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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Cine Dicas: Estreias do final de semana (12/11/15)



Aliança do Crime

 

Sinopse: Na região sul de Boston nos anos 1970, o agente do FBI John Connolly (Joel Edgerton) convence o Mafioso irlandês James “Whitey” Bulger (Depp) a colaborar com o FBI e eliminar um inimigo comum: a máfia italiana. O drama conta a história verdadeira desta aliança inusitada, que saiu do controle, permitindo que Whitey descumprisse leis impunemente, consolidasse seu poder e se tornasse um dos gângsteres mais cruéis e poderosos da história de Boston.


 

Amizade Desfeita

 

Sinopse:Com direção de Levan Gabriadze, o suspense Amizade Desfeita inaugura uma nova era de horror no cinema e traz a tela do computador como ponto de partida para o roteiro. Perseguidos por uma figura invisível que procura vingança, os personagens são virtualmente assombrados por uma adolescente que, por conta de um vídeo embaraçoso divulgado na internet, cometeu suicídio no ano anterior.


 

As Mil e Uma Noites - Volume 1, O Inquieto


Sinopse: Um cineasta foge durante o processo de realização de seu novo filme e, ao ser capturado, não tem outra saída a não ser repetir o que fez Xerazade em "As Mil e Uma Noites", onde precisava contar uma história diferente a cada noite para não ser degolada pelo rei, seu marido - no caso em questão, os algozes são os demais integrantes da equipe de filmagens. Desta forma, ele passa a apresentar narrativas baseadas na crise vivida por Portugal entre os anos de 2013 e 2014, que fez com que a população local vivesse sob forte austeridade econômica. Os contos deste volume são "O Homem de Pau Feito", "A História do Galo e do Fogo" e "O Banho dos Magníficos".


 

Capital Humano


Sinopse: Um ciclista é atropelado na véspera da noite de Natal. O motorista do carro foge sem prestar socorro à vítima. O ciclista é levado para o hospital. Ele está a beira da morte e duas famílias muito conhecidas na cidade são acusadas de envolvimento no caso criminoso.


Como Sobreviver a um Ataque Zumbi

 

Sinopse: Ben (Tye Sheridan), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan) são grandes amigos que se conheceram ainda crianças, no grupo de escoteiros. Entretanto, eles cresceram e agora Ben e Carter não vêem mais graça na atividade, especialmente pelo fato de serem motivo de piada de todos os demais jovens da cidade. Augie, por sua vez, continua empolgado com a ideia de ser um escoteiro. Um dia, quando o trio está acampando, Ben e Carter deixam o local para ir a uma badalada festa secreta. Só que, quando chegam à cidade, percebem que ela está tomada por zumbis, dispostos a matar qualquer um que surgir pela frente. 


 O Reino Gelado 2

 

Sinopse: Após a queda da Rainha da Neve, o troll Orm precisa refazer sua vida em meio aos seres de sua espécie. Para tanto, ele passa a trabalhar como mineiro e morar com a avó. Apesar da vida regrada que leva, sempre dentro da lei, ainda assim Orm enfrenta dificuldades em pagar as prestações da casa. Desta forma, resolve se candidatar a um torneio onde o vencedor terá a mão da princesa e o direito de morar no palácio real. Entretanto, Orm esconde o fato de já ter trabalhado para a Rainha da Neve e, aos poucos, fica tentado a dar vazão ao lado malvado que possuía quando era lacaio dela.


 

Os Maias - Cenas da Vida Romântica

 

Sinopse: Carlos da Maia é o último herdeiro da tradicional família portuguesa. Ele é formado em medicina pela antiga Universidade de Coimbra, mas prefere gastar seu tempo na companhia de amigos e amantes, junto a seu grande colega João da Ega. Mas isso muda quando ele finalmente se apaixona. A história pessoal de Carlos se mistura à de Portugal, ambas banhadas de doses generosas de tragédia e comédia.


 

Se Deus Vier Que Venha Armado


Sinopse: Após ser liberado temporariamente da prisão, um presidiário tem 72 horas para visitar o seu irmão, encontrar um amigo de infância e encontrar com uma mulher. Entretanto, ele também tem uma missão a cumprir para os chefes do crime, como parte de uma onda de ataques do PCC no estado de São Paulo.


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Cine Dica: MAIS UMA SEMANA PARA VER A MOSTRA ERA UMA VEZ A RKO

MAIS UMA SEMANA PARA VER A MOSTRA ERA UMA VEZ A RKO
A mostra Era uma Vez a RKO segue em exibição até domingo, 15 de novembro, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar). Nesta semana, os destaques são os raros O Homem que Vendeu a Alma, adaptação de Fausto de William Dieterle, Estradas do Inferno, a despedida de Josef von Sternberg e o faroeste político Homens Indomáveis, de Allan Dwan. Com exibição digital, a mostra tem apoio da distribuidora MPLC, da locadora E o Vídeo Levou e da Versátil Home Vídeo. Ingressos: R$ 4,00.
 
GRADE DE HORÁRIOS

11/11 (quarta)
17:30 – Soberba, de Orson Welles
19:00 – Alma em Pânico, de Otto Preminger

 12/11 (quinta)
17:30 – O Diabo Feito Mulher, de Fritz Lang
19:00 – Sr. e Sra Smith, de Alfred Hitchcock

13/11 (sexta)
17:30 – O Homem que Vendeu a Alma, de William Dieterle
20:00 – Projeto Raros (Head - Os Monkees Estão Soltos)

14/11 (sábado)
15:00 – Estradas do Inferno, de Josef von Sternberg
17:00 – Caravana de Bravos, de John Ford
18:30 – Sessão Aurora (A Marca da Pantera, de Paul Schrader)

 15/11 (domingo)
15:00 – Homens Indomáveis, de Allan Dwan
 17:00 – Levada da Breca, de Howard Hawks
19:00 – Sessão Revelando os Brasis
 Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: OS 33



Sinopse: Capiapó, Chile. Um desmoronamento faz com que a única entrada e saída de uma mina seja lacrada, prendendo 33 mineradores a mais de 700 metros abaixo do nível do mar. Eles ficam em um lugar chamado refúgio e, liderados por Mario Sepúlveda (Antonio Banderas), precisam racionar o alimento disponível. Paralelamente, o Ministro da Energia Laurence Golborne (Rodrigo Santoro) faz o possível para conseguir que os mineiros sejam resgatados, enfrentando dificuldades técnicas e o próprio tempo.


O filme Os 33, dirigido pela mexicana Patricia Riggen baseia-se no livro do jornalista norte-americano Hector Tobar, narrando a odisseia dos mineiros que permaneceram quase setenta dias nas profundezas da montanha, tentando resistir, com restrição de comida e água, além de tentarem manter as baterias dos meios de iluminação, seja dos capacetes que usavam seja dos spots no espaço que estava dedicado aos intervalos de jornadas e sobrevivência em caso de acidente. O roteiro de Mikko Alane, Craig Borten, José Rivera e Michael Thomas foi talvez à pedra no sapato para a adaptação do livro de Tobar. A empresa de Hollywood 20th Century Fox adquiriu os direitos de filmagem e começou exigindo as falas em inglês para americano comum entender.
A diretora então achou coerente colocar seu elenco falando com um sotaque como os personagens dos westerns ou os hispanos que se ouvia antigamente. Pesares a parte, há seqüências verdadeiras incluídas no trabalho. O caso das transmissões de TV e algumas cenas do acampamento que se formou nas vizinhanças da mina onde os familiares dos soterrados, depois a imprensa em geral, permaneceram acompanhando as tentativas de resgate. E é nestas tentativas que reside o suspense ainda preservado na apreciação do filme, mesmo todos nós já sabendo como tudo irá terminar. 
Os 33 consegue ser, apesar de manter determinados moldes ridículos para americano entender, é um filme deveras intenso, onde a ação se modula pela eficiente montagem a partir de planos tomados em câmera manual e uma bem equilibrada iluminação responsabilidade do fotografo Checco Varese. Infelizmente o filme não dá espaço para todos os personagens, já que o numero é grande. O líder do grupo, interpretado por Antonio Banderas, é talvez o que melhor se destaca, mas isso já era mais do que esperado vindo do veterano ator.
Do lado de fora da mina, há tipos como o de Maria (Juliette Binoche), mulher que espera o irmão mesmo com certo atrito entre eles. Embora num papel pequeno, Juliette sempre rouba a cena quando surge, mesmo sendo uma francesa atuando num papel chinelo e que com certeza muitos acharam meio estranho isso. Na verdade a maioria dos personagens que se destacam nem são  interpretados por atores chinelos, sendo que temos até o nosso Rodrigo Santoro ensaiando um estereótipo que leva o drama dos mineiros à dimensão política e se sobressai nessa atuação representando a única pessoa do governo do presidente Sebastian Piñera a manter o objetivo de tirar os 33 soterrados do local, uma vez que o Ministério de Minas considera um caso encerrado já nos primeiros dias do acidente. Mas em 27  de agosto é criado a Superintendência de Minas. 
Os 33, embora nada acrescente ao que se sabe de um fato amplamente divulgado no mundo todo merece ser visto. E fica para o cinéfilo um caso de consciência ao saber por legendas que os homens que por pouco não morreram em serviço não foram indenizados (e certamente perderam o emprego, pois a mina fechou). Eles aparecem no final da projeção festejando estarem vivos e se dizendo sempre irmãos. 


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Cine Dica: A MARCA DA PANTERA NA SESSÃO AURORA

No sábado, 14 de novembro, às 18h30, a Sessão Aurora apresenta na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o filme A Marca da Pantera (Cat People, 1982, 118 minutos), de Paul Schrader, protagonizado por Nastassja Kinski e Malcolm McDowell. Depois da sessão, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema de Porto Alegre. Projeção digital com legendas em português. Entrada franca.
A exibição faz parte do ciclo Histórias do Cinema Americano, que propõe ao longo do ano uma reflexão sobre o cinema realizado nos Estados Unidos, exibindo filmes de diferentes tempos, gêneros e autores.
A Marca da Pantera é uma adaptação erótica do clássico de horror de Jacques Tourneur produzido em 1942 pela RKO. Na história, uma jovem ambivalente vai morar com seu irmão em Nova Orleans. Lá, ela descobre que seu despertar sexual pode vir a transformá-la numa pantera. A descoberta do desejo e a obsessão primitiva com o sexo se aproximam. 
Um dos mentores intelectuais da Nova Hollywood, Paul Schrader começou sua carreira como roteirista de marcos como Operação Yakuza, de Sydney Pollack (1974), Trágica Obsessão (1976), de Brian De Palma, Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese, e A Outra Face da Violência, de John Flynn (1977). Estreou na direção em 1978 com Vivendo na corda bamba. Voltou a repetir a parceria com Scorsese nos roteiros de Touro indomável (1980) e A última tentação de Cristo (1988). É diretor de Hardcore – No submundo do sexo (1979), do bressoniano Gigolô Americano (1980) e Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos (1985), sobre o polêmico escritor japonês.
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: 007 - CONTRA SPECTRE



Sinopse: James Bond (Daniel Craig) vai à Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal sobre a misteriosa organização chamada Spectre.

Na ultima reedição do livro 1001 Filmes para ver antes de morrer, 007 - Operação Skyfall estava na lista de filmes indispensáveis para serem vistos e não é para menos. Com começo, meio e fim bem amarrados, a trama era independente dos eventos dos filmes anteriores, mas prestava uma verdadeira homenagem a toda franquia e nos brindou com o passado do protagonista que até então desconhecido. Comandando por Sam Mendes (Beleza Americana), Operação Skyfall poderia encerrar a franquia ali com louvor, mas a maquina que faz dinheiro sempre fala mais alto.
Direto ao ponto: 007 Contra Spectre é inferior a Skyfall, mas não quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário. Para começar o roteiro novamente retorna aos eventos dos primeiros filmes estrelados pelo sempre competente Daniel Craig (Cassino Royale e Quantum of Solace), além de interligar com o que aconteceu no filme anterior. Nesse ponto eu achei desnecessário, já que Skyfall funcionava de forma independente, mas no decorrer da projeção você vai esquecendo um pouco disso.
De volta na cadeira de cineasta, Sam Mendes decide novamente repaginar algumas histórias e formulas clássicas já vistas ao longo desses mais de cinquenta anos de franquia e trás de volta uma organização já conhecida pelos fãs: SPECTRE. Visto pela primeira vez nos primeiros filmes de Bond (mais precisamente em Moscou contra 007) Spectre é uma organização secreta, cujo objetivo é lucrar na participação de atentados, ou até mesmo prestando serviço secretamente para outros governos.  Nessa nova releitura, a organização não somente estava envolvida em todos os eventos dos últimos filmes, como também nas tragédias pessoais do protagonista.
Não é segredo para ninguém que essa organização seria a mais nova pedra no sapato para o agente, pois o próprio título dizia isso, mas o grande problema é a falta do elemento surpresa. Na realidade ele existe e é muito bem filmado, orquestrado e bem conduzido (atenção para a cena da reunião da organização que é soberba), mas ao invés dos produtores terem guardado esse momento a sete chaves, eis que os próprios trailers entregavam essa revelação e frustrando aqueles que esperavam por algo imprevisível. O último filme do Exterminador do Futuro, por exemplo, foi vitima dessas revelações antecipadas, mas pelo visto não serviu de exemplo sobre o que não deve ser divulgado antes do lançamento de um filme. 
Como esse momento de elemento surpresa acabou sendo desperdiçado, eis que os roteiristas inventam que o vilão da organização chamado Franz Oberhauser (Christoph Waltz, novamente ótimo) tem uma forte ligação com (novamente) o passado do herói. Se em Skyfall o passado de Bond foi colocado na mesa de uma forma inesperada e positiva, aqui o retorno as suas raízes perde o efeito e sentimos a sensação de algo forçado nisso, infelizmente. Compreendemos que a intenção dos produtores desde Cassino Royale foi a de não se esquecer do que foi visto anteriormente, mas para isso nunca é demais se esforçar um pouco para se criar algo de novo na trama.
Se não for agradar aos novos fãs, pelo menos os mais velhos serão agraciados com velhas formulas que fizeram da franquia um sucesso sendo revistas novamente. Se no final do filme anterior determinados personagens conhecidos que, ganharam caras novas, retornaram ao universo de Bond, isso é fortalecido ainda mais com o retorno de beldades das quais ele sempre gostou de conquistar. Monica Bellucci e Stephanie Sigman possuem presenças marcantes, embora curtas, mas é Léa Seydoux (Azul é a Cor Mais Quente) é a que se torna a Bond Girl clássica, embora seja muito clara a intenção dos criadores em transformá-la no que foi Eva Green no primeiro.
Em termos de cenas de ação o filme não decepciona, muito embora elas nunca superem a sequência inicial que abre o filme e que se passa no México. Boa parte dos 300 milhões de orçamento investidos para o filme (o maior da franquia) com certeza foi investido nesses primeiros minutos, pois ele é recheado e movido de figurinos, efeitos visuais, edição de arte e fotografia de encher os olhos. O filme abre com belíssimo plano sequência que, nos dá vontade de aplaudirmos em pé, mas ao mesmo tempo lamentar quando ele acaba. 
Com um final que não deixa nenhuma ponta solta e que encerra de uma forma satisfatória, 007 – Contra Spectre deixa somente uma pergunta no ar sobre qual será o futuro da franquia, pois o que começou em Cassino Royale se encerra com certa dignidade aqui. James Bond irá voltar? Como todo velho fã sabe, com 007 não se vive somente duas vezes!


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