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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 26 de março de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Druk - Mais Uma Rodada'

Sinopse: Para alegrar um amigo em crise, um grupo de professores decide testar a ousada teoria de que serão mais felizes e bem-sucedidos vivendo com um pouco de álcool no sangue. 

O clássico "Farrapo Humano" (1945) foi um dos primeiros filmes em abordar o vício do álcool e suas consequências como um todo. A partir daí, começou a ser lançados ao longo da história diversos filmes em que se aborda diversos vícios e retratando os protagonistas que transitam em estar no fundo do poço para se reerguer ao longo do tempo. Curiosamente, é raro vermos um filme em que se debata até onde essas drogas podem ser usadas para colaborar na melhora da vida da pessoa, desde que mostre de forma lógica o outro lado dessa moeda.

O filme Dinamarquês "Druk - Mais Uma Rodada" (2021), do diretor Thomas Vinterberg, o mesmo de "A Caça" (2013) procura em retratar pessoas com determinados dons, mas que desejam ir muito além disso e, portanto, experimentando drogas que podem ajuda-los, mas até certo ponto. O filme conta a história de quatro professores com problemas em suas vidas, testando a teoria de que ao manter um nível constante de álcool em suas correntes sanguíneas, suas vidas irão melhorar. De início, os resultados são animadores, porém, no decorrer da experiência, eles percebem que nem tudo é tão simples.

Há quem diga que a Dinamarca é um dos países em que o povo mais bebe no mundo e, portanto, não é de se estranhar, por exemplo, o prólogo onde retrata jovens estudantes disputando um desafio de corrida alinhado com altas doses de álcool. Após isso, o filme retrata o dia a dia dos protagonistas, que transitam entre um bom profissionalismo em suas profissões como professores com uma vida rotineira e, por vezes, sem graça. É a partir dessa rotina em que os mesmos testam a teoria de que grandes artistas e políticos do passado usaram álcool e outras drogas para conseguir obter inspiração em seus trabalhos, mesmo quando corriam um sério risco de serem descobertos.

Curiosamente, Thomas Vinterberg procura nos explicar com bastante lucidez de que grandes talentos do passado chegaram aonde chegaram com um pouco da ajuda de determinadas drogas como no caso do álcool. Quando o cineasta chega neste ponto, por exemplo, ele acaba se tornando corajoso ao colocar na tela políticos do mundo real que chegaram ao poder, mas que não conseguiam esconder em determinados momentos que usavam certas drogas ilícitas para conseguir falar com o povo ou a imprensa. Se por um lado surpreende pela coragem, do outro, se torna sarcasticamente previsível quando surge na tela o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, pois o escândalo sobre o que ocorria no salão oval daqueles tempos se tornou algo conhecido mundialmente.

Dos quatro protagonistas, Martin, interpretado pelo ótimo Mads Mikkelsen, aceita em participar do experimento, mas sempre com a mão no freio, mesmo quando surgem elementos que o poderiam tentá-lo em jogar tudo para alto. Se do primeiro ato até ao início do segundo o experimento dá certo resultado, porém, logo em seguida se percebe que é inevitável que os quatro comecem a cair no desfiladeiro do alcoolismo e cabe o bom senso de cada um ali saberem quando se deve parar antes que seja tarde demais.

No final das contas, Thomas Vinterberg não procura suavizar a questão das bebidas ilícitas, mas sim nos dizer que todos nós somos seres humanos destinados a experimentar tudo que vier pelo nosso caminho. Porém, cabe a nós sermos adultos e dizermos a nós mesmos quando se deve parar. O epílogo, por exemplo, nos mostra os sobreviventes de um círculo de eventos da trama comemorando com tudo o que tem direito, mas todos ali tendo a consciência dos seus próprios atos.

Indicado ao Oscar de Melhor Longa Internacional, "Druk - Mais Uma Rodada" é sobre pessoas talentosas, porém, não menos que humanas e que carregam para si os seus erros e acertos na vida. 

Onde Assistir: Assista pelo Google Play

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