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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cine Curiosidade: Indicados ao Oscar 2018



 A forma da água  de Guilherme Del Toro recebe 13 indicações. 
 
Sobre o anuncio dos indicados de ontem fico surpreso pela indicação de Logan na categoria de melhor roteiro adaptado, sendo que o gênero de super heróis de HQ já deveria ter levado por essa categoria na época pelo Cavaleiro das Trevas. Alguns reconhecimentos, outros esnobados, mas assim é e sempre será o Oscar. No final das contas é o tempo que julga se as indicações e os futuros vencedores realmente mereceram ou não. Confira a lista dos indicados abaixo.

Melhor Filme

    "Dunkirk"
    "Me chame pelo seu nome"
    "O destino de uma nação"
    "Corra!"
    "Lady Bird - É hora de voar"
    "Trama Fantasma"
    "The Post - A Guerra Secreta"
    "A forma da água"
    "Três anúncios para um crime"

Melhor Diretor

    Christopher Nolan ("Dunkirk")
    Jordan Peele ("Corra!")
    Greta Gerwig ("Lady Bird: É hora de voar")
    Paul Thomas Anderson ("Trama fantasma")
    Guillermo del Toro ("A forma da água")

Melhor Ator

    Timothée Chalamet ("Me chame pelo seu nome")
    Daniel Day-Lewis (“Trama Fantasma")
    Daniel Kaluuya ("Corra!)
    Gary Oldman ("O destino de uma nação")
    Denzel Washington ("Roman J. Israel, Esq.")

Melhor Atriz

    Sally Hawkins ("A forma da água")
    Frances McDormand ("Três anúncios para um crime")
    Margot Robbie ("Eu, Tonya")
    Saoirse Ronan ("Lady Bird: É hora de voar")
    Meryl Streep ("The Post - A Guerra Secreta")

Melhor Roteiro Adaptado

    "Artista do desastre" (Scott Neustadter e Michael H. Weber)
    "Me chame pelo seu nome" (James Ivory)
    "A Grande Jogada" (Aaron Sorkin)
    "Logan" (Scott Frank, James Mangold e Michael Green)
    "Mudbound" (Virgil Williams and Dee Rees)

Melhor Roteiro Original

    "Lady Bird: É hora de voar" (Greta Gerwig)
    "Doentes de Amor" (Emily V. Gordon e Kumail Nanjiani)
    "Corra!" (Jordan Peele)
    "A forma da água" (Guillermo del Toro)
    "Três anúncios para um crime" (Martin McDonagh)

Melhor Ator Coadjuvante

    Willem Dafoe ("Projeto Flórida")
    Woody Harrelson ("Três anúncios para um crime")
    Richard Jenkins ("A forma da água")
    Sam Rockwell ("Três anúncios para um crime")
    Christopher Plummer ("Todo o Dinheiro do Mundo")

Melhor atriz coadjuvante

    Allison Janney ("Eu, Tonya")
    Mary J. Blige ("Mudbound")
    Lesley Manville ("Trama Fantasma")
    Laurie Metcalf ("Lady Bird: É hora de voar")
    Octavia Spencer ("A forma da água")

Melhor Filme em Língua Estrangeira

    "Uma Mulher Fantástica" (Chile)
    "O Insulto" (Líbano)
    "Sem amor" (Rússia)
    "Corpo e Alma" (Hungria)
    "The Square: A arte da discórdia" (Suécia)

Melhor Design de Produção

    “Blade Runner 2049”
    “A bela e a fera”
    "O destino de uma nação"
    "Dunkirk"
    “A forma da água"

Melhor Fotografia

    "O destino de uma nação" (Bruno Delbonnel)
    “Blade Runner 2049” (Roger Deakins)
    “Dunkirk” (Hoyte van Hoytema)
    “Mudbound” (Rachel Morrison)
    “A forma da água” (Dan Laustsen)

Melhor Figurino

    "A bela e a fera"
    "O destino de uma nação"
    "Trama Fantasma"
    "A forma da água"
    "Victória e Abdul"

Melhor Canção

    "Remenber me" ("Viva - A vida é uma festa")
    "Mighty river" (Mudbound)
    Mystery of love ("Call me by your name")
    "Stand up for something" ("Marshall")
    "This is me" ("O rei do show")

Melhor Edição

    "Em ritmo de fuga"
    "Dunkirk"
    "Eu, Tonya"
    "A forma da água"
    "Três anúncios para um crime"

Melhor Mixagem de Som

    "Star Wars: Os últimos Jedi"
    "Em ritmo de fuga"
    "Blade Runner 2049"
    "Dunkirk"
    "A forma da água"

Melhor Edição de Som

    “Em ritmo de fuga”
    “Blade Runner 2049”
    “Dunkirk”
    “A forma da água”
    “Star Wars: The Last Jedi”

Melhor Animação

    "O poderoso chefinho"
    "The Breadwinner"
    "Viva: A vida é uma festa"
    "O Touro Ferdinando"
    "Com Amor, Van Gogh"

Melhor Curta de Animação

    “Dear Basketball”
    "Garden Park"
    “Lou”
    “Negative Space”
    “Revolting Rhymes”

Melhor curta

    "Dekalb Elementary"
    "The 11 o' clock"
    "My Nephew Emmett"
    "The silent Child"
    "Waty Wote/All of us"

Melhor Trilha Sonora

    "Dunkirk"
    "Trama Fantasma"
    "A forma da água"
    "Star Wars: Os últimos Jedi"
    "Três anúncios para um crime"

Melhor documentário

    "Abacus: Pequeno o bastante para condenar"
    "Visages villages"
    "Ícaro"
    "Últimos homens em Aleppo"
    "Strong Island"

Melhor documentário em curta-metragem

    "Edith+Eddie"
    "Heaven is a traffic jam on the 405"
    "Heroin(e)"
    "Knife Skills"
    "Traffic Stop"

Melhor maquiagem e cabelo

    "O destino de uma nação"
    "Victoria e Abdul"
    "Extraordinário"

Melhores efeitos visuais

    "Blade Runner 2049"
    "Guardiões da galáxia Vol. 2"
    "Kong: A ilha da caveira"
    "Star Wars: Os últimos Jedi"
    "Planeta dos Macacos: A guerra"




terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Me Chame pelo Seu Nome



Sinopse: O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.


Inspirado no livro de André Aciman, Me Chame Pelo Seu Nome foi um inesperado sucesso nos festivais por onde passou, como no caso de Toronto em 2017. Por esse reconhecimento, o filme se torna um dos fortes candidatos ao Oscar deste ano e motivos é o que não faltam. Basta, por exemplo, testemunharmos as atuações de Timothée Chalamet e Armie Hammer (A Rede Social), sendo que o último vem sendo apontado como uma das maiores revelações desse ano.
Sendo rotulado como apenas um rosto bonito do cinemão americano, Hammer surpreende numa atuação elegante, eficiente e fazendo com que o seu personagem Oliver nos conquiste já na primeira cena. Porém, o filme também nos brinda com outra grande revelação do ano que é Timothée Chalamet, que em breve o veremos novamente em Lady Bird e aqui demonstra maturidade como poucos para a sua idade. O filme basicamente é sobre a jornada de descobertas na juventude, onde a ingenuidade da pessoa dá lugar ao amadurecimento gradual perante sentimentos que dos quais talvez até mesmo desconhecesse.
Dirigido pelo cineasta Luca Guadagnino (100 Escovadas Antes de Dormir), o filme se passa no início dos anos 80, interior da Itália, onde Elio e sua família passam uns tempos de férias ao redor de muita cultura e natureza viva do local. O pai de Elio, vivido por Michael Stuhlbarg (A Chegada), é um veterano em termos de cultura grego-romana. Ele recebe o seu ex aluno Oliver (Hammer) para ajudá-lo em uma pesquisa e trocarem algumas ideias criativas. Oliver e Elio se aproximam e percebem que tem muito mais em comum do que imaginam.
Para começar, o filme não pode ser simplesmente rotulado como mais um romance Lgbt. A relação de Elio e Oliver, por exemplo, começa com uma amizade genuína, onde acaba por influenciar o primeiro a encontrar outras experiências e sair de sua rotina do qual passava. Além de se dedicar ao universo da música pelas teclas de um piano, há também uma realidade que até mesmo ele desconhecia e fazendo com que se questione se deve ou não seguir em frente para explorá-la.
Mas embora a relação de Elio e Oliver seja a alma do filme, o ato final nos brinda com um momento inesperado vindo do pai de Elio. O ator Michael Stuhlbarg nos brinda com um personagem cheio de camadas ao longo do filme, mas que bastaram poucos minutos numa determinada cena para que ele se revelasse por completo a verdadeira faceta do seu personagem e nos brindando no que, talvez, seja a melhor atuação do filme. No diálogo entre pai e filho se tira um bom exemplo de um amor paternal, onde no amadurecimento complexo da juventude, se pode conseguir sim o ombro solidário de um pai que sabe se colocar no lugar do filho.
Indicado a 4 Oscars (incluindo melhor filme)  Me Chame pelo Seu Nome não é somente sobre aceitar como você é como também viver cada experiência que a vida lhe dá e sem se julgar mas sim somente viver.  


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