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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cine Especial: BELA LUGOSI

A 55 ANOS, O MUNDO PERDIA UM DOS PRIMEIROS GRANDES DRÁCULAS DO CINEMA 
Sendo o mais jovem dos quatro filhos de um banqueiro, Bela Lugosi iniciou sua carreira nos palcos na Europa em várias peças, dentre elas as de William Shakespeare. Mas para o publico em geral, ele sempre será lembrado como eterno Drácula numa encenação da clássica história de vampiro de Bram Stoker.
Aos 11 anos, Lugosi fugiu de casa e abandonou a escola, fazendo trabalho duro em uma mineração. Na adolescência começou a atuar em pequenas companhias teatrais nas quais começou a chamar a atenção do publico. O caminho lhe guiou do teatro para o cinema mudo húngaro, atuando com o nome artístico de Arisztid Olt. Porém, teve que interromper seu início de atividades no cinema graças à Primeira Guerra Mundial. Há boatos de que ele tenha sido ferido três vezes, assim causando sua futura dependência em morfina para aliviar as dores que seguiram por sua vida inteira. Há também uma versão que diz que ele conseguiu ser liberado do serviço se passando por louco.
Ao ser liberado do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela 1ª de cinco vezes e saiu da Hungria por conta das suas opiniões políticas. Ele se refugiou na Alemanha, mas passou pouco tempo no país e foi para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Bela participou do teatro na comunidade húngaro-americana, e após algum tempo ganhou a oportunidade de interpretar Drácula numa adaptação teatral escrita por John Balderston.
Sua interpretação única e assustadora (com um sotaque húngaro forte) nesta peça foi que abriu as portas para seu estrelato no cinema. O diretor Tod Browing descobriu e o chamou para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica de Drácula, tendo se tornado o primeiro filme de horror sonoro. Atualmente, assistindo a esse filme, podemos fazer analise detalhada da transição do cinema mudo para o falado, já que naquele tempo, o cinema a recém estava começando a falar, e por conta disso, o filme é silencioso, mesmo com varias falas do personagem, mas não a trilha sonora e curiosamente (por falta de equipamento) algumas salas daquele tempo exibiram o filme numa versão muda. Drácula deu o estrelato a Lugosi, mas ao mesmo tempo o marcou como "um ator de um só papel". Curiosamente, Lugosi havia sido convidado para ser o monstro Frankenstein no clássico de 1931 (mesmo ano de Drácula), mas o ator achava que o personagem não era nenhum desafio e não lhe traria frutos. Com isso, Boris Karloff foi convidado para fazer a criatura no lugar de Lugosi e entrando para a historia. Devido a esse deslise por não acreditar no potencial do personagem de Mary Shelly, Lugosi por muito tempo (secretamente) se sentia arrependido por ter desistido tão facil do papel e a quem diga que com isso nasceu uma certa rivalidade entre ele e Karkoff, mesmo tendo ambos trabalhado juntos em alguns filmes.
Apesar disso, ele fez vários outros filmes de horror, como também de outros gêneros. Dentre os de horror, merecem destaque O Vampiro da Meia Noite. Porém, o ator não conseguiu estabilidade no cinema, e passou a partir de meados da década de 30 a atuar em filmes baratos. Ainda conseguiu papéis bons como em O Filho de Frankenstein, O Fantasma de Frankenstein, Gato Preto, etc... Porém, estereotipado como "Drácula", e seguindo o mesmo declínio do gênero na década de 40, no qual os monstros clássicos protagonizavam filmes em que se enfrentavam ou comédias, Bela ficou desempregado e nem mesmo sua (tardia) atuação pela primeira vez como a criatura de Frankenstein em Franknstein encontra o Homem Lobo acabou não ajudando muito 
Foi descoberto por Ed Wood, que gravou alguns filmes com Bela (inclusive Ed Wood arcou com vários custos de internação de Bela, consumido pelo vício em morfina).
O último filme de Bela Lugosi foi Plan 9 from Outer Space, de Ed Wood. Porém Bela filmou somente uma semana, falecendo no dia 16 de agosto de 1956. Bela foi sepultado com o traje de Drácula a pedido do seu filho e da sua quarta esposa, no cemitério de Holy Cross na cidade de Culver City, na Califórnia. Contrariando a crença popular, Lugosi nunca teria pedido para ser sepultado com o traje tendo deixado essa decisão ao filho e à esposa; Bela Lugosi, Jr. confirmaria em várias ocasiões que ele e a sua mãe teriam tomado a decisão.
O Horror perdia assim um de seus maiores ícones.
Mas Bela Lugosi continua vivo na memória dos fãs do gênero, tendo sido interpretado por Martin Landau, ganhador do Oscar por este papel, no filme "Ed Wood" de Tim Burton.
Martin Landau: Lugosi volta a vida


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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: SUPER 8

HOMENAGENS E NOSTALGIA SE MESCLAM NESTE GENIAL FILME  
Sinopse: Super 8 se passa 1979 e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então alguma coisa emerge dos escombros algo decididamente desumano.
Dizem que a década de 80 foi uma das melhores décadas, principalmente para aqueles que cresceram assistindo a nostálgicas sessões da tarde (quando ela prestava) e passavam filmes juvenis que marcaram vários jovens como Goonies, Conta Comigo, De Volta para o futuro e filmes de mais quilates como ET, Tubarão e Contatos Imediatos de 3º Grau. O que todos eles tiveram em comum foi o fato que o nome de Steven Spielberg estava associado a eles, seja em direção ou produção, a sua marca deixou saudades e com isso, alguns daqueles jovens que assistiam aquelas sessões, cresceram e aprenderam com o diretor como se faz uma boa aventura do gênero fantástico e J. J. Abrams é um deles.
Vindo do sucesso do rejuvenescimento de Star Trek, Abrams demonstra total afinidade pelo gênero de ficção que o consagrou (começando pela série Lost) além de claro saber criar um bom clima de suspense através de algo que não se vê por completo (aulas com Tubarão), assim como demonstrou em Cloverfield (como produtor). Em Super 8, o primeiro ato é algo unico, vemos a apresentação dos personagens mirins, com seus problemas pessoais e seus desejos como cineastas (uma bela referencia de muitos diretores conhecidos atualmente que cresceram dessa maneira fazendo filmes caseiros do genero terror por exemplo) e que derrepente tem contato com essa situação fora do comum, começando por um acidente espetacular de um trem que desencadeia os eventos a seguir. Do inicio ao meio do filme, Abrams faz uma verdadeira homenagem aos filmes de Spielberg onde os elementos como do filme ET por exemplo estão empregnados a cada momento de cena. Curiosamente, é de se suspeitar se não existiu a possibilidade de Spielberg (ele é produtor do filme) ter dado uma de diretor em alguns momentos, ja que os angulos de camera conhecidos do diretor, como aproximação e afastamento com relação aos os personagens estão todos lá. Se não foi isso, foi uma verdadeira copia (no bom sentido) que Abrams fez, mas se alguém tinha duvida que o filme não teria o seu toque pessoal, eis que gradualmente no segundo ato, até o ato final, ele  vai mostrando seu toque genuino (para alguns, famigerados) das contraluzes, mesclado de forma gradual com as aparições cada vez mais freqüentes do monstro num estilo muito parecido com Cloverfield. Mas se naquele filme a criatura impressiona, aqui é um tanto que decepcionante vela na sua total totalidade, principalmente quando o diretor comete o erro de ter criado um olhar meio que meigo no ser quando era totalmente desnecessário, já que os seus atos na cidade foram muito bem compreendidos para aqueles que assistiam ao filme até aquele ponto, portanto, não precisava apelar. Fora esse porém, o filme é um deleite graças ao seu elenco jovem, ao começar por Joel Courtney como Joe Lamb com o seu olhar cheio de vida, mas ao mesmo tempo maduro para a sua idade e se tornando o verdadeiro centro da historia, principalmente ao ser apresentado seu passado triste já nos primeiros minutos da trama. Agora, a verdadeira chama de talento esta em Elle Fanning (irmã mais nova de Dakota Fanning) sendo que seus momentos em cena estão entre as melhores partes do filme, seja em momentos dramáticos, seja quando faz graça como uma zumbi que ela faz no pequeno filme que estão produzindo.
Com um final a lá ET, mas nada forçadamente, Super 8 talvez venha há se tornar com o tempo como o melhor exemplo de uma fase em que todas as pessoas viviam em nostalgia com relação aos anos 80, relembrando ou querendo que volte as melhores coisas daquele anos que era mais cheio de luz e colorido. Pelo menos, isso no cinema pode muito bem acontecer


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cine Especial: Como Ver Um Filme: Parte 5 (final)

Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso Como ver um filme, administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana, no Cinebancários. Enquanto os dois dias não vêm, deixo a cada dia, um pouco sobre cada filme que será abordado durante o curso. Confiram:


SUPER 8
Sinopse: Um filme de J. J. Abrams produzido por Steven Spielberg. Super 8 se passa 1979 e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então alguma coisa emerge dos escombros algo decididamente desumano.


Cowboys e Aliens
Sinopse: Em 1873, no Arizona, um estranho (Daniel Craig) sem lembranças chega na desértica cidade de Absolution. A única referência ao seu passado é um misterioso grilhão em um dos seus pulsos. O que ele descobre é que a população de Absolution não gosta de forasteiros, e ninguém na cidade se move sem a permissão do intransigente Coronel Dolarhyde (Harrison Ford). É uma cidade que vive com medo.
Mas Absolution está prestes a experimentar um medo que mal compreende, quando a cidade é atacada por saqueadores do espaço. Avançando com luzes cegantes e abduzindo incautos com velocidade insana, esses monstros desafiam tudo o que os residentes conhecem.
Agora, o estranho que eles rejeitaram é a única esperança de salvação. Esse pistoleiro aos poucos rememora quem é e onde esteve, e percebe que detém um segredo que pode dar à cidade uma chance contra a força alienígena. Com a ajuda da esquiva viajante Ella (Olivia Wilde), ele reúne um grupo de antigos oponentes - cidadãos, foras-da-lei, apaches, Dolarhyde e seus capangas - para evitar a aniquilação. Unidos contra o inimigo comum, eles se preparam para um confronto épico por sobrevivência.
O QUE EU ACHO? Duas grandes surpresas que irão fazer parte da lista de analise do curso Como ver um filme administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana que começa hoje em Porto Alegre. O primeiro já assisti neste final de semana (aguardem minha critica amanhã) e adianto que o filme é mais do que uma homenagem que J.J. Abrams faz a Steven Spielberg e ao mundo fantasioso do cinema dos anos 80, como também uma homenagem aos aficionados pelo cinema que desde cedo começaram a fazer filmes caseiros prestando homenagens aos filmes B que assistiam na TV.
Cowboys e Aliens pouco posso dizer pois nem sequer estreou ainda para cá, mas o filme recebeu péssimas criticas lá fora (e por aqui) e esta tendo uma bilheteria desastrosa. Resta saber se o filme é realmente uma bomba ou simplesmente mal interpretado pela maioria. Isso só eu saberei no curso hoje ou amanha.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cine Especial: Como Ver Um Filme: Parte 4

Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso Como ver um filme, administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana, no Cinebancários. Enquanto os dois dias não vêm, deixo a cada dia, um pouco sobre cada filme que será abordado durante o curso. Confiram:



O PODEROSO CHEFÃO
Sinopse: Em 1945, Don Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma mafiosa família italiana de Nova York. Ele costuma apadrinhar várias pessoas, realizando importantes favores para elas, em troca de favores futuros. Com a chegada das drogas, as famílias começam uma disputa pelo promissor mercado. Quando Corleone se recusa a facilitar a entrada dos narcóticos na cidade, não oferecendo ajuda política e policial, sua família começa a sofrer atentados para que mudem de posição. É nessa complicada época que Michael (Al Pacino), um herói de guerra nunca envolvido nos negócios da família, vê a necessidade de proteger o seu pai e tudo o que ele construiu ao longo dos anos.
Baseado no romance de Mario Puzo, adaptado por ele e pelo diretor Coppola, é um espetáculo grandioso e belíssimo, que empresta um tom épico e inédito nos filmes de gângster. Pontuado por diversas cenas clássicas, tem um elenco impecável, uma fotografia primorosa (cortesia de Gordon Willis de Manhattan) e trilha sonora inesquecível de Nino Rota, conduzida pelo maestro Marmine Coppola, pai de Francis. O próprio cineasta dirigiu duas seqüências que deram continuidade a saga (74 e 90) e uma montagem dos dois primeiros filmes para ser apresentado para a TV. Vencedor de 3 Oscar.

Curiosidade: Francis Ford Coppola e Mario Puzo, autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens.

Leia também: Rei Kane: Não tão rei assim.



O ILUMINADO
 (Leia minha critica já publicada clicando aqui.)

Leia também: Especial Stanley Kubrick: Partes 1, 2, 4, 5, 6 e 7.


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Cine Dicas: Estréias no final de semana (12 08 11)

E ai amigos cinéfilos. Chegamos a um final de semana ensolarado, mas com previsão de chuva para domingo, mas como existem cinéfilos de carteirinha que eu sei muito bem, não será tempo ruim que irão impedir de ver um ótimo filme no cinema e opções é que não faltam. Arvore da Vida, a obra máxima do diretor Terrence Malick que ganhou o prêmio Maximo no ultimo festival de Cannes e pode muito bem se tornar favorito no próximo Oscar. Super 8, nova empreitada de J.j Abrams (LOST) no cinema e com uma mansinha de um certo padrinho Steven Spielberg. Aguardem para breve minha critica sobre esses ótimos filmes.
Lembrando, eu estarei no curso Como se ver um filme, administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana , que esta de passagem em nosso estado devido ao festival de Gramado. Com isso, acompanhem meus especiais sobre os filmes que serão citados e analisados durante os dois dias de curso (dias 15 e 16) no Cinebancários. Confiram as estréias:

A árvore da vida
Sinopse: O filme fala sobre a relação entre pai e filho e as conseqüências dela na vida de um homem.



Super 8
Sinopse: Super 8 se passa 1979 e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então alguma coisa emerge dos escombros algo decididamente desumano.



Dylan Dog e as Criaturas da Noite
Sinopse: O enredo é baseado nas histórias em quadrinhos Dylan Dog. No filme o detetive Dylan Dog convive com criaturas do mundo sobrenatural. Quando o pai de uma moça é assassinado por um lobisomem ele entra em ação para desvendar o mistério. Ao lado de seu fiel assistente Marcus Dylan vai enfrentar as mais terríveis criaturas: zumbis lobisomens e até um assustador guardião do inferno.



Ex isto
Sinopse: E se Rene Descartes tivesse vindo ao Brasil com Mauricio de Massau? O filosofo enveredasse pelos trópicos, selvagem e contemporâneo, sob o efeito de ervas alucinógenas, investigando questões da geometria e da ótica diante de um mundo absolutamente estranho. Livremente inspirado na obra de “Catatau”, de Paulo Leminski.



Solidão e Fé
sinopse: Viajando com sua câmera pelo universo do rodeio, uma mulher se depara com cavaleiros andantes, heróis, gladiadores, sertanejos, boiadeiros...o homem comum. Tentando decifrar o masculino, encontra doçura e violência. Tem aspectos num homem que uma mulher não entende, só contempla.



TUDO FICARÁ BEM
Sinopse: Conhecido pela obsessão pelas próprias histórias, o diretor e roteirista Jacob Falk (Jens Albinus) encontra fotografias de prisioneiros de guerra sofrendo sob tortura de soldados dinamarqueses. Supondo uma conspiração política, Falk entra num ritmo frenético para tentar revelar o mistério por trás das imagens.


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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cine Especial: Como Ver Um Filme: Parte 3

Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso Como ver um filme, administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana, no Cinebancários. Enquanto os dois dias não vêm, deixo a cada dia, um pouco sobre cada filme que será abordado durante o  curso. Confiram:
PSICOSE
(Leia minha critica já publicada clicando aqui) 

TUBARÃO
(Leia minha critica já publicada clicando aqui)

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Cine Dica: Em DVD (11 08 11)

Minha Terra, África

Sinopse: Um país africano é devastado por constantes rebeliões. Maria Vial (Isabelle Huppert) vive com seu marido André (Christopher Lambert) e o filho Manuel (Nicolas Duvauchelle) em uma fazenda, localizada na província onde nasceu um dos principais líderes do conflito. Apesar do perigo constante que os cerca, ela se recusa a deixar as plantações de café, que estão em sua família há três gerações. Até que André, sem que ela saiba, começa a arquitetar um meio para que deixem o local.
A diretora francesa Claire Denis se tornou conhecida dentre os gaúchos neste ano, após ela estar presente em uma sessão especial dos seus principais filmes na sala P.F Gastal (Usina Do Gasômetro). Dentre os seus filmes, o mais conhecido foi o seu mais recente, Minha Terra, África onde mostra um verdadeiro inferno na terra de um país africano em conflito. No final das contas, a situação dessa terra, se torna mera desculpa para apresentar a historia da protagonista (Isabelle Huppert ótima) que não mede esforços em se manter no local e continuar fazendo funcionar sua fazenda que produz café. O filme pode ser definido de vários ângulos, como o fato daquela terra cheia de miséria e horror, pode muito bem modificar o comportamento da pessoa. Neste caso, isso é muito bem representado pelo filho da protagonista, ou então, uma simples analise da diversificação do comportamento da pessoa perante aquele lugar. O destaque vai pela forma como a diretora filma os seus protagonistas sem nenhuma vergonha em mostrar o lado mais natural possível do dia a dia delas numa verdadeira corda bamba.


Leia mais: Saiba mais sobre Claire Nenis clicando aqui (fonte P.F Gastal).

Curiosidade: Depois de muito tempo, Christopher Lambert reaparece no cinema interpretando o marido da protagonista


A Última Estação

Sinopse: 1910. Yasnaya Polyana é propriedade de Leon Tolstoi (Christopher Plummer), no entanto ele rejeita a propriedade privada e defende a resistência passiva. Por isto, apesar de ser um dos maiores escritores do mundo, alguns o vêem como algo maior, um santo vivo. Já bem idoso vive lá com Sofya Andreyevna (Helen Mirren), sua esposa. Tolstoi centra a atenção em espalhar sua doutrina com o seu melhor amigo, Vladimir Chertkov (Paul Giamatti), que funda o movimento mundial tolstoiano, cujo quartel general fica em Moscou. Lá Chertkov entrevista Valentin Bulgakov (James McAvoy), que, apesar de ter 23 anos, ambiciona ser o secretário particular de Tolstoi e consegue o cargo. Como Chertkov está impedido de ver Tolstoi, cabe a Bulgakov ir até Yasnaya Polyana e servir de ponte entre Leon e Chertkov. No caminho Bulgakov para em Telyatinki, uma comuna tolstoiana criada por Vladimir Grigorevich como centro do movimento. Lá todos são iguais, seguindo os ensinamentos de Tolstoi. No dia seguinte, Bulgakov chega em Yasnaya Polyana e sente logo que Leon e Sofya divergem bastante. Apesar dela não exigir ser chamada de condessa e Tolstoi, obviamente, não querer ser tratado como conde, há um ar aristocrático em Sofya, que há anos não aceita os objetivos do marido, desde que seu trabalho como novelista se tornou secundário. Após algum tempo, Chertkov vai até Yasnaya Polyana e fica claro que ele e Sofia se suportam (na melhor das hipóteses), pois ela acredita que existe um novo testamento, no qual seu marido cederia seus bens (inclusive os direitos autorais de seus livros) para o movimento mundial tolstoiano.
Fazia tempo que não via um filme de Michael Hoffman, acho que desde Um dia Muito Especial, com George Clooney e Michelle Pfeiffer. Uma pena que ele não fez mais filme em seguida, pois tinha certo domínio naquele filme em retratar relações de um casal de uma forma muito bem humorada e romântica. Aqui não e diferente, mesmo que o filme seja baseado em fatos verídicos ao retratar os últimos dias do escritor Leon Tolstoi (Christopher Plummer ótimo). Mais os fatos históricos são mera desculpa para retratar um casal a beira do ataque de nervos por possuir opiniões diferentes, e se há conflito, tudo começa graças a imprevisível esposa do escritor, interpretada de forma magistral por Helen Mirren (A Rainha). Por outro lado, a trama se concentra em Valentin Bulgakov (James McAvoy) bom rapaz mas com a ambição de crescer na vida e ficar ao lado do escritor, mas ao mesmo tempo se apaixona por uma bela garota local ( Anne-Marie Duff).
A apresentação do jovem casal pode ser vista como um segundo retrato da vida do casal central já idoso, sendo duas gerações diferentes, mas que possui muito em comum, por viverem em conflito com a relação ao amor. Reconstituição de época caprichada e que vale muito ser assistido pelo ótimo desempenho de todo o elenco.








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