Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Whiplash - Em Busca da Perfeição Leia a minha critica já publicada clicando aqui. Sinopse: O
solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o
melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana como fez
Buddy Rich, seu maior ídolo na bateria. Após chamar a atenção do
reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons),
Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a
melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência
com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão,
fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso
coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde
física e mental. Acima Das Nuvens
Sinopse: No auge da carreira Maria Enders é convidada para atuar numa remontagem da peça que a tornou famosa há 20 anos. Naquela primeira versão ela atuou no papel de Sigrid uma jovem sedutora que leva sua chefe Helena ao suicídio. Agora no entanto ela é convidada para o outro papel o de Helena. Maria viaja com sua assistente para ensaiar em Sils Maria uma região remota dos Alpes. O papel de Sigrid é dado a uma jovem estrela em ascensão em Hollywood com uma inclinação para polêmicas. Loucas pra casar Sinopse: Depois de ser deixada no altar e descobrir que o noivo fez a mesma coisa com outras duas mulher procura as outras vítimas para criar um plano de vingança contra o sedutor.
Sinopse: Este
documentário retrata a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia
nascida no Alabama, e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos
direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970,
ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte
de um juiz e quatro detentos. Nesta época, ela se tornou a mulher mais
procurada dos Estados Unidos. Ainda hoje, Angela é um símbolo da luta pelo
direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.
Assistir a Libertem
Angela Davis (em exibição no IMS-RJ) no calor do que foi a corrida presidencial
brasileira é, por isso, melhor do que todo o noticiário junto. O documentário
de Shola Lynch sobre o processo movido contra a ativista negra americana nos
Estados Unidos dos anos 1970 mostra abundantemente o que nos falta hoje, no
Brasil dos 2000: política. Não se trata de política nova ou velha, mas de
política em seu sentido renovador, incômodo e polêmico. Para usar a formulação
lapidar de Jacques Rancière, a política só acontece quando há desentendimento,
quando aquele que não pode falar em determinado momento ou lugar toma a palavra
para dizer o que não se quer ou espera que diga. Desejar, exigir, se
situar no presente, vislumbrar o futuro. Foi isso que Angela Davis, os Panteras
Negras e simpatizantes de todo o mundo fizeram à custa de um desentendimento
tão profundo que envolveu morte, prisão, processo, rompimentos e discussão.
Mas, em nosso peculiar dicionário político, desejar, exigir e se situar (para
vislumbrar o futuro) viraram sinônimos de acordos e consensos. São verbos cuja
conjugação supostamente exclui as refregas, inevitáveis quando eles são usados
de forma honesta e consequente. Política para valer,
que vale a pena, lembra a História, não se faz com a tepidez dos bons modos.
Pois eles sempre favorecem aqueles que não querem sair do lugar.
Ventos de Agosto
Sinopse:Agosto. Um
pesquisador de som de ventos alísios desembarca em uma pacata vila de
pescadores e abala a rotina de Shirley (Dandara de Morais), que trabalha em uma
fazenda, e Jeison (Geová Manoel dos Santos), praticante da pesca submarina. A
maré está alta, os ventos fortes e a vila nunca mais será a mesma.
O cineasta Mascaro
disseca com profundidade os personagens de forma tão honesta e verdadeira que
impressiona. Mas não pensem que é uma história comum, vista muitas vezes no
cinema. Ventos de Agosto é uma mostra do cotidiano de pessoas que se limitam a
viver na escassez até do próprio sonhar, onde qualquer situação fora do normal
daquela rotina se torna um grande acontecimento no lugar onde eles vivem. É um retrato do Brasil que
não aparece nos noticiários, um Brasil que não conhece o Facebook nem vai
perder seu tempo querendo saber o que é whatsapp. Ventos de Agosto é uma
tentativa válida de mostrar que o cinema também pode ser visto como poesia.
Para ajudar nessa validação, a fotografia do filme beira ao espetacular o que nos
proporciona flashes de um nordeste lindo. Esse trabalho merece ser visto pelo
público, precisamos conhecer nossas belezas e nossas histórias. Esse também é o
nosso Brasil.
A Sony Pictures informa que o
lançamento nos cinemas brasileiros do filme A ENTREVISTA (The Interview) está
confirmado para o dia 29
de janeiro/2015 (data em que ele estava originalmente agendado.) A
estreia será nacional.
No Brasil, seu lançamento em
qualquer outra plataforma (home entertainment, VOD, etc), seguirá as janelas
habituais com datas a serem definidas.
Informações sobre cabines de
imprensa serão enviadas em breve.
Em novembro do ano passado, aconteceu o segundo festival de curtas metragens de A Hora do Cinema no Santander Cultural de Porto Alegre. O festival nada mais é do que uma forma de ver curtas metragens engenhosos, originais e que dificilmente poderia se ver no circuito tradicional. Abaixo imagens dos melhores momentos do evento.
Compositor de Trilhas sonoras Daniel Ramalho, juntamente com a Atriz Araci Esteves
Geral do grupo na Entrega da premiação
Ator, Diretor, Produtor Leonardo Machado, juntamente com a Atriz Araci Esteves
O Cinema e os Quadrinhos surgiram praticamente juntos, no final do século XIX. Naquela época os experimentos cinematográficos buscavam o refinamento tecnológico que proporcionasse a experiência dos filmes em grande escala para audiências cada vez maiores. A própria gramática do Cinema não havia ainda encontrado sua forma definitiva naqueles tempos pioneiros. Simultaneamente, os Quadrinhos se consolidavam como uma forma popular e barata de "narrativa pictórica". Surgiam, portanto, novas formas de contar histórias, além da Literatura e do Teatro.
A ideia de narrativas ilustradas por imagens vem desde o tempo dos homens das cavernas, que rabiscavam suas "histórias" nas rochas. A inevitável aproximação dos Quadrinhos com o Cinema se deu desde os primeiros momentos. Os pioneiros irmãos Lumière (créditos historicamente como criadores do Cinema) buscaram inspiração numa "história em quadrinho" da época para um dos pequenos filmes curtos apresentados na histórica primeira sessão de cinema, em dezembro de 1895, num Café em Paris.
Há, sem dúvida, grandes diferenças entre a tela de cinema e uma página de revista, no entanto, as duas linguagens são em certa medida complementares, pois são fruto da cultura de massa. Por surgirem quase simultaneamente, Cinema e Quadrinhos compartilham características, sem perderem suas particularidades narrativas. Ao longo do tempo, em épocas distintas, se aproxima e se afasta do universo dos Quadrinhos. Atualmente estamos vivendo um dos momentos mais fortes desta relação. O espetacular resultado financeiro das adaptações cinematográficas da última década consolidou um formato hegemônico que conquista cada vez mais e mais público. Mas, fica a pergunta: "Até quando dura esta Era de Ouro?"
OBJETIVOS
O curso QUADRINHOS NO CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO, ministrado por André Kleinert, vai passar a limpo a história da relação entre Cinema e Quadrinhos, analisando as linguagens; as principais adaptações; a estética dos Quadrinhos que influencia o Cinema e vice-versa; a importância das grandes editoras e a estratégia da indústria cinematográfica.
Não é necessário nenhum pré-requisito para participar desta atividade. O curso é aberto ao público em geral interessado no tema.
TEMAS
Como ocorre a aproximação entre os Quadrinhos e Cinema? Os pontos em comum entre as linguagens formais das duas mídias.
Universos paralelos / Universo único: os níveis de realidade em que Cinema e Quadrinhos se relacionam.
Origens das indústrias cinematográficas e dos quadrinhos: perspectiva e semelhanças históricas.
Cineastas quadrinistas ou Quadrinistas cineastas? Artistas que transitam entre as duas mídias;
Seriados cinematográficos: os primórdios da transposição cinematográfica dos quadrinhos.
Marvel e DC: breve história editorial e a saga de seus principais heróis na tela grande.
Alan Moore e Frank Miller: a acidentada trajetória de dois mestres no cinema.
As principais escolas e gêneros dos Quadrinhos adaptados para o Cinema. Quadrinhos underground e independentes norte-americanos.
Terror: como as editoras EC Comics e Warren Publishing influenciaram o horror cinematográfico moderno.
França (Metal Hurlant, Asterix e Lucky Luke); Itália (Tex, Danger Diabolik e o vasto universo dos fumetti) e Japão (mangás - samurais, ficção científica, magia e super-heróis).
Brasil: o talento multimídia de José Mojica Marins ("Zé do Caixão"); Ivan Cardoso e Paulo Biscaia Filho.
A pós-modernidade na relação Quadrinhos x Cinema.
Ministrante: ANDRÉ KLEINERT
Autor (juntamente com Hiron "Goida" Goidanich) da "Enciclopédia dos Quadrinhos" (Editora L&PM). Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e diretor de programação do Clube de Cinema de Porto Alegre. Escreve regularmente sobre cinema e música. Criador do blog "Anti-Dicas de Cinema".
Sinopse: Um jovem baterista (Miles Teller) sonha em ser o melhor de sua geração. Com o treinamento de o revenciado e impiedoso mestre do jazz, Terence Fletcher (JK Simmons), o músico começa a ultrapassar todos os seus limites, inclusive tomando atitudes que jamais pensou que tomaria.
No filme Shine, o protagonista (Geoffrey Rush) relembra os seus primeiros dias de dedicação para ser um mestre pianista, mas que ao mesmo tempo quase lhe custou a sua saúde mental. São exemplos como esse onde nascem os verdadeiros gênios que, se dedicam ao que mais amam, mas para atingir a perfeição, correm o risco de não saírem ilesos. Em Whiplash - Em Busca da Perfeição essa teoria vai ao extremo, onde aluno e mestre se digladiam, mas ao mesmo tempo se ajudam para alcançar os seus objetivos.
Andrew (Miles Teller) sonha em ser o melhor baterista da musica do Jazz e se dedica todos os dias através dos seus instrumentos musicais. Tenta provar que é o melhor no ramo para o seu professor, o severo Terence Fletcher (JK Simmons), mas mal sabe o árduo caminho que irá percorrer. Um duelo verbal, físico e mental, que irá colocar ambos não só um contra o outro, como também a eles mesmos.
Grande vencedor do Festival de Sundance em 2014, Whiplash - Em Busca da Perfeição não é precisamente um filme sobre jazz, mas também sobre todo aquele que busca os seus objetivos de tal modo que, não importa o que aconteça, desde que chegue lá. Tanto Andrew como Terence tem algo em comum, que é a busca pela perfeição. Um deseja ser o gênio no que faz e o outro busca esse gênio, nem que para isso humilhe os seus alunos e arrancando até mesmo sangue dos seus dedos. A questão sobre ética, sobre o que é certo e errado estão presentes, mas elas pouco se destacam, dando á entender que, para realizar os seus sonhos, deve-se ultrapassar os seus limites.
São daí que talvez venha os verdadeiros gênios, não importando qual a profissão que venha a ser, pois no final das contas eles vão dizer para que realmente vieram e ser sempre lembrados. Miles Teller (Projeto X) e JK Simmons (trilogia original do Homem Aranha) nos brindam com os melhores desempenhos de suas carreiras, num verdadeiro duelo de gato e rato, mas que ao mesmo tempo há um ar de respeito um pelo outro. Terence enxerga potencial em Andrew, mas nem por isso irá baixar a sua imagem agressiva e Andrew, mesmo odiando Terence em vários momentos, acredita que irá puxar dele uma aprovação do seu talento.
Tecnicamente o filme é um verdadeiro show em termos de montagens. As cenas em si são um verdadeiro balé, onde nada se escapa de foco, desde a ponta das baquetas, ao respingar de suor e sangue durante os treinos e apresentações. Vindo do vergonhoso O Último Exorcismo: Parte II, Damien Chazelle tem o seu primeiro grande desempenho como cineasta e esperasse que prossiga com esse bom calibre na direção.
Com um final de encher os olhos, onde se atinge o ápice sobre o que realmente os protagonistas procuravam, Whiplash - Em Busca da Perfeição atinge em cheio aqueles que buscam a realização dos seus sonhos, não importam qual gênero ou profissão, desde que consiga alcança-lo.