Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Ataque dos Cães'

Sinopse: Um fazendeiro durão trava uma guerra de ameaças contra a nova esposa do irmão e seu filho adolescente, até que antigos segredos vêm à tona. 

O lado sutil de cenas de determinados filmes pode falar muito mais do que palavras ditas ao longo da história. Pegamos como exemplo "Gosto de Cereja" (1997) do mestre Abbas Kiarostami, onde vemos um protagonista lutando contra os seus desejos e querendo por fim através do suicídio. Para o olhar mais atento se percebe que o personagem é gay, mas o assunto nunca é tratado de uma forma explicita, principalmente pelo fato de o filme ser feito no Irã e cuja as questões LGBT ainda hoje é um grande tabu por lá.

Embora aja direitos e liberdade de expressão, essa questão ainda é vista como preconceito em alguns setores dos EUA, principalmente em estados como Texas. "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005), veio para nos mostrar que essas pessoas já existiam há muito tempo, mesmo em território conservador e opressor. É então que chegamos ao filme "Ataque dos Cães" (2021), onde o lado sutil desvenda muito mais sobre a pessoa do que meras palavras ditas.

Dirigido por Jane Campion, do filme "O Piano" (1993), o filme conta a história de Phil (Benedict Cumberbatch) e George (Jesse Plemons), dois irmãos ricos e proprietários da maior fazenda de Montana. Enquanto o primeiro é brilhante, mas cruel, o segundo é a gentileza em pessoa. A relação dos dois vai do céu ao inferno quando George se casa secretamente com a viúva local Rose (Kirsten Dunst). O invejoso Phil fará de tudo para atrapalhá-los, porém, o filho de Rose chamado Peter (Kodi Smit-McPhee) se torna uma peça misteriosa neste tabuleiro.

Jane Campion procura não fazer um prologo contando as raízes daquele cenário, mas sim logo nos apresentando os personagens e cuja as suas origens são reveladas através dos diálogos dos mesmos. Ao mesmo tempo ela nos revela um cenário que não é muito diferente daqueles vistos nos faroestes de antigamente, porém, aqui não há o embate entre o mocinho e bandido, mas sim seres humanos que duelam contra os seus próprios desejos reprimidos além de serem assombrados por lembranças do passado.

Falando nisso, é notório que os principais personagens da trama sejam atraidos por lembranças do passado, mais precisamente por pessoas que marcaram as suas vidas e mesmo depois de mortas afetam a vida dos personagens centrais da trama. Phil, por exemplo, é o que é graças ao Bronco Henry, personagem citado pelo mesmo quase a exaustão, mas nunca vemos o mesmo nem ao menos em flashback, mas a sua presença é sentida graças ao que Phil conta ao longo da história. Um artificio muito bem usado no clássico "Rebecca, a Mulher Inesquecível" (1940) e provando que fantasmas não precisam ser exibidos na tela, pois as lembranças por si só já afetam e assombram as pessoas.

Falando nisso, Rose é afetada pela presença machista de Phil, do qual o mesmo faz com que ela se lembre de um passado complexo com o seu falecido marido, mas cuja essa questão jamais é explicada, porém, faz com que levantemos a nossa própria teoria. Ela, por sua vez, não deseja que o seu filho Peter siga os passos do pai, ao ponto que a aproximação dele com Phil começa a se tornar um verdadeiro pesadelo para ela. Porém, Peter é um personagem enigmático, cujo os seus objetivos já são ditos nos primeiros minutos de projeção, mas quase nos esquecemos disso, pois acreditamos que haverá um novo percurso no momento em que ele se torna mais próximo ao Phil.

Todo esse jogo de personalidades se chocando um contra os outros somente funciona graças a um elenco impecável e disso o filme tem em abundancia. Benedict Cumberbatch nos brinda com a melhor atuação de sua carreira e cujo o lado machista do seu personagem não esconde um personagem complexo e cujo os seus desejos reprimidos o levam para um novo cenário quando o mesmo se aproxima de Peter. Esse, por sua vez, é construído de uma forma calculada pelo jovem ator  Kodi Smit-McPhee e cuja a imagem frágil de seu personagem não esconde um ar misterioso e que joga ao seu favor desde que isso ajude no bem estar de sua mãe. Falando nela, Kirsten Dunst nos brinda aqui com um dos seus personagens mais complexos de sua carreira e sendo algo que não se via desde a sua atuação em "Melancolia" (2011).

O ato final, por si só, pegará muitas pessoas desprevenidas, mas somente aquelas que não notaram as sementes que foram plantadas ao longo da história.  Jane Campion criou um filme em que a sugestão é a palavra de ordem dentro da trama e da qual move os personagens do começo ao final dessa jornada. Com cenas bem detalhas, cuja a câmera sempre foca as ações e expressões dos seus protagonistas, o filme se torna rico visualmente e complexo em seus simbolismos e cujo os mesmos estão quase sempre presentes em volta desses personagens.

"Ataque dos Cães" é um faroeste psicológico, do qual os seus personagens são movidos por suas emoções reprimidas e cujo os fantasmas do passado os empurram para serem colocados em um caminho sem volta.  

Onde Assistir: Netflix. 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Doutor Gama'

Nota: Segue a programação do Clube de Cinema no próximo sábado. Filme: "Doutor Gama". Local: Sala Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana. Data: 04/12/2021, sábado, às 10:15 da manhã.

O fim da escravidão no Brasil ocorreu em 13 de maio de 1888, porém, sendo um dos últimos países do mundo a decretar o fim dessa vergonha dentro de nossa história da humanidade. Porém, em tempos atuais em que o fascismo impera no Palácio do Planalto, parece que surgiu de uns tempos para cá homens brancos que se acham no direito de calar a voz de pessoas negras e tendo o desejo de colocar as mesmas novamente nas senzalas. "Doutor Gama" (2021) vem para nos dizer que essa luta pela liberdade já existia muito antes do fim da escravatura e que essas vozes não foram caladas ontem e tão pouco serão caladas hoje.

Dirigido por Jeferson De, Doutor Gama é um filme biográfico sobre a vida do escritor, advogado, jornalista e abolicionista Luiz Gama, uma das figuras mais relevantes da história brasileira. Ele utilizou todo seu conhecimento sobre as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos durante sua vida. Nascido de ventre livre, Gama foi vendido como escravo aos 10 anos para pagar dívidas de jogo de seu pai, um homem branco. Mesmo escravizado, ele conseguiu se alfabetizar, assim conquistou sua liberdade, se tornando um dos mais respeitados advogados de sua época.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 


Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Cine Dica: Programação - 2 a 9 de dezembro de 2021 na Cinemateca Capitólio

 SESSÕES ESPECIAIS DE CLÁSSICOS NA MOSTRA DE CINEMAS AFRICANOS

Cabeça de Nêgo

Na sexta-feira, 03/12, às 19h30, a Mostra de Cinemas Africanos e a Cinemateca Capitólio apresentam uma edição especial do Projeto Raros com a exibição do filme O Exilado, o último lançado pelo pioneiro nigerino Oumarou Ganda, protagonista e co-criador do seminal Eu, Um Negro, de Jean Rouch. Na quarta-feira, 8/12, às 19h, ganha exibição o documentário Câmera da África, do tunisiano Férid Boughedir, que apresenta 20 anos de história do cinema africano e será comentado por Pedro Henrique Gomes, pesquisador dedicado às primeiras décadas das cinematografias do continente.

Com curadoria de Ana Camila Esteves, a Mostra de Cinemas Africanos tem apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.


Mais informações sobre a mostra: http://www.capitolio.org.br/novidades/4754/iii-mostra-de-cinemas-africanos/


CABEÇA DE NÊGO SEGUE EM EXIBIÇÃO

Cabeça de Nêgo, longa-metragem de Déo Cardoso inspirado nos escritos dos Panteras Negras, segue em exibição até o dia 8 de dezembro. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4730/cabeca-de-nego/


GRADE DE HORÁRIOS

2 a 9 de dezembro de 2021


2/12 (quinta-feira)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Run

19h – Você Morrerá aos 20 Anos


3/12 (sexta-feira)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Nó na Cabeça

19h30 – Projeto Raros Especial: O Exilado


4/12 (sábado)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Rua do Saara, 143

19h – Falando Sobre Árvores


5/12 (domingo)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Você Morrerá aos 20 Anos

19h – Nossa Senhora do Nilo


7/12 (terça-feira)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Falando Sobre Árvores

19h – Mãe, Estou Sufocando


8/12 (quarta-feira)

15h – Cabeça de Nêgo

17h – Programa de Curtas

19h – Câmera da África + debate com Pedro Henrique Gomes


9/12 (quinta-feira)

15h – A Noite do Fogo

17h – Lamb

19h – Navegando até Kinshasa

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (02/12/21)

 King Richard: Criando Campeãs

Sinopse: King Richard: Criando Campeãs mostra a jornada ao estrelato das tenistas Venus e Serena Williams. Determinado em fazer de suas filhas atletas medalhistas.



Clifford: O Gigante Cão Vermelho

Sinopse: Clifford era um pequeno filhotinho de cachorro vermelho que vivia em uma casa repleta de amor e cuidado. Porém, o amor de sua jovem dona, Emily Elizabeth, por ele é tão grande, que o cão cresce até atingir um tamanho gigantesco.


Missão Resgate

Sinopse: Depois que uma distante mina de diamantes desmorona na região norte do Canadá, um motorista de caminhão (Liam Neeson) faz o impossível para conseguir atravessar o gelo e resgatar com vida os mineradores soterrados durante o acidente. 


Mostra-me o pai

Sinopse: Todo mundo tem uma história de pai único. Seja positivo ou doloroso, é sempre pessoal e pode afetar profundamente a essência de nossa identidade e direção de nossas vidas. 



Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City

Sinopse: O novo filme de Resident Evil intitulado Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City se passa quando uma vez próspera empresa farmacêutica Corporação Umbrella que atuava em Raccoon City agora é nada mais do que uma cidade fantasma. 



A MÃO DE DEUS

Sinopse: A Mão de Deus conta a história de um menino, Fabietto Schisa (Filippo Scotti), na tumultuada Nápoles dos anos 1980. 



VIGARISTAS EM HOLLYWOOD

Sinopse: Robert de Niro é Max Barber, um antigo produtor de cinema. Dado o seu último fracasso cinematográfico, Max tem a vida ameaçada por uma dívida com o chefe da máfia Reggie Fontaine. Para ganhar dinheiro e pagar a sua dívida, Max tem a “grande” ideia de produzir um filme apenas para matar o protagonista — Duke Montana (Tommy Lee Jones), um velho alcoólico — e ficar com o dinheiro do seguro. 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Galeria Futuro'

Sinopse: A beira da falência, a administração da galeria é surpreendida com a proposta milionária de um pastor que quer transformar o local em uma igreja evangélica. Arrasados com a possibilidade de perder suas lojas, o trio precisa encarar o presente, vencer limitações e confrontar seu futuro. 

A onda nostálgica do universo pop de tempos mais antigos está impregnando cada vez mais o mundo atual e ganhando mais adeptos, principalmente através daqueles que relembram muito dos bons tempos da música e do cinema. Ao mesmo tempo, há uma constatação que é preciso seguir em frente, mesmo quando os tempos mais alegres se tornam cada vez mais sedutores. "Galeria Futuro" (2021) fala sobre tempos nostálgicos que não voltam mais, mas tudo turbinado de uma forma bem humorada e descompromissada.

Dirigido por Fernando Sanches e Afonso Poyart, o filme conta a história de Valentim (Marcelo Serrado), Kodak (Otavio Muller) e Eddie (Ailton Graça), três amigos de infância que trabalham como lojistas na Galeria Futuro, um centro comercial no Rio de Janeiro. A beira da falência, a administração da galeria é surpreendida com a proposta milionária de um pastor que quer transformar o local em uma igreja evangélica. Arrasados com a possibilidade de perder suas lojas, o trio precisa encarar o presente, vencer limitações e confrontar seu futuro.

O primeiro ato faz recapitulação relâmpago sobre o cenário principal da trama além da origem do trio central que irá nos convidar para essa comédia. Com uma edição ágil, alinhada com desenhos bem criativos, o filme se torna interessante pelo uso de uma linguagem pop e que faz as pessoas fisgarem várias referências, desde aos filmes clássicos como também as músicas de sucesso tocadas em nosso tempo. Curiosamente, os realizadores foram até mesmo bem corajosos ao inserir drogas ilícitas dentro da trama como mote principal, mas tudo embalado com um humor descompromissado e gostoso de ser assistido.

O trio central está ótimo em cena, já que eles possuem um entrosamento que beira a perfeição e não me surpreenderia se os atores estivessem se divertindo com suas próprias piadas durante as filmagens. Já Luciana Paes me surpreendeu na construção de sua personagem, já que a sua Paula me pareceu muito com a Dona Hermínia do nosso eterno Paulo Gustavo e sempre roubando a cena quando surge na tela. Já Mihem Cortaz faz o que pode ao interpretar um bandido caricato, mas que não faz feio perante ao restante do elenco.

O ato final não passa de uma grande brincadeira sobre os tempos de nostalgia, dos quais presta uma homenagem aos bons e velhos filmes de sessão da tarde e tudo dosado com momentos pra lá de absurdos. O final não empolga, mas ao menos me divertiu até o ponto da história. "Galeria Futuro" é pura bobagem criada por esses tempos de nostalgia que nós sentimos e cujo o passado se torna cada vez mais dourado. 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 2 A 8 DE DEZEMBRO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

Crepúsculos dos Deuses


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h – OS TRADUTORES (NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DOMINGO, DIA 5) Assista o trailer aqui.

(Les Traducteurs - França/Bélgica, 2020, 105min). Direção de Régis Roinsard, com Lambert Wilson, Olga Kurylenko, Riccardo Scamarcio. Imovision, 14 anos. Suspense.

Sinopse: No mundo dos grandes lançamentos, o sigilo é fundamental. Por isso, nove tradutores, de línguas diferentes, são confinados em um hotel de luxo – e sem acesso à internet – para se dedicarem a um projeto milionário: a edição do último livro de uma famosa trilogia e que deverá ser lançado ao mesmo tempo no mundo inteiro. Tanto cuidado é para evitar qualquer vazamento, mas o negócio pode dar errado quando as primeiras dez páginas do livro chegam às mãos de criminosos.


17h – FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS

Mostra em homenagem ao ator Jean Paul Belmondo (1933 – 2021)

Programação e sinopses abaixo.


DIA 2 DE DEZEMBRO ÀS 17h

O DEMÔNIO DAS ONZE HORAS

(Pierrot le fou, 115min, 1965). Direção de Jean-Luc Godard, com Jean-Paul Belmondo e Anna Karina.

Sinopse: Ferdinand Griffon é um professor casado que resolve abandonar sua vida burguesa para fugir com a babá dos seus filhos. Eles partem em direção ao Sul, onde se envolvem com tráfico de armas e conspirações políticas. Baseada no livro Obsession, de Lionel White, o filme é considerado um dos marcos da Nouvelle Vague.


 DIA 3 DE DEZEMBRO ÀS 17h

TÉCNICA DE UM DELATOR

(Le Doulos - 1963, 110min). Direção de Jean-Pierre Melville, com Jean-Paul Belmondo, Serge Reggiani, Michel Piccoli.

Sinopse: Recém-saído da prisão, Maurice planeja um roubo junto com o amigo Silien. O comparsa, no entanto, o delata para a polícia, que impede o roubo e fere Maurice. Recuperado, ele orquestra um plano para se vingar.


 DIA 4 DE DEZEMBRO ÀS 17h

LÉON MORIN, O PADRE

(Léon Morin, prêtre - 1961, 130min) Direção de Jean-Pierre Melville, com Jean-Paul Belmondo, Emmanuelle Riva, Irène Tunc.

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, a viúva Barny se muda para uma pequena cidade do interior com o objetivo de evitar que sua filha, de pai judeu, seja capturada pelos nazistas. No lugarejo ela se aproxima do padre Léon, por quem acaba sentindo uma grande atração.


 DIA 5 DE DEZEMBRO ÀS 17h

O MAGNÍFICO

(Le Magnifique, 1973, 95 min). Direção de Philippe de Broca, com Jean-Paul Belmondo, Jaqueline Bisset.

Sinopse: François é um escritor de romances de espionagem, cuja figura principal é Bob Saint Clair, um espião inteligente e sedutor. Sua obra desperta o interesse acadêmico de Christiane, uma estudante inglesa de sociologia. Aos poucos, o estudo e o relacionamento entre eles começam a se confundir com trechos do novo livro do escritor.


DIA 7 DE DEZEMBRO ÀS 17h

O HOMEM DO RIO

(L’homme de Rio – 100min, 1964). Direção de Philippe de Broca, com Com Jean-Paul Belmondo e Françoise Dorléac.

Sinopse: Quando chega em Paris para encontrar sua namorada, Adrien descobre que ela e seu tutor foram sequestrados por ladrões sul-americanos. Tudo acontece por conta do interesse em uma relíquia amazônica que está depositada no Museu do Homem, na capital francesa. A trama que mistura comédia e aventura tem locações no Rio de Janeiro, Brasília e na Amazônia.


DIA 8 DE DEZEMBRO ÀS 17h

O MAGNÍFICO

(Le Magnifique, 1973, 95 min). Direção de Philippe de Broca, com Jean-Paul Belmondo, Jaqueline Bisset.

Sinopse: François é um escritor de romances de espionagem, cuja figura principal é Bob Saint Clair, um espião inteligente e sedutor. Sua obra desperta o interesse acadêmico de Christiane, uma estudante inglesa de sociologia. Aos poucos, o estudo e o relacionamento entre eles começam a se confundir com trechos do novo livro do escritor.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – CURRAL Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 90min). Direção de Marcelo Brennand, com Thomás Aquino, Rodrigo García, José Dumont. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: No município de Curral, no interior do Nordeste, a população sofre há muitos anos com a crise hídrica. Joel vê uma oportunidade de usar o tema para sua campanha à Câmara dos Vereadores e convida seu amigo Chico para conquistar os votos do bairro mais pobre da região. Chico aceita, mas enfrenta os dilemas éticos e financeiros típicos de uma campanha política no Brasil – não importa o tamanho do eleitorado.


16h30 – SELVAGEM *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 95min). Direção de Diego da Costa, com Fran Santos, Kelson Succi, Lucelia Santos. Pietá Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Sofia e Ciro estudam em uma escola pública e convivem com problemas como a falta de infraestrutura e professores mal pagos. Só que ambos têm objetivos bem definidos: Sofia quer ser aprovada no Enem e cursar uma boa faculdade, enquanto Ciro quer ser poeta e viver da arte. Quando os estudantes decidem fazer uma ocupação na escola, os protagonistas precisam decidir se aderem ao movimento ou se seguem com seus projetos pessoais.


18h30 – O NOVELO (NÃO HAVERÁ SESSÕES NO SÁBADO E DOMINGO, DIAS 4 E 5) Assista o trailer aqui

(Brasil, 2021, 95min). Direção de Claudia Pinheiro, com Nando Cunha, Rocco Pitanga, Sérgio Menezes. O2 Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da mãe, ainda na infância, cinco irmãos acabaram sendo criados pelo irmão mais velho. Agora, já adultos, eles recebem a notícia de que um homem, que está hospitalizado em estado de coma, pode ser seu pai. A sala de espera do hospital se transforma no cenário para um reencontro marcado por boas lembranças, algum ressentimento e a necessidade de seguir em frente. Prêmio de melhor ator para Nando Cunha e melhor filme pelo júri popular no Festival de Gramado 2021, a produção reúne cinco atores negros nos papeis dos protagonistas.


SESSÕES ESPECIAIS DA SEMANA

Sessão do ciclo Clássicos na Cinemateca – 35 anos.


DIA 5 DE DEZEMBRO ÀS 15h

O CREPÚSCULO DOS DEUSES

(EUA, 1950, 110min). Direção de Billy Wilder, com Gloria Swanson.

Sinopse: Uma estrela veterana do cinema mudo se recusa a aceitar que seu reinado acabou e resolve contratar um jovem roteirista para ajudá-la a reconquistar o sucesso.


MOSTRA XII BRAZILIAN FILM FESTIVAL

*O ingresso para os filmes equivale a um brinquedo, que será doado para o Centro Social Madre Madalena.*


DIA 4 DE DEZEMBRO ÀS 19h

TRÊS VERÕES Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 90min). Direção de Sandra Kogut, com Regina Cazé, Otávio Müller. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Todo o início do verão, entre Natal e Ano Novo, Edgar e Marta recebem os amigos e familiares para uma festa em sua mansão à beira-mar. Quem organiza tudo é Madalena, a governanta da casa, que conta com a confiança dos patrões. Tanto que ela pediu um empréstimo ao patrão para ser descontado mensalmente - sem imaginar no quanto seria envolvida em nos negócios escusos de Edgar.


* A exibição é acompanhada do curta “A Senhora da Bicicleta”, de Rubiélson Medeiros.


DIA 5 DE DEZEMBRO ÀS 19h

AOS OLHOS DE ERNESTO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 120min). Direção de Ana Luiza Azevedo, com Jorge Bolani, Gabriela Poester, Jorge D´Elia. Elo Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Aos 70 anos, o uruguaio Ernesto vem enfrentando as limitações da velhice — incluindo a perda da visão e também a solidão. Fotógrafo aposentado, ele vive em Porto Alegre e divide seus dias entre os telefonemas do filho que mora longe, as idas ao banco, algumas visitas do vizinho Javier e muitas lembranças. Quando uma jovem cuidadora de cães chamada Bia se intromete na pacata vida de Ernesto, ele descobre que seus dias não precisam ser sempre iguais. A produção recebeu o prêmio da crítica de melhor filme brasileiro na Mostra de Cinema de São Paulo em 2020.


* A exibição inclui o curta “Um Pouco de Tonito”, de Alexandre Moraes.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Eternos'

Sinopse: Os Eternos são uma raça de seres imortais que viveram durante a antiguidade da Terra, moldando sua história e suas civilizações enquanto batalhavam os malignos Deviantes. 

Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Denis Villeneuve e até recentemente Ridley Scott começaram a bater forte contra o estúdio Marvel, sendo que na opinião deles os filmes criados pelo império de Kevin Feige não passam de obras ruins, ou que simplesmente aquilo não é cinema. Embora em parte eu não concorde é preciso levar em consideração ao que eles estão dizendo, já que até o próprio fã que se preze se incomoda em alguns momentos com a "fórmula Marvel", da qual o estúdio persiste em piadas inseridas em última hora, ou na obrigação dos filmes serem interligados desde sempre. Essa fórmula fez com que alguns filmes perdessem a sua própria identidade e exemplos é o que não faltam, desde ao "Doutor Estranho" (2016) como também "Vingadores - A Era de Ultron" (2015), sendo que esse último é o pior exemplo do estúdio a ser analisado.

Porém, os irmãos Russo provaram que poderiam fazer um cinema autoral dentro da fórmula, desde que conseguissem obter lucro para o império. Com "Capitão América - Soldado Invernal" (2014) eles não somente fizeram um filme mais maduro, como também incrementaram sua visão própria, ao inserir questões políticas e que remetessem aos filmes policias e de espionagem como eram feitos antigamente nos anos setenta. Isso fez com que se abrisse um leque para vinda de novos diretores que conseguiram obter carta branca para fazer o que bem entender dentro do estúdio, como no caso de James Gunn com o seu "Guardiões da Galáxia" (2014) e Taika Waititi com o seu "Thor: Ragnarok" (2017).

Após "Vingadores - Ultimato" (2019) coube o estúdio renovar de vez o seu cardápio para não perder o público que havia adquirido com tanto esforço. Essa tendência por mudanças é sentida nas séries de tv, como no caso de "WandaVision" (2021) e "Falcão e o Soldado Invernal" (2021), sendo que essa última possui temas adultos e até mesmo corajosos dentro do estúdio. Essa coragem por mudanças é sentida agora em "Eternos" (2021), filme que sofre em alguns momentos nas mãos da fórmula Marvel, mas escancarando um enorme passo feito pelo estúdio.

Dirigido pela cineasta Chloé Zhao, vencedora do Oscar de melhor direção e filme pelo seu "Nomadland" (2021), o filme nos apresenta aos novos super seres que habitam a nossa terra. Originários dos primeiros seres a terem habitado o planeta, Os Eternos fazem parte de uma raça modificada geneticamente pelos deuses espaciais conhecidos como Celestiais. Dotados de características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, eles são frutos de experiências fracassadas de seus próprios criadores, que também foram responsáveis por gerar os Deviantes, seus principais inimigos.

Escolher Chloé Zhao para dirigir uma super produção como essa foi realmente uma aposta arriscada, pois a cineasta estava mais do que acostumada a fazer pequenos filmes, mas dos quais possuem uma visão autoral da mesma. Isso é repetido em "Eternos", pois a fotografia e a edição de arte do filme não são muito diferentes do que foi visto em seu "Nomadland", mas tudo de uma forma muito maior, com mais recursos e dos quais ela consegue explorar com mais exatidão a riqueza do nosso planeta através de várias cenas monumentais e exóticas. Diferente dos demais filmes, "Eternos" se passa em diversas partes do globo, desde Irã, Amazonia, Londres e nos passando a questão de que o poder desses super seres não pertencem a somente a um lugar, mas para todo o globo.

Curiosamente, são personagens conhecidos nossos, dos quais nós crescemos ouvindo através de histórias da mitologia grega e que acabaram influenciando o avanço da humanidade com relação a tecnologia, assim como também os seus erros e desastres que os mesmos cometeriam. Embora sendo super seres Chloé Zhao procura humanizar essas figuras coloridas, ao ponto de que cada um tem os seus dons como também os seus defeitos e fazendo com que até mesmo alguns fracassem devido aos seus próprios sentimentos. Para ter esse efeito era necessário obter um super elenco e foi exatamente isso que a cineasta conseguiu ao longo do percurso.

Se por um lado Angelina Jolie fica devendo ao interpretar a sua poderosa Thena, do outro, Salma Hayek surpreende como Ajak, a voz da razão do grupo e cuja as suas escolhas definirão o futuro dos demais. Porém, é Gemma Chan que acaba roubando a cena ao interpretar a sua Sersi, pois o fato dela amar os seres humanos é o que fará dela a peça principal desse jogo de xadrez e que definirá o futuro da terra. Os demais do elenco cada um tem o seu espaço necessário e é preciso parabenizar o estúdio pela escolha da atriz surda e muda Lauren Ridloff para fazer a eterna velocista Makkari.

Infelizmente é justamente a fórmula Marvel que acaba prejudicando o resultado final do filme em alguns momentos. A impressão que me deu é que em alguns minutos eu estava assistindo a um filme autoral de Chloé Zhao, para logo depois as piadas do estúdio serem inseridas em última hora e fazendo com que a obra quase perdesse a sua identidade própria. Ao menos a mão da cineasta pesou mais no resultado final, mesmo ela não ter dado conta muito bem do uso de alguns efeitos visuais, mas cujo o ato final belíssimo compensa todos esses defeitos sentidos.

"Eternos" é o filme mais autoral da Marvel, mesmo quando o estúdio se prejudica ao insistir na sua famigerada fórmula de sucesso. 


Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.