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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cine Dicas: Em Cartaz: Duas ótimas dicas de um cinema mais alternativo



 Libertem Angela Davis



Sinopse: Este documentário retrata a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia nascida no Alabama, e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte de um juiz e quatro detentos. Nesta época, ela se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos. Ainda hoje, Angela é um símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.


Assistir a Libertem Angela Davis (em exibição no IMS-RJ) no calor do que foi a corrida presidencial brasileira é, por isso, melhor do que todo o noticiário junto. O documentário de Shola Lynch sobre o processo movido contra a ativista negra americana nos Estados Unidos dos anos 1970 mostra abundantemente o que nos falta hoje, no Brasil dos 2000: política. Não se trata de política nova ou velha, mas de política em seu sentido renovador, incômodo e polêmico. Para usar a formulação lapidar de Jacques Rancière, a política só acontece quando há desentendimento, quando aquele que não pode falar em determinado momento ou lugar toma a palavra para dizer o que não se quer ou espera que diga.
Desejar, exigir, se situar no presente, vislumbrar o futuro. Foi isso que Angela Davis, os Panteras Negras e simpatizantes de todo o mundo fizeram à custa de um desentendimento tão profundo que envolveu morte, prisão, processo, rompimentos e discussão. Mas, em nosso peculiar dicionário político, desejar, exigir e se situar (para vislumbrar o futuro) viraram sinônimos de acordos e consensos. São verbos cuja conjugação supostamente exclui as refregas, inevitáveis quando eles são usados de forma honesta e consequente.
Política para valer, que vale a pena, lembra a História, não se faz com a tepidez dos bons modos. Pois eles sempre favorecem aqueles que não querem sair do lugar.

 



Ventos de Agosto



Sinopse:Agosto. Um pesquisador de som de ventos alísios desembarca em uma pacata vila de pescadores e abala a rotina de Shirley (Dandara de Morais), que trabalha em uma fazenda, e Jeison (Geová Manoel dos Santos), praticante da pesca submarina. A maré está alta, os ventos fortes e a vila nunca mais será a mesma.

O cineasta Mascaro disseca com profundidade os personagens de forma tão honesta e verdadeira que impressiona. Mas não pensem que é uma história comum, vista muitas vezes no cinema. Ventos de Agosto é uma mostra do cotidiano de pessoas que se limitam a viver na escassez até do próprio sonhar, onde qualquer situação fora do normal daquela rotina se torna um grande acontecimento no lugar onde eles vivem. 
É um retrato do Brasil que não aparece nos noticiários, um Brasil que não conhece o Facebook nem vai perder seu tempo querendo saber o que é whatsapp. Ventos de Agosto é uma tentativa válida de mostrar que o cinema também pode ser visto como poesia. Para ajudar nessa validação, a fotografia do filme beira ao espetacular o que nos proporciona flashes de um nordeste lindo. Esse trabalho merece ser visto pelo público, precisamos conhecer nossas belezas e nossas histórias. Esse também é o nosso Brasil.



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