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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: GRAVIDADE

Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Viver então sozinho não deveria ser um desafio, mas um mero detalhe.

Sinopse: A Dra. Ryan Stone médica e engenheira espacial está em sua primeira missão fora da Terra ao lado do astronauta Matt Kowalsky na última missão de sua carreira. Durante uma caminhada em torno de seu ônibus espacial eles são atacados por uma chuva de meteoros que os deixa sem contato com a base na Terra e à deriva no espaço. Eles precisam agora trabalhar juntos para tentar sobreviver.

Ao longo da minha vida sempre conheci pessoas que não gostam da solidão, por simplesmente temerem ou não suportarem ela, tanto que a idéia de dormirem sozinhos em uma casa no escuro acaba se tornando um verdadeiro filme de terror. Necessitamos do próximo, mas acredito que até certo ponto, pois ele está ali para lhe dar conforto, mas quando surge a necessidade de darmos conta do recado, tudo que ele pode fazer é nos dar apenas um empurrão e o resto é por nossa conta. Isso tudo me veio à mente ao assistir o impressionante Gravidade, em que o cineasta mexicano Alfonso Cuarón, em apenas uma hora e meia de filme, cria uma metáfora sobre nós perante o medo da solidão e nada mais terrível do que estar sozinho no espaço infinito.
Quando se esta lá em cima, você é apenas um fragmento, ou uma mera célula perante o espaço, mesmo estando perto da mãe terra, mas testemunhando o quão somos frágeis perto do nosso maravilhoso azul. Sabendo disso, Cuarón já no inicio do filme, nos presenteia com uma das mais deslumbrantes imagens da terra jamais vistas no cinema, nos fazendo ter a mesma sensação que os astronautas (Sandra Bullock e George Clooney) estão tendo, quando precisam fora da espaçonave concertar certo aparelho. O teste de fogo perante a maravilha do desconhecido acontece quando fragmentos de outra espaçonave os atingem em cheio e fazendo que ambos se percam no nada.
Isso tudo acontece nos primeiros vinte minutos de projeção, que para o nosso espanto, não há cortes em nenhum momento nesse meio tempo. Para aqueles que já assistiram ao ultimo filme do diretor (Filhos da Esperança), já esperavam por algo parecido, mas ninguém imaginava o quão longe ele chegaria, fazendo junto com sua câmera algo mágico e poucas vezes testemunhado na tela grande. Como se já não bastasse, por vezes a câmera de Cuarón se torna os olhos da personagem de Bullock, captando o que ela está vendo e nos fazendo ter a sensação de verdadeira montanha russa do que ela esta passando no espaço.
A intenção do cineasta, ao lado do seu filho roteirista Jonas esta mais do que clara: fazer com que o espectador sinta as mesmas sensações que a personagem está sentido durante a projeção. Para que isso aconteça, acontece aqui, o que talvez seja o melhor casamento da técnica cinematográfica com o bom desempenho dos atores que é algo que não se via a um bom tempo. Fora a mágica que o diretor cria com a câmera já citada, testemunhamos aqui o bom uso do 3D, que para o espanto de todos é o famigerado convertido, mas que não deve nada ao formato de um filme que foi criado dessa forma do começo ao fim. O segredo dessa façanha está no fato de Cuarón ter pensando em cada cena que estava filmando, em como ela ser comportaria em 3D e nos apresentando então, uma verdadeira aula de como se faz com bom uso dessa ferramenta e ensinando para aqueles cineastas que converteram os seus filmes, mas falharam erroneamente.
Se a técnica não falha, o mesmo pode-se dizer também pelo ótimo desempenho de Sandra Bullock, ao interpretar uma cientista que guarda uma dor vinda do seu passado e que se sente fora do seu mundo, ao adentrar e se perder no espaço infinito. É fácil nos identificarmos com ela, mesmo ela passando por algo que poucos de nos passou um dia, mas o medo de morrer sozinha em meio ao nada é algo que com certeza a maioria de nos ninguém quer passar e, portanto torcemos por ela a cada momento, mesmo quando da à impressão que ela esta pronta para desistir de tudo. O seu passado pessoal o assombra, fazendo com que ela se sentisse perdida e sozinha muito antes do acidente espacial.
Com isso, o personagem Matt Kowalsky (George Clooney) se torna o seu empurrão para continuar em frente, uma espécie de corrente na qual Ryan não pode se desprender e mesmo ele desaparecendo no decorrer do filme, o seu personagem acaba se tornando uma força matriz para ela. A partir disso, vemos o amadurecimento da personagem perante aos obstáculos, seja com os objetos espaciais que a atingem, seja devido a uma nave que não quer funcionar quando deveria. Testemunhamos então, o nascimento gradual de uma nova Ryan, diferente que nos foi apresentada no inicio da trama, pois se aquela não deixasse de existir, tudo seria então bem pior.
Se fossemos resumir então o filme como um todo, seria algo como “conhece-te a ti mesmo”, em que o cenário, que é o espaço infinito, nos remete imediatamente a 2001: Uma Odisséia no Espaço. Ambos os filmes compartilham sobre autodescobrimento, seja ele interno ou externo, muito embora ainda não fosse dessa vez que a obra máxima de Kubrick sobre o espaço foi superada, mas bem que chegou perto. Falando em referencias, o filme possui inúmeras delas, sendo que o cinéfilo mais atento percebera homenagens ao já citado 2001 e que vai de Alien e até mesmo Wall-e.
Gravidade é, portanto, um filme que merece ser visto e revisto na tela grande, de preferência no Imax 3D, que lhe dará um espetáculo de som imagem que valerá o seu investimento na ida do cinema. Um filme que nos remete aos bons tempos em que o cinema americano fazia grandes espetáculos, mas aliados a um ótimo roteiro e com emoção humana genuína. Num ano que parecia que seria lembrado como um período de inúmeros fracassos cinematográficos, Gravidade veio para provar que ainda há esperança para aqueles que buscam assistir o cinema espetáculo de verdade. 


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Cine Dica: Documentário que conta a história de seis importantes Chefs franceses segue em cartaz no CineBancários

Segue em cartaz no Cinebancários, até dia 24 de outubro, “Por que você partiu?”, do diretor francês Eric Belhassen. O documentário reúne, pela primeira vez, seis dos mais destacados Chefs franceses que atuam no Brasil: Erick Jacquin (La Brasserie Erick Jacquin), Alain Uzan (Restaurante Avek), Emmanuel Bassoleil (Restaurante Skye), Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Laurent Suaudeau (Escola de Arte Culinária Laurent) e Roland Villard (Hotel Sofitel). 

O filme tem sessões às 15h, 17h e 19h, e ingressos a R$ 6,00, para o público geral e R$ 3,00 para bancários e jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e clientes do Banrisul.
Por que você partiu? é a pergunta que permite ao diretor Eric Belhassen transformar os Chefs em personagens. Para ir além das respostas “oficiais”, o realizador viaja até a França em busca das origens de seus personagens e de respostas mais profundas.
Ele percorre mais de 2000 km em uma espécie de road movie pelas regiões mais gastronômicas da França, onde reencontra os familiares e histórias do passado que ajudam a entender as razões que levaram esses franceses a deixarem seu país em busca de uma nova vida no Brasil.
Tanto para os chefs que partiram quanto para as famílias que ficaram, a separação é tema central do filme: a separação da família, da pátria e da sua cultura. As razões dos seus exílios, mesmo se diferentes para cada um, se conectam todas ao exílio do próprio autor do filme, que se questiona sobre seu próprio partir, e os motivos que o levaram a deixar a França, 15 anos atrás.
Essa primeira obra do diretor Eric Belhassen foi selecionada no Festival do Rio, na categoria Panorama mundial, e foi convidada para abertura do 30th Miami International Film Festival, na categoria culinária.

Ficha técnica: Por que você partiu? | Brasil | Documentário | 94 min | Direção: Eric Belhassen | Elenco: Emmanuel Bassoleil, Erick Jacquin, Laurent Suaudeau, Frédéric Monnier, Alain Uzan, Roland Villard | Classificação: 10 anos.


Mais informações e horários das sessões vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

Leia a minha critica sobre o filme clicando aqui. 

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: JUAN DOS MORTOS


Sinopse: Juan (Alexis Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na arte de não fazer nada. Um dia, se depara com uma misteriosa infecção que está transformando os habitantes de Havana em mortos-vivos famintos. Juan, como um bom cubano, decide começar um negócio ao lado do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem da situação. Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan "Matamos seus entes queridos". O negócio acaba sendo afetado com o crescimento constante do número de infectados.
Juan é um fracassado, fica vagando pelas ruas de Havana, acompanhado do seu amigo Lázaro, não tem emprego fixo, mas apesar de tudo isso, parece mais que não está nem ai. Segundo suas próprias palavras é um sobrevivente, mas diz isso referente ao universo cubano que ele vive. Mal ele sabe que a questão sobrevivência terá que ser colocado á prova
A primeira vista, Juan dos Mortos parece uma parodia do gênero que atualmente é inesgotável, mas catalogá-lo assim seria mais do que ingênuo. Desde a Noite dos Mortos Vivos, obra prima de  George Romero, os filmes de zumbi sempre foi muito além de  provocar sustos no cinéfilo que assiste: temáticas políticas e sociais, estão sempre presentes nestes filmes, seja em maior e menor grau e essa produção Cubana não foge dessa velha, mas certeira regra.
Apesar da situação descontrolada que poderia gerar puro medo, o filme possui altas doses de humor, o que faz dele um dos poucos filmes que me fez realmente rir neste ano. Como de costume, a trama começa quando uma epidemia se alastra em questão de poucos dias e afeta inúmeros cubanos. Se dando conta da situação pra lá de bizarra, Juan cria um grupo de caçadores e monta sua própria empresa, para acabar com os zumbis e conseguir alguns trocados pelos serviços prestados.
Sem papas na língua, Juan dos mortos faz uma crítica ao povo e à política cubana durante toda a projeção, de uma forma esperta e heróica, não poupando nem Fidel Castro nesta historia, pois afinal de contas, o seu governo provocou sérias conseqüências durante todos esses anos e somente um apocalipse poderia mudar as coisas. Quem já assistiu, sabe que uma das melhores cenas é quando o protagonista vê uma rua tomada por mortos vivos. Imediatamente ele se dirige a outro personagem e pergunta o que ele vê: “para mim, está tudo normal”. Resposta hilária e que faz pensar.    
A separação da ilha com relação ao resto do mundo fica mais do que explicito, quando os protagonistas tentam enfrentar um zumbi usando estacas e exorcismos. Vampiros ou demônios é assunto velho por lá, mas parece que a mania zumbi pouco eles entendem. Com um elenco praticamente desconhecido por aqui, os interpretes de Juan dos Mortos entrega um trabalho perfeito, que aliado a uma ótima trama, faz do filme uma sessão pra lá de indispensável. Destaque para o desempenho de Alexis Díaz de Villegas que entrega um Juan sem nenhum preparo físico, mas que da conta muito bem contra o fim do mundo. Já Jorge Molina, interpretando Lázaro, é responsável pelas tiradas mais engraçadas da historia, sendo que a sua melhor cena, é quando ele faz um ultimo pedido para Juan, pois (aparentemente) ele foi mordido.  

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Cine Dica: HOMENAGEM A NORMA BENGELL NA SALA P.F. GASTAL


Entre os dias 18 e 20 de outubro, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) faz uma pequena homenagem a Norma Bengell, uma das atrizes definitivas do cinema moderno brasileiro, morta na última semana, com a exibição de três importantes filmes do início de sua trajetória.
Chanchada crepuscular de Carlos Manga, O Homem do Sputnik (1959) é a primeira participação de Bengell no cinema, encarnando uma versão ainda mais voluptuosa de Brigitte Bardot. Em 1962, a atriz ganha destaque ao estrelar Os Cafajestes, de Ruy Guerra, que trazia sopros da Nouvelle Vague para um Cinema Novo ainda em gestação. No mesmo ano, interpreta a prostituta Marly no clássico O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.     
 Na sexta-feira, às 20h, o Projeto Raros exibe O Planeta dos Vampiros, ficção-científica do mestre Mario Bava, uma das produções italianas das quais Norma Bengell participou em meados da década de 1960, após a repercussão internacional de O Pagador de Promessas. No filme, um grupo de astronautas começa a perder a razão durante uma investigação num planeta hostil, em trama que influenciou o roteiro de Alien, o 8º Passageiro, de Ridley Scott. Após a sessão, haverá um debate com o crítico Carlos Thomaz Albornoz. O filme será exibido em DVD, com legendas em espanhol.
A homenagem a Norma Bengell tem o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema brasileiro.
  
GRADE DE PROGRAMAÇÃO

18 a 20 de outubro

O Homem do Sputnik, de Carlos Manga (Brasil, 1959, 98 minutos)

Um estranho objeto parecido com o famoso Sputnik cai no quintal de Anastácio (Oscarito), matando suas galinhas de estimação. Ele tenta negociar o suposto satélite para recuperar o prejuízo, mas fato chama a atenção de espiões internacionais, que transformam a vida do pacato Anastácio e de sua esposa Cleci (Zezé Macedo) num completo caos. Exibição em DVD.

Os Cafajestes, de Ruy Guerra (Brasil, 1962, 85 minutos)

Jandir (Jece Valadão) e seu amigo Vavá (Daniel Filho), um playboy, vivem no mundo das drogas e sexo de Copacabana. Só que a situação de Vavá não é boa, já que seu pai corre o risco de perder tudo o que tem. É quando a dupla tem a ideia de tirar fotos comprometedoras de Leda (Norma Bengell), a amante do tio de Vavá, no intuito de chantageá-lo. Eles a levam a uma praia deserta e, após tirarem as fotos, a estupram. Exibição em DVD.

O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte (Brasil, 1962, 90 minutos)

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba. Exibição em DVD.
  
O Planeta dos Vampiros, de Mario Bava (Itália, 1965, 86 minutos)

Num futuro próximo, as espaçonaves Argos e Galliot são enviadas ao espaço para investigar o misterioso planeta Aura. Assim que a Galliot pousa no planeta, seus tripulantes tornam-se hostis uns aos outros devido a uma estranha energia liberada pelo planeta, com uma diabólica forma de vida alienígena invadindo suas mentes e lutando para se apossar de seus corpos. Exibição em DVD com legendas em espanhol.

GRADE DE HORÁRIOS
18 a 20 de outubro
  
18 de outubro (sexta-feira)

15:00 – O Homem do Sputnik
17:00 – O Pagador de Promessas
20:00 – Raros Especial: O Planeta dos Vampiros, de Mario Bava

19 de outubro (sábado)

15:00 – Sessão História no Cinema (Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniella Thomas)
19:00 – Sessão Plataforma (The Invader, de Nicolas Provost)

20 de outubro (domingo)

15:00 – O Homem do Sputnik
17:00 – Os Cafajestes

19:00 – Sessão CEN + Bienal (MM, de William Raban e Mirante 7 e ½ em processo, de Rodrigo John).


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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cine Dica: Dança Circular no Espaço Cine Cultural do Cineclube Torres


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Cine Dica: PLATAFORMA # 03 – ESPECIAL NICOLAS PROVOST


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, em parceria com as produtoras Tokyo Filmes e Livre Associação, apresenta dia 15 de outubro, às 20h45, na Sala P. F Gastal da Usina do Gasômetro, o Especial Nicolas Provost, dentro do projeto Sessão Plataforma, com reprise no sábado, 19 de outubro, às 17h. 
A programação especial apresenta dois títulos. No primeiro deles, The Invader, seu primeiro longa-metragem, Provost levanta um tema tão desgastadamente europeu: o estrangeiro, o outro. Aqui os contrastes óbvios do tema já esfolados pelo tempo se transformam em um estranho flerte. Cruamente, Provost nos joga em uma Bruxelas labiríntica e neon, onde a vingança irremediável do invasor e a culpa européia se misturam com uma identificação entre a distância e a diferença. Como a sequência de abertura já anuncia, um filme sobre aproximação hipnótica, paradoxal e amarga entre corpos de dois mundos tão distantes. Um filme sobre a ruína da culpa e do fetiche europeu. Sobre a atração trágica do africano por um mundo de exploração e revanchismo. Dois mundos fadados ao mesmo fracasso. 
Antecedendo o longa-metragem, será exibido Moving Stories, décimo quarto curta-metragem de Provost, que maximiza a sensação cinematográfica do espectador ao acompanhar uma simples jornada de um casal rumo ao desconhecido a 30.000 pés de altura.


THE INVADER
Direção: Nicolas Provost, 95min, BEL, 2011
- Horizons – 68th Venice Film Festival
- Bright Future - 41th Rotterdam Film Festival
- Discovery – 36th Toronto International Film Festival
- 59th San Sebastian International Film Festival
Exibição em bluray com legendas em português.

MOVING STORIES
Direção: Nicolas Provost, 7min, BEL, 2011
- 68th Venice Film Festival
- 41th Rotterdam Film Festival
- 34th Clermont Ferrand International Shortfilm Festival
- Sundance International Film Festival 2012
Exibição em bluray com legendas em português.

MAIS SOBRE NICOLAS PROVOST

O trabalho de Nicolas Provost reflete sobre a gramática cinematográfica, a condição humana inserida em nossa memória fílmica coletiva e na relação entre artes visuais e experência cinematográfica. Seus filmes provocam tanto reconhecimento quanto alienação e pescam nossas expectativas em um jogo de mistério e abstração. A partir de manipulações do tempo, códigos e formas, linguagens cinematográficas e narrativas são esculpidas em novas histórias. 
Em 2003, Nicolas Provost retornou à Bélgica, sua terra natal, depois de 10 anos morando na Noruega. Atualmente, Provost vive e trabalha em Nova Iorque. Suas exibições solo passaram por museus como The Seattle Art Museum, Musée d’art moderne et contemporain Strasbourg, France, Muziekgebouw Amsterdam, Tim Van Laere Gallery, Antwerp and Haunch of Venison London e Berlin. Seu trabalho já foi adquirido por grandes museus como Birmingham Museum, SMAK Gent e Royal Museum of Fine Arst Belgium. Seu trabalho também carrega uma longa lista de prêmios e exibições nos mais prestigiosos festivais entre eles Sundance Film Festival, Venice Film Festival, Berlinale, San Sebastian Film Festival e Locarno Film Festival. The Invader, primeiro longa-metragem e aclamado pela crítica, teve sua première mundial na competitiva do 68º Festival de Veneza em 2011.
 
MAIS SOBRE A SESSÃO PLATAFORMA

Realizada mensalmente na Sala P. F. Gastal a Sessão Plataforma exibe filmes de produção recente, de diferentes nacionalidades, com caráter predominantemente independente e sem distribuição comercial garantida no Brasil.
Com curadoria de Davi Pretto e Giovani Borba, e produção de Paola Wink, a Sessão Plataforma já exibiu Room 237, de Rodney Ascher e Bestiaire, de Denis Cote e tem confirmada, para os próximos meses, a exibição de outros importantes filmes que circularam nos principais festivais do mundo todo e que,  no Brasil, passaram apenas pela Mostra de Cinema de São Paulo ou pelo Festival do Rio. O próximo filme será  Leviathan, de Lucien Castaing-Taylor e Verena Paravel. A cada sessão, a Plataforma vai anunciar o filme seguinte da programação, em um trabalho que procura difundir um novo cinema e uma busca de realizadores com outros olhares, aproximando Porto Alegre do circuito de exibição do centro do país, do qual atualmente a capital gaúcha se vê ainda muito distante. A Sessão vai produzir conteúdo sobre os filmes e os realizadores, partilhando nas redes e no seu site, entre eles, vídeos com os realizadores, artigos e entrevistas.

SESSÃO PLATAFORMA # 03
ESPECIAL NICOLAS PROVOST
Dia 15 de Outubro às 20:45
Sala P. F. Gastal
Av. Pres. João Goulart, 551 – 3º andar
Fone 3289 8137
www.salapfgastal.blogspot.com
www.facebook.com/sessaoplataforma
www.plataformacinema.com
www.tokyofilmes.com
www.livreassociacao.com.br

Contato
Paola Wink
paolawt@gmail.com
51-8541.3204

Curadoria
Davi Pretto e Giovani Borba

Produção
Paola Wink

Realização
Tokyo Filmes, Livre Associação
e Coordenação de Cinema e Vídeo
da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre

Apoio

Cervejaria Rasen Bier


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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cine Dica: Aniversário da Sala CineBancários com exibição do filme uruguaio "El padre de Gardel"

Sessão especial de aniversário no dia 14 de outubro às 18h30, com a presença dos cineastas Ricardo Casas, Giba Assis Brasil e o jornalista e crítico de cinema Marcelo Perrone.

Para comemorar cinco anos de programação, o CineBancários traz a Porto Alegre o filme uruguaio “El padre de Gardel”, de Ricardo Casas. A sessão conta com a presença do diretor em um bate-papo com o cineasta Giba Assis Brasil e o jornalista e crítico de cinema Marcelo Perrone.

Programação:

segunda-feira, 14/10
18h30: retirada de senhas
19h: coquetel
19h30: exibição do filme
20h45: debate

ENTRADA FRANCA
  
El padre de Gardel, de Ricardo Casas ( Uruguai / Brasil, 2013, documentário, 75 minutos)
Carlos Escayola dominou a vida política e cultural de Tacuarembó, no interior do Uruguai, entre 1860 e 1890. Foi fazendeiro e chefe político, construiu um teatro, conquistou muitas mulheres e deixou um grande segredo – um escândalo familiar que até hoje a cidade se recusa a comentar.
  
INFORMAÇÕES DO FILME:

EL PADRE DE GARDEL

Ficha Técnica
Gênero: Documentário
Duração: 75 min
Ano de produção: 2013
Empresa produtora: Guazú Media (Montevideo)
Coprodução: Casa de Cinema de Porto Alegre
Produtoras Executivas: Yvonne Ruocco / Nora Goulart
Diretor: Ricardo Casas
Roteirista: Ricardo Casas
Direção de fotografia: Diego Varela
Trilha Musical: Carlos da Silveira
Montagem: Giba Assis Brasil
Trilha sonora original / Compositor: Carlos da Silveira
Atores: Vozes de Cesar Troncoso e Roberto Fontana
Som direto: Pablo Benedetto
Edição de som e mixagem: Kiko Ferraz Studios
Finalização de imagem: Letícia Birck
  
FESTIVAIS:

- Selecionado para a Mostra Competitiva de Longas-Metragens Estrangeiros no 41º Festival de Gramado (2013).
  
DIRETOR:

Ricardo Casas estudou cinema no Uruguai (Cinemateca Uruguaya) e exterior (Brasil, Suíça, Argentina) entre 1974 e 1982. Foi coordenador da Cinemateca Uruguaya de 1998 a 2004. Realizou diversos curtas, e o longa documental "Palabras verdaderas" (2004), sobre o escritor Mario Benedetti, prêmio de melhor documentário uruguaio do ano e vencedor do Festival de Lleida, na Espanha.
Entre 2005 e 2006 dirigiu um programa semanal na TV Uruguaia, "La Banda", premiado como melhor programa infantil do país. Desde 1992 dirige o Divercine, Festival Internacional de Cinema para Crianças e Jovens, apresentado em Montevidéu e diversas cidades latinoamericanas (inclusive Porto Alegre). Desde 2007 programa Atlantidoc, Festival Internacional de Cinema Documental em Atlântida, Uruguai.
  
CineBancários
(51) 34331204 / 34331205
Rua General Câmara, 424, Centro - POA
blog: cinebancarios.blogspot.com
site: cinebancarios.sindbancarios.org.br
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Twitter: @cine_bancarios.



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