A fracassada política do menor do Brasil nos anos 70 é colocada em foco neste ótimo filme
Sinopse:
Aos seis anos de idade, Roberto Carlos foi levado por sua mãe para viver na FEBEM. Vinda de uma família pobre de Belo Horizonte, nos anos 70, ela acredita nas propagandas do governo militar, que afirmam que a instituição é o meio mais seguro das crianças terem um bom futuro. Lá, porém, Roberto encontra o contrário daquilo, e logo aprende a fugir, roubar e usar drogas. Com 13 anos, já é considerado um caso perdido na fundação.
Quando o menino é recapturado em uma de suas 132 fugas, ele conhece Margherit, uma pedagoga francesa que está fazendo uma pesquisa com crianças brasileiras. Apesar da insistência da diretora da FEBEM para que ela estude o caso de crianças que se recuperaram, a pedagoga acredita que Roberto pode ser produtivo para ela. O menino, no entanto, não parece querer colaborar, e faz de tudo para evitar as insistentes aproximações da francesa. Quando ele usa a violência para afastá-la, a mulher percebe que pode ter feito a escolha errada.
Disposta a mudar o foco de suas pesquisas, Margherit é surpreendida por Roberto, que invade sua casa após sofrer um grande trauma. Assustado e sem ter para onde ir, ele se refugia no único lugar onde recebeu algum cuidado nos últimos anos. Ela, porém, também fica com medo do que pode esperar daquele encontro. Com cuidado, a pedagoga tenta dar uma segunda chance ao menino e vai conquistando a confiança dele, que aos poucos mostra ter uma grande imaginação. A convivência com Margherit faz com que Roberto contradiga todas as expectativas e se recupere, tornando-se um grande contador de histórias.
O Contador de Histórias é baseado na história real de Roberto Carlos Ramos, que aos 13 anos foi adotado pela pedagoga francesa Margherit Duvas, se recuperou, formou-se pedagogo e é considerado um dos dez maiores contadores de histórias do mundo. Ramos estudou na França e retornou ao Brasil, onde passou a lecionar e adotou 25 crianças. O filme é dirigido por Luiz Villaça, que dirigia o quadro Retrato falado, no programa dominical Fantástico, da TV Globo. O longa conta com as participações da franco-portuguesa Maria de Medeiros, além de Malu Galli, Chico Diaz e Denise Fraga.
Pontuado de incidentes trágicos mas também com humor, a biografia de Ramos passou por diversas modificações no roteiro, fato destas modificações foi principalmente condensar em uma única personagem a pedagoga Pérola que na verdade representa diversas educadoras que passaram ao longo da vida do garoto, idéia como essa de diminuir inumeros personagens em um já foi usado em outros filmes como o Ultimo Rei das Escócia
Um dos grandes atrativos do filme é usar na narrativa as fantasias do garoto e materializalas na tela com o objetivo de aliviar a narrativa, isso graças ao uso de animação e recursos como a musica e figurino.
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