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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Avatar: Fogo e Cinzas'

Sinopse: O conflito em Pandora aumenta quando Jake e Neytiri encontram uma nova e agressiva tribo Na'vi.

Antes mesmo de lançar "Titanic" (1997) James Cameron já tinha em mente o universo de "Avatar", sendo que era o seu projeto mais ambicioso. Porém, ainda não havia a tecnologia que pudesse dar vida aos seres azuis do qual ele imaginava e sendo que para isso também precisaria de um orçamento astronômico. O realizador somente percebeu que poderia levar o que ele queria a partir do momento que a tecnologia de captura em movimento surpreendeu o mundo com a trilogia de "O Senhor dos Anéis" comandada por Peter Jackson.

Por anos, Cameron não queria somente realizar um sonho, mas inovar a maneira de assistir um grande espetáculo e foi assim que aconteceu em "Avatar" (2009), onde uma aventura de ficção em defesa da natureza se alinhava com a melhor tecnologia e dando um passo à frente em termos de 3D. Após isso, o realizador se dedicou por anos pelos novos capítulos e veio então "Avatar: O Caminho da Água" (2022) que, assim como o filme anterior, bateu recordes de bilheteria e foi indicado a diversos prêmios. Eis que então temos agora "Avatar: Fogo e Cinzas" (2025), filme que dá continuidade ao filme anterior, mas nos dando a impressão também de um grande Déjà vu.

Na trama, Após a devastadora guerra contra a RDA e a perda do seu filho mais velho, Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana) devem enfrentar uma nova ameaça: o Povo das Cinzas, uma nova e agressiva tribo Na’vi, conhecida por sua violência extrema e sede de poder, liderada pelo implacável Varang (Oona Chaplin). O misterioso clã é composto por guerreiros que controlam o fogo e cuja lealdade pode desequilibrar o destino do planeta.

Assim como os filmes anteriores, James Cameron tem a proeza de criar um universo de Pandora de forma verossímil como se aquele mundo fosse realmente real e fazendo a gente sentir até mesmo o peso das cenas. Não se obtém aqui uma nova revolução na captura de movimento, mas ao menos mantém a qualidade que fez do primeiro filme se tornar algo tão revolucionário. Não é como os filmes da Marvel que tem envelhecido mal com os seus bonecos em CGI, pois aqui é tudo crível e que faz encher os nossos olhos.

Porém, se por um lado Cameron se dedicou ao máximo em termos de tecnologia de ponta, o mesmo não se pode dizer com relação ao enredo. Embora seja a terceira parte, me deu a impressão que diversas passagens da história já tinham sido vistas nos outros filmes, como se uma idéia fosse reciclada para parecer nova, mas se perdendo e soando repetitiva. As subtramas, por sua vez, poderiam ter sido solucionadas já no segundo filme, mas sendo aqui esticado e finalizado de uma maneira até mesmo convencional.

Com relação ao elenco, o personagem de  Sam Worthington se torna em alguns momentos coadjuvante, enquanto os seus filhos roubam a cena, principalmente a personagem Kiri, interpretada pela atriz Sigourney Weaver e cuja a sua origem é finalmente esclarecida, mas soando fortemente forçada. Já Zoe Saldana rouba a cena toda vez que surge Ney'tiri e conseguindo nos passar toda a tristeza e raiva que tem contra os humanos.

Dos novos personagens destaque para a selvagem Varang, interpretada com intensidade pela atriz  Oona Chaplin e sempre quando surge em cena simplesmente rouba o filme para ela. Contudo, só acho uma pena que Cameron não tenha explorado melhor uma personagem com tamanho potencial e desperdiçando o tempo em subtramas que muitos que forem assistir não irão se interessar. E o que dizer então Coronel Miles Quaritch novamente sendo usado como vilão principal, mas que já deveria ter sido deixado de lado no momento que morreu  no final do primeiro filme.

Chego até aqui e concluo que essa terceira parte nada mais é do que um grande épico de ficção para ser apreciado em uma grande tela do cinema, para que assim a gente não se distraia perante um roteiro óbvio e cuja trama termina da mesma maneira que havia se encerrado os filmes anteriores. Ao meu ver Cameron precisa largar o universo da Avatar, pois já fez o que tinha que fazer e é chegado a hora de desenvolver outros projetos que possam lhe abrir novos rumos. Claro que nesta história toda o dinheiro sempre falará mais alto e caso esse filme venha se tornar também um grande sucesso talvez voltaremos em breve ao universo de Pandora.

"Avatar: O Caminho da Água" é um grande espetáculo, mas cujo conteúdo nos dá a impressão que James Cameron criou uma releitura do primeiro longa ao invés de se arriscar em adentrar em uma nova fronteira. 


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Um comentário:

Leo Rib disse...

Oi!
Passando pra desejar um feliz 2026!
Até a próxima!