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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Cine Especial: 'Amor a Flor da Pele - 25 Anos Depois'

Da invasão de filmes orientais que acontece desde meados dos anos noventa, aqueles que trazem a assinatura de Wong Kar-wai estão entre os que mais chamaram a atenção para o fenomenal cinema produzido nas três Chinas (a China continental, a ex-colônia Inglesa Hong Hong e Taiwan). Distinto de muitos de seus colegas e ao mesmo tempo compartilhando com eles um gosto refinado pelo estetismo visual, os filmes de Har-wai também se destacam pelo forte apelo emocional. Desde "Amores Expressos" (1994), o diretor seduziu as plateias com sua visão romântica e ultra contemporânea dos desencontros amorosos.

"Amor à Flor da Pele" é o filme em que essa temática encontra uma forma que encaixa à perfeição. Ambientada em 1962, a obra narra os encontros de um homem e uma mulher, ambos casados, que se conhecem num hotel quando os respectivos parceiros estão longe. Entre os dois se tece uma teia de pequenos sentimentos, cumplicidade e erotismo sublimado, até que a história de amor esbarra nas convenções sociais e nunca chega a se efetivar. A nostalgia em tom amargo é reiterada pelo uso recorrente de duas canções na voz de Nat King Cole, Aquellos Ojos Verdes e Quizás, Quizás, que, por sua vez, repercutem os estados afetivos dos personagens.

O passar do tempo capturado em suas mínimas modificações, uma das obsessões do diretor (fortemente influenciado pelos primeiros trabalhos do francês Alain Resnais), é tornado visível aqui sob a forma de uma troca incessante dos vestidos usados pela protagonista, num total de 46. O figurino segue sempre o mesmo modelo, mas o tecido das roupas nunca se repete de uma cena para outra. O perfeccionismo do diretor se reflete também no tempo que demorou para completas as filmagens: 15 meses.

Em seu trabalho seguinte, "2046" (2004), Wong recupera e desenvolve elementos de "Amora Flor da Pele", como o personagem do escritor e o número do seu quarto de hotel neste título anterior, numa espécie de retomada quase musical do tema. No festival de Cannes de 2000, o filme ganhou os prêmios de melhor ator (Tony Leung) e de melhor contribuição técnica, para fotografia assinada por Christopher Doyle, Pin Bing Lee e William Chang.

"Amor à Flor da Pele" é um dos melhores filmes do início do século e do qual nos convida para testemunharmos o nascimento de uma relação que nos seduz facilmente. 

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