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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Cine Curiosidade: Novo trailer de Star Wars 7 bomba na internet.



Para o bem ou para o mau, o novo trailer de Star Wars: O Despertar da Força é o assunto do momento para os cinéfilos. Embora seja um bom trailer, se percebe que os criadores estão mostrando pouca coisa e guardando, talvez, inúmeras surpresas que possam vir nessa nova trilogia. Será que teremos um grau de surpresa tão grande quando o clássico “Luke, eu sou o seu pai”? Só o tempo irá dizer!


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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Numa Escola de Havana



Sinopse: Sinopse: O menino Chala (Armando Valdes Freire) tem uma vida difícil em casa com a mãe viciada em drogas e tem de sustentá-los treinando cães para rinha. Na escola não é diferente, ele vive brigando com colegas, mas tem um respeito profundo pela professora Carmela (Alina Rodríguez). Ela tem de se afastar da escola por problemas de saúde, causando a tristeza de Chala, que corre o risco de ir para um internato por causa da nova professora.
Cada vez mais nos damos de encontro com o cinema cubano e Numa Escola de Havana é o mais novo exemplar, do qual nas entrelinhas, questiona o seu próprio regime, através do oficio do professor, cujo seu papel estar em ensinar e até mesmo colocar nos trilhos a vida desagrada de certos alunos. O filme possui altas doses de licenças poéticas, mas não esconde um alto grau de verossimilhança, transformando a produção em algo cru, mas muito bem visto aos nossos olhos. Vemos aqui a história da professora Carmela (interpretada pela ótima Alina Rodriguez), uma veterana em sua profissão, muito respeitada por todos, sendo que, inclusive, ela ajudou na formação de alguns de seus colegas de profissão mais jovens.
Porém, ela tem um neto doente e vai visitá-lo no hospital, que fica num bairro distante de sua casa e da escola onde ela trabalha. De volta para sua casa depois da visita, ela é acometida de um enfarte e é substituída por uma professora mais nova, para o desanimo do jovem aluno Chala (interpretado brilhantemente por Armando Valdes Freire), um garoto problema e que somente respeita Carmela. Com a veterana professora fora de cena, o menino se envolve em inúmeros problemas de disciplina e vai para uma escola que é uma espécie de pequeno reformatório para alunos como ele.
Quando Carmela volta novamente em cena, ela não aceita a situação de Chala e o retira do tal reformatório, trazendo-o de volta para a escola habitual e tomando conta do menino. Obviamente, as instâncias educacionais superiores não vão se conformar com essa atitude independente de Carmela, mas há o problema dela ser uma excelente profissional com muitos anos de carreira e simplesmente mandar ela embora não é das decisões mais fáceis. 
É um filme tocante sobre a professora militante e seu aluno “rebelde sem causa” que ela vai recuperar com afeição e carinho, algo que raramente se vê no mundo real dos professores de hoje, mas que nunca é tarde em acreditar que exista certas Carmelas por ai. Licença poética a parte, o filme vai muito além da relação professora e aluno. A situação sem solução de Chala também é analisada e ela se enlaça muito bem com o que vemos no nosso mundo real.
Boa parte da indisciplina dos alunos vem de uma mutilação familiar elevada, que é justamente o caso de nosso pequeno protagonista, que tem uma mãe prostituta e drogada, onde o filho mais a sustenta do que o contrário. O menino, inclusive tem um ofício que desperta repulsa, mas que ao mesmo tempo desejamos que ele se livre disso. Ele cuida de cachorros para rinhas.
Cabe então uma menina, pela qual ele esta apaixonado, não queria nada com ele justamente por seu ofício, o que faz Chala repensar novas formas de se ganhar dinheiro na vida. À propósito, a menina que se chama Yeni (interpretada por Amaly Junco), é outra personagem interessante, já que ela não podia ter uma matrícula regularizada, pois seu pai era de outra região de Cuba e, pelas regras, ele vivia de forma ilegal na região de Havana. Chala também tem um amigo, cujo pai estava na cadeia por ser opositor do regime. Essas sub-tramas nos mostram as críticas que os cineastas de lá parecem que agora podem fazer ao regime, assim como outros filmes vindos de lá como Ruan dos Mortos. 
Dessa forma, Numa Escola de Havana é mais um filme que nos dá a chance de ter uma ideia sobre o dia a dia de Cuba contemporânea e que tem mais liberdade de criticar os procedimentos do governo para com a sociedade. Um filme comovente e com altas doses de reflexão, pois embora com políticas diferentes da nossa, é uma trama que facilmente nos identificamos com ela.    


Em Cartaz na sala Cinebancários: Rua General da Câmara 424. Horários: 15h, 17h e 19horas  



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Cine Dica: TRABALHAR CANSA NA CINEMATECA CAPITÓLIO

Leia a minha critica sobre o filme clicando aqui. 
A partir de 20 de outubro, a Cinemateca Capitólio resgata um dos filmes mais importantes da nova geração do cinema brasileiro: Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra. Os filmes Minha Irmã, de Ursula Meier, O Futuro, de Miranda July, e Tudo Perdoado, de Mia Hansen-Løve, seguem em exibição.    

Trabalhar Cansa estreou na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2011. Com o surgimento do horror no drama cotidiano de um casal de classe média de São Paulo, o filme introduz a semente do mal-estar contemporâneo brasileiro tão presente em filmes como O Som ao Redor e nos recentes Casa Grande e Que Horas Ela Volta?.

Marco Dutra estará em Porto Alegre para ministrar o curso A linguagem e os códigos do cinema de terror, no dia 20 de outubro, oferecido pelo Vagalume – Laboratório de Estudos em Audiovisual e Educação, projeto do Programa de Alfabetização Audiovisual que nasce com o objetivo de ser um espaço de reflexão, experimentação e trocas de experiências sobre o audiovisual e a educação, entre professores e estudantes da Rede Pública de Ensino. Mais informações: http://alfabetizacaoaudiovisual.blogspot.com.br/2015/08/vagalume-laboratorio-de-estudos-em.html



TRABALHAR CANSA

(Brasil, 2011, 100 minutos)

Com Helena Albergaria, Marat Descartes, Naloana Lima

Direção: Juliana Rojas e Marco Dutra.



Helena (Helena Albergaria) é uma dona de casa que resolve abrir um minimercado. Tudo vai bem até Otávio (Marat Descartes), seu marido, perder o emprego. A partir de então estranhos acontecimentos tomam conta do local, afetando o relacionamento do casal com a empregada doméstica.

 

GRADE DE HORÁRIOS

20 a 25 de outubro de 2015



20 de outubro (terça)

16:00 – O Futuro, de Miranda July

18:00 – Minha Irmã, de Ursula Meier

20:00 – Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra



21 de outubro (quarta)


Programação fechada



22 de outubro (quinta)


16:00 – Tudo Perdoado, de Mia Hansen-Love

18:00 – Minha Irmã, de Ursula Meier

20:00 – Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra

  
23 de outubro (sexta)

16:00 – O Futuro, de Miranda July

18:00 – Minha Irmã, de Ursula Meier

20:00 – Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra



24 de outubro (sábado)

16:00 – Tudo Perdoado, de Mia Hansen-Love

18:00 – Minha Irmã, de Ursula Meier

20:00 – Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra



25 de outubro (domingo)


16:00 – O Futuro, de Miranda July

18:00 – Minha Irmã, de Ursula Meier
20:00 – Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cine Especial: JOHN CARPENTER: ELE VIVE: Parte 3



Nos dias 24 e 25 de outubro eu estarei no Cine Capítulo, participando do curso John Carpenter: Ele Vive, criado pelo Cine Um e ministrado pelo escritor, cineasta e especialista em Cinema  Fernando Mantelli. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei destrinchar sobre os principais filmes desse cineasta que está entre os mais cultuados da história do cinema.
  
Fuga de Nova York (1981)
 
Sinopse: Em 1997 Nova York se tornou uma prisão de segurança máxima, onde estão os piores criminosos. Se fugir de lá é impossível entrar é no mínimo insano, mas quando o avião do Presidente (Donald Pleasence) cai em Manhattan, é oferecida a liberdade a um condenado e herói de guerra (Kurt Russell) para resgatar o mandatário.

Após o Caso Watergate, no início dos anos 1970, e após o enorme sucesso do filme Desejo de Matar estrelado por Charles Bronson, John Carpenter escreveu um roteiro que juntava características dos dois eventos. Do primeiro, os elementos políticos e sociais que foram integrados à exploração da cidade de Nova York e violência do segundo. O resultado disso tudo é que Fuga Para Nova York acabou se tornando um dos melhores e mais populares filmes da carreira de John Carpenter, onde sempre é lembrado na lista de grandes produções da década de oitenta.
Kurt Russell já havia trabalhado com Carpenter anteriormente e realizam mais uma parceria bem sucedida. A criação do anti herói de poucas palavras tornou-se icônica pela cara mal encarada e o tapa olho característico. Mesmo silencioso a maior parte do tempo, é um personagem com presença cênica e carrega em si a simbologia de um nome feito nas ruas, a partir da tatuagem de cobra que tem na barriga, garantido seu perfil brucutu.
Ao assistir está produção clássica, se percebe que há sequências de ação bem diferentes das vistas hoje. Ainda não havia apreço por cenas de lutas coreografadas como balé, nem utilização de cortes rápidos. A produção tem somente um conciso polo de ação (o resgate do presidente) e nesta situação que se desenvolve pequenos conflitos e embates que surgem no caminho desta missão.

 O Enigma do Outro Mundo (1983)

Sinopse: Antártica, inverno de 1982. Na remota Estação 4 do Instituto Nacional de Ciências dos Estados Unidos estão 12 homens (cientistas e operários), que observam com espanto um norueguês tentar de todas as maneiras matar um cão, tanto que invade a estação e atira até nos americanos, mas é morto. O helicóptero, que trouxe o intruso, explode, matando os outros tripulantes e a razão daquilo fica sem explicação. Após isto o cachorro fica na base e os americanos começam a querer saber o que realmente aconteceu. O piloto de helicóptero J.R MacReady (Kurt Russell) se oferece para viajar até a base norueguesa e tentar achar alguma explicação. Chegando lá descobrem que o local foi destruído e descobrem um corpo mutilado, que parece de uma pessoa. Eles o levam para a base americana para ser estudado e só então surgem pistas do acontecido, pois o cachorro se transforma em uma terrível criatura que ataca os pesquisadores.


John Carpenter se tornou um cineasta conhecido por fazer tanto filmes de terror como de ficção e na união desses dois mundos é que ele gerou então O Enigma de Outro que, ao lado de Blade Runner, está entre os filmes mais cultuados da década de 80, mas no principio não foi nada fácil. O filme estreou apenas duas semanas após E.T. nos cinemas americanos, e pegou o mundo inteiro apaixonado pelo fofo alienígena. Talvez devido a isso, o alienígena grotesco visto nesse filme foi massacrado pelos críticos e rejeitado pelo público, mas nada que o tempo não repare esse grande erro da história cinematográfica.
O alienígena em s tem a habilidade de morfar e assumir a forma de qualquer coisa que come. Quem está acostumado a ver a Mística na franquia  X-Men se transformando não faz idéia do que é realmente uma metamorfose de um ser biológico, feita com um pouco mais de realismo. O trabalho aqui é feito com maestria e temos algumas das cenas mais nojentas da história do cinema.
E quem pensa que o filme é só banho de sangue se engana erroneamente. A trama chega a tal ponto em que ninguém sabe mais quem é humano e quem já foi devorado, Carpenter passa a trabalhar com grande elegância este lado do suspense. Todos começam a desconfiar uns dos outros, a tensão psicológica e a pressão chegam ao extremo à medida que os alienígenas são revelados das maneiras mais tenebrosas.  


Christine: o Carro Assassino (1983)

Sinopse: Arnie Cunningham (Keith Gordon) adora Christine, um carro modelo 1958 Plymouth Fury que não está em seu melhor estado. Decidido a restaurá-la a qualquer custo, Arnie dedica todo seu tempo para ela, o que faz com que se afaste dos amigos e da própria realidade. Leigh (Alexandra Paul), sua namorada, e Dennis (John Stockwell), seu melhor amigo, procuram o antigo dono de Christine e descobrem que o mesmo aconteceu com ele, antes de vender o carro. É quando eles chegam à conclusão que o único meio de resgatar Arnie é destruindo Christine.

Christine – O Carro Assassino é um filme baseado na obra literária de Stephen King chamada de Christine.  Tanto o filme como o livro tenta mostrar ao publico a relação entre um homem obcecado pela maquina, mostrando uma relação de “amor” tanto por Christine como por Arnie Cunningham (Keith Gordon) que é um adolescente tímido que sofre a pressão e brincadeiras de mau gosto de um grupo de delinquentes de sua escola. Isso até ele comprar Christine. Eis o ponto chave da história, Christine não é simplesmente um carro comum, é um carro que possui vontade e sentimentos próprios. Sentimentos que são capazes de matar qualquer pessoa que tentasse se intervier entre a obsessão de Arnie e Christine. 
O filme, apesar de ter um publico alvo em comum com os filmes de terror e suspense produzidos nos dias de hoje, foi feito para uma geração com pensamentos diferentes das gerações atuais. Se formos ir a fundo com relação ao propósito do filme na época de seu lançamento, podemos afirmar ainda hoje que ele conseguiu alcançar seu objetivo graças ao teste do tempo. Um dos grandes clássicos da tv aberta, principalmente para aqueles que assistiam Cinema em Casa as tarde no SBT.


StarMan O Homem das Estrelas (1984)

Sinopse: Starman, um inocente alienígena vindo de um planeta distante que aprende o que significa ser um homem apaixonado. Quando sua espaçonave é abatida nos céus de Wisconsin, chega à isolada casa de Jenny Hayden (Karen Allen), uma jovem e tristonha viúva, e clona o corpo de seu falecido marido. O alienígena convence Jenny a levá-lo até o Arizona, explicando-lhe que se ele não for resgatado por sua nave mãe em três dias, ele morrerá.

Mais um filme que marcou a geração dos anos 80, principalmente para aqueles que assistiam a Sessão das dez do SBT. Esse filme de John Carpenter  pode ser considerada uma mudança de rumo na carreira do diretor que até então havia se especializado nos gêneros do terror e ficção científica, como nos clássicos Halloween, Fuga de Nova York e O Enigma de Outro Mundo. Aqui Carpenter faz um filme que apesar de poder até ser considerado uma ficção científica, mas possui muitos elementos humanos, dramáticos e até mesmo românticos.
A história do filme lembra bastante a de alguns clássicos de Steven Spielberg, como Contatos Imediatos do Terceiro Grau, em que criaturas de outro planeta visitam a Terra e fazem contato, mas principalmente E.T: O Extra Terrestre, em que a tal criatura alienígena é ajudada por seres humanos para voltar de onde veio. Aqui o objetivo do personagem de Bridges é chegar a tal localidade que seria onde encontraria outros de sua raça para voltar para seu planeta natal. E se ele não conseguir chegar no prazo estipulado morreria aqui na Terra, assim como E.T. 
O filme ainda encontra espaço para o romantismo: a personagem de Allen era muito apaixonada e não conseguiu esquecer seu falecido marido, imagina o que isso faria com a cabeça de qualquer pessoa, ver a pessoa amada na sua frente de novo, voltando à vida, embora saiba que outro ser está ocupando seu corpo. Jeff Bridges está tão bem no papel que acabou ganhando uma indicação ao Oscar de melhor ator. O filme viria a gerar uma série de TV, também exibida pelo SBT na época e gerando um grande sucesso.  
  
 Interessados no curso devem se dirigir na pagina do Cine Um clicando aqui. 

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