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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Cine Dica: Curso Cinema Explícito



Apresentação

Panorama crítico das representações cinematográficas do sexo. Do cinema silencioso ao contemporâneo, o curso foca as cinematografias que trouxeram experimentações estéticas e narrativas em torno do desejo, do sexo e do corpo distintas daquelas já legitimadas pelo mainstream. A ideia é provocar uma leitura política sobre a abordagem do sexo no cinema, desde as pioneiras cenas de nudez e beijos no “cinema de atrações”, passando pelos stag films (pornografia no início do século XX), até as imagens codificadas no cinema experimental e o explícito na produção underground e independente.


Ao embaralhar conceitos culturais sobre erotismo, pornografia e obscenidade, o curso suscitará leituras sobre o sexo em cena, implícito ou explícito, contextualizando-o nos períodos históricos. Afinal, todo sexo é explícito? Como o cinema o representou por meio de diferentes propósitos narrativos, estéticos e políticos? On scene, fora de campo, implícito, reprimido, estilizado ou imaginado, quais discursos foram elaborados para a deflagração do sexo cinematográfico?

Da pornografia silenciosa às vanguardas, do underground às pornochanchadas, de Luís Buñuel a Pedro Almodóvar, de Andy Warhol a John Waters, de Pier Paolo Pasolini a Lars von Trier, de Jean Cocteau a Kenneth Anger, de Nagisa Oshima a Catherine Breillat, de Bruce LaBruce às pornografias alternativas, como os cineastas abordaram o sexo para além da elipse narrativa que o sublima para a cena do café da manhã no dia seguinte? Por quais sentidos culturais e ideológicos trafegam as estilizações do sexo no cinema? O que estamos chamando de sexo? A representação explícita do sexo é pornográfica, transgressora? Qual a função política da obscenidade?
  
Objetivos

O Curso Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão, ministrado por Rodrigo Gerace, investigará as representações cinematográficas do sexo, do cinema silencioso ao contemporâneo, tendo em vista a percepção e desconstrução dos critérios culturais e políticos que norteiam os conceitos de erotismo e pornografia e legitimam discursos de reprodução e transgressão do obsceno. A atividade desenvolverá um panorama reflexivo sobre como o cinema incorporou, refletiu e construiu imagens e discursos sobre o sexo, seja de modo explícito, velado ou censurado.


Recomendação etária: 18 anos


Conteúdo programático

Aula 1
- O corpo obsceno
- Exibicionismo
- Voyeurismo


Aula 2
- O sexo como política
- Censuras
- Transgressões


Ministrante: Rodrigo Gerace (SP)
Sociólogo formado pela UNESP, com mestrado e doutorado em Cinema pela UFMG e Universidade Nova de Lisboa. Pesquisador, crítico e professor de cinema, escreveu a dissertação “O cinema de Lars Von Trier: dogmatismo e subversão” e, recentemente, publicou sua tese “Cinema Explícito: representações cinematográficas do sexo” (2015), pela Editora Perspectiva e Edições SESC.


O livro

Cinema Explícito - Representações cinematográficas do sexo
de Rodrigo Gerace
(2015, SP, Edições SESC e Editora Perspectiva)

"Um dos mais completos estudos em língua portuguesa sobre as representações cinematográficas do sexo, dos 'stag films' no cinema mudo às vanguardas artísticas, das pornografias alternativas ao mainstream à estilização so sexo no cinema de autor, que politizou e escandalizou o desejo por meio de narrativas ora transgressoras e libertárias, ora confinadas em discursos normativos sobre sexo. Para tanto, são aqui revistos criticamente os conceitos de obscenidade, pornografias e erotismo em face dos seus efeitos morais (cambiáveis por censuras e tabus), estéticos e ideológicos (pelos discursos em torno da imagem do sexo e do corpo), que dinamizam diversas possibilidades de representação e qustionamento. Assim, no amplo panorama descritivo e analítico do tema, Rodrigo Gerace faz perceber como as representações cinematográficas potencializaram os dilemas de cada época, provando que as imagens, das mais desfocadas às mais explícitas, são capazes de fascinar, incomodar e desestabilizar discursos, seja visualmente, por meio de cinefilia voyeurística, seja no âmbito performático e político do sexo".

O livro estará à venda durante o curso com desconto especial de 30%.
Apenas R$ 50,00.
Ao efetuar sua inscrição, reserve seu exemplar. O pagamento será feito no local (apenas em dinheiro).



Curso
CINEMA EXPLÍCITO:
ÊXTASE, CENSURA E TRANSGRESSÃO
de Rodrigo Gerace

Datas: 22 e 23 / Outubro (sábado e domingo)

Horário: 15h às 18h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 90,00
(Valor promocional de R$ 80,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro - parcelado)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


Realização

Patrocínio
Nerdz

Apoio

Cine Curiosidade: AGS concorre no Festival de Cinema de Três Passos

AGS concorre no Festival de Cinema de Três Passos, baseado em obra francesa e arte inspirada em Grande Hotel Budapeste com atriz internacional Cris Lopes e Euler Santi no elenco
O filme AGS - Agence Générale du S... foi selecionado para concorrer na categoria Ficcção, no Festival de Cinema de Três Passos no Rio Grande do Sul que será realizado de 09 a 12 de novembro de 2016. O festival teve recorde de inscrições com mais de entre 400 filmes inscritos em sua terceira edição.
AGS foi inspirado na arte e fotografia do filme Grande Hotel Budapeste com Direção de Rodney Borges e no elenco, conta com a atriz internacional Cris Lopes (FREER canadian film com estréia 2017 Canada & USA), juntamente com o ator e roteirista do filme Euler Santi, protagonistas do filme interpretando os personagens: Madame e o Monsieur.
O roteiro é baseado em uma obra francesa de mesmo nome, do poeta Jacques Rigaut dos anos 20 - Paris. O filme AGS fala de suícidio e o excesso de consumo, vivido pela personagem de Cris Lopes (a francesa: Madame Christie), que deseja todo o glamour na escolha de sua morte, com acessórios e mimos do "catálogo de produtos" oferecido pelo atendente da agência AGS (Monsieur Pierre) interpretado por Euler Santi. Com piadas atuais e humor negro, o filme mostra que os prazeres da vida são únicos, essenciais e agradáveis do que escolher morrer mesmo com todo conforto e luxo.
Confira o Trailer, making of e curiosidades do Filme AGS - Página Oficial: www.facebook.com/filmeags
Mais informações do 3o. Festival de Cinema de Três Passos/RS: www.cinematrespassos.com.br
Página Oficial da Atriz internacional Cris Lopes - Facebook: @crislopesoficial
Crédito Fotos (esquerda para direita): Filme AGS 01: ator Euler Santi, atriz internacional Cris Lopes, Diretor Rodney Borges
                                                                 Filme AGS 02: ator Euler Santi e atriz internacional Cris Lopes
                                                                 Filme AGS 03: Cartaz do filme AGS.


Divulgação: Cris Lopes, Actress, Atriz OFICIAL. Facebook @crislopesoficial . Twitter @crislopesOFC . Instagram @crislopesoficial.atriz
contato      : imprensacl@terra.com.br


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: O Botão de Pérola



Sinopse: O oceano contém a história de toda a humanidade. O mar porta todas as vozes da terra e aquelas que vêm do cosmo exterior. Água recebe impulso das estrelas e as conduz para os seres vivos. Água, a maior fronteira no Chile, também retém o segredo de dois botões misteriosos que foram encontrados no fundo de seu oceano. Chile, com suas 2.670 milhas de litoral e o maior arquipélago do mundo, apresenta uma paisagem sobrenatural. Nele estão vulcões, montanhas e geleiras, e também as vozes dos povos indígenas da Patagônia, os primeiros marinheiros ingleses e seus prisioneiros políticos. Alguns relatam que a água tem memória.

Cineasta do elogiado Nostalgia da Luz (2010), o chileno Patricio Guzmán volta adentrar o espírito do seu país em mais um documentário de sua autoria, do qual desvenda elementos, tanto políticos como ecológicos e provando que ambos é um só elemento como um todo. Em Botão de Pérola, Guzmán coloca o oceano em cena para dizer, tanto sobre a magia de nosso planeta, como também o terror que os mares  oculta e depois escancara, A partir da própria narração do cineasta, o filme abre as suas cortinas através de uma crônica sobre a Patagônia, região sul do Chile.
A água por si só se encontra em toda parte, em belos planos sequências, sendo visto do auto e dando uma dimensão de sua grandiosidade. Guzmán vai então pintando um quadro sobre o caráter atemporal do litoral Chileno. Resumidamente, a água é uma condição Elemental, cultural e que faz parte da essência do país como um todo e que somente os povos mais antigos daquela terra tinham uma exatidão maior sobre isso.
A partir daí, gradualmente, Guzmán usa bem o tempo de duração de seu filme ao adentrar sobre assuntos delicados a partir de sua visão pessoal: o massacre dos indígenas da Patagônia, entre o século 19 e o início do século 20, e o assassinato de pessoas durante a ditadura militar de Pinochet, que destituiu Salvador Allende do poder e lançou o país num tenebroso período de violência e repressão. Uma visão pessoal do cineasta com relação a esses fatos, mas que jamais foge da verdade nua e crua.
Existe durante a projeção uma clara ligação pessoal entre o cineasta, personagens e assuntos tratados durante o documentário. Os sobreviventes dos povos indígenas, os poucos que restaram, contam as suas sagas pessoais dos seus antepassados. Em um dos momentos mais significativos da obra, dois entrevistados são incentivados a falarem palavras e a narrarem os eventos através de sua língua nativa, da qual infelizmente se encontra hoje em extinção.
Ao colocar na mesa sobre os massacres da ditadura, Guzmán relembra as pessoas sem vida e jogadas ao mar por helicópteros. Em um momento peculiar, o longa reconstitui até mesmo a maneira como as pessoas eram preparadas para terem o seu fim no fundo do mar. Porém, por mais que o governo escondesse os seus horrores, a natureza do local foi capaz de fossilizar pedaços significativos e desvendando histórias que jamais devem ser esquecidas.
Achado no oceano, o cineasta consegue um símbolo vindo de um passado mórbido: botões de pérolas. O documentário então se molda através de imagens e palavras simples, mas carregadas pela força da vida da qual não adormece mesmo depois da morte. Tudo isso a partir do momento em que o cineasta partiu para uma saga para compreender melhor as suas raízes e acabou encontrando uma ligação forte entre a humanidade, natureza e até os confins do universo.  





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Cine Curiosidade: Filme AGS será exibido no FESTimagem em Águas da Prata com atriz internacional Cris Lopes e Euler Santi

Filme AGS será exibido no FESTimagem em Águas da Prata com atriz internacional Cris Lopes e Euler Santi

Inspirado na fotografia de Grande Hotel Budapeste, AGS concorre em festivais de cinema pelo mundo, rodado nas Thermas Antônio Carlos - Poços de Caldas/MG, será exibido nesta terça-feira às 20h no FESTimagem em Águas da Prata/SP

O FESTimagem - Festival Internacional da Imagem está em sua terceira edição, realizado na cidade de Águas da Prata/SP até o dia 12/outubro/2016, o festival idealizado por Gil Sibin do GLOC (Instituto Global de Cultura) une fotografia, cinema e vídeo.
Na próxima terça-feira, dia 11/outubro às 20 horas, o FESTimagem exibirá o premiado filme AGS no Auditório José Roberto Lerosa (Estrada Paulo Dezena km 1,7 - Pousada Canto dos Xamãs) em Águas das Prata/SP.
Já pensou em planejar sua própria morte de maneira excêntrica e divertida? O Filme AGS - Agence Générale du S... com roteiro de Euler Santi é baseado em uma obra de mesmo nome "Agence Générale du Suicide" do poeta francês Jacques Rigaut escrita nos anos 20 - Paris.
O filme é uma comédia com bastante humor negro e se passa em uma agência como se fosse uma repartição pública sofisticada, onde os clientes escolhem e personalizam a forma como gostariam de morrer. O filme que aborda de forma leve o tema do suícidio, tem como protagonistas, a atriz internacional Cris Lopes (longa canadense FREER com estréia Canadá & USA em 2017) e o ator e roteirista Euler Santi (longa metragem EMIL - Palestra sobre Nada), atores experientes que já atuaram em emissoras como Record e Rede Globo e em diversos filmes no cinema.
A direção de fotografia de AGS foi inspirada no filme Grande Hotel Budapeste realizada pelo Diretor do filme Rodney Borges. AGS foi produzido pelas produtoras parceiras R30 Filmes e Alterea Filmes, com direção de Produção de Bruno Benetti e Direção de Arte de Cris Lopes, rodado nas Thermas Antônio Carlos - Poços de Caldas/MG.
Assista aqui: Trailer e curiosidades do Filme AGS - Página Oficial: www.facebook.com/filmeags
Programação do FESTimagem Águas da Prata/SP: www.festimagem.com.br
Página Oficial da Atriz internacional Cris Lopes - Facebook: @crislopesoficial
Crédito Fotos (esquerda para direita): atriz internacional Cris Lopes e ator e roteirista Euler Santi


Divulgação: Assessoria CL - Cris Lopes, Actress, Atriz OFICIAL. Facebook @crislopesoficial . Twitter @crislopesOFC . Instagram @crislopesoficial.atriz
contato SP  : imprensacl@terra.com.br

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Cine Especial: Michael Haneke: O lado sombrio do nosso tempo: FINAL


Nos dias 08 e 09 de outubro eu estarei participando do curso Michael Haneke: O lado sombrio do nosso tempo, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista  Bruno Maya. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei postar sobre os filmes que o cineasta já fez e analisar um pouco sobre o porquê do seu cinema chocar, mas fascinar.

 

A FITA BRANCA (2010)



Sinopse: Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, estranhos eventos perturbam a calma de uma pequena cidade na Alemanha. Uma corda é colocada como armadilha para derrubar o cavalo do médico, um celeiro é incendiado, duas crianças são sequestradas e torturadas. Gradualmente, estes incidentes isolados tomam a forma de um sinistro ritual de punição, deixando a cidade em pânico. O professor do coro de crianças e jovens da escola local investiga os acontecimentos para encontrar o responsável, e aos poucos desvela a perturbadora verdade.

Michael Haneke é um diretor ousado ao fazer inúmeras analises sobre a maldade e a loucura humana. Filmes como A Professora e o Piano e Violência Gratuita que são retratos do lado sombrio e louco da alma humana e que simplesmente não existe explicação do porque ser assim. Em seu novo filme é mais ou menos isso, não há explicação.
Através de eventos estranhos que acontece em um vilarejo, o diretor investiga cada traço dos rostos dos seus personagens que, vão se transformando ao longo da projeção, faz um verdadeiro retrato dos costumes desse lugar e que vai caindo à máscara aos poucos, e com isso, seriam eles os responsáveis pelas atrocidades que estão acontecendo? O diretor não dá respostas, ele simplesmente dá ao espectador, através da vida de cada uma dessas pessoas do vilarejo, uma pequena dica do que viria mais tarde, tanto na primeira, como na Segunda Guerra mundial na qual. O país se enterraria e seria responsável, em parte, por uma das maiores atrocidades contra a humanidade. Destaque pela fantástica fotografia em preto e branco como nunca antes vista em muito tempo.

 
AMOR (2013)



Sinopse: Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste.
 “Pessimismo” é a palavra que melhor define a filmografia de Michael Haneke como um todo. Nos seus filmes, os seus personagens nos incomodam, nos fazer pensar e nos surpreendem pelas suas atitudes imprevisíveis, mas ao mesmo tempo humanas. Em Amor, embora seja um filme leve se comparado a outras obras do cineasta, não deixa de ser incomodo o fato que, o que vemos na tela, nada mais é do que um retrato de uma situação que todos nós um dia iremos passar queira ou não.
O filme já começa com isso, onde vemos um grupo de bombeiros e policiais arrombando um apartamento, para então encontrar uma idosa, jaz morta em seu leito. Haneke já de cara nos prepara o terreno para o que estar por vir e mesmo à gente já sabendo o que irá acontecer, mas até lá, vemos a degradação psicológica e física que o casal de idosos protagonista passa, devido ao fato da esposa ter sofrido um derrame. Raramente outros personagens de fora contracenam com eles (a não ser um pianista ou a filha), sendo que aquele universo apresentado por nós é somente eles e o apartamento que, embora esse último esteja cheio de riquezas culturais como livros e musicas,  aos poucos se torna um cenário mórbido, mesmo não havendo nenhuma alteração.
Não há salvação, nem esperança, apenas as coisas vão acontecendo e piorando. Nestes momentos, é quando Jean Luis Trintignant e Emmanuelle Riva se sobressaem e principalmente ela, que nos surpreende no princípio do filme, onde a sua personagem dá os primeiros sinais de um mal que estará por vir. Mas não há como negar que  Trintignant  é quem rouba o filme da metade para o final, sendo que seu personagem começa a sentir o grande peso que é de ter que cuidar de sua esposa, que cada vez mais se distancia dessa vida. O ator  consegue passar para o espectador controle, mas ao mesmo tempo um desespero interior do seu personagem, que o leva a uma difícil decisão que, embora possa ser terrível para alguns, fez na verdade por amor a esposa, por mais mórbido que seja.
Mesmo com esse retrato sobre o fim da vida de cada um de nós, Michael Haneke nos brinda com momentos nos quais nos dá certa esperança, mas isso somente aflora dependendo de cada pessoa que for assistir, sendo crente ou não sobre os significados da vida e da morte. É um filme que vai junto com a gente quando nos saímos de dentro do cinema e que, embora não nos traga nenhuma sensação agradável, sabemos que acabamos de assistir algo diferente e ao mesmo tempo familiar para todos nós.


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