de movimento vistas numa tela
e nos fazendo nos lembrar que o cinema nasceu como pura arte e espetáculo.
Os astros de “Invocação do Mal” Vera Farmiga e Patrick Wilson se reúnem novamente após o sucesso do primeiro filme
A Warner Bros. Pictures anuncia o início das filmagens, em Los Angeles, de Invocação do Mal 2,da
New Line Cinema, com James Wan (“Velozes & Furiosos 7”) novamente
na direção, após o sucesso recorde de “Invocação do Mal”. O filme
sobrenatural traz para os cinemas outro caso real dos arquivos dos
renomados demonologistas Ed e Lorraine Warren.
Repetindo seus papéis estão a indicada ao Oscar Vera Farmiga (“Amor Sem
Escalas”, série de TV “Bates Motel”) e Patrick Wilson (filmes
“Sobrenatural”) como Lorraine e Ed Warren que, em uma de suas
investigações paranormais mais aterrorizantes, viajam ao norte de
Londres para ajudar uma mãe solteira a criar seus quatro filhos sozinha
em uma casa atormentada por espíritos cruéis.
O
longa segue o sucesso fenomenal de “Invocação do Mal”, que teve a maior
abertura em filmes de terror originais. No Brasil, alcançou a maior
bilheteria já registrada em final de semana de estreia para filmes de
terror, arrecadando cerca de R$ 4,1 milhões. Com público estimado de 336
mil, o filme ficou em primeiro lugar nos cinemas de todo o território
brasileiro. Somando o resultado do mercado internacional, o filme
acumulou mais de U$ 319 milhões, tornando-se a segunda maior bilheteria
de filmes de terror de todos os tempos, ficando atrás apenas de “O
Exorcista”.
Completando
o elenco estão Frances O’Connor (série de TV “The Missing”) como a mãe
solteira, com Madison Wolfe (série de TV “Zoo”) e os novatos Lauren
Esposito, Patrick McAuley e Benjamin Haigh como seus filhos; Maria Doyle
Kennedy (série de TV “Orphan Black”); Simon Delaney (série de TV
“Roy”);Franka Potente (série de TV “The Bridge”); e Simon McBurney (“Missão Impossível – Nação Secreta”).
Além de dirigir o longa, Wan escreveu o roteiro com Carey Hayes & Chad Hayes e David Leslie Johnson.
Peter Safran, Wan e Rob Cowan, que colaborou em “Invocação do Mal”, são os produtores.
A
equipe de criação por trás das câmeras conta com o diretor de
fotografia indicado ao Oscar Don Burgess (“Forrest Gump – O Contador de
Histórias”, “42 – A História de uma Lenda”). Reunindo-se com o diretor
de “Invocação do Mal” estão a designer de produção Julie Berghoff, o
editor Kirk Morri, a figurinista Kristin Burke, e compositor Joseph
Bishara.
Com estreia prevista para junho de 2016 no Brasil, Invocação do Mal 2 é uma produção da New Line Cinema e será distribuído pela Warner Bros. Pictures.
Nos dias 10 e 11 de
Outubro, eu estarei no Cine
Capitólio, participando do curso Mario
Bava: Maestro do Macabro, criado pelo Cine Um e ministrado pelo doutor em
Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em
romance gótico, Fernando Brito. Enquanto atividade não chega, irei falar dos
principais filmes desse diretor que foi fonte de influência para inúmeros
outros diretores como Francis Ford Coppola e Tim Burton.
DIABOLIK (1968)
Sinopse: Baseado em um personagem de gibis italianos da década de 60, Diabolik é um anti-herói que costuma sair de seu esconderijo secreto para ganhar a vida roubando e perturbando constantemente o governo, as autoridades e criminosos rivais, quase sempre com o auxílio do charme e sensualidade de sua bela namorada.
Devo confessar que,
antes mesmo de eu ingressar no curso sobre Mario Bava para esse final de semana,
eu havia assistido poucos títulos de sua filmografia e somente fui conhecer
agora quase todos os seus filmes graças a essa atividade que irei participar. Curiosamente, Bava ficou
famoso por filmes de terror góticos e que essa adaptação de um personagem de
quadrinhos foge um pouco do que estava acostumado a fazer. Porém. isso
não torna o titulo menor de sua filmografia, pois Diabolik! é uma delicia de ser assistido e uma
prova que a onda das adaptações de HQ não se restringem somente ao nosso cinema
atual. Diabolik (John
Phillip Law) é o maior ladrão do planeta e quanto maior e mais perigoso for o
desafio, melhor; já que ele comete crimes por puro prazer e para satisfazer os
desejos de sua belíssima e fútil
namorada (Marisa Mell). Eles vivem em um esconderijo secreto todo tecnológico,
dormem numa mega cama cheia de dinheiro, dirigem belos carros e costumam
derreter ouro por diversão. Enquanto isso, o governo faz de tudo para prende-lo, até pagar uma recompensa de 1 milhão de dólares para quem o fizer. O filme
tem uma cena marcante atrás da outra, Diabolik sempre arrumando maneiras
mirabolantes de fuga, algumas até cartunescas, como uma que parece saída de um
episódio do Papa-Léguas, quando ele coloca uma espécie de espelho na estrada
para enganar os perseguidores. Diabolik também é um
filme bem estiloso, com os personagens sempre bem vestidos, algumas cenas
parecem até editais de moda, a fantasia do Diabolik é um charme a parte, tanta
elegância que em uma sequência do roubo de um colar, a vítima deixa explícito
que seria um prazer ser roubada por ele. Na verdade, numa inversão de valores,
Diabolik acaba sendo o herói do filme e a polícia e o governo os vilões, já que
acabamos torcendo por ele o tempo todo. O filme tem closes bem sexys da linda
namorada do Diabolik, sempre em trajes mínimos e das meninas dos gângsteres, aliás,
um dos pontos fracos do filme para mim são os mafiosos, bem inexpressivos,
forçando na comicidade em certo ponto, mas como eles são bem secundários na
história, acabam não influenciando no resultado final desse ótimo filme.