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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: CARROS 2

PIXAR SAI DA PRIMEIRA CURVA PELA PRIMEIRA VEZ
Sinopse: McQueen volta à tona com seu melhor amigo Mate e precisará levar seus passaportes em um mundo de intrigas ação e comédia ao redor do mundo. Com um novo chefe eles irão disputar a Corrida dos Campeões.
Existem certos dias que desejamos que eles nunca chegassem, mas por mais que agente não queira, eles vem, e no caso do dia da Pixar em lançar um filme ruim finalmente chegou.
Não que carros 2 seja ruim de doer, muito pelo contrario, mas se compararmos as outras obras primas do estúdio, este esta muito aquém do esperado. Para começar, Carros não precisava de uma seqüência, era um filme que tinha começo, meio e fim, e se por um lado a historia não era essa as mil maravilhas, estava pelo menos no padrão da qualidade do estúdio.
Nesta seqüência, talvez o maior pecado tenha sido o estúdio ter colocado Mate como protagonista e deixar o Relâmpago no segundo plano e que por vezes desaparece. Mate é um bom personagem no primeiro filme, mas ele funcionava como coadjuvante cômico que abria a sua boca para fazer piadas (das muitas vezes) somente engraçadinhas, mas daí colocar ele como protagonista e abrindo a boca o tempo todo e soltando piadas sem graça, ai torna insuportável a situação. Outro deslize foi inventarem inúmeros novos personagens que somente desfilam na tela e nasceram unicamente para vender brinquedos e nada mais.
Talvez essa seqüência somente sirva para aumentar o charme do primeiro filme que poucos (como eu) viram, e quanto essa seqüência, vai ser a primeira e ultima (tomara) de um filme da Pixar a se tornar dispensável. Desde o primeiro Shrek, DreamWorks nunca esteve tão perto de ganhar seu segundo Oscar de melhor longa de animação como agora. Kung Fu Panda 2 é que eu diga.

Cine Especial: IRMÃOS COEN: Parte 1

Nos dias 30 e 31 de Julho estarei participando do curso sobre a vida e obra dos Irmãos Coen no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - P. Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esses grandes irmãos cineastas.   

GOSTO DE SANGUE
Uma pequena (e grande) homenagem ao cine noir de antigamente
Sinopse: Julian Marty (Dan Hedaya) é o dono de um bar numa cidade do Texas e desconfia que sua mulher, Abby (Frances McDormand), o está traindo com Ray (John Getz), um de seus empregados. Marty decide por contratar um detetive para segui-los, e acaba confirmando suas suspeitas. Ele então faz um novo acordo com o detetive, propondo que ele mate sua esposa e o amante dela enquanto ele estiver fora da cidade.
Foi a estréia do cinema dos irmãos Coen (Joel dirige, Ethan o produtor e ambos são criadores do roteiro). Sombrio e por vezes assustador, o filme é um pequeno clássico na linha do gênero film noir dos anos 40 e 50. Já em seu primeiro filme de carreira, os dois irmãos mostram todos os ingredientes que usariam nos filmes seguintes, com personagens excêntricos e situações mais excêntricas ainda e aliada ao mais puro humor negro. Destaque para Frances Mcdormand (Fargo) em um dos seus primeiros grandes papeis na carreira.

Curiosidades: O título original do filme é uma expressão que designa o estudo da mente de alguém que acabou de cometer um crime;
Gosto de Sangue foi concluído em 1982, mas apenas foi lançado comercialmente nos Estados Unidos dois anos depois;

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: Gainsbourg - O Homem Que Amava As Mulheres

‎ ‎Fatos verídicos e momentos surreais se mesclam para se criar uma fabula contemporânea  
Sinopse: Cinebiogradia do músico francês Serge Gainsbourg que cresce em Paris na década de 1940 quando era ocupada pelos nazistas. O filme passa ainda pela época de sucesso (1960) até sua morte em 1991.
Normalmente a transição de roteiristas e desenhistas de HQ para uma cadeira de diretor de cinema, por vezes não rendem bons frutos (vide Frank Miller com seu Spirit), mas Joan Star pode se tornar a mais bela e nova exceção. Vindo de uma carreira de mais de 20 anos no mundo dos quadrinhos por lá, Star tem seu primeiro grande filme como diretor cinema em Gainsbourg - o homem que amava as mulheres, produção que retrata em forma de fabula, os altos e baixos do cantor Françes Serge Gainsbourg. Em forma de Fabula, porque Star, desde o inicio dos créditos, retrata a historia do cantor em uma forma cartunesca, surreal, por vezes bem humorada e que não esconde suas origens do mundo das HQ, principalmente quando entra em cena o “outro eu” do protagonista, em forma caricatura dele mesmo, que por vezes age como sua consciência ou simplesmente o lado inocente de Gainsbourg que desperta sempre. Esse personagem, ilusório alias, é magistralmente interpretado pelo ator de Doug Jones que fez dentre outras coisas o fauno no filme O Labirinto do Fauno e antes mesmo de eu saber disso, já sabia que era ele pelos seus trejeitos e voz bem reconhecíveis.
A produção também foi feliz na escolha dos atores e Éric Elmonsino é a alma do filme. Nunca vi realmente o cantor da vida real, mas há quem diga que Elmonsino é idêntico a ele, tanto fisicamente, como na forma que o retratava e 90% do filme vão com tudo nas costas do ator, mas ele soube administrar muito bem atuando com uma  naturalidade excêntrica  e, desde já, esta entre as melhores interpretações que vi neste ano. Entretanto, o elenco secundário não fica atrás e Laetitia Casta da um show, nos poucos momentos em que aparece em cena, interpretando a musa Brigitte Bardot que foi uma das muitas mulheres que passaram na vida do cantor. Já Lucy Gordon (Bonecas Russas) atua nos momentos de alegria e tristeza da vida do protagonista, interpretando a cantora inglesa Jane Birkin que tentou de todo o custo colocar um pouco de juízo na vida de Gainsbourg.
Com uma bela fotografia e edição de arte que retrata de forma distintas certas épocas da França, Gainsbourg - o homem que amava as mulheres é a mais nova grata e boa surpresa vinda de lá, e com o sucesso desse filme, Joan Star pode muito bem realizar seu sonho de adaptar para o cinema uma de suas series de HQ de maior sucesso da França, O Gato do Rabino

Curiosidades: Esta não foi a primeira tentativa de se fazer um filme sobre a vida de Serge Gainsbourg, mas somente em 2010 a família permitiu que algo fosse feito na linha de "conto de fadas" criado por Sfar, que a pedido da família não revelou alguns segredos.
A atriz Laetitia Casta (Asterix e Obelix Contra César) fez comentários maldosos para o diretor sobre o professor de dança que ela teve para fazer a cena sexy de Brigitte Bardot na canção "Comic Strip";

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O RITUAL

PRETENCIOSO E PREVISIVEL
Sinopse: Michael Kovak (Colin O’Donoghue) é um seminarista cético e decidido a abandonar seu caminho na igreja, mas seu superior o orienta a passar um período no Vaticano para estudar rituais de exorcismo. Uma vez lá, suas dúvidas e questionamentos só aumentam na medida em que seu contato com o Padre Lucas (Anthony Hopkins), um famoso jesuíta exorcista, o apresenta o lado mais obscuro da igreja. É quando ele conhece a jornalista Angeline (Alice Braga), que investiga as atividades do religioso, e as suas reflexões sobre a crença no diabo e em Deus nâo param de crescer.
Um dos grandes problemas em se lançar um filme de terror cujo tema central é o exorcismo, imediatamente a critica especializada e o espectador ira comparar ao clássico O Exorcista. O que acaba sendo uma covardia, já que até hoje não houve produção com esse tema que superasse a obra máxima de William Friedkin. O Ritual sofre disso e negativamente, principalmente por não se esforçar em tentar ser algo de diferente, a trama demora por decolar e o meio e o final (reconfortante demais neste tipo de gênero) é um tanto que previsível para o meu gosto.
O diretor Mikael Håfström (1408) também foi infeliz na escolha do seu protagonista, pois Colin O’Donoghue esta muito longe em poder carregar um filme nas costas sozinho. Entretanto, os coadjuvantes de luxo se saem melhor, como no caso de Rutger Hauer e de Alice Braga, essa ultima alias, cumprindo bem o seu desempenho, mesmo com uma personagem que, caso não existisse na trama, não faria falta. Contudo, é Anthony Hopkins que da um reforço na produção, interpretando um padre, por vezes misterioso, por vezes sarcástico (principalmente na piada que relaciona ao clássico O Exorcista) e que por fim, rende os momentos mais assustadores da trama quando é possuído por um demônio, mas até isso acontecer, somos pegos aos inúmeros clichês como a falta de fé dos protagonistas, tantas vezes retratados em outros filmes.
Pelo visto, a menina demoniada Reagan ficara reinando por muito tempo como a personagem mais assustadora desse genero.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cine Especial: HAMMER: Parte 2

O ANTES E O DEPOIS
Ontem eu comecei a fazer matérias especiais referente aos estúdios Hammer. Hoje eu irei falar do antes e depois, mais precisamente o que eles fizeram fora os monstros tradicionais que nos conhecemos.


(Antes do sucesso) O MONSTRO DO HIMALAIA
sinopse: Peter Cushing é Dr. Dr. John Rollason, um botanista com sua esposa numa expedição ao Himalaia. Ele aguarda a chegada de uma outra expedição liderada por seu colega Dr. Tom Friend (Forrest Tucker), que irá explorar as montanhas a procura da criatura metade homem/metade fera chamada Yeti. Entre discussões e divergências de opiniões, eles descobrem que Yeti realmente existe e que há muito mais sobre ele que eles desconheciam...
Antes dos sucessos que veriam a seguir, os produtores da Hammer bem que tentaram fazer filmes de terror, mesmo com pouquíssimos recursos, e dessa época, a produção mais significativa foi O Monstro do Himalaia. Rodado em preto e branco, o filme acerta em concentrar num suspense psicológico, onde o monstro pode muito bem ser o próprio ser humano perante o desconhecido e que não sabe encarar o fato de que certas coisas não podem ser exploradas por não estarem preparados. Protagonizado pelo seu futuro astro Peter Cushing, o filme infelizmente se tornou um dos filmes mais obscuros do estúdio, mas que merece ser descoberto pelos que buscam um terror clássico de qualidade.


(Depois do sucesso): O CÃO DOS BASKERVILLES
sinopse:  Sherlock Holmes (Cushing) e Sir Henry Baskervilles (Lee) estão empenhados em resolver misteriosos casos de assassinato. Baseado em obra clássica do escritor escocês Conan Doyle. Hammer Films...
Após o sucesso de Drácula e Frankenstein, o estúdio poderia rapidamente continuar com produções que dessem seqüência aos filmes originais, contudo, eles tentaram arriscar também com outros personagens da literatura e Sherlock Holmes não ficou de fora. Adaptando um dos maiores clássicos protagonizados pelo personagem, o filme retrata muito bem as principais passagens do livro e agrada mesmo aquele leitor mais exigente que ama as historias do detetive,
Logicamente, a tarefa para a direção ficou a cargo de Terence Fisher, grande responsável pelos primeiros grandes sucessos do estúdio, e como não poderia ser diferente, os produtores e o diretor chamaram novamente seus atores de quilate, Christopher Lee e Peter Cushing. Esse ultimo, responsável em segurar a batata quente em interpretar justamente o protagonista, mas para Peter Cushing, foi somente mais um trabalho e seu desempenho como o maior detetive do mundo foi primoroso e certeiro. Lee por sua vez, é relegado a coadjuvante, contudo, o bom desempenho do ator se sobressai, mesmo em poucos momentos em que aparece na trama. Em se tratando de ser um filme da Hammer, a produção a aproveita para trazer todos os elementos que o estúdio tão bem explorou como mansão gótica, ambientes com neblina, uivos de lobos e aquele clima de trama sobrenatural
Curiosamente (no meu bem entender) a trama começa de uma forma que da a entender que o filme já era uma continuação de um filme anterior, talvez pelo fato dos atores (principalmente Cushing) estarem muito bem a vontade em cada um de seus papeis e a sensação que da, e que eles já estavam interpretando esses personagens a um bom tempo.
Por um motivo ou outro, O CÃO DOS BASKERVILLES foi a única passagem do estúdio pelo mundo de Sherlock Holmes, mas vendo o resultado tão positivo como ficou, eles poderiam muito bem ter feito as outras adaptações da serie de livros do personagem para o cinema, com grande qualidade e respeito perante aos fãs.

Cine Dica: Estréias no final de semana (08 07 11)

E ai gente. Atualmente quem vive no RS (como eu) esta enfrentando um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos e com isso a coisa complica. Devido ao frio e pelo fato de sair no final da tarde do serviço, ando perdendo alguns eventos cinematográficos que andam acontecendo em Porto Alegre, mas nem vou citar quais, porque só de pensar de ter perdido por causa do frio me enerva. Contudo, nem tudo esta perdido. Amanha por exemplo irei participar da sessão do Cineclube da ZH, com sessão e debate sobre o filme Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres, talvez, a melhor opção desse final de semana no circuito tradicional da capital gaucha. E se o tempo permitir irei a tarde em umas das sessões especiais do Fantaspoa que esta acontecendo na capital e ira se estender até dia 17 de Julho.


Confiram as estréias:

Gainsbourg - O Homem Que Amava As Mulheres
Sinopse: Cinebiogradia do músico francês Serge Gainsbourg que cresce em Paris na década de 1940 quando era ocupada pelos nazistas. O filme passa ainda pela época de sucesso (1960) até sua morte em 1991.


Cilada.com
Sinopse: Exposto pela namorada através de um vídeo na internet Bruno tenta refazer sua reputação mas tudo o que consegue é se meter em uma série de ciladas.brCilada.com é uma comédia sobre amor e traição que mostra o poder da internet em transformar pequenas intimidades e deslizes em fama e constrangimentos globalizados.


Daquele Instante em Diante
Sinopse: O Nego Dito Itamar Assumpção em um documentário que percorre sua trajetória musical, desde os anos da vanguarda paulista na década de 1980 até a sua morte aos 53 anos. Com depoimentos daqueles que conviveram com o artista, o filme reúne uma seleção de imagens raras garimpadas em acervos e arquivos particulares, mostrando sua presença antológica nos palcos e os momentos de intimidade entre os amigos e familiares.


O Ursinho Pooh
Sinopse: Um novo dia se levanta na floresta. Winnie acorda-se com uma fome de lobo e percebe que já não tem nada em casa para comer. Ele parte então em busca de comida, mas será mais complicado que o previsto. No caminho é interrompido por um concurso para encontrar um novo rabo para um dos animais da floresta. Na casa de um amigo está escrito: “Sai. Tenho coisas a fazer. Voltarei mais tarde”. Mestre Coruja interpreta ao seu jeito esta mensagem e todos na floresta, em breve, saberá que ele foi sequestrado por uma criatura misteriosa. Para o ursinho que só queria um pouco de mel, esta jornada vai se revelar cheia de surpresa.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cine Especial: HAMMER: Parte 1

A CASA CHEFE DO TERROR
Recentemente assisti ao filme Deixe-me Entrar, refilmagem do já cultuado filme Sueco Deixe ela Entrar. Sinceramente me surpreendi com a qualidade dessa refilmagem que a meu ver não era necessária, mas o que mais me surpreendeu foi o fato de ter sido criada pelos estúdios Hammer. Sim, o estúdio que durante muitos anos era sinônimo de filmes de terror de qualidade, mas que fechou as portas nos últimos anos da década de 70. Reabrindo agora nos EUA, resta saber se será o retorno dos velhos e bons tempos dos filmes de terror de qualidade ou se vai ficar somente na promessa. Enquanto essa resposta não chega, postarei apartir de hoje os filmes que assisti ate agora desse estúdio. Claro que não foi fácil, já que as locadoras atualmente com relação a filmes clássicos estão mais lá do que para cá, então não tive outro meio a não ser baixar esses grandes filmes pela internet. Abaixo, deixo os dois primeiros grandes sucessos do estúdio.

A Maldição de Frankenstein
Sinopse: O barão Victor Frankenstein, herdeiro de uma grande fortuna e iniciado nas ciências, decide criar uma criatura perfeita através de restos mortais, e fazê-la viver. Entretanto, nem tudo sai como o planejado.
O ano era 1957, o cinema de horror estava em decadência, os estúdios americanos estavam somente interessados em filmes de ficção cientifica e que explorasse a paranóia de uma possível guerra nuclear. O estúdio Universal, que antes era conhecida como carro chefe dos filmes de terror na época, viu sua própria formula ser usada até se desgastar de tal forma que não havia remédio. Coube então, um pequeno estúdio inglês dar uma revitalização ao gênero. Interessada em criar uma serie de filmes de terror, os estúdios Hammer partiram de inicio para o grande clássico da escritora Mary Shelley, Frankenstein, que já havia sido levado inúmeras vezes as telas pela Universal.
Tentando escapar de comparações, o diretor responsável na época Terrence Fisher, decidiu mais do que fazer uma adaptação do livro e sim uma nova releitura do conto. O resultado é mais do que satisfatório, principalmente pelo fato que pela primeira vez o publico vê quem é o verdadeiro monstro da trama, sendo o próprio cientista que cria a criatura e que não mede esforços para realizar seu objetivo. E isso foi possível graças ao extraordinário desempenho de Peter Cushing criando aqui o melhor Victor Frankenstein da historia do cinema. O filme também marca a estréia de uma parceria que duraria anos a fio, já que a criatura desse filme foi interpretada por ninguém menos que Christopher Lee, na época, mau sabendo que viria se tornar um dos grandes astros de filmes de terror. Para caracterização da criatura, os produtores e o diretor decidiram passar bem longe da imagem que ficou no imaginário popular graças ao filme de 1931, onde a criatura era Boris Karloff. Aqui, a criatura é horrenda e bestial e sua primeira aparição na pele de Lee é algo desconcertante e magnífico.
O filme foi um sucesso gigantesco e fez com que o estúdio levantasse as mangas para a criação de outros filmes de terror com monstros que antes eram visto somente em preto e branco pela Universal.

O VAMPIRO DA NOITE
Sinopse: Mais uma versão do clássico “Drácula”, de Bram Stoker. Neste filme, o Conde Drácula sai da Transilvânia em direção a Londres, em busca de novas vítimas. Entretanto, seus hábitos estranhos chamam a atenção do Dr Van Helsing, que passa se dedicar a exterminar o vampiro.
Um ano depois de A Maldição de Frankenstein, o trio Fincher, Lee e Cushing retornam neste que foi a grande revitalização do maior vampiro de todos os tempos para o cinema. Antes disso, Drácula (assim como seus irmãos Frankenstein e lobisomem) estava com a imagem desgastada depois de tantos filmes cada vez menos significativos pela Universal e somente Drácula de 1931 estrelado pelo inesquecível Bela Lagosi era bem lembrado. Entretanto, foi só Christopher Lee entrar em cena, caracterizado como o Conde, para que então ele entrasse para historia. A principio, o ator surge com sua presença imponente e a trilha sonora sinistra ajuda a causar apreensão ao publico. Mas o Conde aparentemente parece normal, mas pouco tempo depois, finalmente ele surge com os seus caninos cheios de sangue. O cinema de horror jamais foi o mesmo. Na época, o publico simplesmente ainda não estava muito acostumado com o cinema colorido no mundo do terror. O Vampiro da Noite foi definitivamente o ponta pé inicial para mudar esse quadro, mesmo com pouco recurso que o estúdio tinha em mãos. Mas se por um lado a produção aparentemente era barata, era muito bem compensada pelo ótimo elenco. Fora a presença magnética de Lee, seu oponente Dr Van Helsing foi magistralmente interpretado por Peter Cushing e muitos consideram (eu incluso) como o melhor interprete que atuou como o personagem. O embate de ambos no ato final da trama é antológico e empolgante, principalmente devido a fantástica trilha sonora composta por James Bernard que molda a seqüência eletrizante, e com isso, ele retornaria em inúmeros filmes do estúdio para compor suas trilhas.
Com o sucesso de A Maldição de Frankenstein e de O Vampiro da noite, o estúdio Hammer se estabeleceria como um dos grandes carros chefes do gênero de horror na época. Gerando assim inúmeras seqüências para os seus monstros, mas isso já é outra historia.