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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Delírio'

Sinopse: Sinopse: Masha, uma garota de 11 anos, muda-se com a mãe, Elisa, para a casa da avó, que sofre de demência. A família age como se o pai de Masha estivesse morto, o que a menina nega. Elisa começa a sentir a presença ameaçadora pela casa e passa a isolar a filha do mundo exterior para protegê-la.   

O termo pós-terror tem sido usado principalmente em filmes em que há uma transição visível entre o sobrenatural e situações que envolvem muito mais o nosso mundo real. Em alguns casos, por exemplo, a mente pode ter o papel primordial nestas tramas e revelando a sua principal faceta no decorrer do longa. "Delírio" (2025) é um longa aparentemente simples, mas cuja trama a gente se identifica mesmo com as fórmulas de horror nas entrelinhas.

Dirigido por Alexandra Latishev Salazar, no filme conhecemos uma menina de 11 anos chamada Masha, que se muda com a mãe Elisa para a casa da avó Dinia para cuidar da idosa que sofre de demência. Ao chegar ao local Masha está proibida pela sua mãe Eliza de falar do seu pai, assim como outros personagens masculinos dentro da trama. No decorrer do tempo estranhos momentos acontecem o que faz Eliza querer isolar mais a sua filha do mundo.

Para aqueles que buscam pelo horror tradicional, o filme pode decepcionar e muito, pois não há violência ou algo do gênero que venha a chocar. O que está em foco aqui é a questão do lado psicológico que é explorada no decorrer da trama, onde as personagens femininas já têm que enfrentar os seus próprios demônios interiores, mas ao mesmo tempo temendo por algo sinistro em volta da casa. Neste último caso, por exemplo, pode ser simplificado pela figura de um personagem masculino ambíguo, ou pelo lado folclórico que ronda a região já alguns anos.

Rodado boa parte dentro da casa, o local se torna cada vez mais claustrofóbico quando a personalidade das personagens centrais é colocada a prova e fazendo com que cada uma exploda na tela da sua maneira. Alexandra Latishev Salazar foca até que ponto é correto fugir daquilo ou daquele que lhe feriu um dia e até onde é necessário não tocar em assuntos que lhe tragam somente sofrimento. Por conta disso, a figura de uma mãe que sofre mal de alzheimer talvez se torne a única lúcida da trama, pois ela já não tem que se lembrar e sentir  algo que lhe feriu no passado e tendo somente que conviver no que acredita no presente para se dizer o mínimo.

Curiosamente, a jovem Masha me lembrou da pequena protagonista do ótimo "O Labirinto do Fauno" (2006), de Guilherme Del Toro", já que ambas fogem dos problemas do mundo real e adentram ao gênero fantástico através da literatura. O lado fantasioso da trama, por sua vez, surge através da sutileza, onde cada um tira a sua própria interpretação com relação ao que é visto na tela e fazendo com se levante inúmeras possibilidades. Ao final, constatamos que há uma linha fina que separa a lógica da fantasia, mas cabe cada uma separá-la da sua maneira.

"Delírio" é um curioso filme de horror psicológico que nos entrega mais perguntas do que respostas e que com certeza irá dividir a opinião do público ao longo da história.    

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