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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Mulheres'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA 

Local: Cinemateca Capitólio

Data: 22/10/2022, sábado, às 10:15 da manhã

"Mulheres" (Hustruer)

Noruega, 1975, 84 min

Direção: Anja Breien

Elenco: Anne Marie Ottersen, Katja Medbøe, Frøydis Armand

Sinopse: O segundo longa-metragem de Anja Breien surgiu como resposta a “Maridos” de John Cassavetes e conta a história de três ex-colegas de classe, agora na casa dos trinta, que se encontram em uma reunião escolar. Depois de uma noitada de bebedeira, elas tomam a decisão repentina de fugir de suas famílias e responsabilidades. Vagando por Oslo, elas discutem sexo, feminilidade e responsabilidades familiares. O crítico Peter Cowie descreveu Breien como uma pioneira do Dogma 95, 20 anos à frente do movimento de von Trier e Vinterberg.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'O Solista'

Sinopse: Um colunista do Los Angeles Times precisa dar um rumo à sua vida. Seu casamento não anda bem e ele não está feliz com seu trabalho. Um dia, andando pelas ruas de LA, ele encontra um mendigo talentoso tocando um violino de apenas duas cordas e se interessa por sua história. 

Joe Wright estreou na direção de um longa-metragem em 2005 e, com o ótimo "Orgulho e Preconceito" e já demonstrando que pretendia fazer o que muitos cineastas não conseguem que é trazer um pouco de frescor do cinema norte americano que anda precisando. Após o sucesso "Desejo e Reparação" (2009), Wright volta-se a uma história em tempos atuais, seguindo mostrando que ainda há bons conteúdo a serem apresentados e analisados e "O Solista é uma prova disso.

O filme conta a história de Steve Lopez (Robert Downey Jr.) é um colunista famoso do Los Angeles Times e vive em busca de uma história incomum. Em um dia como outro qualquer, não exatamente em sua busca por uma matéria, ele ouve na rua uma música e descobre Nathaniel, tocando muito bem num violino de apenas duas cordas. Seu nome é Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um dos milhares de sem teto das ruas de Los Angeles, ex-músico que sofre de esquizofrenia, sonha em tocar num grande concerto e é um eterno apaixonado por Beethoven. Lopez prepara uma coluna sobre sua descoberta e recebe de um leitor, como doação, um instrumento para o músico.

As reportagens de Lopez despertam a atenção da comunidade numa época em que o jornalismo impresso começa a entrar em crise com a crescente popularização da internet. Mas esta não é a principal proposta de "O Solista", mas sim a forma também de mostrar a forma degradante e miserável que os sem-tetos vivem nas ruas de uma metrópole na proporção de Los Angeles, mas que poderia ser em São Paulo. Ou seja, qualquer semelhança com a nossa Cracks Orlândia não é mera coincidência.

Da mesma forma que Ayers tira beleza de seu miserável violino, Wright é capaz de encontrá-la numa história triste como esta. Fugindo da armadilha de abusar do tom piegas ao explorar esta história, da qual poderia cair facilmente, o filme aborda essa amizade improvável desenvolvida entre os dois protagonistas, ao mesmo tempo em que desenvolve um drama conduzido pelo problema mental de Ayers que, como tantos outros sem-teto reais que surgem no decorrer do  filme, é incapacitado de seguir com seus planos de ser músico profissional, ou mesmo viver em sociedade, por conta da esquizofrenia não-medicada, comprometendo qualquer tipo de relação, até com seus familiares. Mas ainda é capaz de se relacionar com a música. Aliás, uma das mais belas cenas do filme se encontra no momento quando Ayers assiste ao ensaio de uma orquestra. O coração acelera e, por meio de luzes coloridas, Wright traduz em imagens o que o protagonista poderia estar visualizando com os olhos fechados e o estímulo da poderosa música que ouve.

Mesmo abordando a beleza da arte e a forma como ela tem impacto na vida dos protagonistas, "O Solista" também não tem receio em mostrar a crueldade da vida miserável nas ruas de Los Angeles, mais precisamente no Skid Row, que, além de nomear banda de hard rock que costumava ser liderada por Sebastian Bach e fez sucesso no início dos anos 90, também é o bairro onde os sem-teto vivem na cidade. As filmagens, aliás, realmente ocorreram por lá.

"O Solista" é aquele típico filme para concorrer as premiações do Oscar, mas que foge muito bem do lado piegas e nos brindando com uma interessante lição de vida.    


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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Desprezo'

Nota: O filme será exibido para os associados e não associados na Sala Redenção, Campus Central da UFRGS. Data: 15/10/2022, sábado, às 10:15 da manhã. 


“Os Deuses não criaram o homem, mas sim homem criou os Deuses” 

Essa frase dita no clássico “O Desprezo” (1963), de Jean Luc Godard, talvez, tenha relação ao próprio cinema, já que essa maravilha mecânica criada pelos irmãos Auguste e Louis Lumière foi responsável para a construção de inúmeras histórias, assim como também o surgimento de grandes astros que viriam a ser adorados por inúmeras pessoas. Inspirando no conto “A Odisseia”, a trama se passa em uma ilha onde está sendo filmado justamente o conto mitológico. A ilha Capri, por exemplo, pode ser interpretada como uma espécie de representação com relação ao próprio Olimpo onde abrigava os Deuses mitológicos. No caso do filme, os Deuses seriam, portanto, os próprios cineastas por detrás das câmeras e com o intuído de criar as mais diversas histórias para agradar nós meros mortais.

Transitando entre a ficção e quase um filme documental, Godard utiliza a sua câmera das mais diversas maneiras, seja ela para acompanhar os seus respectivos personagens, ou fazendo com que ela se torne o nosso olhar de acordo com o que a gente vier presenciar. Uma vez acontecendo isso, testemunhamos em algumas ocasiões uma câmera ou outra nos encarando, como se fosse o olho que tudo vê e que deseja que tenhamos uma reação perante a situação. Se a geração atual havia se impressionado com o cineasta ao utilizar o 3D de uma forma inusitada no recente “Adeus a Linguagem” (2014) imagine o que ele faria com esse mesmo recurso se ele tivesse utilizado naqueles tempos longínquos.

Além de um belo ensaio cinematográfico que o cineasta proporciona em cena, ele não se esquece do seu elenco principal, principalmente de Brigitte Bardot, no auge de sua forma e beleza. A conturbada relação de sua personagem Camille com o seu marido Paul (Michel Piccoli) vai de contramão com relação ao papel em que a sociedade conservadora queria impor contra a mulher naquela época. Uma vez se sentido desprezada pelo próprio marido, Camille transita entre a melancolia e o desejo de bater as suas asas para o lado de fora dessa ilha de falsos deuses.

Paul, por sua vez, pode ser interpretado como uma espécie de um mero mortal que acredita que adular os Deuses possa, então, adquirir algum benefício. Neste caso, o Deus em questão é o produtor Jeremy (Jack Palance), que seria uma espécie de Zeus pretensioso e interessado somente em moldar o seu Olimpo (ou filme) do seu modo. Uma vez que Paul oferece Camille para Jeremy (Jack Palace), mesmo que indiretamente, se tem início a desconstrução do casal, ou de algo que estava predestinado a vir acontecer.

Mas como o pano de fundo da trama tem relação com o clássico “Odisseia”, Paul seria uma representação de Ulisses que, ao voltar da Guerra de Troia, se vê diante da possibilidade de sua esposa não lhe amar mais e ser predestinada a outros homens. Godard encerra o clássico com um Ulisses no set de filmagens que está prestigiando o mundo a sua frente e não carregando nenhum lamento pelo que se tornou, mas sim no que ganhou. Porém, antes disso, testemunhamos o preço a se pagar por essa nova passagem e cabe cada um julgar de sua maneira as ações de Paul e das quais poderiam ter sido evitadas. 

Com uma participação mais do que ilustre de Fritz Lang, "O Desprezo" é um filme de inúmeros simbolismos e significados e que somente Jean Luc Godard poderia proporciona-los.


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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (13/10/2022)

 HALLOWEEN ENDS

Sinopse: Em Halloween Ends a saga de Michael Myers e Laurie Strode chega ao fim no último filme da franquia.


SEGREDOS EM FAMÍLIA

Sinopse: Uma família viaja para uma ilha deserta no sul do Chile com o sonho de construir um hotel no local. Quando o homem que os ajudaram a atravessar desaparece, a família fica presa na ilha. Com o frio, sem água e sem expectativas de serem salvos, os ânimos e as boas maneiras desaparecem, revelando o lado animal que existe em cada um.


CHICO PARA SEMPRE

Sinopse: Vinte anos após a sua morte, o mineiro Chico Xavier tem sua vida contada no longa metragem documentário Chico Para Sempre, com direção de Wagner de Assis (Nosso Lar, Kardec, A Menina Índigo) e participação do jornalista Marcel Souto Maior, autor de uma das biografias mais bem sucedidas do médium.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE OUTUBRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

ENNIO, O MAESTRO


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h30 – O PERDÃO Assista o trailer aqui.

(Ghasideyeh gave sefid - Irã/França, 2021, 105min) Direção de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, com Maryam Moghadam, Alireza Sani Far, Pouria Rahimi Sam. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um ano depois da morte do marido, Mina descobre que ele era inocente do crime pelo qual foi acusado. Disposta a conseguir justiça e limpar o nome da família, ela inicia uma batalha árdua contra as autoridades. Além disso, enfrenta as dificuldades impostas ao sexo feminino em um país como o Irã, que não permite autonomia à mulher – mesmo que ela seja viúva. O filme, selecionado para o Festival de Cannes, foi construído a partir de entrevistas com dezenas de pessoas que passaram por situações semelhantes.


16h30 – MARTE UM Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O filme foi um dos destaques do Festival de Gramado 2022, com o prêmio especial do júri e os Kikitos de melhor roteiro e júri popular.


19h15 – O PERDÃO 

(Ghasideyeh gave sefid - Irã/França, 2021, 105min) Direção de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, com Maryam Moghadam, Alireza Sani Far, Pouria Rahimi Sam. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um ano depois da morte do marido, Mina descobre que ele era inocente do crime pelo qual foi acusado. Disposta a conseguir justiça e limpar o nome da família, ela inicia uma batalha árdua contra as autoridades. Além disso, enfrenta as dificuldades impostas ao sexo feminino em um país como o Irã, que não permite autonomia à mulher – mesmo que ela seja viúva. O filme, selecionado para o Festival de Cannes, foi construído a partir de entrevistas com dezenas de pessoas que passaram por situações semelhantes.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h15 – ENNIO, O MAESTRO Assista o trailer aqui.

(Ennio, Il Maestro - Itália, 2021, 150min). Documentário de Giuseppe Tornatore. Bonfilm, 14 anos.

Sinopse: O filme destaca a carreira do lendário compositor Ennio Morricone (1928 - 2020), duas vezes vencedor do Oscar e autor de mais de 500 trilhas sonoras, muitas delas clássicos internacionais. Entre curiosidades sobre sua vida em família e o trabalho como compositor, há depoimentos de artistas e diretores como Quentin Tarantino, Quincy Jones, Bruce Springsteen, John Williams e Clint Eastwood.


17h – O LIVRO DOS PRAZERES Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 105min). Direção de Marcela Lordy, com Simone Spoladore e Javier Drolas. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Professora do ensino fundamental, melancólica e reservada, Lóri vive só. Num acaso, ela conhece Ulisses, um reconhecido professor de filosofia, argentino egocêntrico e provocador, mas que ainda não entendeu nada sobre as mulheres. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão. O filme é baseado no romance “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector.


19h – MUDANÇA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 88min). Direção de Fabiano de Souza, com Gustavo Machado, Guili Arenzon, Rosanne Mulholland. Elo Studios, 12 anos. Drama.

Sinopse: Brasil, 15 de janeiro de 1985. Enquanto o Congresso Nacional elege Tancredo Neves pelo voto indireto, Reinaldo e seu filho Caio voltam da praia para festejar o fim da ditadura. Este dia histórico também será marcante para eles, já que o pai espera uma promoção no trabalho e o filho adolescente está ansioso pelas novidades.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


15h – HOMENS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

(Hommes au bord de la crise de nerfs - Bélgica/França, 2022, 100min). Direção de Audrey Dana, com Thierry Lhermitte, Laurent Stocker, Marina Hands, François-Xavier Demaison, Ramzy Bedia. Synapse Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Um grupo de homens, entre 17 e 70 anos, se encontra em uma pequena estação de trem, no meio da natureza. Eles não têm nada em comum, exceto o fato de estarem muito estressados. Todos aceitaram participar de um treinamento, liderado pelo coach Ômega, para tratar de suas crises pessoais - mas nada é muito fácil neste novo cotidiano. A diretora Audrey Dana também assina "Se Eu Fosse um Homem”, da Netflix.


17h15 – ENCONTROS Assista o trailer aqui.

(Introduction - Coreia do Sul, 2021, 66min). Direção de Hong Sang-Soo, com Shin Seok-ho, Park Mi-so, Kim Young-ho. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Três histórias são interconectadas por meio de apresentações e encontros. Em todas, o protagonista é o Young-ho, que vive situações decisivas em sua vida – a partir das relações com o pai, com mãe e com a namorada. Filmado em preto e branco, o longa reforça a proposta do diretor em refletir sobre a vida.


19h30 – HOMENS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

(Hommes au bord de la crise de nerfs - Bélgica/França, 2022, 100min). Direção de Audrey Dana, com Thierry Lhermitte, Laurent Stocker, Marina Hands, François-Xavier Demaison, Ramzy Bedia. Synapse Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Um grupo de homens, entre 17 e 70 anos, se encontra em uma pequena estação de trem, no meio da natureza. Eles não têm nada em comum, exceto o fato de estarem muito estressados. Todos aceitaram participar de um treinamento, liderado pelo coach Ômega, para tratar de suas crises pessoais - mas nada é muito fácil neste novo cotidiano. A diretora Audrey Dana também assina "Se Eu Fosse um Homem”, da Netflix.


*Não haverá sessões nos dias 18 e 19, terça e quarta.*


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


SESSÕES ESPECIAIS DA SEMANA

ENTRADA FRANCA


DIA 18, TERÇA

19h30 – SESSÃO ESCOLA DE CINÉFILOS

Seleção de curtas-metragens de Alice Guy-Blaché, Lois Weber, Mabel Normand e Germaine Dulac, todas mulheres pioneiras na realização cinematográfica.


DIA 19, QUARTA

19h30 – UM TEMPO PARA MIM

(Brasil, 2021, 21min). Curta-metragem de Paola Mallmann.

Sinopse: Florência fica menstruada pela primeira vez no mesmo dia em que ocorre um eclipse da Lua. Ela é criada pela avó e segue a rotina e os costumes de sua tradição mbya-guarani. Recolhida do convívio social, Florência vive uma transformação. O filme competiu na mostra gaúcha de curtas do Festival de Gramado.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).

CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 13 a 20 de outubro de 2022

Paraíso do Pecado


CINE CONCERTO GRATUITO NA CINEMATECA

A Cinemateca Capitólio recebe o Grupo SZ, duo musical francês, para dois cine concertos neste sábado, 15 de outubro, com os filmes Komaneko (16h) e Soy Cuba (19h). A atividade é uma realização da Aliança Francesa Porto Alegre. Entrada franca.  


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5495/cine-cocerto-soy-cuba/


PIONEIRA NORUEGUESA NO PROJETO RAROS

O Projeto Raros apresenta nesta sexta-feira, 14 de outubro, às 19h30, o filme norueguês Paraíso do Pecado, dirigido pela pioneira Edith Carlmar, protagonizado pela jovem Liv Ullmann. A sessão faz parte da mostra Anja Breien e suas Irmãs, que segue em exibição até o dia 20 de outubro. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5445/anja-breien-e-suas-irmas/


GRADE DE HORÁRIOS

13 a 20 de outubro de 2022


13 de outubro (quinta-feira)

15h – Upperdog (Sara Johnsen, 2010)

17h – A Revelação (Vibeke Løkkeberg, 1979)

19h – A Traição (Vibeke Løkkeberg, 1981)


14 de outubro (sexta-feira)

15h – A Caça à Bruxa (Anja Breien, 1981)

17h – Contradição (Erik Løchen, 1972)

19h30 – Projeto Raros: Paraíso do Pecado (Edith Carlmar, 1959)


15 de outubro (sábado)

16h – Cine Concerto: Komaneko

19h – Cine Concerto: Soy Cuba


16 de outubro (domingo)

15h – A Caça (Erik Løchen, 1959)

17h – Parente (Anja Breien, 1978)

19h – A Revelação (Vibeke Løkkeberg, 1979) 


18 de outubro (terça-feira)

15h – A Traição (Vibeke Løkkeberg, 1981) 

17h – Jogos de Amor e Solidão (Anja Breien, 1976)

19h – Infiel (Liv Ullmann, 2000)  

 

19 de outubro (quarta-feira)

15h – A Caça (Erik Løchen, 1959)

17h – Upperdog (Sara Johnsen, 2010)

19h – Flores Ardentes (Eva Dahr e Eva Isaksen, 1985) 

 

20 de outubro (quinta-feira)

15h – Mulheres (Anja Breien, 1975)

17h – Mulheres Dez Anos Depois (Anja Breien, 1985)

19h – Mulheres 3 (Anja Breien, 1996)

Cine Dica: Streaming: 'Tico e Teco: Defensores da Lei'

Sinopse: Na produção, os amigos estão vivendo em Los Angeles, entre humanos e animações. Mas, agora, suas vidas são bem diferentes: décadas após sua série de sucesso ser cancelada, Tico se rendeu a uma vida doméstica suburbana como vendedor de seguros. 

"Uma Cilada Para Roger Rabbit" (1988) ainda é o melhor filme cuja a história mostra seres humanos se interagindo com desenhos animados clássicos. Curiosamente, embora tenha sido feito para todas as idades, não escondia um certo humor ácido de como funcionava o universo hollywoodiano de tempos mais dourados. Embora não supere essa obra prima, "Tico e Teco: Defensores da Lei" (2022), vem com a mesma fórmula, mas carregado de pura nostalgia e ao trazer junto com ela uma análise de como é feita as engrenagens do cinemão norte americano de hoje em dia e da qual a mesma se encontra mais presa e viciada em franquias do que a gente imagina.

Dirigido por Akiva Schaffer, o filme se passa depois que os personagens animados Tico e Teco fizeram grande sucesso na série "Tico e Teco os Defensores da Lei". Anos se passam e os personagens acabaram com o tempo sendo esquecidos pelo grande público. Porém, a dupla retorna quando Teco recebe uma cirurgia computadorizada e pede ajuda para Tico. Reunidos, a dupla vai em busca dos outros integrantes do grupo, onde cada um deles tem um vício diferente por conta da fama.

Falar mais sobre a obra seria estragar as mais diversas surpresas que se encontra dentro dela. O que eu posso dizer é que o filme presta uma grande homenagem aos diversos desenhos animados das últimas três décadas, com o direito de aparecer inúmeras figuras conhecidas rapidamente e, portanto, fique de olho atento nas mais diversas participações especiais. Porém, o filme não se limita somente em homenagens, como também brinca e faz piada de como se encontra Hollywood atualmente.

Para começar, não faltam piadas com relação ao famigerado "cancelamento" que tanto assombra as celebridades de hoje em dia e que basta um passo em falso para que então seja divulgado pela internet e arruinar a sua carreira como um todo. Neste último caso, isso é muito bem representado pelo Sonic feio, que é disparado a melhor piada de todo o filme e ao mesmo tempo mostrando a dura realidade de celebridades que acabam sendo reduzidas a nada e sendo obrigadas a participar de reality shows de segunda categoria. Se isso não é o suficiente então aguarde pela revelação sobre quem é o verdadeiro vilão da trama e que com certeza pegará muita gente desprevenida.

O filme faz piada a todo o momento, não poupando nem ao menos as bugigangas que os estúdios e as fábricas de brinquedos lançam toda a vez que um grande filme é lançado. Além disso, a trama faz uma piada fantástica com relação aos desenhos realistas, porém, sem vida que eram lançados no início do século 21.  Quem se lembra de "O Expresso Polar" (2004) e "A Lenda de Beowulf" (2007) sabem muito bem o que eu estou falando, ou seja, sobrou para o diretor Robert Zemeckis colher o que havia plantado no seu passado.

E ainda não acabou, pois o longa fala sobre o principal veneno que aflige Hollywood até nos dias de hoje que é com relação, tanto a pirataria, como também filmes B que pegam carona com o sucesso de produções de estúdios de ponta. Curiosamente, é impressionante que tudo isso é moldado pela Disney, da qual a mesma não se preocupa se irá ofender alguma concorrente, pois há piadas até mesmo adultas e que pegam a gente de forma muito desprevenida.  Acredite, sobrou até mesmo para "Batman vs Superman" (2016) em meio a toda essa salada recheada de conteúdo do universo pop que atualmente se encontra a beira da saturação devido a tantas franquias intermináveis.

Com toda essa bagagem, porém, isso não foi o suficiente para ofuscar o protagonismo dos dois personagens principais, sendo que Tico e Teco são aqueles velhos amigos conhecidos de tempos antigos e que nos sentimos felizes em poder revê-los. Porém, é interessante que eles ganham uma nova roupagem em termos de personalidade, sendo que Teco é esperto, fala muito e que se distancia um pouco do personagem desastrado que nós conhecíamos. Aqui eles ganham até mesmo uma origem, onde é revelado como eles se conheceram e como foram parar na série que eles protagonizaram no início dos anos noventa.

No geral, o filme é sobre reencontrar velhos amigos, cicatrizar velhas feridas e sobre arriscar na vida, pois sem isso a pessoa nunca avança em sua própria história. Um filme com uma bela moral de história, mas todas moldada com diversas surpresas nostálgicas e que fará muitos fãs da cultura pop e da animação se maravilhar na frente da tela. Com créditos finais cheio de diversas surpresas, "Tico e Teco: Defensores da Lei" é uma das melhores surpresas do ano, sendo um filme que não nos prometia nada e acabou entregando tudo e muito mais do que a gente podia imaginar.  

Onde Assistir: Disney+ 

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