Sinopse: Elio, um azarão com uma imaginação fértil, se vê inadvertidamente teletransportado para o Comuniverso.
A Pixar já foi sinônimo de estúdio que sempre acerta ao lançar longas animados que se tornaram verdadeiros clássicos. Porém esse tempo passou, sendo que recentemente o estúdio tem se preocupado mais em lançar continuações dos seus longas de maior sucesso ao invés de se arriscar e criar algo. No caso de "Elio" (2025) ele tinha algo maior para nos transmitir, mas não sendo esse desastre que todos ficaram dizendo.
Dirigido por Madeline Sharafian, Domee Shi e Adrian Molina, o filme conta a história de Elio (Yonas Kibreab), um menino de 11 anos sonhador, artístico e criativo. Sua fascinação pelo espaço e sua obsessão por aliens e vida fora da Terra acabam o levando por engano para Comuniverso, um reino onde opera uma organização interplanetária que abriga representantes de múltiplas e diferentes galáxias. Ao mesmo tempo, a sua tia deseja o seu retorno, mas mal sabendo que o seu sobrinho acabou se metendo.
Pelo que me foi dito o filme passou por diversas refilmagens, desde mudanças no roteiro, exclusão da representatividade de certos personagens e fazendo com que o resultado se tornasse diferente. Pelo primeiro ato, por exemplo, se percebe que iriamos ver um jovem em busca dos seus sonhos, mas ao mesmo tempo tentando provar o seu valor mesmo com as suas limitações, sendo que o machucado do seu olho teria ainda maior profundidade dentro da história, mas se tornando somente um pequeno detalhe que poderia ter sido até mesmo descartado no decorrer da história. Ao mesmo tempo, é curioso como o tom do filme muda gradativamente, cujos elementos dramáticos dão lugar para momentos mais coloridos, como se em alguns momentos estivéssemos assistindo dois filmes em um.
Isso, porém, não prejudica a experiência de assisti-lo, já que há sim os elementos de sucesso do estúdio dentro da trama, desde o protagonista superar os seus medos, como também abraçar no que ele estava sendo predestinado. Ao mesmo tempo, há uma exploração com relação sobre o que é família, de como os pais têm dificuldade de aceitar os seus filhos como eles são, mas jamais os abandonando, não importa o quanto difícil seja. Neste último caso, por exemplo, essa mensagem é transmitida através do personagem que menos tinha a ver com esse dilema, mas provando que esses conflitos se encontram em qualquer tipo de pessoa e não importando como ela seja.
Como sempre, é um filme que irá atrair as crianças pelo seu lado fofo e colorido, mas ao mesmo tempo atraindo um olhar mais adulto e fazendo com que os pais se identifiquem com a mensagem principal do longa como um todo. Claro que poderia ter tido chances de ter se tornado algo maior, mas a meu ver os engravatados do estúdio estão mais preocupados em obter cifras do que na realização de um longa original. Pelo visto, a Pixar acabou se tornando algo não muito diferente do que se vê em outros estúdios e fazendo com que o seu futuro se torne cada vez mais indefinido nas mãos da toda poderosa Disney.
"Elio" é um longa divertido para todas as idades, mesmo quando a gente se dá conta que ele tinha potencial maior para atingir novos horizontes.
Onde Assistir: Disney+
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