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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cine Curiosidade: O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, manteve a boa média de Público em seu 2º Dia de Festival.

O Festival de Curtas: “A Hora Do Cinema” manteve a boa média de Público em seu 2º Dia. Estiveram presentes 53 espectadores, para apreciarem a Grande Palestra do Compositor “Daniel Ramalho” (Compositor da Trilha Sonora do Filme Norte-Americano “Corpsing”). Amanhã (12/12) no último Dia de Evento, Daniel Ramalho irá nos presentear com a segunda parte de sua Palestra, ou seja, teremos ainda muito assunto bom e novo, para contemplar os cinéfilos de todos os gostos.

Abaixo imagens do 2º Dia de Festival 
 Mais informações sobre o festival, vocês conferem na pagina de A Hora do Cinema clicando aqui.



Fonte: A Hora do Cinema.


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cine Especial: Palma de Ouro em Cannes: Parte 2

Com a chegada do aguardado filme Azul é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada Palma de Ouro. 
  
Taxi Driver(1976) 

Sinopse: Em Nova York, um homem de 26 anos (Robert De Niro), veterano da Guerra do Vietnã, é um solitário no meio da grande metrópole que ele vagueia noite adentro. Assim começa a trabalhar como motorista de taxi no turno da noite e nele vai crescendo um sentimento de revolta pela miséria, o vício, a violência e a prostituição que estão sempre à sua volta. Perde bastante noção das coisas quando leva uma bela mulher (Cybill Sheperd), que trabalha na campanha de um senador, para ver um filme pornô logo no primeiro encontro, mas tem momentos de altruísmo ao tentar persuadir uma prostituta de 12 anos (Jodie Foster) para ela largar seu cafetão, voltar para a casa de seus pais e ir para a escola. Porém, em contra-partida, compra quatro armas, sendo uma delas um Magnum 44, e articula um atentado contra o senador (que planeja ser presidente) e para quem sua amiga trabalha.
  
Muita violência neste retrato nada simpático da cidade de Nova York e seus anônimos e reprimidos habitantes, com uma soberba atuação de Robert De Niro. O roteiro é de Paul Schrader (diretor de Mishima e O Gigolô Americano), e a trilha sonora é o ultimo trabalho de Bernard Herrmann (autor de Um Corpo que Cai). Palma de Ouro no festival de Cannes.          

Curiosidade: Robert De Niro trabalhou durante 12 horas como motorista de táxi ao longo de um mês, como preparação para seu personagem em Taxi Driver.


 Apocalypse Now(1979)

Sinopse: Capitão (Martin Sheen) tem a missão de encontrar e matar coronel (Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos.

Mais de 30 anos depois, filme de Francis Ford Coppola não é sobre o Vietnã, o filme é o Vietnã. Uma odisséia que mostra de forma muitas vezes surrealista a devastação e o horror da guerra, com um final bastante sombrio e marcante. Nas comemorações dos 25 anos do filme, foi lançada uma versão com mais de três horas de duração, dando mais detalhes da trama e explorando pontos antes inexplicáveis. Para a surpresa de muitos da época, o filme se tornou muito mais ágil, mesmo com a longa duração e provando ainda mais o talento de Coppola.
Desempenhos magistrais de Martin Sheen e Marlon Brando. Palma de Ouro no Festival de Cannes

Curiosidades: O cronograma original de Apocalypse Now previa filmagens de apenas 6 semanas, mas a produção terminou se estendendo para 16 meses. O motivo de tamanho atraso foi um furacão, que destruiu todos os sets de filmagens.- O ator Martin Sheen teve um ataque cardíaco durante as filmagens, aumentando ainda mais o atraso para a conclusão do filme enquanto o diretor Francis Ford Coppola ameaçou por diversas vezes se suicidar..
  

 Kagemusha, a Sombra do Samura(1980) 

Sinopse: Durante o Japão medieval, um importante lorde falece em meio à uma decisiva guerra. Prevendo que isso pudesse acontecer, ele deixa uma ordem de que, se realmente falecesse, alguém deveria se passar por ele e, assim, evitar a queda de seu reinado. Nesse momento entra na história um pobre ladrão, sósia do grande lorde, que encontra uma situação incrivelmente mais difícil do que qualquer um poderia imaginar.


Fascinante épico que toma como ponto de partida um costume do Japão Feudal: o de providenciar dublê para homens poderosos (a palavra Kagemusha tem exatamente esse significado – “dublê” ou “sombra” de guerreiro). Grandes cenas de batalha, com impecáveis reconstituições de roupas e armas, rituais majestosos e pérfidas intrigas palacianas. Um dos trabalhos de maior apuro visual de Kurosawa.  A produção executiva da versão internacional de Kagemusha, a Sombra do Samurai ficou a cargo de Francis Ford Coppola e George Lucas.


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Cine Curiosidade: Grande Público no 1º Dia: Do Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”.

O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, que tem por objetivo incentivar e promover novos talentos na área cinematográfica e estimular o desenvolvimento e a produção audiovisual de cunho educativo e cultural, aberto a todos os Cineastas, porém dando prioridade aos amadores, e possibilitando a criação, reflexão e difusão do cinema brasileiro “amador” com a participação da comunidade, roteiristas, cineastas e pesquisadores do audiovisual e da Educação.

Em seu 1º Dia o nosso Festival Curtas: “A Hora Do Cinema” - teve um Público de 63 espectadores em plena terça-feira (dia útil) no período da tarde, sim!!! Foi um Grande Público que teve a oportunidade de conferir além dos bons Curtas exibidos, também a Grande Abertura da Banda Jay Becker, e isso é só o começo! Amanhã abriremos com a tão esperada palestra de Daniel Ramalho (Compositor da Trilha Sonora do Filme Norte-Americano “Corpsing”), que venho diretamente do Rio de Janeiro, para Palestrar sobre o seu Trabalho e também detalhar sobre “Corpsing”, que brevemente estreará no Brasil.

Abaixo imagens do 1º Dia de Festival

Mais informações sobre a programação do festival vocês conferem na pagina A Hora do Cinema clicando aqui.

Fonte: A Hora do Cinema.


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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cine Dica: 1º FESTIVAL DE CURTAS DA HORA DO CINEMA COMEÇA HOJE.

Cansado de ver longas dispensáveis?  Então venha desfrutar  desse evento no Santander Cultural a partir de hoje na capital, pois as melhores historias podem estar nos menores frascos!  


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Cine Dica: AVANTI POPOLO E O ATO DE MATAR NA SESSÃO PLATAFORMA


Na próxima semana, a Sessão Plataforma levará à tela da Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) uma dose dupla especial sobre a memória. Na terça-feira, dia 10 de dezembro, às 20h30, será exibido Avanti Popolo, premiado longa de estréia de Michael Wahrmann, sobre um homem que tenta reviver a memória de seu pai através de imagens em Super-8. O filme tem a presença marcante do cineasta Carlos Reichenbach, na última atuação antes de seu falecimento, em 2012. Após a sessão, haverá um debate com o diretor. Na quinta-feira, dia 12 de dezembro, às 20h30, é a vez do cultuado documentário O Ato de Matar, de Joshua Oppenheimer, com produção executiva de Werner Herzog, sobre o assassinato de mais de um milhão de comunistas após o golpe militar na Indonésia em 1965.
  
AVANTI POPOLO
10 de dezembro
20h30

Direção : Michael Wahrmann - 72min, BRA, 2012.
SINOPSE:

Através do resgate de imagens Super-8mm captadas pelo seu irmão nos anos 70, André tenta reavivar a memória do seu Pai que há 30 anos espera seufilho desaparecido.

FESTIVAIS E PRÊMIOS:
- Festival de Cinema de Brasília 2013 - Melhor direção, prêmio da crítica, melhor ator coadjuvante e prêmio Saruê.
- Rome International Film Festival 2012 - CineMAXXI - Melhor Filme
- Rotterdam International Film Festival 2013.
- FIDMarseille 2013.
- FICUNAM – Melhor diretor

Após a sessão, debate com o diretor Michael Wahrmann e a distribuidora do filme Silvia Cruz da Vitrine
Filmes. Chopp Rasen após o debate.


O ATO DE MATAR
 (The Act of Killing)
 12 de dezembro
20h30

direção: Joshua Oppenheimer – documentário, 166min, Dinamarca/Noruega/Reino Unido, 2012.
SINOPSE:
Na Indonésia, o golpe militar de 1965 levou um exército paramilitar a ser promovido a um autêntico esquadrão da morte. Em menos de um ano, mais de um milhão de pessoas foram executadas. Décadas depois, alguns membros desses esquadrões vivem como heróis e desejam contar orgulhosamente sua própria versão da história. Eles concordam não apenas em narrar seus assassinatos brutais, mas em reencená-los diante das câmeras, inspirados pelos filmes americanos que tanto adoram. Com produção executiva de Werner Herzog e Errol Morris, o filme levou dez anos para ser concluído.

FESTIVAIS E PRÊMIOS:
- Berlin International Film Festival 2013 - Panorama - Prêmio do Público e Ecumenical Jury Prize.
- New York New Directors 2013
- Toronto International Film Festival 2013.

- CPH:DOX 2012 - DOX award.



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Cine Dica: DOCE AMIANTO estreia no CineBancários


Encerrando a programação de 2013 o CineBancários exibe, com exclusividade, de 10 a 29de dezembro, o cultuado filme Doce Amianto, de Guto Parente e Uirá dos Reis e produzido pela nada convencional produtora cearense Alumbramento.
 "Ai... Sinto tanta pena de mim quando penso sobre como nunca fui amada nem amamentada, Freud, tanta pena que fico de quatro e com a porta aberta, abanando o rabo, esperando os cães..."
Amianto vive isolada num mundo de fantasia habitado por seus delírios de incontida esperança, onde sua ingenuidade e sua melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se abandonada por seu amor (O Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche, que a protegerá contra suas dores ? ao menos até onde possa. Seu universo interior choca-se com a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence e invariavelmente ela torna a debruçar-se sobre seus delírios jocosos, misturando realidade e fantasia. Com a ajuda de sua Fada Madrinha, Amianto recolhe forças para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia.

Em cartaz de 10 a 29 de dezembro
sessões às 15h, 17h e 19h, de terça a domingo

Ingressos:
Inteiras: R$ 6,00
Meias: bancários e jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e clientes do banrisul
 
Ficha técnica:
Direção: Guto Parente e Uirá dos Reis
70min . 2013 . CE . Digital
Companhia Produtora: Alumbramento Produção Executiva: Ticiana Augusto Lima Produção: Guto Parente e Ticiana Augusto Lima Roteiro e Montagem: Guto Parente e Uirá dos Reis Fotografia: Guto Parente Som: Pedro Diógenes Direção de Arte e Figurino: Lia Damasceno Edição de Som: Érico Sapão Trilha Musical: Uirá dos Reis Com: Deynne Augusto, Uirá dos Reis, Dario Oliveira, Rodrigo Fernandes, Rafaela Diógenes, Reginaldo Dias, Bruno Rafael, Danilo Maia, Valentina Damasceno

Guto Parente (Fortaleza, 1983), cineasta e membro da produtora Alumbramento, realizou quatro longas ? Estrada para Ythaca (2010), Os Monstros (2011), No Lugar Errado (2011) e Doce Amianto (2013) - e sete curtas - entre eles Espuma e Osso (2007), Flash Happy Society (2009) e Dizem que os Cães Veem Coisas (2012). Seus três primeiros longas foram realizados em parceria com Pedro Diogenes, Luiz e Ricardo Pretti, no quarteto Irmãos Pretti & Primos Parente, e o último em parceria com Uirá dos Reis. Seus filmes já foram exibidos em importantes festivais internacionais - como Locarno, Rotterdam, Bafici, Viennale, FID Marseille, Indie Lisboa - e nacionais, ganhando o prêmio de Melhor Filme em festivais como Tiradentes, Ja nela e Panorama. Guto também trabalha como montador.
 Uirá dos Reis, poeta, compositor e cineasta esporádico, reside em Fortaleza. Tem diversos discos lançados, livretos em xerox, um livro publicado, dois inéditos, trilhas em diversos filmes, gosta de um doce chamado 'espécie' e chora com 'Nuca fui beijada' até hoje. Ama a diretora Ana Carolina, João Gilberto, Yoko Ono e o século XX. É de capricórnio com capricórnio, o que significa dizer que não interessa a ninguém sua verdadeira idade.


Mais informações vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 


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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: AZUL É A COR MAIS QUENTE


Sinopse: Adele (Adle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux) sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos ela se entrega por completo a este amor secreto enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.

Num determinado momento da primeira hora de Azul é a cor mais quente, Adele (Adle Exarchopoulos) esta tendo um sonho erótico com relação à garota que ela havia cruzado na rua, Emma (Adele Exarchopoulos). No principio, o travesseiro que ela usava era todo branco, mas bastou ela começar a ter o sonho, que ele começou a ficar manchado de azul, ao ponto dele ficar diferente da primeira cena em que ele surgiu. Essa seqüência representa muito bem inúmeros momentos do filme, em que objetos de cena, assim como o fundo do cenário, possuem a cor azul, mas que talvez não estejam exatamente desta cor, mas estão assim devido aos pensamentos de Adele que transbordam na tela, principalmente com relação à pessoa que ela busca para amar.
Dirigido por Abdellatif Kechiche (O Segredo do Grão), e baseado na HQ escrita por Julie Maroh, Azul é a cor mais quente me fez sentir a mesma sensação de quando eu havia assistido O Segredo de Brokeback Mountain de Ang Lee: não é sobre a relação de duas pessoas do mesmo sexo, mas sim sobre uma historia de amor como qualquer outra, de altos e baixos e que para o bem ou para o mal, lhe trazem sofrimento, mas amadurecimento com relação a certos obstáculos da vida. Com isso, não tem como a pessoa não se identificar com os personagens, seja ela  hetero ou não.  
Mais do que sobre uma historia de amor, o filme também desvenda como por vezes é difícil a vida, com relação ao saber o que realmente a pessoa quer pra ela, principalmente na fase da adolescência. Nessa época, algumas vezes nós mesmos nos pegávamos de uma maneira deprimida, mas não sabíamos por que, sendo que parece que falta algo para a gente ser feliz ou que a gente não descobriu outro lado de nos. Adele é mais ou menos assim: vivendo o dia a dia, indo e voltando para escola, mas com pensamentos e dores internas nas quais ela mesma não pode explicar nem para ela mesma.   
Tudo isso é mostrado gradualmente pela câmera de Kechiche, onde ele consegue extrair cada gesto, detalhes e pensamentos vindos dos olhos da protagonista, criando um verdadeiro mosaico, tanto de imagens sugestivas, como também fazer com que a gente consiga saber o que ela pensa através dos seus olhos. Isso muito se deve também a estupenda interpretação de Adele Exarchopoulos, que carrega todo o filme nas costas, mas de uma maneira surpreendente, segura e se transformando uma das grandes revelações do ano.  
Embora com suas três horas de duração o filme desperta nossa curiosidade com relação ao destino da personagem e fazendo com que nos tornemos parceiros ao lado dela nessa jornada. Bom exemplo é a primeira hora do filme, que embora Adele tenha cruzado e trocado olhares com Emma na primeira meia hora de filme, leva um bom tempo até elas se reencontrarem. Até lá, vivenciamos as descobertas que a protagonista experimenta, desde ao fato de fazer sexo pela primeira vez com um rapaz, como também ter o seu primeiro beijo com outra garota.
Chega ao ponto, que sabemos o que Adele quer: achar Emma e liberar o que ela quer soltar a todo custo, mesmo demonstrando um comportamento um tanto que contido. O reencontro finalmente acontece num bar, onde conhecemos Emma e descobrimos que ela não é somente uma bela imagem Angelical que despertou os desejos da protagonista, como também uma garota entendida e resolvida na vida como uma artista. Embora Léa Seydoux não possua o mesmo tempo de cena de Adele Exarchopoulos, ela simplesmente domina em cena quando ela surge, passando segurança de sua personagem, protagonizando momentos fortes e que não deve nada para a sua colega de cena.
Com o reencontro e o inicio de uma forte relação amorosa, surge a tão badalada e polemica cena de amor entre as duas. Embora tenha causado furor no festival de Cannes devido a essa cena, o que vemos não é nada gratuito, mas sim justificado, pois durante mais de uma hora de filme, vimos à protagonista em uma cruzada para liberar os seus desejos internos e o que vemos é o resultado mais do que justo. Graças Abdellatif Kechiche e sua câmera, vemos uma cena de sexo de uma maneira bela, onde presenciamos cada centímetro dos corpos das duas e passando para nos a sensação de fusão de pele entre ambas as protagonistas, criando assim uma visão incomum, em sete minutos que sintetiza muito bem o que ambas sentem uma pela outra naquele momento forte e singelo.  
Após isso, presenciamos a construção dessa relação, onde elas conhecem aos poucos o mundo de cada uma delas, desde os seus atrativos, como também suas imperfeições. Como em toda relação que se preze, o que começa como uma bela historia de amor, acaba não sendo exatamente o que se esperava. Não que ambas não se amem uma pela outra, mas são suas personalidades distintas que coloca a relação delas em cheque.
Enquanto Emma sabe o que realmente quer na vida, Adele ainda se encontra num redemoinho de incertezas, que há faz descascar outras camadas de sua confusão de pensamentos e sentimentos. A conseqüência disso faz com que elas se coloquem num desafio de saber sobreviver numa realidade em que o amor, por mais que o desejamos, machuca e nos faz nos levar num caminho sem retorno. Provocamos os nossos atos, mas as conseqüências sempre será outra historia ser enfrentada.
Em seu ato final, vemos as protagonistas sobrevivendo às conseqüências de suas escolhas, mas jamais mudando o que ambas sentem uma pela outra. Não há um final feliz, mas também não é nenhuma tragédia, e sim recomeço, no qual desejamos segui-lo e saber qual seria o próximo passo delas.
Embora com suas três horas de duração, Azul é a cor mais quente é um filme a ser degustado, saboreado vagarosamente e ser visto com a mente aberta. Os que não entendem o que eu quero dizer, que fiquem do lado de fora do cinema. 


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