DISNEY CORRIGE OS ERROS PASSADO E DA TODA A SUA ATENÇÃO AO VERDADEIRO GANSO DOS OVOS DE OURO.
Sinopse: O Capitão Jack Sparrow retorna em mais uma aventura cheia de ação sobre verdade traição juventude. Ele começa sua jornada quando cruza com uma mulher de seu passado a filha do lendário Barba Negra. Sparrow está em busca da Fonte da Juventude e não sabe se a relação deles é amor ou se ela apenas é uma golpista que quer saber como chegar à fonte.
Por mais divertida que fosse a trilogia de Piratas do Caribe, ela sofria de dois grandes problemas. Primeiro era insistência do estúdio em tentar focar a historia nos personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley que por mais que fossem importantes na historia, não conseguiam 100% conquistar a simpatia do publico. E segundo grande problema foi o fato de terem criado mirabolantes historias no segundo e terceiro filme no qual tornou a historia de ambos um tanto que confusa em muitos momentos. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas retorna as raízes do primeiro filme cuja intenção era acima de tudo divertir do começo ao fim, mas sem deixar a peteca cair. Com uma historia bem mais limpa e acessível para todos que assistirem e finalmente o estúdio foca todas as suas atenções ao verdadeiro ganso dos ovos de ouro, Jack Sparrow.
Johnny Depp volta ao personagem de sua vida mais a vontade do que nunca. É impressionante que cada gesto, trejeitos, tanto na forma de andar como de agir e com suas piadas rápidas e certeiras consegue conquistar tão facilmente o publico, mas isso se deve logicamente a um dos melhores casamentos entre ator e personagem dos últimos anos, algo que não se via (em minha opinião) desde que Harrison Ford interpretou pela primeira vez Indiana Jones. E por conta disso, essa nova aventura é toda dele, do inicio ao fim, mas não é por isso que coadjuvantes serão dispensáveis, mas desta vez eles não atrapalham como no caso de Penélope Cruz que surge como um antigo amor e ódio de Jack Sparrow. Ambos já haviam trabalhado juntos no filme Profissão de Risco e pelo visto a química aqui novamente funciona com doses e de humor e sedução.
Geoffrey Rush volta a viver como um renovado Capitão Barbossa e assim como aconteceu nos filmes anteriores os momentos dele com Johnny Depp são impagáveis. De personagens novos, confesso que senti certa decepção com relação a Ian McShane como Barba Negra. Não que o ator esteja ruim, muito pelo contrario, mas o caso que ele interpreta um dos piratas mais conhecidos da historia, mas sua introdução na trama e de como ela foi criada me soou um tanto que insatisfatória, mas talvez seja pelo fato de eu ter ido com muita expectativa de ver como ficaria o personagem nas telas. Em contrapartida o novo casal, o religioso Philip (Sam Claflin) e a sereia Syrena (Astrid Bergés-Frisbey) possuem uma química bem boa e nada forçada, principalmente se compararmos aos personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley dos filmes anteriores.
Rob Marshall (Chicago, Nine) mesmo dirigindo um filme desse porte pela primeira vez, não se intimida nas cenas de ação e cria verdadeiros momentos de tensão e perigo como a fantástica seqüência do ataque das sereias, desde já, a melhor cena de ação do filme. Embora a aventura termine com algumas pontas soltas, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas poderia muito bem fechar com dignidade a saga do pirata Jack Sparrow nos cinemas, mas com 600 milhões de dólares na bilheteria mundialmente em apenas 12 dias, acho meio difícil a Disney largar tão cedo seu ganso dos ovos de ouro.