Sinopse: James Bond (Daniel Craig) vai à
Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona),
sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond
seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale
em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre
em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus
colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal
sobre a misteriosa organização chamada Spectre.
Na ultima reedição do livro
1001 Filmes para ver antes de morrer, 007 - Operação Skyfall estava na lista de
filmes indispensáveis para serem vistos e não é para menos. Com começo, meio e
fim bem amarrados, a trama era independente dos eventos dos filmes anteriores,
mas prestava uma verdadeira homenagem a toda franquia e nos brindou com o
passado do protagonista que até então desconhecido. Comandando por Sam Mendes (Beleza
Americana), Operação Skyfall poderia encerrar a franquia ali com louvor, mas a
maquina que faz dinheiro sempre fala mais alto.
Direto ao ponto: 007 Contra
Spectre é inferior a Skyfall, mas não quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário.
Para começar o roteiro novamente retorna aos eventos dos primeiros filmes
estrelados pelo sempre competente Daniel Craig (Cassino Royale e Quantum of
Solace), além de interligar com o que aconteceu no filme anterior. Nesse ponto
eu achei desnecessário, já que Skyfall funcionava de forma independente, mas no
decorrer da projeção você vai esquecendo um pouco disso.
De volta na cadeira de
cineasta, Sam Mendes decide novamente repaginar algumas histórias e formulas
clássicas já vistas ao longo desses mais de cinquenta anos de franquia e trás de
volta uma organização já conhecida pelos fãs: SPECTRE. Visto pela primeira vez
nos primeiros filmes de Bond (mais precisamente em Moscou contra 007) Spectre é
uma organização secreta, cujo objetivo é lucrar na participação de atentados,
ou até mesmo prestando serviço secretamente para outros governos. Nessa nova releitura, a organização não
somente estava envolvida em todos os eventos dos últimos filmes, como também
nas tragédias pessoais do protagonista.
Não é segredo para ninguém que
essa organização seria a mais nova pedra no sapato para o agente, pois o próprio
título dizia isso, mas o grande problema é a falta do elemento surpresa. Na
realidade ele existe e é muito bem filmado, orquestrado e bem conduzido (atenção
para a cena da reunião da organização que é soberba), mas ao invés dos
produtores terem guardado esse momento a sete chaves, eis que os próprios
trailers entregavam essa revelação e frustrando aqueles que esperavam por algo imprevisível.
O último filme do Exterminador do Futuro, por exemplo, foi vitima dessas revelações
antecipadas, mas pelo visto não serviu de exemplo sobre o que não deve ser
divulgado antes do lançamento de um filme.
Como esse momento de
elemento surpresa acabou sendo desperdiçado, eis que os roteiristas inventam
que o vilão da organização chamado Franz Oberhauser (Christoph Waltz, novamente
ótimo) tem uma forte ligação com (novamente) o passado do herói. Se em Skyfall o
passado de Bond foi colocado na mesa de uma forma inesperada e positiva, aqui o
retorno as suas raízes perde o efeito e sentimos a sensação de algo forçado
nisso, infelizmente. Compreendemos que a intenção dos produtores desde Cassino
Royale foi a de não se esquecer do que foi visto anteriormente, mas para isso
nunca é demais se esforçar um pouco para se criar algo de novo na trama.
Se não for agradar
aos novos fãs, pelo menos os mais velhos serão agraciados com velhas formulas
que fizeram da franquia um sucesso sendo revistas novamente. Se no final do
filme anterior determinados personagens conhecidos que, ganharam caras novas, retornaram ao
universo de Bond, isso é fortalecido ainda mais com o retorno de beldades das
quais ele sempre gostou de conquistar. Monica Bellucci e Stephanie Sigman
possuem presenças marcantes, embora curtas, mas é Léa Seydoux (Azul é a Cor
Mais Quente) é a que se torna a Bond Girl clássica, embora seja muito clara a
intenção dos criadores em transformá-la no que foi Eva Green no primeiro.
Em termos de cenas de
ação o filme não decepciona, muito embora elas nunca superem a sequência inicial
que abre o filme e que se passa no México. Boa parte dos 300 milhões de orçamento
investidos para o filme (o maior da franquia) com certeza foi investido nesses
primeiros minutos, pois ele é recheado e movido de figurinos, efeitos visuais, edição
de arte e fotografia de encher os olhos. O filme abre com belíssimo plano sequência
que, nos dá vontade de aplaudirmos em pé, mas ao mesmo tempo lamentar quando
ele acaba.
Com um final que não deixa nenhuma ponta solta e que encerra de uma forma satisfatória, 007 – Contra Spectre deixa somente uma pergunta no ar sobre qual será o futuro da franquia, pois o que começou em Cassino Royale se encerra com certa dignidade aqui. James Bond irá voltar? Como todo velho fã sabe, com 007 não se vive somente duas vezes!
Com um final que não deixa nenhuma ponta solta e que encerra de uma forma satisfatória, 007 – Contra Spectre deixa somente uma pergunta no ar sobre qual será o futuro da franquia, pois o que começou em Cassino Royale se encerra com certa dignidade aqui. James Bond irá voltar? Como todo velho fã sabe, com 007 não se vive somente duas vezes!
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