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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de março de 2013

Cine Dica: Meu Amigo Claudia



Sinopse: Documentário sobre a ativista, atriz, cantora e travesti Claudia Wonder, grande agitadora cultural da cidade de São Paulo. Através de depoimentos e material de época acompanhamos a trajetória de Claudia e, em paralelo, a história do país nos últimos 30 anos.

É interessante observar, que nos últimos documentários nacionais que eu assisti, sempre tem como pano de fundo determinado período de nossa historia brasileira, mais especificamente anos 60,70 e 80. Filmes como Tropicália e DZI Croquetes, são obras que retratam determinado movimento artístico, mas que sempre sofriam em decorrência da ditadura na época. Meu Amigo Claudia é mais ou menos isso, onde temos depoimentos da atriz, cantora e travesti Claudia Wonder, que dentre outras coisas que fez durante a vida, se tornou grande estrela da musica nas noites de São Paulo e se tornando um dos símbolos do rock brasileiro daquele período. Isso sem contar o seu inicio de carreira, que começou como atriz nos filme do gênero pornochanchada, onde na maioria dos casos, os travestis eram tratados na trama com boas doses de humor.
Infelizmente Claudia não conseguiu escapar da opressão da época contra os gays, tanto que durante o filme, ela conta inúmeras historias de como ela e seus amigos sofriam certos abusos das autoridades. Além de depoimentos de Leão Lobo que fortalece essas informações, é de ficarmos espantados de certos recortes de jornal da época, que são jogados na tela e revelam a intolerância daquele período, que infelizmente só piorou ainda mais quando estourou a paranóia sobre a Aids e que se achava que os gays haviam gerado a doença. Mas buscando os seus direitos de ir, vir e ser o que bem entender, Claudia foi adiante e aos poucos viu o seu país começar a ter uma mente mais aberta, principalmente após o fim da ditadura, onde qualquer resquício dela começou a se esfarelar no inicio dos anos 90.
Infelizmente Claudia Wonder veio a falecer em 2010, mas deixando um legado de coragem e individualismo para todos que desejam dizer e fazer o que pensam. Embora sem muitas ambições, o filme de estréia do Dácio Pinheiro, não é somente um pequeno tributo a essa personagem, como também uma boa reconstituição dos fatos, de um período distante de nossa historia que não deve ser esquecido.  

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