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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Cine Especial: CINEMA DE AUTOR: PARTE 1



Nos dias 26 e 27 de  setembro,  eu estarei no Cine Capitólio,  participando do curso Cinema de Autor, criado pelo Cine Um e ministrado pelo pesquisador e professor com atuação nas áreas de Teoria do Cinema Prof. Dr. Fernando Mascarello. Enquanto atividade não chega, como sempre irei fazer umas postagens especiais com relação ao assunto. Como já participei de inúmeros cursos, faço aqui uma retrospectiva dos cineastas autores que já foram tema dos cursos do Cine Um. 


(NOTA: Acessem as matérias sobre cada diretor clicando no nome deles).



Inscrições para atividade cliquem aqui. 


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Cine Curiosidade: Novo featurette de ‘Evereste’ traz depoimentos de pessoas que escalaram a maior montanha do mundo

LONGA QUE ESTREIA EM 24 DE SETEMBRO CONTA A TRAJETÓRIA DE DOIS
GRUPOS DE EXPEDIÇÃO QUE QUEREM ALCANÇAR O TOPO DO EVERESTE
A Universal Pictures acaba de divulgar um novo vídeo promocional de “Evereste” (Everest), com cenas inéditas e depoimentos da equipe de produção do filme. No vídeo, o consultor chefe de alpinismo e o coprodutor do longa comentam sobre a experiência de escalar a maior montanha do mundo. 
A Universal Pictures acaba de divulgar um novo vídeo promocional de “Evereste” (Everest), com cenas inéditas e depoimentos da equipe de produção do filme. No vídeo, o consultor chefe de alpinismo e o coprodutor do longa comentam sobre a experiência de escalar a maior montanha do mundo.
Segundo o alpinista Guy Cotter, consultor chefe de alpinismo do filme, muitos perguntam a razão pela qual as pessoas arriscam suas vidas no Evereste. Para ele, uma das respostas é que durante a jornada até o topo, todas as preocupações e ansiedades da vida são esquecidas: “Você percebe que toda a bagagem que levamos é deixada para trás. Você se renova, é como um renascimento”, comenta. Já o coprodutor do longa, David Breashears – a 137ª pessoa a escalar o Evereste -, diz que nada se compara à primeira vez. “Nós éramos os únicos cinco na montanha acima de 6.500 metros e parecia tudo intocado e remoto, e a montanha pareceu muito grande”, conclui.
Filmado em partes na base do Evereste, no Nepal, o longa tem direção de Baltasar Kormákur (de “Dose Dupla”) e é produzido por Tim Bevan & Eric Fellner, da Working Title. Inspirado em relatos dos livros “No Ar Rarefeito”, de Jon Krakauer, e “Deixado para Morrer”, de Beck Weathers, o filme é uma adaptação de William Nicholson e do ganhador do Oscar Simon Beaufoy para os cinemas. No elenco estão Jason Clarke, Josh Brolin, John Hawkes, Robin Wright, Michael Kelly, Sam Worthington, Keira Knightley, Emily Watson e Jake Gyllenhaal.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: NOCAUTE



Sinopse: Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal), um lutador, trilha seu caminho rumo ao título de campeão enquanto enfrenta diversas tragédias em sua vida pessoal. Além das batalhas nos ringues, ele é forçado a lutar para conquistar o amor e o respeito de sua filha, em uma busca por redenção.


O boxe é sem sombra de dúvida o esporte mais bem sucedido dentro da história do cinema. Filmes como O Campeão, Rocky, Touro Indomável e Menina de Ouro, são bons exemplos, aonde os protagonistas buscam sua redenção particular dentro dos ringues. Porém, surge o problema de sempre da falta de criatividade que hoje assola o cinema de Hollywood, sendo que, não adianta usar uma fórmula de sucesso, quando começa a soar em nossos cérebros a sensação de que esse filme nós já assistimos antes.
Não que Nocaute, o mais novo trabalho do cineasta Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) seja um desperdício, muito pelo contrário, pois ele consegue já no primeiro minuto obter a nossa atenção e isso se deve somente a uma pessoa: Jake Gyllenhaal. Se a maioria do público ficou impressionada pelo desempenho e mudança de físico desse ator em O Abutre no ano passado, irá então se impressionar ainda mais com a mudança física vista agora nesse filme, onde nem de longe lembra aquele diabólico personagem e caçador de furos jornalísticos.
Mas mudança de físico só não basta para ter um bom desempenho, mas nisso Gyllenhaal entende. Embora o seu personagem seja um verdadeiro campeão nesse esporte, se percebe que ele não sabe fazer mais nada na vida a não ser lutar dentro do ringue. Com isso, o seu lutador Hope nos é apresentado com uma entidade incontrolável que, não mede esforços para vencer, mesmo não percebendo que está aos poucos se deteriorando por agir assim.
A situação é somente amenizada graças à presença de sua filha e esposa (Rachel McAdams, de Sherlock Holmes) que consegue amenizar a fúria que se encontra dentro da fera. Infelizmente uma tragédia abala o universo desse boxeador, lhe fazendo perder tudo e recomeçar do zero. Infelizmente, quando se era para o filme ficar mais emocionante e interessante a partir desse ponto, eis que a previsibilidade entra em cena no roteiro e fazendo com que já tenhamos uma idéia de como tudo isso irá terminar.
Talvez não seja o problema de não haver um fator surpresa no roteiro que acaba não nos impressionando, mas na forma como ele vai sendo nos apresentado é o que o torna meio sem sal. Bom exemplo disso é a presença de Forest Whitaker (O Ultimo Rei da Escócia) que, mesmo nos brindando com uma boa interpretação, acaba não ajudando muito na situação, pois os seus conflitos e os motivos que o levam em querer treinar Hope para que ele volte ao topo, são nos apresentados de uma forma muito econômica e que, se não fosse por isso, renderia bons momentos da trama, infelizmente. Falando de economia, dá para perceber Antoine Fuqua teve certo receio de ser comparado a outros filmes do gênero como Rochy, pois as cenas em que Hope é treinado passam que voando na tela, o que acaba não gerando nenhum pouco de empolgação vinda da nossa parte.
Contudo, as cenas de lutas no ringue nos rendem bons momentos, aonde a montagem frenética, embalada com uma boa trilha sonora de hip hop contorna o problema de nós já sabermos como tudo isso irá acabar. Quando filme acaba, nos sentimos satisfeitos, mas ao mesmo tempo conscientes do que tudo que nos foi apresentado poderia ter sido muito melhor. Nocaute talvez venha a ser lembrado como um filme que tinha tudo para se tornar uma grande obra, mas que faltou um pouco mais de coragem da parte dos realizadores. 

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Cine Dica: O Pequeno Quinquin de Bruno Dumont entra em cartaz


O PEQUENO QUINQUIN ENTRA EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL

A partir de terça-feira, 15 de setembro, a versão cinematográfica da celebrada série de televisão O Pequeno Quinquin, dirigida por Bruno Dumont, entra em cartaz na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar). O filme será exibido em cópia digital em alta definição. Na sessão das 15h, o filme será exibido integralmente, com um pequeno intervalo entre os episódios 2 e 3. Na sessão das 19h, exibiremos dois episódios do filme a cada dia. Confira os detalhes na grade de programação. O valor do ingresso é R$ 8,00.

 
O PEQUENO QUINQUIN
(P'tit Quinquin)
França, 200 minutos
Direção: Bruno Dumont
 
Em O Pequeno Quinquin, o capitão de polícia Van der Weyden e seu parceiro Carpentier investigam a descoberta de uma vaca morta preenchida com restos humanos dentro de um galpão alemão abandonado após a Segunda Guerra. Enquanto buscam respostas, eles são seguidos pelo pequeno Quinquin, um menino que cria confusão por onde passa junto com seus amigos e a namorada que toca trombeta.
 
Destacado pela crítica francesa como um encontro entre Twin Peaks, Freaks e Monty Python, O Pequeno Quinquin foi originalmente exibido como uma minissérie da TV francesa. A primeira comédia de Bruno Dumont foi destaque na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes de 2014 e eleita o melhor filme do último ano pela prestigiada revista francesa Cahiers du Cinéma.
 
Bruno Dumont Nasceu em Bailleul, França, em 1958. Dirigiu os longas A vida de Jesus (1993), vencedor do prêmio Caméra d’Or no Festival de Cannes; A Humanidade (1999, 23ª Mostra), vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes; 29 Palms (2003), Flandres (2006, 30ª Mostra), Grande Prêmio do Júri em Cannes; O Pecado de Hadewijch (2009), Fora de Satã (2011, 35ª Mostra) e Camille Claudel 1915 (2013).
 
GRADE DE HORÁRIOS
15 a 20 de setembro de 2015
 
15 de setembro (terça)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 1 e 2, 97 minutos) 
 
16 de setembro (quarta)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 3 e 4, 100 minutos)
 
17 de setembro (quinta)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 1 e 2, 97 minutos)
 
18 de setembro (sexta)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 3 e 4, 100 minutos)
 
19 de setembro (sábado)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 1 e 2, 97 minutos)
 
20 de setembro (domingo)
15:00 – O Pequeno Quinquin
19:00 – O Pequeno Quinquin (episódios 3 e 4, 100 minutos)

  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: O HOMEM COMUM



Sinopse: O cineasta Carlos Nader começou a acompanhar a vida do caminhoneiro Nilson de Paula em 1996. Transportador de porcos, ele então era casado e pai de uma menina. De lá para cá, morte, doença, recomeço e muita estrada fizeram parte da história deste homem comum.


Há pessoas que possuem vidas fascinantes, onde a realidade e ficção por vezes se confundem. Claro que há histórias de vidas humildes que, nada oferecem para a história da humanidade, mas que não são menos do que fascinantes. Em maior ou menor grau, as vidas das pessoas são mais do que genuínas, são na realidade, universos particulares e cheios de detalhes, das quais nenhuma câmera cinematográfica pode registrar elas como um todo. Durante de 20 anos, Carlos Nader (Eduardo Coutinho, 7 de Outubro) se dispôs a interpelar homens comuns com questões metafísicas: “A vida faz sentido para você?”. “A vida te parece estranha?”, perguntas como essas foram feitas ao caminhoneiro Nilson e, a partir da resposta inicial dele, Nader passou a registrar a trajetória desse homem e de sua família. 
Durante essas duas décadas, o cineasta acompanhou nascimentos, mortes e viu a debilidade alcançar o corpo de Nilson. Ao mesmo tempo, Nader foi engenhoso, ao criar  um paralelo aos  acontecimentos de Homem Comum com trechos do clássico A Palavra, de Carl Th. Dreyer, um filme em preto e branco e de muita beleza. O longa dinamarquês trata sobre a morte, mas indo além, abordando a dificuldade em aceitar a vida em toda a sua estranheza em seu percurso. Seria capaz o homem de vencer Deus e superar a morte? No cinema, pelo menos isso acontece, mas em até certo ponto é claro! 
Nader vai mais além, ao registrar Nilson desembarcando porcos para um abate. Não há como não ficar aflito pelo destino de cada um deles, pois o cineasta não hesita em focar os olhares  de tristeza e apreensão que os animais estão sentindo naquele momento. Se para o homem existem conflitos e duvidas com relação à vida e a morte que, é colocado em cheque durante o documentário, o que sobra para esses animais que não pediram para estarem ali?
A ligação do mundo real com a vida fantástica ainda se desdobrará num terceiro momento, uma vez que Nader refaz de modo pessoal, determinadas sequências da obra de Dreyer. Essa terceira camada amplia ainda mais o Homem, uma vez que se torna possível reescrever grandes obras que já foram dadas como definitivas. Talvez essa intenção de reescrever a obra de Dreyer seja uma justificativa para o cineasta nos pregar uma peça com relação ao destino de Nilson, sendo que, há uma cena, da qual ela poderia ser vista segundos antes da subida dos créditos, mas ele optou para ela ser usada de uma forma que desconcertasse aquele que assistisse.
Acima de tudo, Homem Comum é um filme sobre a fé ou da falta dela e que tenta registrar o que leva as pessoas a seguir em frente, mesmo quando a vida não faz nenhum sentido. Talvez cada ser desse mundo tenha uma missão, resta saber qual ela seria. O importante é deixar algo de bom exemplo para aqueles que continuam e provando que sua vida não tenha sido em vão.
Mesmo com pouca duração, se percebe que Nader criou um filme com tamanha complexidade e rara inteligência, da qual  infelizmente, não se encontra muito hoje em dia no nosso cinema.


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