Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Casa de Dinamite'

Sinopse: Os radares em Fort Greely, Alasca, detectam um míssil nuclear. O presidente e sua comitiva devem usar o tempo limitado que têm para tentar derrubar o míssil antes que ele atinja Chicago.

Kathryn Bigelow construiu uma espécie de trilogia não oficial com relação à guerra, principalmente nos tempos pós 11 de Setembro. Se "Guerra ao Terror" (2010) retrata soldados sendo jogados em uma guerra cujo seu início ainda hoje é rodeado de polêmicas, por outro lado, "A Hora Mais Escura" (2012) é a busca pelo encerramento de um conflito, mas do qual continua até hoje inconclusivo. "Casa de Dinamite" (2025) é uma espécie de encerramento desta trilogia, mas da qual termina de uma forma abrupta e que com certeza irá incomodar muitas pessoas.

Na trama, acompanhamos as investigações norte-americanas perante a um atentado. Atingidos por um míssil não identificado, os Estados Unidos precisam correr para descobrir quem foi e determinar os responsáveis para garantir um ataque eficaz e ao mesmo nível. Porém, no decorrer da trama, a situação culmina de uma maneira irreversível.

Curiosamente, toda a trama gira em torno de 19 minutos em que é anunciado um míssil em direção aos EUA, mas cujo desdobramentos do decorrer disso assistimos através de três perspectivas interligadas. Assistimos, portanto, o núcleo desse sistema de defesa, mas do qual é movido por homens e mulheres que se acham intocáveis, mas que se tornam despreparados a partir do momento que se dão conta que não têm controle da situação desastrosa.

Kathryn Bigelow capricha na montagem de cenas, onde assistimos uma determinada situação de grande tensão, para posteriormente presenciarmos a mesma por outro ponto de vista. Se isso é sentido na live em que os responsáveis pela segurança não sabem o que fazer, o mesmo pode-se dizer daqueles que se encontram no lado de fora e que somente de forma gradual terão uma ligeira ideia do que está acontecendo. Imediatamente começamos a nos simpatizamos com alguns personagens, principalmente pelo fato deles não conseguirem manter o seu lado profissional e se entregando em uma tensão irreversível.

Além de claustrofóbico em alguns momentos, a cineasta acertou na escolha do seu compositor para a trilha sonora. O pianista e compositor alemão Hauschka capricha na construção de uma melodia sombria, da qual nos transmite um perigo que vem se aproximando e não devendo nada ao que nós assistimos em um filme de horror tradicional. Não me surpreenderia se ele viesse a ser indicado no Oscar do ano que vem pela categoria.

Com um elenco de peso, cada um exerce um papel primordial dentro da trama, sendo que cada um transmite a certeza que tudo acabará bem, pois foram formados acreditando que o país até então era intocável. Talvez a melhor atuação mesmo fique por conta de Idris Elba como o Presidente, já que ele transmite através do seu personagem uma pessoa insegura, mesmo tendo o cargo mais importante do mundo, mas não tendo uma noção do que fazer perante algo que pode custar a vida de milhares. Rebecca Ferguson também se sobressai ao interpretar a chefe de segurança do governo, mas acaba não escondendo o seu lado impotente ao se dar conta que poderá encarar o juízo final.

Curiosamente, as três perspectivas interligadas uma na outra culminam em algo não conclusivo e que poderá com certeza frustrar muitos. A meu ver, Kathryn Bigelow cria um paralelo com o nosso próprio mundo real, do qual é comandado por pessoas despreparadas e não tendo uma noção da responsabilidade que tem em mãos. Se os mais diversos sistemas de hoje são eficazes até certo ponto, o que dizer então da segurança nacional perante um inimigo que pode vir de dentro ou de fora do país e do qual deixa os poderosos cegos e não sabendo ao certo para onde disparar.

Embora crie uma onda de críticas devido ao seu final polêmico, "Casa de Dinamite" é um filme inquietante, do qual retrata uma guerra nuclear iminente, mas cujo seu final é inconclusivo, assim como o nosso futuro real nebuloso. 

Onde Assistir: Netflix.

     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

Nenhum comentário: