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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: MÁQUINAS MORTAIS

Sinopse: Anos depois da "Guerra dos Sessenta Minutos". A Terra está destruída e para sobreviver as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais.  

Hollywood vive a sua fase da “não experimentação”, optando pelas franquias já estabelecidas e deixando de lado as possibilidades de novas tendências. Claro que, uma vez ou outra, surgem filmes com um conteúdo fresco, principalmente vindo de diretores e produtores que recebem carta branca para obter tal feito. Porém, fica a dúvida sobre qual é a melhor maneira de entregar um conteúdo pouco visto aos olhos de um público, do qual está tão acostumado a franquias como, por exemplo, filmes baseados em HQ e de que maneira elas irão reagir? 
Cabe sempre ao estúdio em fazer uma boa divulgação antes de se jogar em um projeto que pode resultar em um grande prejuízomesmo quando o filme possui os ingredientes para agradar tanto a crítica como o público. Nunca me esqueço, por exemplo, da má divulgação do filme Filhos da Esperança, de Alfonso Cuarón, do qual é um dos melhores filmes de sua carreira, mas que acabou sendo um fracasso de bilheteria. É aí que chegamos ao filme Máquinas Mortas, filme de aventura retro futurística que até tem os seus pontos positivos pela sua premissa e um visual sedutor, mas que será prejudicado pela má vontade vinda do esúdio para uma boa divulgação.
Baseado na obra de Philip Reeve, e dirigida pelo estreante Christian Rivers, o filme se passa a vários anos no futuro, após uma guerra nuclear em que quase extinguiu os seres humanos. Numa terra devastada, as pequenas e grandes cidades se tornaram maquinas gigantes que se movem acima da terra, sendo que Londres, a que se tornou a mais prestigiada, localiza, devora e suga os recursos das pequenas cidades que são encontradas em seu percurso. Porém, Hester Shaw (Hera Hilmar) tem assuntos a tratar com o vilão haddeus Valentine (Hugo Weaving) dentro de  Londres, além de guardar para si um segredo que pode culminar na destruição da cidade.
Com produção e roteiro Peter Jackson, a premissa é até bem interessante, pois além de possuir um belo visual, a história é uma espécie de metáfora sobre os males do mundo atual, onde cada vez mais os poderosos se acham os donos do mundo e os pobres se tornam as minorias a serem condenadas a extinção. Isso é muito bem apresentado nos primeiros minutos de projeção, mesmo quando ação incessante teima em querer ter a nossa total atenção. Porém, tanto a fotografia, como a edição de arte e efeitos visuais fluem maravilhosamente e por além de ser uma aventura retro futurística, ela me lembrou tanto o cultuado Capitão Sky e o Mundo de Amanhã, como o subestimado Sucker Punch - mundo surreal de Zack Snyder. 
Mas por ser baseado numa obra literária, os realizadores erram feio ao concentrar a trama no casal principal para que, talvez, consiga pegar uma fatia de órfãos de sagas futurísticas como Jogos VorazesEmbora Hera Hilmar e Robert Sheehan, do qual interpreta o personagem Tom, estejam bem em seus respectivos papeis, a possiblidade deles formarem ou não um possível casal é o que menos importa para a trama. Em contrapartida, a relação conturbada de Shaw com o trágico vilão robô Shrike (Stephen Lang), acaba se tornando uma das melhores partes do filme e fazendo a gente até se lembrar de clássicos como Pinóquio. 
Falando em clássicos, é perceptível quando os realizadores se entregam as velhas fórmulas de sucesso. Da metade ao seu ato final, por exemplo, o filme segue a velha premissa básica da “jornada do herói” e fazendo com que os personagens principais nos lembrem até mesmo os heróis da franquia Star Wars. Se por um lado isso torna aventura mais empolgante em sua reta final, do outro, não se surpreenda se uma velha frase de Império Contra Ataca soar em nossa cabeça numa cena reveladora, porém, nada inspirada.  
Mas mesmo com esses momentos que nos soam familiares, Máquinas Mortais se difere das franquias atuais, pois ela não nos transmite uma pretensão de querer nos prender naquele universo fantástico, mas sim somente nos passar uma pequena lição de moral com relação ao nosso mundo e nos entreter em uma trama de pouco mais de duas horas. Infelizmente, me deu a sensação que o filme foi lançado numa época errada e correndo sério risco de se perder em meio a franquias multimilionárias. Máquinas Mortais é um estranho no ninho em meio as engrenagens de uma Hollywood movida pelo sucesso dos heróis encapuzados e de robôs anabolizados.


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Cine Dica: Em Cartaz: Assuntos de Família

Sinopse: Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu e seu "filho" se deparam com uma pequena. A princípio eles relutam em abriga-la, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber dos abusos que ela sofre de seus pais.  
 
Kore-Eda Hirokazu tem chamado atenção da crítica e do público ao fazer um retrato singelo, mas também realístico com relação a família contemporânea no Japão. Se em Pais e Filhos, Nossa irmã mais nova e Depois da Tempestade, ele tratava o assunto com relação a família de uma forma crítica, porém, delicada, em O Terceiro Assassinato ele chegou ao ápice sobre os segredos ocultos das pessoas perante uma situação familiar inexplicável. Assuntos de Família traz o assunto familiar novamente foco, mas dosando elementos vistos nos filmes anteriores e se criando uma análise sobre o que forma realmente uma família nos tempos de hoje.
Na trama acompanhamos Osamu e seu filho(?) roubarem um supermercado. Pelo caminho eles dão de encontro com uma menina e da qual ela parece ter sido machucada pelos próprios pais. Eles decidem leva-la para casa e aos poucos começamos a conhecer o verdadeiro quadro dessa família japonesa.
Kore-Eda Hirokazu não tem pressa na apresentação dos seus respectivos personagens principais, pois a sua intenção é fazer com que a gente se familiarize com eles e tiremos as nossas próprias conclusões. Aos poucos, percebemos que não se trata de uma família meramente tradicional, mas não ficamos em um posicionamento para julgá-la e o roteiro colabora para que até torcemos para que eles desfrutem dos poucos momentos de felicidade que eles adquirem. Se no clássico Era uma Vez em Tóquio (1953) testemunhamos uma família tradicional que, aos poucos, vão se distanciando um dos outros, aqui testemunhamos o inverso e os “não laços de sangue” se tornam mero detalhe.
Kore-Eda Hirokazu também tem a proeza de fazer da casa onde eles vivem não um mero cenário, como também uma espécie de personagem cheio de segredos. Com a sua câmera, o cineasta fixa esse microuniverso particular dessas poucas pessoas, onde o pouco que lhes resta já lhe garante algum conforto. Mas uma vez que mundo real bate à porta daquele cenário, o lado acolhedor se desfaz e revelando segredos ocultos que nos faz finalmente questionar sobre quais os segredos eles guardam naquele lugar.
Uma vez acontecendo isso, o cineasta vai criando um pequeno cenário de tensão, onde a sua câmera faz um jogo de cena ao não revelar como um todo os atos e consequências da trama. Uma vez quando eles acontecem nós somos pegos desprevenidos e fazendo com que levantemos inúmeras possiblidades sobre o que está acontecendo: a cena em que não vemos um destino de um personagem, mas sim somente laranjas rolando rua, sintetiza muito bem isso.
Assuntos de Família é um retrato simples e realístico de pessoas unidas por um bem comum que é pela sobrevivência e desfrutar de um pouco de amor que tanto lhe fazem falta.  


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Cine Dicas: Estreias do final de semana 10/01/19

HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO

Sinopse: Miles Morales é um jovem de ascendência latina que herda o manto do Homem-Aranha. Seu desafio será fazer jus ao legado de Peter Parker, o cabeça de teia original.

A Esposa 

Sinopse: Joan Castleman é casada com um homem controlador e que não sabe como cuidar de si mesmo ou de outra pessoa. Ele é um escritor e está prestes a receber um Prêmio Nobel de Literatura. 

Assuntos de Família 

Sinopse: Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu e seu "filho" se deparam com uma pequena. A princípio eles relutam em abriga-la, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber dos abusos que ela sofre de seus pais.  

Yara 

Sinopse: Numa fazenda localizada no Vale do Kadisha (Libano), moram Yara e sua avó. Elas levam rotinas leves enquanto fazem a manutenção do território e desfrutam da bucólica paisagem rural. Quando Elias, um jovem andarilho, decide descansar por um tempo na vila, Yara acaba se tornando amiga dele. 

Ama-San 

Sinopse:  vida de mulheres que trabalham arriscando suas próprias vidas. Elas mergulham enquanto a luz do meio-dia se infiltra pela água.

Máquinas Mortais 

Sinopse: Anos depois da "Guerra dos Sessenta Minutos". A Terra está destruída e para sobreviver as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais.  



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Cine Dica: Conteúdo programático do curso: Iniciação a arte cinematográfica


O curso de iniciação a arte cinematográfica é um curso teórico de análise fílmica que possibilita ver filmes de uma forma mais completa para além do que usamos cotidianamente. Se objetiva a cinéfilos, a pessoas que escrevem sobre filmes, a quem tem interesse em fazer cinema e ainda a estudantes de artes que desejam complementar sua formação com conhecimentos sobre a sétima arte ou, simplesmente a quem queira saber mais sobre cinema

O cinema mudo
Abordagem histórica do cinema, desde seu início (1895) até o último filme mudo (1928) através de trechos de filmes da época. Com o objetivo de conectar a evolução tecnológica aos aspectos econômicos e de mentalidade de uma época.

O cinema sonoro
Os primeiros filmes sonoros e a impactação dessa tecnologia sobre a indústria cinematográfica, o público e a produção cultural do cinema. Analisar os filmes sonoros da época de seu surgimento com os soundround system de hoje.

O cinema digital
Comparar o cinema artesanal com o cinema digital, perceber a importância da tecnologia para fazer do imaginário algo mais real e diferenciar o filme que tem a necessidade de um aparato de CGI daquele que é puramente comercial.

Cinema como arte: criatividade, tecnologia e negócios
A complexidade da arte cinematográfica, uma mistura de artes cênicas, plásticas, música, roteiro, fotografia e ciência (semiótica). O reconhecimento do uso da criatividade de roteiristas e cineastas na forma de contar uma história em imagens. O uso da tecnologia a favor de filmes que exigem esse instrumento e a indústria cinematográfica no mundo, hoje.

Roteiro: princípios e construções narrativas
As diferenças entre contar uma história na literatura e contar uma história com imagens, a importância da objetividade na transmissão da ideia. Verificar tipos de abordagens diferentes no roteiro a partir de trechos de filmes que tragam essas nuances.

Direção de arte: Mis-em-scène (análise cenográfica)
A importância do cenário como complemento do roteiro. Apresentação de trechos de filmes que desenvolvem essa técnica. 

Fotografia
Os códigos da fotografia que complementam o entendimento do filme na área da emoção e o transforma em uma obra de arte à parte. Apresentação de filmes que trazem esse traço de forma evidente. Análise de filmes nesse estilo.

Montagem/edição
Analisar montagens de filmes e a forma com a qual elas auxiliam na transmissão da mensagem a que se propõem. Analisar trechos de filmes premiados na categoria e fazer a comparação entre as diferenças entre literatura e cinema.

O Som no cinema
Apresentação de trilhas sonoras de filmes que os identificam somente pela música. Analisar o impacto da trilha sonora nas emoções do espectador. Discernir o viés de abordagem do diretor em relação ao filme através da trilha sonora.

Direção: estilos e assinaturas
Verificar diretores que se apresentam a partir de uma determinada forma de filmagem e do contar histórias imagéticas. Suas características e suas marcas nos filmes que dirigem através de usos de signos em comum ao longo de suas obras.

Gêneros cinematográficos
Conhecer a história dos gêneros cinematográficos, defini-los e analisa-los. E, ainda, aqueles que ultrapassam as fronteiras de suas definições reinventando-se.

A importância do cinema para as sociedades
Entender a importância do cinema como artefato cultural para o desenvolvimento do senso crítico, do fomento ao pensamento e à reflexão. Verificar o quanto o cinema teve um crescimento importante ao longo de sua história, de artigo de feira para iletrados a objeto de pesquisa científica nos laboratórios de ciências humanas. Entender o cinema como produto humano de registro de existência e, como objeto de estudos de indícios de mentalidades e de marcos de momentos históricos.  Atestar a importância do cinema para a evolução da história do pensamento.

BIBLIOGRAFIA
BAZIN, André. O que é o cinema? São Paulo: Cosac Naify, 2014.
BENJAMIM, Walter. A obra de arte na época da reprodutibilidade técnica. Porto Alegre, RS: Zouk, 2012.
___________________ Obras escolhidas Vol 1: Magia e técnica, arte e política – ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BORDWELL, David; Thompson, Kristin. A arte do cinema – uma introdução. São Paulo: EDUSP, 2013
COUSINS, Mark. História do cinema: dos clássicos mudos ao
KEMP, Philip. Tudo sobre cinema. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
METZ, Christian. A significação no cinema. São Paulo: Perspectiva, 2010.
RANCIÈRE. Jacques. A Fábula Cinematográfica. Campinas, São Paulo: Papirus, 2013.
__________________ As distâncias do Cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

Sonia Rocha, Mestre em Educação e Cinema (UERJ); crítica cinematográfica e editora do site Cinema & Movimento. Já escreveu para Almanaque Virtual e Instituto Guardiães de Gaya Cultural; associada do Ateliê Um no núcleo de Fotografia e Cinema; educadora, pós graduada em História (UFF), foi professora de Educação básica por 23 anos. Mais informações: https://www.cinemaemovimento.com/

Cine Dica: Cinema na Segunda guerra Mundial

        INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PRIMEIRO "CURSO DE FÉRIAS" DE 2019


A Segunda Guerra Mundial foi um evento global extraordinário. A repercussão do seu desenvolvimento e do seu desfecho afeta profundamente o mundo até hoje. Contudo, a representação cinematográfica da Segunda Guerra não é equilibrada e precisa ser vista com cautela.

O curso Os Filmes Vão à Luta: O Cinema na Segunda Guerra Mundial, ministrado por Luís Mário Fontoura, propõe um olhar diferenciado sobre a cinematografia dos beligerantes. A ideia é apresentar os principais filmes realizados pelos países envolvidos, contextualizando-os com a realidade histórica e a experiência única de cada um deles. Afinal, para cada nação, a experiência da guerra foi única, assim como o seu olhar cinematográfico sobre ela.

"OS FILMES VÃO À LUTA:
O CINEMA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL"

de Luis Mário Fontoura

DATAS
12 e 13 / janeiro / 2019 (sábado e domingo)
 

HORÁRIO
14h às 17h
 

LOCAL

Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


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Confira a PROMOÇÃO COMBO para os Cursos de Férias 2019
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INFORMAÇÕES
www.cinemacineum.blogspot.com/

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: Nasce uma Estrela

Sinopse: A jovem cantora Ally ascende ao estrelato enquanto seu parceiro Jackson Maine, um renomado artista de longa carreira, cai no esquecimento por problemas com o álcool. 

Este filme Nasce uma Estrela não veio para ser mais uma nova versão do conto. Ela também é uma crítica sobre a máquina que transforma talento genuíno em marketing e do orgulho frágil que tornam os aplausos de uma plateia de uma forma viciante. Ao mesmo tempo, é um filme que vai agradar o grande público, um filme embasado em suas origens mas transcendente em sua execução.  E quem diria que a estreia de  Bradley Cooper (Sniper Americano) como diretor se sairia tão bem.
O filme já é a quarta versão do material que já rendeu outros três filmes de mesmo nome. As de 1937, com Janet Gaynor, e de 1954, com Judy Garland que, há quem diga (não via as versões anteriores), continuam sendo as melhores e já de 1976, com Barbra Streisand, há quem diga, continua sendo a pior delas. Mesmo eu sendo leigo com relação as adaptações anteriores, acredito que essa nova versão acrescente, não só uma crítica acida na elaboração de celebridades instantâneas de hoje, como também possuir um brilho próprio e graças as  presenças de Lady Gaga e Bradley Cooper.
De fato, Gaga não tem do que ter medo, já que ela nada mais faz do que ser ela mesma na tela. Claro que ainda está longe dela nos convencer como atriz, pois aqui ela não consegue acertar nas expressões faciais, mas no geral ela faz tudo certo, sem exageros para mais ou para menos. Nas cenas no palco, por exemplo, aí ela de fato cresce, mas isso já era mais do que esperado, já que é o território de sucesso dela como um todo.
Mas a grande atuação do filme fica por conta mesmo de  Bradley Cooper. Ele sabe que Gaga é um material e tanto a ser destacado, então não poupa cenas com a diva e nunca quer aparecer mais que ela. Porém, ele reserva as grandes cenas dramáticas para com ele próprio, e nos momentos mais intensos comprova porque vem sendo apontado pelos críticos como uma das melhores atuações do ano de 2018.
Quando ambos se encontram em cena se comprova que os interpretes tiveram boa química do começo ao fim da produção. Na realidade é aquele caso em que um grande interprete colabora para que o seu colega consiga uma boa atuação em cena. Se Lady Gaga se destaca na atuação, muito se deve também ao seu companheiro, gerando momentos de pura emoção e principalmente em sua reta final.
Vencedor do Globo de Ouro de melhor canção original, Nasce uma Estrela é uma versão modernizada desse famoso conto vindo do show business e que irá colecionar uma nova geração de fãs de todas as idades. 


Cine Dica: Yara, Rasga Coração, Tinta Bruta e Asako I & II (8 a 16 de janeiro)

DRAMA DE DIRETOR IRAQUIANO EM CARTAZ
RASGA CORAÇÃO E TINTA BRUTA EM EXIBIÇÃO
PRÉ-ESTREIA DE ASAKO I & II
Tinta Bruta 

A programação de estreias da Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro destaques na primeira semana de exibição de 2019. Yara, novo filme do realizador iraquiano Abbas Fahdel, exibido na competição principal do Festival de Locarno do último ano, entra em cartaz na quinta-feira, 10 de janeiro. Duas obras políticas realizados no Rio Grande do Sul, Rasga Coração, de Jorge Furtado, e Tinta Bruta, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, ganham sessões também a partir do dia 10 de janeiro. No domingo, 13 de janeiro, às 20h, acontece uma sessão de pré-estreia de Asako I & II, de Ryusuke Hamaguchi, um dos grandes destaques do cinema japonês contemporâneo, concorrente à Palma de Ouro em Cannes em 2018. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Integrante do projeto Sessão Vitrine Petrobras, o filme Tinta Bruta tem valor promocional: R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

FILMES

YARA
Líbano/Iraque/França, 2018, DCP, 101 minutos
Direção: Abbas Fahdel
Distribuição: Zeta Filmes
A jovem Yara mora com a avó em uma fazenda em um vale isolado, ao norte do Líbano. A maioria dos antigos habitantes da vila já se mudou ou faleceu. Um dia, Yara conhece Elias, um jovem caminhante, meio perdido, que passa pela fazenda. Entre dias lindos e quentes, cuidando das cabras, alimentando as galinhas, lavando roupa, tomando sol, Yara descobre um amor de verão.

RASGA CORAÇÃO
Brasil, 2018, 115 minutos, DCP
Direção: Jorge Furtado
Distribuição: Sony
Custódio Manhães é um funcionário público de meia idade que continua pensando como o militante político que foi na juventude, quando era conhecido como 'Manguari Pistolão'. Mas é confrontado por seu filho Luca, que o acusa de conservador. Sem dinheiro para fechar o mês, e sofrendo as dores de uma artrite crônica, Custódio passa em revista seu passado, e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai.

TINTA BRUTA
Brasil, 2018, 118 minutos, DCP
Direção: Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Distribuição: Vitrine Filmes
Enquanto responde a um processo criminal, Pedro é forçado a lidar com a mudança da irmã para o outro lado do país. Sozinho no escuro do seu quarto, ele dança coberto de tinta neon, enquanto milhares de estranhos o assistem pela webcam.

ASAKO I & II
Japão/França, 2018, DCP, 117 minutos
Direção: Ryusuke Hamaguchi
Distribuição: Zeta Filmes
Asako e Baku vivem um romance intenso e avassalador, porém, certo dia, o temperamental Baku desaparece. Dois anos mais tarde, depois de se mudar de Osaka para Tóquio, Asako encontra o duplo perfeito de Baku. Ryusuke Hamaguchi, que já havia atraído atenção em 2015, com um filme de mais de cinco horas intitulado Happy Hour, retorna com esta obra, baseada em um livro da escritora Tomoka Shibasaki, para traçar a trajetória de um amor, ou, para ser exato, dois amores, encontrados, perdidos, deslocados e recuperados.

GRADE DE HORÁRIOS
8 a 16 de janeiro de 2019

8 de janeiro (terça)
14h- O Sol por Testemunha
16h - Crônica de Anna Magdalena Bach
18h - Harakiri
20h30 - Tempos Modernos

9 de janeiro (quarta)
14h - Paixão dos Fortes
16h - Madre Joana dos Anjos
18h - A Roda da Fortuna
20h - The Rocky Horror Picture Show

10 de janeiro (quinta)
14h - Tempos Modernos
16h - O Terror das Mulheres 
18h - Tinta Bruta
20h – Yara (estreia)

11 de janeiro (sexta)
14h - The Rocky Horror Picture Show
16h - Yara
18h -  Rasga Coração
20h - Projeto Raros (Duvidha, de Mani Kaul)

12 de janeiro (sábado)
14h - Crônica de Anna Magdalena Bach
16h - A Roda da Fortuna
18h - Tinta Bruta
20h – Yara (estreia)

13 de janeiro (domingo)
14h - Celine e Julie Vão de Barco
18h - Rasga Coração
20h - Asako I & II (pré-estreia)

15 de janeiro (terça)
14h - Rasga Coração
16h – Yara (estreia)
19h - Sessão ACCIRS: O Desprezo + debate

16 de janeiro (quarta)
14h - Harakiri
16h30 – Yara (estreia)
19h30 - Temporada + debate