Sinopse: Moana viaja para os mares distantes depois de receber uma ligação inesperada de seus ancestrais.
"Moana" (2017) é um daqueles casos em que os Deuses do cinema sorriram para os estúdios Disney e nascedo assim um clássico instantâneo. Ao explorar o universo dos povos das ilhas da Polinésia, o filme não somente provou o seu lado diversificado, como também soube conquistar aquele público que estava esperando por algo novo.
Inicialmente projetado para ser uma série de tv, "Moana 2" (2024) tem a missão ingrata de dar continuidade ao sucesso do filme original, mas não significa que isso é de todo mal. Na trama, acompanhamos o reencontro de Moana e Maui para uma nova aventura pelos mares. Passados três anos desde a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia Moana de volta para águas perigosas e distantes da Oceania com um grupo improvável de marinheiros.
Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel e com sede de poder colocou sobre uma das ilhas de seu povo. A história segue uma linha narrativa similar se formos comparar a obra original, principalmente ao vermos Moana novamente buscar novos horizontes e para assim chegar em um novo patamar, tanto para ela, como também para o seu povo. Por conta disso ela embarca em uma jornada que nos passa a impressão que ela poderia ser melhor encaixada em uma série de tv, principalmente em passagens da trama em que se fecha um núcleo narrativo e começa outro.
Neste ponto, portanto, se nota que o estúdio correu o risco de desperdiçar um grande projeto, mas que na visão deles se encaixaria na tela grande e nisso não posso negar, pois assim como o original, essa segunda parte precisa ser vista na tela grande. Ao menos visualmente o filme ainda é um espetáculo de um verdadeiro show de luz e cores e cuja as cenas ganham até mesmo uma nova dimensão para aqueles que forem assistir no formato em 3D. Esses momentos, por exemplo, são embalados pelos já costumeiros números musicais e dos quais colocam os personagens em meio aos momentos em que a fantasia e realidade se entrelaçam de forma corriqueira para dizer o mínimo.
É uma pena que quase nenhuma dessas músicas não se tornaram tão marcantes quanto a música "Saber Quem Sou" e que conquistou o coração de inúmeras meninas pelo mundo afora. Dos personagens novos se destaca uma aparentemente vilanesca, Matangi (Lara Suleiman) que simplesmente rouba a cena mesmo em pouco mais de dez minutos de cena. E se por um lado os parentes de Moana não se empolgam durante essa cruzada, o mesmo não se pode dizer de Maui que novamente rouba a cena graças a sua personalidade cativante e pretensiosa.
Não me surpreenderia se futuramente o personagem tivesse o seu próprio filme. O ato final nos entrega momentos emocionantes, principalmente em uma cena que fará muitos chorarem, mas para logo em seguida enxugar as lágrimas para os momentos alegres. Se por um lado a jornada de nossa heroína termina bem, do outro, o estúdio já começa a preparar dicas sobre uma eventual terceira parte e fazendo com que Moana tenha novos desafios pela frente. A própria Disney, portanto, se rende a famigerada cena pós-crédito, mas que ao meu ver essa ideia já se encontra cansada até mesmo dentro dos filmes da Marvel.
Apesar de não superar a aventura anterior, "Moana 2" é uma agradável, colorida e emocionante aventura que levará o público aplaudir sem medo algum.
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