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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Jurado Nº 2'

 Sinopse: Pai de família serve como jurado em um importante julgamento de assassinato. Ele se depara com um dilema moral significativo que pode influenciar o veredito do júri. 

Clint Eastwood é um daqueles talentos que somente irá parar de trabalhar quando estiver morto. Aos seus 94 anos de vida o realizador parece não pensar em parar mesmo quando vemos fotos dele já bastante fragilizado devido ao peso da idade. Porém, quando assistimos o seu último filme "Jurado nº 2" (2024) constatamos que ele dá ainda uma verdadeira aula de direção e cuja a geração nova de cineastas deveria parar para assistir e aprender como se faz um bom filme para variar.   

Na trama, acompanhamos a história de Justin Kemp, interpretado por Nicholas Hoult, que está servindo em "jury duty", o serviço obrigatório dos Estados Unidos que escala os membros do júri de casos criminais. Ele e sua mulher estão prestes a terem o seu primeiro filho depois de uma longa tentativa, mesmo com os problemas financeiros que os aflige. Porém, o julgamento do crime do qual ele participa pode colocar o seu futuro em xeque.     

Clint Eastwood claramente se inspirou nos melhores filmes do subgênero tribunal, principalmente com relação ao clássico "11 Homens e uma Sentença" (1957) do realizador Sidney Lumet. Curiosamente, enquanto no clássico sentimos uma sensação claustrofóbica devido ao fato da trama se passar em um único cenário, aqui essa sensação acontece a partir do desconforto que o protagonista sente a todo momento a partir do instante em que começou a participar desse caso. O porquê de isso estar acontecendo Eastwood revela por cenas fragmentadas que se encontram nas memórias do protagonista, mas sendo o suficiente para compreendermos o seu dilema.

Nicholas Hoult obtém o melhor desempenho de sua carreira desde "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015), já que ele consegue construir um personagem que busca pela sua redenção, mas tendo que encarar um terrível erro que havia cometido. O diretor, por sua vez, procura colocar o protagonista em um grande dilema e tendo o feito de fazer com que isso nos afete de forma imediata, pois querendo ou não, todos cometemos erros falhos em nossa jornada da vida e cabe corrigirmos isso. O problema que a verdade doí, mesmo quando ela precisa ser colocada em prática, mas tendo um alto preço a se pagar em seguida.

Já a promotora, interpretada de forma brilhante pela veterana Toni Collette, é o outro lado dessa moeda, ao tentar ganhar a causa e se tornar poderosa no mundo da política. Porém, uma vez que ela encara a possibilidade de condenar uma pessoa inocente, Collete consegue passar através de sua personagem toda a dúvida se é realmente necessário colocar em prática o sacrifício de uma vida para ganhar status, ou se não seria melhor colocar na mesa a verdade incontestável mesmo lhe prejudicando. É um filme recheado de dilemas e do qual sintetiza toda a complexidade do peso da culpa que é carregado dentro da alma humana.

Clint Eastwood nos revela então uma história em que não há bem e mal bem definidos, mas sim pessoas comuns com as suas falhas e das quais algumas buscam fugir delas, mesmo quando sente remorso no mais fundo de sua alma. Não é um filme que nos dá soluções fáceis para esses problemas, mas cabe no final das contas termos que as encarar mesmo que percamos tudo, mas que ao menos nos sintamos mais leves desse ponto em diante. Os erros do passado servem para não serem repetidos no futuro próximo e cabe nós todos darmos o bom exemplo.

"Jurado nº 2" é um filme que nos pega desprevenidos, ao nos colocar lado a lado do protagonista devido aos seu grande dilema e ao mesmo tempo sintetizando a boa forma do veterano Clint Eastwood em sua direção perfeccionista. 

Onde Assistir: Apple TV, Amazon Prime Vídeo, Google Play Filmes.   

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