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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: Parte 4

Com o Homem de Aço nos cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que Superman teve no cinema ao longo de sua historia.

SUPERMAN LIVES: O FILME QUE NÃO FOI.

 Em 1996, Kevin Smith propôs fazer um filme Superman de Jon Peters e um ano depois, ele escreveu um roteiro, baseado no Death and Return of Superman série, intitulado "Superman Lives". Peters aprovou o roteiro sob três condições ímpares que Kevin Smith vagamente aceitou - 1. Superman tem que usar um traje todo preto 2. Superman não voa no filme 3. Superman luta contra uma aranha gigante no final. O script pode ser lido aqui- http://www.script-o-rama.com/movie_scripts/superman-lives-script.html
Tim Burton foi contratado para dirigir o filme e 30 milhões dólares foram investidos no projeto. No entanto, Superman Lives foi abandonado principalmente devido a diferenças criativas com Peters. Burton passou a dirigir A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, e sempre diz que e ele  perdeu um ano inteiro com Superman Lives. Houve também uma briga entre Kevin Smith e Tim Burton.

  
Aqui está como o filme teria sido de elenco: 

Superman-Nicholas Cage
Lex Luther-Kevin Spacey
Brainiac-Tim Allen
Lois Lane-Courtney Cox
Jimmy Olsen, Chris Rock

Abaixo, deixo o possível enredo do que poderia ter sido o filme naquela época. 

O navio do crânio de Brainiac está viajando pelo espaço quando ele pega uma transmissão enviada por Lex Luther. Brainiac é acompanhado por seu capanga robô L-Ron. Lex está procurando ajuda extraterrestre para derrotar Superman. Brainiac, que sua missão é a de absorver a tecnologia possuída pelo Erradicador (uma entidade AI na forma do navio que trouxe Kal-el para a Terra), vai para o nosso planeta. De volta à Terra, Superman frustra uma situação de reféns que foi orquestrada por Pistoleiro.
Brainiac e Luthor se encontram na Lexcorp e eles concordam em trabalhar juntos para derrotar o seu inimigo comum, Superman. Os dois vêm com o ShadowCaster, uma grande rede como escudo que quando colocar no espaço, ele bloqueia a luz do sol, que é claro dar Superman seus poderes. Luthor empresta sua tecnologia e a ShadowCaster se torne operacional.
Superman pede a Lois  em casamento, mas ele é rejeitado. Ele se sente enfraquecido, mas ele vem para investigar um pouso forçado em Metrópoles. Ele confronta Doomsday que foi enviado por Brainiac. Superman e Doomsday tem um confronto mortal até o ponto do herói ser derrotado. Superman é declarado morto e tem um funeral para ele em que há uma aparição feita por ninguém menos que o Batman! O corpo de Superman acaba na Fortaleza da Solidão, onde ele está sendo revivido pelo Erradicador.  Superman tem uma seqüência de sonho onde conversa com o pai e descobre que o Erradicador foi programado para esta ocasião.
Durante a ausência de Superman, Lex Luthor tenta fazer Brainiac o novo "herói" da Terra. Usando um holograma para exibir uma frota alienígena, Lex engana o público a pensar que o ShadowCaster está escondendo a Terra de uma armada alienígena. Lex ainda ostenta uma camisa ridícula com "Eu sou um maníaco por Brainiac" nele. Lois e Jimmy Olsen estão céticos. Superman está de volta e seus pés o Erradicador se transforma em uma armadura que simula os poderes do  Superman e é um modelo preto e prata. Superman então encontra Brainiac.
Lois e Jimmy desativam a geração de holograma que revela ao público que a armada era uma farsa. Superman, então, mostra-se no fato com o Erradicador. Em seu excesso de confiança, Brainiac inadvertidamente revela como destruir o ShadowCaster. Superman em seguida, voa para o espaço.O Erradicador se sacrifica para tirar o Sistema ShadowCaster. Com a luz solar que atinge a Terra mais uma vez, Superman tem seus poderes de volta. Brainiac está chateado, ele se transforma em como uma aranha mecânica e, em seguida, é hora da batalha.

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Cine Dica: SESSÃO AURORA APRESENTA OBRA-PRIMA POLÍTICA DE JOHN CARPENTER

A Sessão Aurora apresenta neste sábado, 3 de agosto, às 18h, na Sala P. F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro), Eles Vivem, uma das principais obras de John Carpenter. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora e do Zinematógrafo.

O filme parte da chegada de John Nada (Roddy Piper) a uma Los Angeles de conflitos estéticos, onde miséria e riqueza contrastam nas esquinas, nas lojas e nos supermercados. A concentração do poder, através da mídia, do capital econômico e cultural, se faz presente no cotidiano de todos os habitantes, mesmo que de forma invisível. John, trabalhador autônomo, andarilho das cidades em busca de empregos para seguir se alimentando, é o retrato da mão de obra braçal das metrópoles em meio ao desenvolvimento vertical. Enquanto trabalha na construção civil, o protagonista logo percebe a movimentação de um pequeno grupo que age no submundo da cidade para tentar revelar a grande farsa pela qual a classe dominante exerce seu poder. Utilizando óculos especiais, ele consegue ver o que realmente está por trás de cada imagem que compõe o cenário da cidade.
Fruto de uma década consagradora para o cinema de Carpenter – momento em que o cineasta lança filmes como A Bruma Assassina, Christine, o Carro Assassino, Enigma do Outro Mundo e Fuga de Nova York –, Eles Vivem é um de seus trabalhos mais abertamente políticos, dono de uma ironia crítica fulminante que transcende as questões mais pontuais de sua época. Do ponto de vista estético, para além de seu conteúdo ideológico, o filme também é sintomático na obra do americano, com destaque para a célebre e longa sequência na qual dois personagens trocam socos e pontapés em um beco de Los Angeles.

Eles Vivem (They Live), EUA, 1988, cor, 93 minutos. Direção: John Carpenter.
Com Roddy Piper, Keith David, Meg Foster, George 'Buck' Flower, Peter Jason, Raymond St. Jacques.
O filme será exibido em DVD com legendas em português.

 
SESSÃO AURORA
Eles Vivem, de John Carpenter
Dia 3 de agosto – às 18h
Sala P. F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro)
Entrada Gratuita



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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: WOLVERINE: IMORTAL

FOX APRENDE COM OS ERROS DO PASSADO E CRIA UMA TRAMA QUE RESPEITA A ESSÊNCIA DO HERÓI.  

Sinopse: Esta aventura épica cheia de ação leva Wolverine o mais icônico personagem dentro do universo X-men ao Japão moderno. Em um mundo desconhecido ele enfrenta seu nêmesis definitivo e uma batalha de vida ou morte que o deixará marcado para sempre. Vulnerável pela primeira vez pressionado até o limite ele confronta não apenas o mortal aço samurai mas sua própria imortalidade que emerge mais forte do que ele jamais viu.

Sempre quando começa a fazer muito frio aqui no RS, me faz me lembrar de uma HQ de Wolverine nº 28 da editora Abril, em que no inicio da trama o herói está no Canadá, dentro de uma lagoa, nu e caçando peixe. Embora simples a trama, é o que melhor sintetiza o que é o personagem, que embora seja mutante com poderes incríveis, ele não deixa de ser um ser humano, que prefere as coisas mais simples como viver na natureza e ao lado dos animais que o cercam como os lobos. Felizmente essas características finalmente surgem no inicio do filme Wolverine: Imortal, que após os trágicos eventos de X-Men 3, vemos o herói (Hugh Jackman, mais a vontade do que nunca com o personagem) abatido, como um eremita e sem nenhum rumo, mas apenas usando a natureza como o seu conforto.   
Limando por completo dos erros que cometeram em Wolverine: Origens, a Fox decidiu levar mais á sério a sua pepita de ouro e decidiu explorar um lado mais sombrio e humano do personagem. Para isso, decidiram adaptar a essência principal da clássica HQ Eu, Wolverine, em que vemos um personagem mais humano, se apaixonando pela personagem Mariko e tendo que encarar inúmeros samurais no sol nascente. Para isso, a idéia do personagem querer ser um mortal e ter a oportunidade de alcançar isso, através de alguém que ele salvou na explosão de Nagasaki (numa seqüência espetacular) é uma mera desculpa para o protagonista mudar de cenário e ter que encarar novos desafios até então inéditos para ele.
Vale lembrar que um dos principais problemas de Origens a meu ver, foi o acumulo desenfreado de inúmeros personagens inseridos ali sem propósito, mas que aqui é diferente, sendo que eles surgem por um motivo e por nossa sorte são muito bem explorados. Para nossa surpresa, a personagem Yukio (Rila Fukushima) é quem rouba a cena, ao se tornar uma espécie de companheira mirim de Logan e nos fazendo nos lembrar de suas parceiras jovens dos quadrinhos (vide Jubileu e kitty pryde). Os seus momentos em que contracena com o herói, principalmente num intenso momento no final do segundo ato da trama, estão entre os melhores momentos do filme.
Porém, a força matriz do filme está no relacionamento que Logan começa a ter com Mariko (Tao Okamoto), sendo que o nascimento de um possível amor entre eles nos convence, mesmo quando ela no principio demonstra certa frieza perante o protagonista. É interessante observar, que embora seja um filme de aventura e ação estrelado por um dos personagens mais populares das HQ, o filme não se intimida ao se entregar aos momentos de calmaria, onde o casal se mistura com a cultura japonesa e rendendo momentos singelos e muito bem construídos. Mas ao mesmo tempo em que isso soa positivo para o filme, acaba se tornando meio que estranho, quando de uma hora para outra surge às cenas de ação cheia de adrenalina (como as do trem) e fazendo a gente ter a sensação que os personagens entraram em outro filme completamente diferente do que a gente estava assistindo.
Além disso, o terceiro ato da trama acaba meio que se entregando ao esquema de entreter a todo o custo o espectador, sendo que a ação incessante desvirtuou um pouco a proposta inicial da trama. Para piorar, a vilã Víbora, mesmo perigosa em alguns momentos, não nos convence com suas caras e bocas pra lá de canastronas, que são vindas da atriz sem sal Svetlana Khodchenkova. Pelo menos, os minutos finais nos brindam com revelações importantes de certos personagens e da um novo rumo ao protagonista, que por fim, consegue vencer os seus demônios interiores (representado por certa ruiva conhecida nossa).  
Embora não tendo a perfeição de X-Men 2 e tão pouco de X-men: Primeira Classe, Wolverine: Imortal pelo menos respeita a nossa mentalidade em boa parte das mais de duas horas de projeção e comprova que os estúdios estão cada vez mais querendo melhorar através dos seus próprios erros. Resta saber se o equilibro de boa historia e entretenimento terá longa vida nas adaptações de HQ a seguir.

NOTA: Não deixe de ver o inicio dos créditos, pois nela há uma importantíssima cena extra, que da uma deliciosa dica do que virá ano que vem em X-Men: Dias do Futuro Esquecido. 


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Ultimo Desafio

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.  

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: Parte 3

Com o Homem de Aço nos cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que Superman teve no cinema ao longo de sua historia. 
  
 Superman 2 - A Aventura Continua 

Sinopse: Três perigosos prisioneiros do extinto planeta Krypton, que estavam confinados na Zona Fantasma, se libertam graças à uma explosão. O trio parte então para a Terra, onde passam a ter os mesmos poderes do Super-Homem, mas o objetivo deles é dominar o planeta.

Embora Richard Lester esteja creditado como diretor, muitas cenas desse segundo filme foram rodadas juntas com as do primeiro, mas infelizmente devido a divergências criativas com os produtores, Richard Donner acabou sendo afastado e sem poder concluir o trabalho que tinha  em mente com relação a segunda aventura. Felizmente boa parte do seu trabalho filmado está lá, sendo que até mesmo podemos diferenciar quando são cenas rodadas do Donner ou de Lester, já que esse ultimo sempre queria criar alguma piada lá ou aqui em determinadas cenas. Bom exemplo disso são algumas situações cômicas quando a trindade do mal sopra contra as pessoas de Metrópoles, onde claramente vemos o dedo de Lester se metendo.
Apesar desses deslizes, o filme chega há ser tão bom quando o primeiro, principalmente em colocar o herói num dilema: querer continuar sua batalha contra o crime, ou viver uma vida normal com Lois Lane. As cenas de Christopher Reeve e Margot Kidder, comprova uma química perfeita de ambos, rendendo cenas bem românticas e com direito até mesmo "cama" na Fortaleza da Solidão. Essa consumação do casal, alias, foi muito bem lembrada em Superman: O Retorno, mas isso fica para depois, na postagem que eu irei fazer sobre aquele filme.     
Mas como estamos falando de um filme Superman, o romance sede nos momentos certos para as cenas de ação, principalmente com há vinda do trio vilanesco, liderado pelo General Zod. Para muitos até hoje, Terence Stamp é sem sombra de duvida encarnação perfeita do personagem, onde sua presença e falas (ajoelhe-se perante Zod) se tornaram marcantes para os fãs. O ponto alto de toda a produção é quando os três vilões kryptonianos enfrentam o herói nos céus e ruas de Metrópoles.           
Por muito tempo (até a chegada de X-men: O filme), a super briga que acontece em Metrópoles era considerada o melhor exemplo de como se fazia uma boa cena de ação em uma adaptação de HQ. E olha que estamos falando de um período que nem existiam efeitos digitais ainda, sendo que tudo visto ali foi feito na raça e com o que tinha de recursos na época. Não tem como não entrar em êxtase quando Superman pega Zod, o rodopia e o joga num cartaz da Coca Cola de um prédio.

Embora com um final que soluciona alguns pontos da trama de uma maneira forçada (super beijo??), Superman II é ainda um bom exemplo de seqüência que não deve nada ao filme original. Uma pena que no terceiro filme, Richard Lester  teve total liberdade criativa em transformar o filme numa verdadeira comedia e que muitos fãs até hoje tentam esquecer.       

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Cine Dica: SALA P. F. GASTAL ESPERA RIVETTE

SALA P. F. GASTAL APRESENTA MOSTRA

COM FAVORITOS DE JACQUES RIVETTE


Pouco conhecida até mesmo entre os cinéfilos, a fascinante obra do diretor francês Jacques Rivette está chegando a Porto Alegre, em mostra que acontece na Sala P. F. Gastal entre os dias 6 e 11 de agosto, depois de ter passado pelo Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para introduzir o universo do cineasta, o cinema da Usina do Gasômetro (3º andar) promove entre os dias 30 de julho e 4 de agosto a mostra Esperando Rivette, com alguns dos filmes favoritos do cultuado realizador da Nouvelle Vague.
 Nos anos 1950, antes de começar a filmar, Jacques Rivette foi um dos críticos mais atuantes da primeira fase da revista francesa Cahiers du Cinéma, escrevendo textos que ajudaram a redefinir a história do cinema. No início da década de 1960, tornou-se chefe de redação da revista, possibilitando uma abertura editorial para jovens cinemas vanguardistas de países distantes, sem abandonar a paixão pelos clássicos e a reverência aos primeiros modernos do pós-guerra. Grande defensor da cinefilia, Rivette sempre faz questão de ressaltar a importância do ato de ver filmes como um passo fundamental para a formação do olhar.    
 A mostra Esperando Rivette apresenta nove longa-metragens lançados nos anos 1950 que contribuíram para compor o invejável repertório cinematográfico do realizador. A fase tardia de Fritz Lang, venerada por boa parte da crítica francesa da época, é representada pelos dois filmes que o mestre alemão realizou na Índia, O Tigre de Bengala e O Sepulcro Indiano. Outra incursão indiana presente na mostra é O Rio Sagrado, primeiro filme pós-exílio de Jean Renoir, nome tão influente para a geração da Nouvelle Vague que Rivette o apelidou de “patrão” numa série de documentários produzida nos anos 1960.
 Kenji Mizoguchi e Otto Preminger, dois exemplos de requinte naquilo que Rivette via como o grande mistério cinematográfico – a mise en scène –, estão presentes na mostra com dois impressionantes filmes a cores: A Imperatriz Yang Kwei-fei e Bom Dia, Tristeza. A relação entre cinema e teatro, um dos temas que encantou o jovem Rivette e acabou intensificado em sua filmografia, especialmente nos anos 1970, também ganha destaque em nossa programação com uma das obras-primas do dinamarquês Carl Theodor Dreyer, A Palavra.
 A virada do clássico para o moderno é outro tópico que ganhou atenção nos textos de Rivette. Em Hollywood, celebrava na obra de Howard Hawks, em filmes como O Inventor da Mocidade, um cinema preponderantemente físico, revelando “uma beleza que manifesta a existência pelo respirar e o movimento pelo andar”. Na Europa, Rossellini era o porta-voz do moderno com o seu Viagem à Itália, filme que o crítico aproximou à obra de Henri Matisse no influente artigo “Carta Sobre Rossellini”, publicado em 1955. Ainda no terreno moderno, será exibido Grilhões do Passado, um dos quebra-cabeças mais ousados de Orson Welles, autor que Rivette define como o pai da abusada geração hollywoodiana dos anos 1950 que ajudou a acender o pavio criador dos futuros cineastas da Nouvelle Vague. 

A mostra Esperando Rivette tem o apoio da distribuidora MPLC e da locadora E o Vídeo Levou e pode ser conferida em três sessões diárias.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: BOCA


Sinopse: Inspirado na autobiografia de Hiroto de Moraes Joanide (interpretado por Daniel de Oliveira), o filme é ambientalizado na Boca do Lixo, zona de prostituição em São Paulo durante os anos 1950 e 1960. Hiroto é um homem de família nobre que frequenta a região em busca de prazer, até que algo muda completamente em sua vida. Seu pai é assassinado e ele se torna o principal suspeito. Hiroto então entra na vida do crime e se muda para a Boca.

Destaque no Cine Pe 2012, onde venceu os prêmios de melhor direção, atriz para Hermila Guedes, direção de arte e trilha sonora, Boca narra a conturbada trajetória de Hiroito Joanides (Daniel de Oliveira ótimo como sempre). Ele reinou soberano na Boca do Lixo paulistana dos anos 1950 e 1960, envolvido em prostituição e drogas, que o levou há riquezas, mas ao mesmo tempo sempre perseguido pelas autoridades.
Visualmente o filme possui uma bela reconstituição de época, onde a fotografia com tons pastel remete bem aquele período. Por vezes, o filme se concentra na ação e também na investigação subjetiva das motivações de Hiroito, vagamente inspirada em sua autobiografia. Infelizmente o filme se perde em alguns momentos, devido a certas interpretações mecânicas do elenco secundário, sendo que Daniel de Oliveira é o que mais se esforça e carrega o filme todo nas costas, muito embora esteja anos luz de superar o seu melhor desempenho na carreira que foi em A Festa da Menina Morta.
Embora seja um tanto longo (mesmo sendo pouco mais de uma hora e meia), A Boca é uma pequena e interessante reconstituição dos fatos de uma pessoa, mas que na verdade a famosa Boca do Lixo tem muito mais a oferecer com relação a inúmeros fatos verídicos que aconteceram no auge de sua época.   


Em Cartaz: CineBancários: Rua General Câmara, nº 424 - Centro Porto Alegre. Sessões: 15h, 17h e 19horas.

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