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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: A CAÇA


Sinopse: Lucas (Mads Mikkelsen) trabalha em uma creche. Boa praça e amigo de todos, ele tenta reconstruir a vida após um divórcio complicado, no qual perdeu a guarda do filho. Tudo corre bem até que, um dia, a pequena Klara (Annika Wedderkopp), de apenas cinco anos, diz à diretora da creche que Lucas lhe mostrou suas partes íntimas. Klara na verdade não tem noção do que está dizendo, apenas quer se vingar por se sentir rejeitada em uma paixão infantil que nutre por Lucas. A acusação logo faz com que ele seja afastado do trabalho e, mesmo sem que haja algum tipo de comprovação, seja perseguido pelos habitantes da cidade em que vive.

Quando eu era menino, surgiu a historia de uma criança da escola, que havia voltado para casa, mas suas pernas estavam cheia de manchas rochas. Os pais imediatamente queriam saber quem fez isso com ele, mas ele simplesmente não sabia dizer por que estava daquele jeito. Revoltado pelo fato da criança não dar uma resposta que ele queria ouvir, o pai imediatamente começou a bater no seu filho para lhe arrancar a verdade, ao ponto da criança soltar um nome de um dos colegas da classe. O outro menino que foi acusado pela agressão, sofreu nas mãos dos seus pais em casa, mas ele nada havia feito, pois o outro menino havia mentido, mas porque não havia escolha no momento que estava apanhando do seu próprio pai.    
Bastou uma mentira, vinda de uma situação infeliz em que a inocência foi posta contra a parede, para que esse caso se tornasse uma verdadeira bola de neve, ao ponto que não se sabia mais quem disse a verdade ou a mentira e tão pouco se soube o do porque da criança estar com as manchas rochas nas pernas. O estrago estava mais do que feito, principalmente por causa de pais incompetentes que não souberam dialogar com os seus próprios filhos. Isso tudo surgiu na minha mente no momento que estava vendo o filme A Caça, onde se retrata um povo de uma cidade de bem com a vida, uns com os outros, mas que bastou um pequeno desentendimento vindo das palavras de uma confusa menina, que nutre uma paixão infantil, para que a vida do protagonista Lucas (Mads Mikkelsen, melhor ator em Cannes 2012), se torne um verdadeiro inferno. Não se pode culpar a menina Klara (Annika Wedderkopp), pelo que ela disse, pois no seu próprio lar em que vive, há sementes podres que fizeram de sua inocência se misturar com sentimentos que ela ainda está longe de compreender. Bastou ela então soltar palavras confusas para que esses adultos dessa sociedade se precipitassem.  
O diretor Thomas Vinterberg (Festa de Família) criou o que se pode dizer um retrato de uma sociedade aparentemente perfeita, mas que bastou um deles ser suspeito de uma possível atrocidade, para que então eles próprios fazerem atrocidades ainda piores. Revelam-se então um povo hipócrita, que se sentem revoltados por um possível crime hediondo, mas que no fim se revelam serem seres muito piores e inconseqüentes pelos seus atos em tentar afastar o protagonista daquela cidade. Lucas por sua vez enfrenta essa tormenta de frente, mesmo sofrendo devido aos atos cruéis vindo daqueles que antes eram seus amigos (numa cena na chuva que é um verdadeiro soco no estomago), mas ao mesmo tempo segue em frente.
O ato final reserva momentos angustiantes, em que o protagonista enfrenta de frente essa sociedade hipócrita: quando ele luta para conseguir comprar com dignidade em um supermercado, ou quando ele confronta o seu melhor amigo (Thomas Bo Larsen) que é pai da menina, que no fundo acredita que ele seja inocente, mas que não consegue ainda administrar isso e tão pouco aceitar que cometeu um grave erro se precipitando. No final das contas, a bola de neve havia ficado tão gigantesca, que a trama não termina com inocentes, culpados ou tão pouco com o verdadeiro ponto de partida com relação a tudo isso que aconteceu posto em chegue. Simplesmente a sociedade hipócrita precisa seguir em frente com as suas aparências ilusórias, enquanto o protagonista tenta se encaixar novamente a esse grupo de pessoas, mas sabe no fundo, que a qualquer momento isso pode mudar. Os minutos finais sintetizam a dura realidade, de que qualquer momento ele vire novamente a caça da sua própria gente, se algo parecido acontecer novamente.
Com uma belíssima fotografia de Charlotte Bruus Cristensen, onde as cores se tornam cada vez menos acolhedoras no decorrer do filme, A Caça é uma verdadeira analise do comportamento, ato e conseqüência do homem contemporâneo e faz com que saíamos do cinema cada menos esperançosos com relação ao próximo.   


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SALA P. F. GASTAL APRESENTA MOSTRA TABU: INFLUÊNCIAS E CONFLUÊNCIAS

SALA P. F. GASTAL APRESENTA CLÁSSICOS QUE INSPIRARAM O FILME TABU, DE MIGUEL GOMES 

O cinema contemporâneo tem como um de seus aspectos mais destacados o diálogo constante com obras de outros tempos. Longe da reverência trivial, Tabu, aclamado longa-metragem do português Miguel Gomes que entrou cartaz em Porto Alegre no mês de agosto, traz entre suas referências Aurora (1927) e o homônimo Tabu (1932), obras célebres do período norte-americano de F. W. Murnau, além de um dos últimos filmes de Josef von Sternberg, Macau, cuja trama se passa na ex-colônia portuguesa – e que também foi retomado por outro destaque da cinematografia portuguesa recente, A Última Vez que Vi Macau, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata. Com a intenção de promover o debate sobre a relação entre as obras contemporâneas e o cinema clássico, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta a mostra Tabu: Influências e Confluências com os filmes de F. W. Murnau e Josef von Sternberg que inspiram a obra-prima de Miguel Gomes.   
 Com narrativas sobre infidelidade e amores condenados, Aurora e Tabu são os dois principais filmes que F.W. Murnau, o grande gênio do cinema alemão dos anos 1920, realizou nos Estados Unidos. O primeiro é uma superprodução lançada em 1927, ano em que Hollywood começa a dar os primeiros passos em direção ao cinema sonoro, historicamente situada como um dos filmes que esgotam as possibilidades estéticas e narrativas do período silencioso. O segundo é uma produção independente filmada na Polinésia Francesa, de verve realista, realizada em parceria com Robert J. Flaherty, um dos pioneiros do documentário. Assim como o filme de Gomes – que apenas inverte a ordem das narrativas de Murnau –, a história é divida em duas partes: Paraíso e Paraíso Perdido.  
 Macau é um dos cultuados filmes policiais de série B produzidos pela RKO, com um charme particular por ter sua história ambientada em um território exótico, poucas vezes visto em filmes norte-americanos do gênero daquela época. Teve uma produção turbulenta – Nicholas Ray precisou terminar algumas cenas – e se destaca na última década de realização de um dos estetas mais influentes do cinema clássico, Josef von Sternberg, outro germânico radicado nos Estados Unidos, cuja parceria – cinematográfica e amorosa – com Marlene Dietrich no início dos anos 1930 rendeu a Hollywood alguns de seus momentos mais provocantes. 


Mais informações e horário das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cine Especial: Heróis, robôs e monstros da minha infância: Parte 1

Guilherme Del Toro admitiu que criou o seu mais novo filme Circulo de Fogo, em homenagem aos filmes e seriados japonês de antigamente que ele assistia. Repletos de heróis coloridos, robôs gigantescos e monstros, um mais bizarro do que outro, o Brasil teve a presença desses seres orientais, conquistando uma geração e fazendo com que a gente se lembre e sinta uma grande nostalgia.
Pensando nisso, solto um pouco do que eu assistia  na minha infância.

SPECTROMAN 

Não me lembro se havia bonecos a venda dele, que por causa disso, incomodava a minha mãe quando pegava os perdedores dela para montar um Spectroman para brincar. Criado em 1971 por  Souji Ushio e exibido na TVS nos anos 80, o seriado tinha uma forte carga dramática, com alguns momentos bem fortes, mas acima de tudo era um a espécie de alerta contra a poluição que já acontecia aceleradamente na terra naquele período.
É claro que hoje atualmente quando revejo uns trechos do seriado no Youtube, percebo o quanto era precário em termos de efeitos especiais, mas mesmo assim eram tramas bem caprichadas que conquistaram uma geração inteira.

Melhor Monstro: O Vampiro do Espaço 

Curiosamente esse foi o único episódio que o Dr Gori (que era o principal vilão de toda serie) não ter aparecido e ter deixando o espaço reservado para essa criatura que me meteu medo na infância. Inspirado na onda de vampiros dos estúdios Inglês Hammer, que fazia um grande sucesso na época, O Vampiro do Espaço é sem sombra de duvida o capitulo mais pesado de toda a serie, onde não hesitava em mostrar o vilão matando as pessoas a noite e fazendo jorrar sangue na tela.    
O embate final do herói e vilão é clássico, terminando de uma forma surpreendente e com certeza fez muitos católicos por ai desejarem cada vez mais uma cruz por perto. 

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Cine Dicas: Estréias no final de semana (09/08/13).

Com esse final de semana gelado, chega aos nossos cinemas o mais novo Cult do momento, Circulo de Fogo. Comandado pelo cineasta Guilherme Del Toro, o filme não se deu bem nas bilheterias americanas, mas está indo muito bem no mercado internacional, principalmente no oriente, onde é grande fonte de inspiração do cineasta em criar esse filme que está ganhando inúmeras criticas positivas. No embalo desse filme, aguardem no meu blog para matérias especiais sobre os principais filmes de Del Toro.
Lembrando também que hoje começa o 41º festival de Gramado, onde na noite de abertura tem o esperado filme Flores Raras, cuja estréia nacional acontece semana que vem. Mais informações sobre o festival vocês cliquem aqui. Confirma as outras estréias desse fim de semana.   
  Círculo de Fogo

Sinopse: Quando legiões de criaturas monstruosas conhecidas como Kaiju começaram a emergir do mar iniciou-se uma guerra que acabaria com milhões de vidas e consumiria recursos da humanidade por anos a fio. Para combater os gigantes Kaiju um tipo especial de arma foi criado: robôs gigantes chamados de Jaegers controlados simultaneamente por dois pilotos que têm suas mentes trancadas em uma ponte neural. Mas mesmo os Jaegers se mostram quase que indefesos em relação aos implacáveis Kaiju. À beira da derrota as forças que defendem a humanidade não têm escolha senão recorrer a dois improváveis heróis um esquecido ex-piloto (Charlie Hunnam) e uma inexperiente aprendiz (Rinko Kikuchi) que se juntam para comandar um lendário mas aparentemente obsoleto Jaeger do passado. Juntos eles representam a última esperança da humanidade contra o apocalipse.

Wrong
Sinopse:Ao acordar numa manhã comum Dolph percebe que perdeu o amor de sua vida seu cachorro Paul. Durante a empreitada para recuperar o animal ele quase vai à loucura e acaba mudando radicalmente a vida de outras pessoas.


A aventura de Kon-Tiki 

Sinopse:Em 1947 o mundo está tomado pela emoção do jovem aventureiro norueguês Thor Heyerdahl que embarca em uma expedição surpreendente - uma épica viagem de 101 dias e 8.000 km através do Oceano Pacífico em uma balsa de madeira juntamente com cinco homens para provar que os sul-americanos já em tempos pré-colombianos poderiam ter atravessado o mar e chegar às ilhas polinésias. Apesar de sua incapacidade de nadar e medo da água Thor decide provar sua teoria tomando a frente dessa viagem lendária. O filme mostra de onde surgiu a ideia os preparativos e os eventos da viagem. Heyerdahl filmou sua expedição que mais tarde tornou-se o premiado documentário pela Academia do Oscar em 1951 e escreveu um livro sobre a expedição que foi traduzido para 70 idiomas e vendeu mais de 50 milhões de cópias ao redor do mundo.

As Horas Vulgares 

Sinopse:O pintor Lauro parece ter uma boa vida: ele vive com a querida esposa Erika, e tem sucesso trabalhando com arte. No entanto, ele não se sente feliz. Certo dia, Lauro cruza com Théo, um amigo que não vê há anos. Ambos já foram apaixonados pela mesma garota, Clara, que não mora mais na cidade. Não demora para os dois começarem a relembrar as histórias do passado, enquanto fazem um longo passeio pelas ruas de Vitória.

Os Escolhidos 

Sinopse:Daniel (Josh Hamilton) e Lacey (Keri RusseIl) levam uma vida pacata no subúrbio até que seu filho Jesse (Dakota Goyo) passa a agir de maneira estranha e paranormal. A partir daí a vida de todos começa a mudar e uma série de acontecimentos misteriosos passam a fazer parte da rotina da casa. A família terá que lutar pela sua sobrevivência sendo a única forma de salvação se manterem unidos.


Vendo ou Alugo 

‎Sinopse: Bisavó avó mãe e filha dividem uma casa luxuosa que não podem mais manter e pela proximidade da favela também não conseguem vender ou alugar. Agora a UPP ocupou a favela e possíveis compradores vem ver a casa. Durante a visita começa um tiroteio deixando todos encurralados . Diante da ameaça de vida pequenos pecados são revelados e situações tragicômicas tomam forma envolvendo visitantes e moradores do morro e do asfalto.

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cine Dica: Mostra Jacques Rivette: Não Toque no Machado.


Sinopse: O belo e jovem general Armand de Montriveau tem cruzado os mares à procura da mulher por quem se apaixonou loucamente há cinco anos. Ele finalmente encontra Antoinette, a duquesa de Langeais, vivendo enclausurada num convento em Maiorca. No passado, foi um caso de amor à primeira vista quando Montriveau a conheceu como uma jovem coquette casada, que freqüentava os mais extravagantes bailes de Paris na época da Restauração francesa, em 1820. Ali, hipocrisia e vaidade reinavam. Lisonjeada por suas atenções, Antoinette orquestrou um jogo calculado de sedução, mas recusava Montriveau repetidamente. Apesar da sinceridade de seu amor, sua paixão continuou não sendo correspondida. Apenas quando um humilhado Montriveau arquitetou uma vingança, o amor de Antoinette aflorou. Mas pode ter sido tarde demais para os amantes.
  
Não Toque no Machado é um filme orgulhoso de sua raiz literária. Adaptado duma obra de Balzac, Rivette inclui até intertítulos que interrompem a narrativa pra descrever a hora e local de cada cena – e até os sentimentos dos personagens. São dois, aliás: uma duquesa e um general que pouco entende das regras do clero ou da alta sociedade. O que começa como um flerte infantil da parte da duquesa se transforma numa paixão quase doentia da parte do general. Ao longo do filme a relação entre os dois se torna cada vez mais infernal e antagônica. Mesmo assim, na triste conclusão, o general define a história entre eles como “um poema”. Havia sim amor – escondido nas entrelinhas.


Mais informações da mostra você confere na pagina da sala clicando aqui.

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: OBLIVION

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: FINAL


Bom, chego aqui ao final dos melhores momentos do Superman do cinema e chego há uma conclusão:  Christopher Reeve sempre foi e sempre será o melhor interprete do personagem de todos os tempos. Embora tenha gostado muito do desempenho de Henry Cavill nesta ultima versão, Reeve ainda esta na vantagem, pois o filme de Richard Donner, talvez seja o melhor exemplo de bom casamento de filme de entretenimento com arte, onde nos sentimos a verdadeira magia do cinema e que ali realmente acreditamos que um homem pode realmente voar.   
Reeve provou ser um verdadeiro homem de aço, tanto na ficção como na vida real: após ter sofrido um grave acidente com o seu cavalo que o deixou tetraplégico, o ator jamais descansou, tendo lutado para conseguir uma cura e lutado contra a própria política com relação a pesquisas de células de tronco. Reeve viria a falecer em 2004, mas sua força de vontade de viver permaneceu na memória de todos os fãs.
Um ano após o seu acidente, o ator apareceu de surpresa na cerimônia do Oscar, rendendo um dos momentos mais emocionantes da premiação.
                                   Sempre para o alto e avante Christopher 

Leia também: Partes 1,2,3,4 e 5.

Leia também: O Homem de Aço. 

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