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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Ted Bundy' - A Irresistível Face do Mal

Sinopse: Ted Bundy foi um dos serial killers mais perigosos dos anos 1970, e, além de ser um assassino, era sequestrador, estuprador, ladrão e necrófilo.  

Nos últimos tempos a Netflix tem investido pesado em documentários investigativos e cujo retorno tem se tornado bem lucrativo. "Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy" foi um dos grandes sucessos do streaming, pois os realizadores investigaram a fundo um dos maiores assassinos da história dos EUA. Curiosamente, retornamos aos cenários dos acontecimentos, mas agora no formato de cinebiografia pelo filme “Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal”.
Dirigido por Joe Berlinger, também responsável pelo documentário "Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy", o filme conta a história de Ted Bundy (Zac Efron) do filme "O Rei do Show" (2017), rapaz bonito, bem-sucedido e que se apaixonada pela jovem Elizabeth (Lily Collins) do filme "Okja"(2017). Casados, ambos vivem uma espécie de contos de fadas, mas que acaba se tornando pesadelo quando Ted é acusado por crimes dos quais ele se diz inocentes. Porém, na medida que as investigações avançam, é revelado uma outra face de Ted.
Embora eu tenha assistido aos fatos documentados pela Netflix, é curiosa também essa cinebiografia, já que ela segue a lógica doentia de Ted em jamais assumir que é responsável pelos crimes, mas sim passando lábia típica do que se diz “cidadão do bem”. Aliás, o julgamento com relação aos seus crimes pode ser considerado um dos primeiros reality shows da história da tv americana, já que a mídia usaria os acontecimentos como um verdadeiro espetáculo para se alimentar pela audiência que estava gerando. Algo parecido só se repetiria anos mais tarde no caso O.J. Simpson.
Assim como visto no documentário, Joe Berlinger mantem um ritmo bem fluido com relação aos fatos que são reconstituídos para o filme, ao ponto de gerar certa tensão, mesmo que muitos de nós já saiba do seu derradeiro final. Sua edição, aliás, é dinâmica, bem fluida e fazendo com que não percamos o fio da meada. O mesmo pode se dizer de sua fotografia e trilha sonora, das quais sintetizam muito bem o clima e a cultura dos anos setenta.
É claro que tudo gira em torno da figura de Ted, sendo uma figura que não daríamos crédito na possibilidade de ele ser um assassino, mas sim uma pessoa que poderia estar construindo um grande futuro. Curiosamente, os realizadores optam em não mostrar explicitamente os crimes que ele havia cometido, mas sim representando até o último minuto a versão que ele sempre quis passar para o público. Nesse caso, é preciso reconhecer o talento do ator Zac Efron, do qual consegue nos passar pelo seu personagem uma pessoa, fria, calculista e sabendo jogar até o último minuto com as nossas custas.
Ao mesmo tempo, os efeitos dos seus métodos são sentidos através de opiniões diversas ao longo do filme, principalmente através das figuras femininas. Elizabeth, por exemplo, carrega um peso durante toda a projeção, pois se divide em aceitar os fatos de que pode ter convivido com um monstro, ou de que tudo não passou de um mal-entendido. O mesmo pode ser dito de sua amante Carole (Kaysa Scodelario) do filme "Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar" (2017), da qual se rende aos encantos de Ted, mas que não esconde em seu olhar a dúvida perante a situação que veio a participar.
O fato é que Ted realmente cometeu crimes terríveis, mas dos quais, talvez, nem o próprio tenha conseguido aceitar pessoalmente. No prólogo, por exemplo, é o momento da hora da verdade que, aliás, é sem dúvida alguma o momento mais tenso do filme e do qual Joe Berlinger filma em um enquadramento mais do que perfeito nos seus respectivos personagens. É então que, finalmente, as cortinas são abertas, muito embora o protagonista não entregue com palavras as monstruosidades que havia cometido um dia.
Com participações coadjuvantes de peso como as de John Malkovich e Haley Joel Osment, "Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal" é tenso em sua proposta ao trazer à tona um caso real surpreende e que explora a fundo o lado sombrio da alma humana. 


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