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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'O Silêncio dos Outros' - Não nos Calaremos

Sinopse: Em 1977 o parlamento espanhol aprovou uma Lei de Anistia que garantia a liberdade de todos os presos políticos e a proibição do julgamento de qualquer ato criminoso ocorrido durante a ditadura de Francisco Franco no país. O Franquismo assombrou a Espanha durante 38 anos deixando um imenso número de vítimas e parentes sem respostas.  

Recentemente eu revi no cinema o clássico do Expressionismo Alemão "O Gabinete do Dr. Caligari" (1919), do qual se tornou uma espécie de metáfora de uma geração alemã derrotada após a  1ª Guerra Mundial e da qual se encontrava sonâmbula perante o horror do mundo real. Não é de hoje que governos tentam persuadir o povo a se colocar numa posição de desligamento com relação aos fatos da história e se tornarem verdadeiros zumbis perante uma realidade crua, porém, que não pode ser ignorada. "O Silêncio dos Outros" escancara a dura realidade de um governo irresponsável, do qual deseja apagar da história inúmeros fatos, mas que o povo em geral procura continuar desperto.  
Apresentado para o mundo pelo cineasta Pedro Almodóvar, e dirigido por Almudena Carracedo, Robert Bahar, o documentário fala sobre os 40 anos de ditadura de Franscico Franco na Espanha e sobre os crimes contra a humanidade que ele havia cometido. Após a sua morte, o governo decidiu criar a Lei da Anistia, da qual garantia a liberdade de todos os presos políticos, mas também a proibição de julgamento para qualquer ato criminoso ocorrido durante o governo Franco. Porém, amigos e familiares abominam essa lei e procuram a todo custo por justiça e saber sobre o destino das pessoas desaparecidas.  
O início da obra já começa de uma forma tocante, onde testemunhamos uma senhora de idade avançada, guiada pela sua parente e que vai em direção do possível local onde pode estar enterrado seus entes queridos vítimas da ditadura de Franco. Esses primeiros momentos já servem como preparação para o que virá mais adiante, pois embora não seja um filme de terror, as atrocidades vindas da própria realidade podem sim se tornar muito mais angustiantes. Uma vez que testemunhamos imagens de arquivos, mesmo que sejam de vários anos, concluímos que certas feridas ainda se encontram em abertas e das quais não param de sangrar.  
"O Silêncio dos Outros”, busca escancarar esses horrores do passado, mas do qual o próprio governo tenta acobertar os fatos. De acordo com o discurso oficial da época, sustentado pelo presidente do governo espanhol, Mariana Rajoy, é melhor esquecer os fatos passados e se focar no futuro, ou seja, nada de “remexer nos ossos”, pois o que passou, passou. A facilidade com que as autoridades obtêm sobre esse assunto delicado são espantosas diante das dezenas de casos relatados nos documentários e dos quais não podem ser jamais abandonados.  
Os diretores Almudena Carracedo e Robert Bahar reúnem inúmeros fatos sobre a tortura, assassinatos, crianças recém-nascidas sendo roubadas e outras atrocidades cometidas em nome do combate ao que chamavam de “perigo comunista”, da qual se tornou uma desculpa esfarrapada criada pelas democracias das Américas do Norte e do Sul durante os tempos de chumbo. Tecnicamente, os cineastas assumem uma ousadia ao colocar na tela fatos explícitos e transforma-lo em um filme-denuncia. Eles adquiriram inúmeros depoimentos para a câmera, material de arquivo, conversas das famílias das vítimas com advogados, narrativas explicativas em off, letreiros com datas e informações históricas, músicas comoventes, apropriação de obras de arte e dentre outras coisas.  
O resultado acaba se tornando um verdadeiro soco no estômago, tendo o ponto positivo de se tornar, como já dito acima, em um verdadeiro filme-denúncia. "O Silêncio dos Outros" dita uma regra bastante simples de jamais ser imparcial, para assim ouvir os dois lados do conflito e fazendo com que o cinéfilo tire as suas próprias conclusões. Porém, uma vez que testemunhamos as vítimas sendo encontradas em covas após várias décadas, fica muito mais fácil escolhermos um lado da história.  
"O Silêncio dos Outros", não é somente um filme denúncia sobre tempos nebulosos acontecidos na Espanha, como também um retrato universal de tempos ditatoriais e dos quais não se devem retornar, mas sim extinguir. 


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Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: 'Temporada'

Leia a minha analise já publicada clicando aqui. 


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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Cine Dicas: Estreias do final de semana (18/04/19)

A Maldição da Chorona 

Sinopse: Los Angeles, anos 1970. Uma assistente social é obrigada a criar seus dois filhos sozinha depois de ficar viúva. Sua vida sofre outra drástica mudança quando começa a ver semelhanças entre um caso que está trabalhando e a entidade sobrenatural A Chorona.


O Amor até as Cinzas 

Sinopse: Datong, China, 2001. A linda e jovem Qiao está apaixonada por Bin, um mafioso local. Durante uma briga entre gangues rivais, ela dispara uma arma para proteger seu namorado.

Cópias - De volta a vida 

Sinopse: Depois de um grave acidente de trânsito que matou toda a sua família, um neurocientista sente que perdeu o sentido da vida. Utilizando seu meio de trabalho, ele se torna obcecado em trazê-los de volta.

Jesus de Nazaré - O Filho de Deus 

Sinopse: Desde o celebrado momento do seu nascimento até a sua chegada em Jerusalém para ir de encontro com a crucificação, a história de Jesus de Nazaré foi um marco que perdura até hoje. 

Márcia Haydée - Uma vida pela dança 

Sinopse: Inserida no universo da dança desde os três anos, Márcia Haydée usou de seu talento para sair da realidade suburbana e migrar para a Europa, na intenção de perseguir o seu sonho. Após arriscar uma carreira internacional sem ter certeza do que estaria por vir, foi descoberta por um importante coreógrafo e passou a ser uma das bailarinas mais disputadas do mundo. 

O Anjo 

Sinopse: Carlitos é um adolescente que, em 1971, fazia sucesso com seus cabelos loiros e o jeito de galã de cinema. Mas o garoto escondia seu verdadeiro talento: cometer crimes. Quando conhece Ramon em sua nova escola, os dois embarcam em uma jornada de descobertas, amor e crime.

O Gênio e o Louco 

Sinopse:  O Professor James Murray está no comando de um dos maiores projetos do mundo: a criação do Dicionário Oxford. Uma tarefa hercúlea, que requer um esforço de muitos homens. No entanto, a ajuda decisiva virá de onde ele menos espera: o Doutor W.C. Minor, que contribuiu com mais de 10.000 verbetes, mesmo estando internado em um hospício para criminosos.

O Mau Exemplo de Cameron Post

Sinopse: Uma adolescente lésbica não faz ideia dos caminhos difíceis que estão por vir. Em um baile de formatura, após ser pega beijando a rainha da festa por sua tia ultra-conservadora, uma atitude drástica é tomada: a garota é enviada, contra sua vontade, para uma espécie de centro de recuperação para jovens gays.

Santos de todos os Gols 

Sinopse: O gol é o ápice de qualquer partida de futebol que se preze: o momento de euforia máxima esperado por qualquer equipe. E o time do Santos é conhecido por ser o recordista brasileiro que mais balançou as redes até hoje. 

Vidas Duplas 

Sinopse: Alain é um bem-sucedido editor parisiense com dificuldade em se adaptar à revolução digital. Ele tem grandes dúvidas sobre o novo manuscrito de Léonard, um de seus autores de longa data, que lançará um trabalho de autoficção, reciclando seu caso de amor com uma celebridade. Selena, a esposa de Alain, famosa atriz de teatro, é de opinião contrária e elogia a publicação.


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Cine Dica: Curso Jafar Panahi - Cinema Iraniano


 
 CURSO
 Apresentação
 
Expoente da fase recente de uma das cinematografias mais aclamadas do planeta, o iraniano Jafar Panahi possui uma filmografia inventiva, provocativa e combativa. Panahi estudou cinema na Universidade de Teerã e iniciou a carreira como assistente de Abbas Kiarostami - que, aliás, assina o roteiro de seu primeiro longa-metragem, O Balão Branco. Suas obras, que desde a década de 1990 acumulam passagens bem-sucedidas pelos principais festivais do mundo, refletem uma realidade de repressão política à produção cinematográfica em seu país, onde os filmes são submetidos a rigorosas normatizações elaboradas à luz do código islâmico. 
Esta realidade levou Panahi a uma situação absolutamente particular que comoveu o mundo ao longo da última década: acusado de conspirar contra o governo, ele foi proibido de filmar e obrigado a viver em prisão domiciliar. Com isso, passou a fazer filmes de forma clandestina, com o apoio de amigos. Seus trabalhos, além de jogarem luz sobre a pressão a que estão sujeitos os artistas no Irã, também chamam a atenção por promoverem um constante questionamento aos limites entre a realidade e ficção, o que se torna ao mesmo tempo um instrumento de luta e um estudo profundo sobre o papel da arte e a sua relação com o mundo.
 
Objetivos
 
O Curso O Cinema Metanarrativo de Jafar Panahi, ministrado por Pedro Garcia, propõe uma revisão geral da obra do cineasta iraniano, desde os seus primeiros filmes na década de 1990 – como O Balão Branco, O Espelho e O Círculo, marcados por forte tonalidade política - até a fase mais recente, em que seus trabalhos são rodados e distribuídos na clandestinidade – incluindo Isso Não É Um Filme, Taxi Teerã e o recém-chegado ao circuito brasileiro Três Faces, nos quais, além da militância, as fronteiras entre a realidade e a ficção são exploradas à última potência. Seus filmes serão analisados em um cenário de eclosão de um cinema de resistência no Irã e em um contexto de valorização, no contemporâneo, de obras de arte autorreferentes e que se propõe a discutir o papel da arte no mundo e os seus limites.

 

 

Curso

O CINEMA METANARRATIVO DE JAFAR PANAHI
de Pedro Garcia

 

Datas: 27 e 28 de Abril (sábado e domingo)
 
Horário: 14h às 17h
 
Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)
 
Local: Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
 
Material: Certificado de participação e Apostila


Investimento
** Promoção de Aniversário / Cine UM - 10 Anos **
Apenas R$ 70,00

(depósito, transferência ou cartão de crédito)
 

Informações:
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714
  

Inscrições on line:
www.cinemacineum.blogspot.com/2019/04/jafar-panahi.html
 
  

Realização
Cine UM Produtora Cultural - 10 Anos 
Patrocínio
Total Poker Club 
Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Minha Obra Prima' - Uma Sedutora Prepotência

Sinopse: Renzo Nervi (Luis Brandoni) já foi um pintor bem-sucedido em Buenos Aires, mas hoje não consegue vender um único quadro. Seu amigo Arturo Silva (Guillermo Francella), negociante de obras de arte, faz o possível para valorizar os quadros de Nervi, porém a personalidade arrogante do artista não ajuda nos negócios. 

Ao que tudo indica, o cineasta argentino Gastón Duprat gosta de levantar determinadas questões, tanto com relação os protagonistas da área artística, como também com relação aos seus trabalhos vistos na tela. "O cidadão ilustre" (2016)´, por exemplo, colocava como protagonista um escritor ganhador do Nobel, que voltava à sua cidade natal e acabava dando de encontro perante conhecidos que se tornaram personagens dos seus livros de sucesso. Já em "Minha Obra Prima", o cineasta novamente coloca um artista se confrontando com o seu trabalho, mas a trama vai muito além do que isso e nos surpreendendo pelos seus desdobramentos.
Renzo (Luis Brandoni) já foi um pintor bastante cultuado, mas atualmente os seus quadros ficam pendurados na galeria de Arturo (Guillermo Francella), que não consegue obter nenhum lucro através deles.  Os dois são amigos de vários anos, , mas a relação está estremecida, já que o pintor é prepotente, pouco sociável e faz somente o que bem entender. Quando o galerista diz que as obras do outro são um tanto ultrapassadas, o artista aparece na exposição, dá alguns tiros num quadro e diz: “Pronto, agora são modernas”, e vai embora. Não é bem assim que as coisas funcionam.
O pintor vive numa casa velha em Buenos Aires, onde acumula quinquilharias, quadros novos e antigos, animais e uma aluna/namorada (Maria Soldi), nem sempre muito interessada nele. Um dia aparece um jovem hipster espanhol na porta de Renzo, Alex (Raul Arevalo), e diz que quer ser seu discípulo. O artista vê a chance de algum dinheiro e o aceita com aluno, mas a última coisa que faz é ensinar a pintar. Ainda assim, o jovem aprende uma lição moral.
O roteiro é assinado por Andres Duprat, irmão do cineasta, e diretor do Museu Nacional de Belas Artes da Argentina, o que colaborou a trazer um conhecimento sobre o mundo por detrás das cortinas com relação as artes e das quais é muito bem retratado aqui. A complexa relação entre artista e negociante, além dos altos e baixos sobre os valores do mercado das artes são peças fundamentais dentro da trama e das quais faz com que as pessoas se identifiquem, principalmente aqueles envolvidos no mundo das artes.   Uma das personagens mais enigmáticas é Dudu, interpretada com exatidão pela atriz Andrea Frigerio. Quando Arturo oferece a obra completa de Renzo por um milhão de dólares, ela não aceita, ele diminui o valor, e ela rebate: “Eu não disse que não tenho o dinheiro. Eu não tenho interesse na obra dele”.
É nesse tom que o filme todo é moldado. A trama segue nos seus altos e baixos da amizade entre os dois protagonistas, com Arturo cada vez suportando Renzo menos ainda, que está cada vez mais fora da realidade. Mas o roteiro reserva algumas surpresas surpreendentes e, se não é redondinho como foi “O Cidadão Ilustre”, guarda seus bons momentos imprevisibilidade e a gente somente agradece. 


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Cine Dica: DÊ LEMBRANÇAS A TODOS - DORIVAL CAYMMI no CineBancários


Brasil I 2018 I Documentário I 73 min.

Retratar uma pessoa com a grandeza singular de Dorival Caymmi é um desafio. Cantor, compositor, violonista, pintor, o baiano é uma presença viva na cultura brasileira e na memória de qualquer pessoa que ouviu seus versos e melodias inesquecíveis. Um dos maiores gênios da MPB, influência para a Bossa Nova e o Tropicalismo.
O poeta que exaltou o mar e a natureza em várias canções, é tema do documentário Dê Lembranças a Todos, dirigido pelos irmãos Fábio e Thiago Di Fiore e produzido pela Contém Conteúdo. O documentário levou cerca de 4 anos para ser produzido, tendo seu início em 2014, ano de centenário de Dorival.
Depoimentos marcantes de familiares - como seus filhos Nana, Dori e Danilo Caymmi, e sua irmã Dinahir Caymmi, amigos e grandes artistas do cenário brasileiro, como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Ângela Maria, Bibi Ferreira, Paulo Jobim, Hermínio Bello de Carvalho, pesquisadores da música brasileira como Ricardo Cravo Albin, Jairo Severiano, Sergio Cabral - antigas entrevistas, fotografias e imagens de época constroem o cenário e as histórias vividas por Caymmi. Com imagens atuais de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, o filme procura mostrar a influência da natureza e das “pequenas coisas da vida" na construção de suas canções. Seja em “O Mar”, “O Vento”, “Maracangalha” ou em “O que é que a baiana tem”, sua obra é a expressão de um artista como poucos, com a maestria para fazer algo simples, mas ao mesmo tempo sofisticado.
O documentário aborda alguns encontros importantes para a cultura brasileira, como a relação de amizade entre Caymmi, o escritor Jorge Amado e o artista plástico Carybé, fato importante para a evolução artística de cada um deles. Outro trio importante para a cultura brasileira, também homenageado e que faz parte da trajetória de Dorival, é Carmen Miranda, Tom Jobim, Vinicius de Moraes.
O filme conta também com cenários animados do artista gráfico Eloar Guazzelli Filho, compondo visualmente a música História de Pescadores, grande clássico de Dorival Caymmi.
Exibido inicialmente em 2018 no 10º Festival In-Edit Brasil, onde recebeu menção honrosa do júri, o filme participou do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema de Salvador e da Mostra Retrospectiva/Expectativa da Fundação Joaquim Nabuco em Recife. No circuito comercial o filme foi exibido em Salvador, Recife e Maceió e entra em cartaz, a partir do dia 18/04, em novas cidades como Porto Alegre, São Paulo, Vitória, Manaus, Aracaju, aproveitando o aniversário de 105 anos de Dorival Caymmi no dia 30/04.
A produtora em parceria com Danilo Caymmi, músico compositor, filho de Dorival, lançou o álbum digital Dê Lembranças a Todos, contendo a trilha sonora do filme. São 30 músicas gravadas entre 1955 e 1996. A seleção apresenta grande parte das canções de Caymmi, já que a obra do compositor é grande em qualidade, mas não em quantidade, totalizando pouco mais de 100 músicas finalizadas entre os anos 1930 e 1990.
Na trilha, sucessos de Dorival – Acontece que eu sou baiano (1944), É Doce morrer no mar (1941), João Valentão (1953), Maracangalha (1956), Marina (1947), O vento (1949), Oração de Mãe Menininha (1972), Saudade de Itapoã (1948), Só louco (1955) e Vatapá (1942).
Em um período onde a velocidade da informação e o sucesso a qualquer custo parecem prevalecer, Dê Lembranças a Todos é um convite para refletir sobre o tempo, a natureza e a amizade.

Ficha Técnica
Dê Lembranças a Todos – Dorival Caymmi BRASIL
Uma produção: Contém Conteúdo
Direção: Fábio Di Fiore e Thiago Di Fiore
Distribuidora: Maff Duração: 73 minutos
Classificação indicativa: 10 anos

Sinopse: Dorival Caymmi, em toda carreira, criou pouco mais de 100 canções. O suficiente para se tornar um dos maiores compositores da música popular brasileira. Seu estilo é único: letras simples e uma batida de violão que ninguém copia. Um artista por essência, expressava o que via na própria vida não só através da música, mas também do desenho e da pintura. De sua infância aos dias de hoje, o documentário traça a trajetória da vida de um dos fundadores da música popular brasileira.
Elenco: Dorival Caymmi, Dinahir Caymmi, Danilo Caymmi, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Paulo Jobim, Angela Maria, Jards Macalé, Hermínio Bello de Carvalho, Bibi Ferreira, Paloma Amado, Solange Carybé, Nana Caymmi, Dori Caymmi, Jairo Severiano, Ricardo Cravo Albin, Georgiana de Moraes e Maria de Moraes.


HORÁRIOS DE 25 DE ABRIL A 01 DE MAIO (não há sessões nas segundas-feiras):

25 de abril:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

26 de abril:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

Dia 27 de abril:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

Dia 28 de abril:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

Dia 30 de abril:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

Dia 01 de maio:
15h- LOS SILENCIOS + CURTA: kAIRO
17h – CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS
19h – DÊ LEMBRANÇAS A TODOS – DORIVAL CAYMMI

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331204 

terça-feira, 16 de abril de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: "Família Submersa" - Gritos Internos

Sinopse: Quando Rina morre repentinamente, a vida de sua irmã e companheira de vida Marcela é completamente abalada. O velório é sobreposto por conversas sobre o passado e assuntos familiares que incomodam Marcela, principalmente por estar recebendo todos em sua casa. 

Em "Família Submersa" a cineasta e escritora Maria Alché consegue obter certo grau de delicadeza, além de  sintetizar uma melancolia sobre o que é estar sozinho em meio a uma situação cheia de conflitos internos e dos quais desejam somente transbordar fora do copo. Mas esse feito somente é obtido graças a estupenda interpretação da atriz Mercedes Morán, já que o trabalho de cenografia e o trabalho da diretora de fotografia Hélène Louvart, conseguem se casar com perfeição com a presença da atriz e criar uma atmosfera mórbida, porém, surpreedente. Os cenários, um tanto caóticos e poluídos, representam a protagonista como um todo, da qual deseja gritar a todo momento, mas guardando essa força no mais profundo do seu eu interior.
"Família Submersa" é, acima de tudo, um filme sobre a força da mulher atual.  Não somente por ser dirigido e protagonizado por mulheres, mas principalmente por Alché ser bem-sucedida em dar forma ao olhar da mulher moderna que é mãe, esposa, trabalhadora e tendo tantos obstáculos a serem enfrentados que a própria não possui mais o seu tempo para senti-los. O filme se torna um retrato sobre a mulher sobrecarregada, da qual luta para não se tornar uma mera sombra em vida.
"Família Submersa" não é um filme que se preocupa em seguir convenções narrativas ou que respeite estritamente a causalidade de seus personagens, mas constrói de maneira bastante atraente a figura da protagonista e dos familiares que a rodeiam. Com merecidos destaques para a atuação de seu elenco e a maneira delicada com que Alche conduz sua direção mais do que precisa. 


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