Sinopse: Há muito tempo, no mundo de fantasia de Kumandra, humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Mas quando uma força maligna ameaçou a terra, os dragões se sacrificaram para salvar a humanidade.
A Disney atual está em sintonia com relação ao que passa no mundo, ao ponto de agradar todos os povos, mas cuja as histórias nos identificamos como um todo. Não é de hoje, por exemplo, que o estúdio olhou para o oriente, mais especificamente para China e criar pequenas pérolas como no caso de "Mulan" (1998). Em "Raya e o Último Dragão" (2021) o estúdio novamente direciona o seu olhar para o oriente, mas para contar uma história ainda mais antiga, rica e pegando em assuntos que devem ser vistos e ouvidos por todos hoje em dia.
Dirigido por Don Hall, Carlos Lopez Estrada e Paul Briggs, o filme se passa em um reino habitado por uma vasta e antiga civilização conhecida por ter passado gerações veneradas os dragões, seus poderes e sua sabedoria. Porém, com as criaturas desaparecidas, a terra é tomada por uma força obscura. Quando uma guerreira chamada Raya, convencida de que a espécie não foi extinta, decide sair em busca do último dragão, sua aventura pode mudar o curso de todo o mundo.
Embora o estúdio tenha abraçado por anos animação computadorizada, por outro lado, é notório que algumas vezes os mesmos tentam resgatar como se fazia uma boa animação como antigamente. Na abertura, por exemplo, aquele universo mágico e suas origens são contadas através do traço tradicional, remetendo uma época mais simples em que se fazia animação somente com o lápis, mas não escondendo uma grandeza quando são perfeccionistas com relação aos detalhes. A partir desses minutos somos facilmente fisgados pela trama, uma vez que ela se torna uma grande aventura.
Aventura essa liderada por Raya, princesa, heroína e lutadora, que tenta de todas as formas encontrar um meio para dar vida e união ao reino dividido devido a ganância do ser humano. Ao longo de sua jornada, a protagonista vai ganhando aliados, alguns até bem interessantes, como no caso do último dragão Sisu e que é, talvez, seja o personagem mais interessante e divertido do conto e que dará uma lição de moral, tanto para a protagonista, como também para sua antagonista chamada Namaari, pertencente ao reino da garra e causadora do conflito.
Como sendo um produto Disney o filme possui um belíssimo visual, cuja a fotografia e edição de arte prestam uma grande homenagem ao oriente. Como sempre, o filme possui personagens fofos e engraçadinhos e que, embora não tenham um total aprofundamento em suas personalidades, por outro lado, são essenciais para a trama como um todo. Aliás, cada personagem se torna uma pedra fundamental para trama, da qual debate a questão da falta de confiança entre as pessoas de hoje em dia.
Em determinado momento, por exemplo, fica claro que a peste que assola aquele mundo, transformando as pessoas em pedra, surgiu através da desunião, ambição e falta de confiança entre as pessoas. Obviamente os realizadores decidiram criar um conto que dialogasse com o mundo atual em que vivemos, onde ele se encontra dividido devido a diversas crises, mas que caberá a confiança entre os povos se a intenção for em continuarem sobrevivendo. Em tempos nebulosos, em que vivemos de pandemia e crise financeira, o filme vem para nos dar uma animada e nos dizer que sempre haverá esperança.
"Raya e o Último Dragão" é uma bela aventura mágica, mas que também nos ensina a nunca desistir de confiar nas pessoas.
Onde Assistir: Disney+
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