Sinopse: Robert Bilott (Mark Ruffalo) é um advogado de defesa que confronta a empresa química DuPont para expor um horrível segredo de poluição ambiental.
Não será a primeira e nem a última vez que hollywood irá explorar temas em que as indústrias químicas são uma das principais vilãs de tempos em tempos. Em "Erin Brockovich" (2000), por exemplo, vemos uma mulher comum enfrentar um grande sistema industrial que estava envenenando as águas de uma cidade do interior dos EUA. Chegamos então em "O Preço da Verdade", filme que toca em uma situação similar, mas de proporções muito maiores e difícil de controlar.
Dirigido por Todd Haynes, do filme "Carol" (2016), o filme conta a história de Robert Bilott (Mark Ruffalo), um advogado de defesa corporativo que ganhou prestígio trabalhando em casos de grandes empresas de químicos. Quando um fazendeiro chama sua atenção para mortes de gado que podem estar ligadas ao lixo tóxico de uma grande corporação, ele embarca em uma luta pela verdade, em um processo judicial que dura anos e põe em risco sua carreira, sua família e seu futuro.
Ao explorar um assunto verídico seria até previsível dizer que a trama pudesse cair em algo convencional para os nossos olhos, mas não é o caso que acontece aqui. Todd Haynes procura retratar esse caso real sem dar muitas pinceladas de otimismo, mas sim que nos déssemos conta que, querendo ou não, isso não terminaria em um mar de rosas que no fundo gostaríamos. Estamos falando de um sistema industrial de vários anos, do qual gerou milhares de dólares e que, mesmo sendo revelado os seus podres, derrota-lo seria uma luta árdua de vários anos.
O lado técnico do filme sintetiza bem essa minha observação, pois dela que sentimos uma sensação nebulosa em que o personagem principal (Ruffalo) irá trilhar. A fotografia de cores frias, por exemplo, nos passa a sensação de morte no ar, principal nas sequências em que a trama se passa em uma fazenda e onde se torna o principal estopim para os desdobramentos da trama. Curiosamente, não deixa de ser um cenário de puro terror, mas não criado por seres fantasmagóricos, mas sim pela própria ganância do homem sem escrúpulos.
Mark Ruffalo se sai bem ao interpretar o bom moço que cai nesse emaranhado de décadas criado pelo sistema industrial, mas que não desisti uma vez que testemunha o cenário de horror e que, mesmo próximo a ele, desconhecia infelizmente. Mesmo em segundo plano, Anne Hathaway está ótima como esposa do protagonista, ao interpretar uma conservadora cristã, mas que aos poucos se envolve emocionalmente no trabalho do marido e se dando conta da pior maneira de que todos estão em perigo neste cenário incerto. Além de possuir um bom elenco, vale mencionar novamente a parte técnica, onde a trilha sonora dinâmica faz com que a trama flua e fazendo nos prender na cadeira.
O filme chega em um momento em que o mundo capitalista está cada vez mais desgovernado e cujo o seu sistema é dificilmente quebrado. Se a recente série "Chernobyl" retrata um passado do qual deveria servir de exemplo para as gerações futuras, o filme Todd Haynes vem para nos dizer que dificilmente dá para conter essa roda, mas que todos devem fazer a sua parte para enfrenta-la. Um trabalho árduo, mas que deve ser feito acima de tudo.
Dirigido por Todd Haynes, do filme "Carol" (2016), o filme conta a história de Robert Bilott (Mark Ruffalo), um advogado de defesa corporativo que ganhou prestígio trabalhando em casos de grandes empresas de químicos. Quando um fazendeiro chama sua atenção para mortes de gado que podem estar ligadas ao lixo tóxico de uma grande corporação, ele embarca em uma luta pela verdade, em um processo judicial que dura anos e põe em risco sua carreira, sua família e seu futuro.
Ao explorar um assunto verídico seria até previsível dizer que a trama pudesse cair em algo convencional para os nossos olhos, mas não é o caso que acontece aqui. Todd Haynes procura retratar esse caso real sem dar muitas pinceladas de otimismo, mas sim que nos déssemos conta que, querendo ou não, isso não terminaria em um mar de rosas que no fundo gostaríamos. Estamos falando de um sistema industrial de vários anos, do qual gerou milhares de dólares e que, mesmo sendo revelado os seus podres, derrota-lo seria uma luta árdua de vários anos.
O lado técnico do filme sintetiza bem essa minha observação, pois dela que sentimos uma sensação nebulosa em que o personagem principal (Ruffalo) irá trilhar. A fotografia de cores frias, por exemplo, nos passa a sensação de morte no ar, principal nas sequências em que a trama se passa em uma fazenda e onde se torna o principal estopim para os desdobramentos da trama. Curiosamente, não deixa de ser um cenário de puro terror, mas não criado por seres fantasmagóricos, mas sim pela própria ganância do homem sem escrúpulos.
Mark Ruffalo se sai bem ao interpretar o bom moço que cai nesse emaranhado de décadas criado pelo sistema industrial, mas que não desisti uma vez que testemunha o cenário de horror e que, mesmo próximo a ele, desconhecia infelizmente. Mesmo em segundo plano, Anne Hathaway está ótima como esposa do protagonista, ao interpretar uma conservadora cristã, mas que aos poucos se envolve emocionalmente no trabalho do marido e se dando conta da pior maneira de que todos estão em perigo neste cenário incerto. Além de possuir um bom elenco, vale mencionar novamente a parte técnica, onde a trilha sonora dinâmica faz com que a trama flua e fazendo nos prender na cadeira.
O filme chega em um momento em que o mundo capitalista está cada vez mais desgovernado e cujo o seu sistema é dificilmente quebrado. Se a recente série "Chernobyl" retrata um passado do qual deveria servir de exemplo para as gerações futuras, o filme Todd Haynes vem para nos dizer que dificilmente dá para conter essa roda, mas que todos devem fazer a sua parte para enfrenta-la. Um trabalho árduo, mas que deve ser feito acima de tudo.
"O Preço da Verdade" escancara o veneno vindo do sistema industrial em que usamos no nosso dia a dia e que, infelizmente, será quase impossível desvencilharmos dela ao longo das próximas décadas.
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