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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 2

Na primeira semana de outubro (do dia 04  a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros)  feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


A Noiva do Monstro
Sinopse: Cientista isolado num pântano faz experiências atômicas condenadas pela sociedade científica usando um polvo, que ataca as pessoas e acaba chamando a atenção da polícia.
O filme é valido porque tenta resgatar o charme dos filmes de terror da universal de antigamente, num tempo em que os estúdios somente estavam interessados em monstros nascidos através de bombas nucleares. Como todo filme realizado por Ed Wood, o pior cineasta de todos os tempos, esse também é a prova da impressionante força de vontade de um artista... sem talento, mas com personalidade e coragem para tocar uma produção com tão poucos recursos em mãos. O roteiro é rasteiro, mas divertido  os efeitos especiais são prosaicos, mas se encaixam com a proposta de uma produção tão visivelmente pobre. É triste ver Bela Lugosi em final de carreira, dando sinais de cansaço físico e psicológico, mas mesmo assim, cumpre bem o seu papel, embora seja apenas uma imagem pálida do que ele já foi um dia. Apesar de o filme passar a idéia de ser uma historia de terror, no fim é uma  ótima comedia involuntária.  

A Face do Crime
Sinopse: Inspirado no popular programa de TV "Dragnet", o filme conta a dura história de um menino rico mas problemático, que mata um policial e faz uma cirurgia plástica para esconder sua identidade. Filmado totalmente em externas no centro de Hollywood.
Filmado em 1954, em pleno centro de Hollywood, ''Jail Bait'' lançou Steve Reeves (Mr. Universo e mais tarde intérprete de Hércules). Com um orçamento minguado de 22 mil dólares, a versão que se encontra atualmente possui uma cena de strip-tease feito pela esposa de Wood, Dolores Fuller, não incluída no lançamento na época por motivos óbvios devido as regras da censura daquele tempo. Trata-se de uma tentativa do realizador de seguir os filmes de gângster como ''Scarface'' e ''Little Ceaser'', numa forma, talvez, de tentar resgatar a era de ouro desse gênero que explodiu no inicio dos anos 30, mas que foi bastante criticada devido a sua violência. Vale lembrar que Ed Wood faz aqui o seu único filme noir, inspirado na popular série de TV ''Dragnet''. Curiosamente, Ed tinha jeito de resgatar do limbo atores esquecidos pela indústria como Bela Lugosi, tanto, que esse filme resgatou Herbert Rawlinson, um popular ator protagonista em vários filmes mudos, regressava aqui ao ativo após vários anos sem trabalhar no cinema. Mas a sorte durou pouco, Herbert viria a morrer no dia a seguir às suas cenas serem rodadas. Com isso, os filmes de Ed Wood não só ganhou fama de filmes ruins para muitos, mas também de filmes amaldiçoados para outros.




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Cine Curiosidade: A MELANCOLIA QUE ME INTRIGA


Coincidência? Hoje eu estava lendo uma matéria especial publicada pelo meu amigo Antonio no seu blog o Falcão Maltes (leia aqui) sobre o filme Melancolia, que repito, está entre os melhores filmes do ano. Como sempre, fui escrever minha opinião e após  isso, decidi pegar o jornal Zero Hora para ler umas matérias. Eis que surge na frente dos meus olhos, uma matéria escrita por uma psicóloga, justamente sobre o filme.
São momentos como esse que me deixam de queixo caído, na realidade, muitas coincidências acontecem comigo, desde pequenas, a coisas grandes, ou seria para algo mais? Segundo o meu colega de serviço, "são as forças ocultas da vida". Seja como for, não deixa de ser curioso.
Abaixo segue a matéria do jornal escasseada.

Fonte: Zero Hora (POA).
Escrito por: Stella Galbinski Bretman, mestre em Psicologia Social.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 1

Na primeira semana de outubro (do dia 04  a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros)  feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.

Plano 9 do Espaço Sideral
Sinopse Uma dupla de alienígenas que estava irritada com as "estúpidas mentes" do planeta Terra faz sua base em um cemitério da Califórnia, pois planejavam através do "Plano 9", que se refere a um eletrodo de longa distância que é colocado nas glândulas pineal e pituitária dos mortos, criar um exército de zumbis que marchassem para conquistar as capitais do mundo. O fato de ressuscitarem só três mortos não os desencoraja. Jeff Trent (Gregory Walcott), um piloto de uma linha aérea que vive perto do cemitério precisa salvar Paula (Mona McKinnon), sua mulher, destes seres.
Para muitos, é o pior filme já feito na historia, mas convenhamos, já houve piores (atualmente há aos montes) e assistindo atualmente, tem seu charme, embora com os seus visíveis defeitos. É preciso reconhecer que Ed Wood amava como nunca o cinema e que possuía uma grande persistência em fazer suas crias, mas que sofria pela mão frouxa em não saber criar certas cenas com mais cuidado, ou simplesmente a falta de sorte em adquirir um orçamento mais generoso para os seus projetos. Os problemas são bem visíveis no cemitério principalmente, não que o lado artificial do local seja o problema, pois vimos isso aos montes nos filmes da hammer e não dávamos bola, mas o grande problema estava no fato das cenas não se casarem  com outras que eram de dia, sendo que as do cemitério em si eram de noite. Mas nada se comparada a incessante cena da aparição de Bela Lugosi (jaz morto na época da filmagem) saindo da floresta, onde Wood a usa toda vez que o personagem esta atrás de alguém, seja dentro ou fora do cemitério. Isso sem contar a hilária participação de um duble (Tom Mason) com a capa cobrindo uma parte do rosto, que servia para substituir Lugosi nas cenas que o personagem surgia.
Misturando o gênero de horror e ficção, o filme foi ao longo dos anos se tornando cultuado e ganhou uma legião de fãs, dentre eles Tim Burton, admirador do diretor e adotando um pouco do seu visual, mas diferente do seu ídolo, teve mais sorte em ter orçamentos mais generosos e, claro, muito mais talento. Burton viria fazer um filme baseado na vida de Wood, mas isso é outra historia para ser contada.

Curiosidade: As cenas dos discos voadores, pode se ver claramente em alguns momentos os fios por onde eles estão presos
As filmagens de Plano 9 do Espaço Sideral foram encerradas em 1956, sendo que o filme apenas foi comercialmente lançado nos Estados Unidos três anos depois.


GLEN OU GLENDA?
Sinopse: Para investigar o suicídio de um travesti, um detetive da polícia busca informações com um psiquiatra entendido no assunto, que lhe conta duas histórias. Na primeira, Glen é casado com Barbara, mas deve descobrir uma maneira de contá-la sobre as suas necessidades de utilizar seus vestidos; na segunda, Alan decide se transformar em mulher fisicamente, através de uma cirurgia.
Após o sucesso do filme Ed Wood (94), muitos dos filmes dele foram redescobertos para uma nova geração cinéfila, dentre eles, esse que foi o primeiro filme que dirigiu em 1853, sendo que já na época, condecorado a pior coisa já filmada. Mas visto atualmente, percebesse que Wood tinha grande imaginação, ao misturar tomadas de Bela Lugosi como um conquistador do mundo, em seqüências extraídas de documentários e filmes destruídos que ele achou em um estúdio abandonado. É curiosa a conversa do médico, muito didatismo, sobre o assunto e a parte ficcional, na qual Wood, que realmente gostava de se vestir de mulher, interpreta Glen e Glenda. As partes nem sempre se casam (fato muito visto nos filmes de Wood) e o absurdo que provocam, justifica o charme que o filme acabou adquirindo ao longo do tempo.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Namorados Para Sempre


Sinopse: Casados há vários anos e com uma filha, Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) passam por um momento de crise, vendo o relacionamento ser contaminado por uma série de incertezas. Eles seguem em frente e tentam superar os problemas, se baseando no passado que fez com que se apaixonassem um pelo outro.
Muitas pessoas reclamaram da falta de uma explicação plausível sobre o porquê da crise do casal central deste filme. Na verdade a explicação pouco faz falta, pois o filme ganha pontos ao mostrar de uma forma humana o esgotamento de um relacionamento, não importando o motivo e dando a entender que não existe mais remédio para o retorno, mesmo que no fundo eles desejam uma nova chance para ambos.
Em seu segundo longa metragem, Derek Cianfrance acerta em mostrar o casal em dois tempos distintos, quando se conheceram e nos dias atuais, fazendo um contraste de duas épocas do casal, mas que não esconde o fato de que talvez tenha sido um erro terem ficado juntos, muito embora o coração falasse mais alto. Como sempre, Michelle Williams tem um desempenho arrebatador (indicada ao Oscar) ao retratar uma jovem cansada do seu dia a dia, frustrada pelos sonhos não realizados e por não conseguir sentir mais amor pelo marido (Ryan Gosling, ótimo).
Misturando elementos de drama e tensão (a discussão de ambos dentro do hospital é espetacular) Namorados para sempre levanta perguntas do presente e do futuro desse casal. O filme termina e nos deixa aquela sensação de pessimismo, pois o que vimos nada mais é do que a relação de um casal atual, onde nem todos os sonhos e o amor infinito são possíveis de se manter no mundo que vivemos atualmente.

Curiosidade: O filme, originalmente, seria rodado na primavera de 2008, mas o projeto foi adiado devido a morte de Heath Ledger. Os produtores e o diretor, em consideração à filha do ator, Matilda, e sua mãe Michelle Williams, preferiram dar um tempo a contratar outra atriz para o papel.

 
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cine Especial: Godard: Poesia escrita e vista

Terminou neste domingo o curso Poesia e Ensaio na obra de JEAN-LUC GODARD, administrado pelo escritor e perito em Godard, Mario Alves Coutinho. Sendo que a palavra "perito" é pouco quando se refere a ele, pois demonstrou ser um verdadeiro expert sobre o cineasta.    
Coutinho passou para os alunos, de cabo a rabo, tudo que é preciso saber sobre Godard, e foi além, dando a entender que Godard é um verdadeiro "Leonardo Da Vinci" contemporâneo, já que além de cineasta, foi também escritor, pintor, ator e etc. Além de ter sido um dos poucos cineastas a usar poesia escrita nas imagens dos seus filmes e saber criar uma verdadeira reflexão em cada cena que passa para o espectador.

Coutinho e eu: Poesia e Godard no escurinho do cinema

A paixão de Coutinho por Godard, por suas obras e trajetória é tanta, que em 1985 ele foi preso quando ele defendeu com unhas e dentes a liberação para a exibição do filme Je Vous Salue, Marie na época da famigerada censura por aqui. O legal do curso foi também assistir os seus ensaios que ele criou num programa onde ele, gradualmente, em cada capitulo, foi dissecando um pouco sobre o cineasta. É com essas cenas do programa, que no final do curso, Coutinho se emocionou ao ouvir suas próprias palavras falando sobre o diretor intercalado com as imagens do filme O Desprezo e com isso, encerrando as atividades com chave de ouro.
Minha amiga e colega de curso Graça Garcia fazendo questão de registrar o momento  

Coutinho é um exemplo de pessoa com paixão assumida com relação ao cinema, seja essa paixão por ela como um todo, ou somente em parte dela. Coutinho seguiu passo a passo a carreira de Godard e com isso seguiu as revoluções que esse diretor incomum fez para a sétima arte.



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sábado, 17 de setembro de 2011

Ganhei um selo: Cortesia da minha amiga Rejane Bruck

Visitem o blog dela:  Blog da Rejane

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cine Especial: Jean Luc-Godard: FINAL


Enfim, termino neste post os especiais sobre Jean Luc-Godard que antecede a minha participação no curso sobre ele que ocorre neste sábado e domingo no Cinebancários. Além de eu ter a oportunidade de ganhar um certificado sobre ele, foi também uma bela desculpa em revisitar as principais obras que ele criou, principalmente da fase de ouro, não só dele, como também de muitos diretores franceses, que foi a tão conhecida fase Nouvelle Vague francesa. Mas diferente dos seus colegas (como François Truffaut), percebo que Godard queria mais do que fazer um cinema autoral, mas também uma critica perante o mundo que ele vivia e com isso, não me surpreenderia que ele tivesse se incomodado bastante com as autoridades que metiam o bedelho o torto a direito, num tempo que a liberdade de expressão era pouco valorizada. Censura, ele sofreu tanto no seu país de origem, como também em outros lugares como aqui por exemplo. Se ele fosse brasileiro, suas obras teriam sofrido o diabo maior ainda nos tempos de chumbo. Até mesmo quando a nossa ditadura estava começando a se desintegrar, um dos seus filmes não escapou da famigerada censura que foi Je vous salue, Marie, uma visão contemporânea sobre a mãe de Jesus.
Isso foi mais do que suficiente para o filme ser censurado e ser recebido a paus e pedras, mesmo tendo sido liberado pouco tempo depois, mas isso tendo acontecido foi lógico, pois vivíamos num tempo conservador, onde muitos ainda tinham até medo de ter opiniões próprias e uma mente aberta que soubesse separar as coisas. Atualmente, pessoas falam e criam inúmeras visões sobre diversos assuntos, pois atualmente vivemos num mundo um pouco mais liberal, embora a quem diga que a um vicio incessantes do politicamente correto a ser sempre imposto, mas espero que estejam errados.
Portanto, Jean Luc-Godard foi alguém (e ainda é, pois ele ainda vive) uma pessoa a frente do seu tempo e um dos grandes responsáveis pela semente que germinou que foi o cinema autoral, que por sinal, aprecio muito e são filmes que sobrevivem ao tempo. De Godard só tenho mais que agradecer mesmo.
Abaixo, confiram um pouco do ultimo filme dele que eu revi.


O PEQUENO SOLDADO

Sinopse: 1958, guerra da Argélia. Bruno Forestier é desertor, está refugiado em Genebra e se apaixona por Véronica Dreyer. Recebe a incumbência, por um partido de extrema esquerda, de eliminar um jornalista político da rádio suíça. Fracassada a missão, Bruno é preso e torturado pelo FLN. Consegue escapar e volta para Verônica que está trabalhando para o FLN. Tempos depois, ela é presa e torturada até a morte pelos extremistas franceses.
Primeiro filme do diretor após o sucesso de Acossado. Devido às fortes cenas do cárcere que o protagonista sofreu, o filme acabou ficando censurado por três anos na França. Contudo, não foi devido a esse fato que Godard largaria sua visão mais critica contra o governo que vivia na época. O filme possui uma violência simples e direta, onde uma voz over antecipa o que ira acontecer, principalmente em uma breve cena de interrogatório em um banheiro. Ao mesmo tempo, o filme possui uma estética semelhante vista em Acossado, embora um pouco mais moderada, porém, suficiente para entrar na lista de filmes lembrados da fase Nouvelle Vague francesa. Como sempre, Anna Karina (esposa do diretor na época) faz novamente uma personagem marcante, embora não tão boa quanto em Viver a Vida.

Leia também: Especiais  Jean Luc-Godard: Parte 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 89.


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